terça-feira, fevereiro 28, 2012

O Incal IV: O Que Está Em Cima


O Incal I: O Incal Negro
O Incal II: O Incal Luz
O Incal III: O Que Está Em Baixo

[Comentário com Spoilers]

No tomo anterior as coisas não estavam nada boas para os bons. Difool e companhia descobriram que o Sol do nosso sistema solar está a ser atacado pelos terríveis ovos negros e pior estes não podem ser destruídos, pois não é à falta de tentar.

Kamar Raimo e a sua equipa encontram-se no planeta prisão, Aquaend, um planeta inteiramente coberto por água. Como disse para nenhum destes grupos as coisas parecem boas, porém, mal eles sabiam que os seus destinos estavam cruzados.

Raimo e sua equipa são salvos por uma medusa gigante. O verdadeiro Imperoratriz está vivo e mantém asilo neste planeta, um sítio onde jamais o encontrariam. Afinal aquele que vimos ser assassinado antes tratava-se de um clone.

O Incal também coloca o planeta prisão na rota de Difool. O segredo para derrotar os ovos encontra-se lá e trata-se precisamente das medusas.
Confesso que sinto alguma estranheza em ver Difool e os outros a trabalharem com o Imperoratriz sem lhe mandarem nenhuma boca afinal foi ele que ajudou o Presidente do planeta de Difool a destruir uma data de rebeldes incluindo o grupo Amok de Tanatah e Kill "cabeça de cão".

Ao mesmo tempo que as medusas são preparadas para o combate. O Metabarão ajuda Difool a treinar as suas artes do combate. O Incal tem uma missão muito especial para ele. Eles precisam da frota Berg para destruir o Planeta Tecno. Para terem a sua ajuda Difool tem de vencer o grande jogo da fecundação quinquenal. Um evento que junta seres de várias galáxias e onde o vencedor terá o privilégio de fecundar a rainha dos Berg.

Com a ajuda dos seus amigos Difool consegue vencer e pedir ajuda à rainha (oferecendo-lhe o Incal em troca).

No final tudo resulta bem, as medusas são preparadas e graças ao seu plasma conseguem impedir a actuação dos ovos negros e a frota Berg tem sucesso na destruição do planeta Tecno. Até Difool que magoou a rainha e sente os seus átomos a separarem-se do seu corpo consegue regressar a uma forma corpórea graças ao amor entre Metabarão e Tanatah. Finalmente o Metabarão abdicou do seu amor por Animah e finalmente Animah correspondeu aos sentimentos de Difool.

Tudo parecia bem... Infelizmente os tecnos, tendo descoberto que o Imperoratriz estava vivo desenvolveram um plano para o encontrar e infectar com um vírus. Consumido pela treva o que será do Imperoratriz e o que será dos nossos amigos?



Nota: Não encontrei imagem da capa em versão portuguesa daí a diferença no título.

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Rubber


Porque é que Quentin Dupieux quis realizar um filme sobre um pneu assassino? Porque é que existe um grupo de pessoas num monte a seguir atentamente a vida do pneu? E porque é que o pneu tem poderes psíquicos?

A resposta é simples. Não há razão (excepto para a 3º pois sem os poderes dificilmente ele matava alguém).

"Rubber" é uma homenagem assumida aos acontecimentos sem qualquer tipo de razão de ser. Isto é-nos maravilhosamente explicado na grande introdução de Stephen Spinella. Já agora, em resposta a esse monólogo, há uma razão para o ar à nossa volta não ter cor, é precisamente para conseguirmos ter uma boa visão do mundo ao nosso redor.

Gosto deste tipo de exercícios. "Rubber" é completamente alucinado. Um pneu que do nada "acorda" e semeia um rasto de destruição à sua volta. Uma das minhas cenas favoritas é precisamente após a sua primeira morte de um ser-vivo, um coelho. Conseguimos sentir na perfeição a felicidade deste pneu, simplesmente mudando a canção e fazendo-o andar aos zig-zags tudo muda, parece o Leonardo di Caprio no "Titanic" a gritar "I'm the king of the world".

Tudo isto a ser observado por um grupo de pessoas que pensando que vinham ver um filme, são largados no meio de um monte com binóculos para seguirem o trajecto deste pneu. Aparentemente é mesmo tudo um filme e todos os intervenientes são actores, apesar de apenas alguns aparentam saber isso.

Uma ode ao "sem razão". Porque a constante justificação das coisas muitas vezes é sobrevalorizada. Nem tudo na vida tem uma razão de ser e "Rubber" não tem nenhuma a não ser proporcionar uma divertida viagem ao espectador, se deixarem.

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Grandes Duos da TV [4]

Himura Kenshin e Sagara Sanosuke ("Rurouni Kenshin")



Himura Kenshin: New eras don't come about because of swords, they're created by the people who wield them.

Sagara Sanosuke [about Kenshin]: Give him a sword and he's unstoppable, but give him a bail of rice and he's just an ordinary guy.

Himura Kenshin: If you require an opponent, I will fight you. If you want to taste the ground, feel free to attack me.

Sagara Sanosuke : Love and selfishness kinda go hand in hand, don't they?

Himura Kenshin: We once fought together for an ideal with our swords. It wasn't for power or for glory, but to create a peaceful world where people could live without fear. And, if you should forget about that, then what did we fight the revolution for?

Sagara Sanosuke: I wouldn't mind picking a fight for a change. Usually, I don't have any choice about who I fight with, but I can't stand watching people abuse those weaker than them. Something about that sort of bugs me. Especially when it's a bunch of hypocrites talking about the virtues of freedom and justice for all. That really pisses me off.

Sagara Sanosuke [steps into the room and punches Kenshin]: And just where the hell do you think you're going without me?
Himura Kenshin [surprised]: Sano, what are you doing in Kyoto?
Sagara Sanosuke: I followed you! And that's what you get for leaving without even saying goodbye!
Himura Kenshin: You came all this way just to punch me?
Sagara Sanosuke: No, you idiot! I came to help you stop Shishio Makoto!"


Sagara Sanosuke: Hey, Kenshin, what are you doing?
Himura Kenshin: Oh, I was just rummaging.
Sagara Sanosuke: Rummaging, uh? What's in the box? Is it food?
Himura Kenshin: No, actually it's...
Sagara Sanosuke: Never mind, don't care.
Himura Kenshin: Uh, ok.
[sighs]
Himura Kenshin: That's just like Sano..."

domingo, fevereiro 19, 2012

Os 10 melhores combates em Rurouni Kenshin


A todos os que gostam desta série, estejam atentos ao TV Dependente onde irei ao longo desta semana revelar o top 10 daqueles que são para mim os melhores 10 combates.

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

O Incal III: O Que Está Em Baixo


O Incal I: O Incal Negro
O Incal II: O Incal Luz

Alguém me disse sobre os filmes de Jodorowsky, que este os devia filmar sob o efeito de psicotrópicos. Podemos dizer o mesmo neste Incal. Até agora têm sido explosões de ideias umas a seguir às outras, todas completamente alucinadas. Sem dúvida uma das viagens mais alucinantes que li numa BD.


[Comentário com Spoilers]


O volume anterior terminou com John Difool, Deepo, Metabarão, o seu filho Solune, Kill "cabeça de cão" e Tanatah a serem sugados por um redemoinho no lago dos suicídas. O caminho leva-os até um local paradisíaco... se formos o Cascão do Maurício de Sousa. Como já deu para perceber os nossos amigos caem no meio de uma enorme lixeira que virão a descobrir ser território de Corgo o Sujo.

Cá em baixo são atacados por terríveis psico-ratos, ratos que se multiplicam e aumentam de tamanho quanto mais medo as suas vítimas sentirem. Tal é explicado por Animah que se auto intitula como a sua rainha. Sem dúvida que a presença de Animah aqui facilitou as coisas, pelo menos já não é necessário procurá-la afinal de contas é ela que tem o Incal Negro na sua posse.

A partir daqui Animah torna-se a guia deste grupo e até juntamente com Difool (unindo o poder de ambos os Incais) cura Tanatah que a havia traído no passado. O Presidente deste planeta que para derrotar os rebeldes tinha passado a sua consciência para um necrosonda destruidora procura agora por este grupo para o eliminar.

Um grupo de 7 a fugir de uma necrosonda enquanto esta transmite a perseguição em directo para a televisão. A necrosonda tem a capacidade de assumir várias formas quando uma é destruída (robot, tanque).
O objectivo de Animah é levar este grupo até à porta da transfiguração. Será que alguém além de Animah e Tanatah sabe porque o grupo se dirige para lá? Provavelmente não mas seguem para lá na mesma, claro que o facto de estarem a ser perseguidos também não os incentiva a não fugirem dali.

Durante este percurso vamos atravessando cenários mirabolantes numa aventura sem igual. Pelo caminho os 7 têm de unir os seus corações em harmonia e aqui Kill vê-se obrigado a largar a sua vingança contra Difool e Tanatah arrepende-se dos seus pecados. Descobrimos também que Solune é o andrógino perfeito, filho de Animah e Difool.

Há aqui um claro destino traçado para Solune, afinal de contas Animah até procurou e enganou Difool pois um filho deles teria uma forte probabilidade de ser o andrógino perfeito. E o que é este andrógino? Não sei. Sei apenas que o líder desta galáxia, como havia mencionado no volume anterior, o Imperoratriz, é um andrógino também que pensei ser constituído por duas mentes separadas e agora já não tenho essa impressão.

Por falar no Imperoratriz, as coisas não estão boas para o seu lado. Durante uma assembleia Kamar Raimo e sua equipa surgem inesperadamente para revelar a traição dos tecnopapas, dos Marrecos de Iman Horlog e dos representantes do Ekonomat que lançaram um Ovo de Sombra num determinado sistema planetário (Onde ele vai buscar estas ideias? marrecos e corcundos é só rir). Este Ovo é capaz de destruir astros solares tendo condenado à morte os dois planetas pertencentes a este sistema.

Raimo tem boas intenções mas chegou tarde demais a teia da corrupção já está por demais espalhada e resulta no assassinato do Imperoratriz.
Ao mesmo tempo os Berg decidem atacar.

Difool e companhia conseguem chegar até ao nosso planeta, um destino com um sabor amargo pois adivinhem que Sol está a ser atacado por um Ovo de Sombra?
Resta esperar que os 7 magníficos (que agora até já passaram pela porta da trasnfiguração) consigam salvar a galáxia.

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Chronicle

"Chronicle" trata-se da primeira longa-metragem do realizador Josh Trank e do argumentista Max Landis. Dois nomes que após este filme certamente irão ser seguidos com mais atenção. Quando li o nome de Max Landis questionei-me imediatamente se teria algum grau de parentesco com o mítico John Landis, e sim é o filho.

É filmado com uma câmara portátil naquele que ficou conhecido como o registo "Blair Witch Project". Uma opção que faz todo o sentido uma vez que "Chronicle" pretende abordar de forma realista a forma como 3 pessoas reagiriam ao receberem super-poderes, neste caso em particular, telequinésia. Todo o conceito do filme é ser apegado à realidade e daí a escolha deste tipo de filmagem, é como se alguém tivesse pegado nas várias filmagens e compilado para mostrar ao mundo esta aventura. É como se tivesse mesmo acontecido.

Claro que num filme destes é complicado manter este tipo de filmagem. Como se não chegasse ter uma personagem que decide passar a filmar tudo à sua volta, acabam por ter de ir buscar outras gravações para mostrar o que se passa com outras personagens. É de salientar no entanto a montagem final. durante uma épica luta vemos o filme através das imagens captadas pelos telemóveis e câmaras de uma cidade, muito bom. Tecnicamente o filme é exemplar.

Adorei o tom do filme. Três adolescentes ganham poderes e aqui o como e o porquê não interessam, mas sim, como será a vida deles a partir daqui.
São três adolescentes é claro que vão divertir-se com as suas novas habilidades. A cena da pastilha elástica, a criança que assustam ou o carro que mudam de lugar são cenas hilariantes e que vemos as pessoas a fazerem caso estivessem na mesma situação.
Claro que há medida que os acontecimentos se vão desenvolvendo e os poderes aumentando é uma questão de tempo até alguém abusar deles.


Adorei a abordagem à telequinésia. O filme foge completamente ao estilo de "super-herói" porém foi imaginativo, tal como na BD, à forma de usar os poderes. A telequinésia a um determinado nível pode ser usada para mais do que levantar objectos. Pode ser usada para nos levantar a nós para assim voarmos e pode afastar todos os objectos do nosso corpo funcionando como uma espécie de campo de força. É uma força mental logo não é necessário usar as mãos como acontece na maioria destas histórias. A razão de usar as mãos prende-se com o facto de dar mais estilo e eles fazem-no precisamente por isso.
É abordada também como um músculo que quanto mais treinado mais se desenvolve.

Três rapazes de "mundos" tão diferentes, Andrew Detmer (Dane DeHaan) o solitário, Steve Montgomery (Michael B. Jordan) o popular e Matt Garetty (Alex Russell) o pensador, tornam-se assim amigos inseparáveis. Esta é a sua história, esta é a sua crónica.

Desde que vi o Michael B. Jordan no trailer do filme que a sua cara me era familiar. Durante o filme todo tentei lembrar-me, sem êxito, de onde o conhecia. Até que numa determinada cena mostram fotos dele em miúdo e caramba aí foi instantâneo, ele é o grande Wallace de "The Wire".

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Grandes Duos da TV [3]

Sherlock Holmes and Dr. John Watson (Sherlock)



Lestrade: Cardiff?
Sherlock Holmes: It’s obvious, isn’t it?
John Watson: It’s not obvious to me.
Sherlock Holmes: Dear God. What is it like in your funny little brains? It must be so boring.
[...]
Sherlock Holmes: [about the murder victim] Her coat is slightly damp; she's been in heavy rain in the last few hours. No rain anywhere in London in that time. Under her coat collar is damp too; she's turned it up against the wind. She's got an umbrella in her left-hand pocket, but it's dry and unused: not just wind, strong wind, too strong to use her umbrella. We know from her suitcase that she was intending to stay overnight, so she must have come a decent distance, but she can't have traveled more than two or three hours because her coat still hasn't dried. So, where has there been heavy rain and strong wind within the radius of that travel time? Cardiff.
Dr John Watson: That's fantastic!
Sherlock Holmes: Do you know you do that out loud?
Dr John Watson: Sorry. I'll shut up.
Sherlock Holmes: No, it's... fine.




Sherlock Holmes: Did he offer you money to spy on me...?

John Watson: Yes.
Sherlock Holmes: Did you take it?
John Watson: ...No.
Sherlock Holmes: Pity, we could've split the fee. Think it through next time.




John Watson: There are lives at stake, Sherlock! Actual human live— Just, just so I know, do you care about that at all?

Sherlock Holmes: Will caring about them help save them?
John Watson: [angrily] Nope!
Sherlock Holmes: Then I'll continue not to make that mistake.
John Watson: And you find that easy, do you?
Sherlock Holmes: Yes, very. Is that news to you?
John Watson: No. [pause] No.
Sherlock Holmes: [realising] ...I've disappointed you.
John Watson: [sarcastically] That's good, that's good deduction, yeah.
Sherlock Holmes: Don't make people into heroes, John. Heroes don't exist, and if they did, I wouldn't be one of them.




Sherlock Holmes: [talking to John on the phone while on the roof of St. Barts] I'm a fake.

John Watson: Sherlock...
Sherlock Holmes: The newspapers were right all along. I want you to tell Lestrade, I want you to tell Mrs. Hudson and Molly, in fact tell anyone who will listen to you... that I created Moriarty for my own purposes.
John Watson: Ok, shut up Sherlock. Shut up. The first time we met - the first time we met, you knew all about my sister, right?
Sherlock Holmes: Nobody could be that clever.
John Watson: You could.

terça-feira, fevereiro 14, 2012

O Incal II: O Incal Luz


O Incal I: O Incal Negro

Curioso que o volume com a capa mais escura é aquele cujo nome remete para o Incal Luz, tendo sido o nome do anterior o Incal Negro. Até as apresentações são ao contrário, primeiro conhecemos o da luz e depois o das trevas.

[Comentário com Spoilers]

No volume anterior fomos atirados de cabeça (Difool literalmente quando quase cai no poço dos suicidas) para este universo. De repente, sem prévio aviso, estamos no meio de uma civilização caótica onde habitam diversas sociedades, raças e espécies distintas. Cabe ao leitor ir entendendo-se neste mundo.
Em "O Incal Luz" mais pontos vão sendo ligados à medida que conhecemos um pouco mais deste "jodoverso".

O pobre Difool encontra-se aprisionado pelos tecnopapas e está prestes a ter todos os seus órgãos separados individualmente. Ele bem pede por ajuda ao Incal que continua na sua posse (dentro dele), porém é Deepo quem surge em seu auxílio.

Num tentativa de fuga Difool e Deepo entram dentro de um complexo cujo interior mais parece o exterior uma vez que tem muito mais espaço do que aquele que seria, aparentemente, possível conter. Nesse espaço está um ser monstruoso e o guardião do Incal Negro, o Cardiogrifo. Que a luta comece.

O Metabarão por sua vez está cada vez mais próximo de Difool, pelo caminho enfrenta um grupo de Bergs com relativa facilidade. Até o mercenário mais famoso deste mundo fica surpreendido com a existência destes alienígenas que apesar de serem de conhecimento comum parece que poucos os haviam vislumbrado.

Quando o Metabarão encontra finalmente Difool, já este havia criado o caos. Entregando-se ao Incal foi capaz de vencer o Cardiogrifo e obter o Incal Negro, conquista essa que lhe durou pouco tempo quando foi aparentemente hipnotizado por uma misteriosa mulher montada num rato. No meio disto tudo ainda foi o causador da destruição da cidade dos tecnopapas.

Do outro lado um severo motim está a acontecer quando grupos de rebeldes atacam a nave presidencial. Aqui marca presença também o Amok liderado por Kill "cabeça de cão". Nesta batalha o Amok revela ser possuidor de tecnologia dos tecnopapas, o que lhe dá uma considerável hipótese de vencer. Como eles obteram tal tecnologia é um ponto a salientar e que é explicado no final.

E de verdade seria realmente o fim para o presidente se este não se resignasse à sua insignificância e pedisse ajuda ao Imperoratriz, um Imperador e uma Imperatriz que parecem estar em corpos distintos com consciências separadas mas que agem como um líder..

Quando o Metabarão entrega o corpo de John Difool para receber em troca o do seu filho, que descobrimos ser adoptado, é traído por Tanatah que demonstra nunca ter tido intenções de honrar o seu acordo. Felizmente para Difool esta decisão era algo já esperado pelo mercenário. Assim, unindo forças, Metabarão, Difool e Solune (o filho) dão um festival de pancada nos soldados da líder dos Amok.

Com o falhanço da revolta e um ataque vindo da superfície aqueles que começaram como inimigos são forçados a trabalhar em equipa para escapar. E assim Tanatah, Difool, Deepo, Metabarão e filho e Kill fogem até ao lago dos suicidas (lago de ácido). Durante este segmento descobrimos que a mulher que roubou o Incal Negro é Animah, irmã de Tanatah, sendo elas as duas guardiãs dos Incais até a ganância se ter apoderado de Tanatah que começou a planear a sua conquista que supostamente teria sido alcançada neste dia se o ataque presidencial não tivesse falhado.

"O Incal" tem-se provado ser altamente viciante, quanto mais sabemos sobre esta história mais queremos descobrir. Para quem gosta de ficção científica completamente alucinada, não pode deixar escapar esta obra.

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Moon Knight #9

MK #9

Hei-de voltar a esta BD quando tiver terminado pois faltam apenas três números.

No entanto, se há coisa que a nova série do Moon Knight tem providenciado é uma colecção de capas fantástica e neste número 9 Alex Maleev excedeu-se.

O Incal I: O Incal Negro

"O Incal Negro" é o primeiro volume da saga "O Incal" e aquele que deu a conhecer pela primeira vez o universo que viria a ser apelidado de "Jodoverso".

A acção desenrola-se num universo completamente distópico. John Difool é um detective de classe-R cujas maiores preocupações na vida é arranjar dinheiro para tabaco e prostitutas. No entanto a sua vida dá uma volta de 180ºC quando recebe pelas mãos de Berg (uma raça de aliens que reside numa galáxia próxima) aquilo que viria a descobrir tratar-se do Incal, um artefacto de imenso poder e que aparentemente tem uma missão para ele.

Difool tem como animal de estimação uma "gaivota de cimento" chamada Deepo. Após ter escondido o Incal dentro de Deepo este ganhou a habilidade de falar e parece vir a tornar-se um parceiro indispensável. Difool por sua vez é um louco cobardolas e digo louco porque as personagens principais desta saga são baseadas em cartas de Tarot. Sendo assim John Difool, até pelo trocadilho do nome, se nota ser inspirado na carta do louco (The Fool).

Perto do final deste volume surge a revelação de que existe um outro Incal, porque todas as moedas têm duas faces, o Incal Negro. Depois de Difool ter conseguido escapar de um grupo de corcundas do presidente (sim os guarda-costas do presidente são corcundas) vê-se agora na cidade Tecnos no meio dos adoradores do Incal Negro.

Para piorar o seu destino Tanatah, líder do grupo rebelde Amok, chantageia o maior mercenário deste Universo, o Metabarão, para que este lhe traga o corpo de John Difool. Pertencente a este grupo está também Kill "cabeça de cão", um mutante que quer vingar-se por Difool lhe ter disparado contra a orelha durante uma daquelas festas que termina em tremendas orgias.

Desde aliens a mutantes, desde o governo corrupto aos membros da cidade Tecnos, são muitas as facções a mostrarem interesse neste misterioso artefacto que dá nome à série e todos parecem conhecer mais sobre ele do que o nosso herói.

Um universo riquíssimo da autoria de Jodorowsly e Moebius. A título de curiosidade a personagem do Metabarão esteve nomeada no torneio de personagens de BD Europeia.

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

Grandes Duos da TV [2]

George Costanza and Jerry Seinfeld (Seinfeld)

Jerry: You know it's a very interesting situation. Here you have a job that can help you get girls. But you also have a relationship. But if you try to get rid of the relationship so you can get girls, you lose the job. You see the irony?
George Costanza: Yeah, yeah, I see the irony.

George Costanza: I like DeSoto.
Jerry: DeSoto? What did he do?
George Costanza: He discovered Mississippi.
Jerry: Yeah, like they wouldn't have found that anyway.

George Costanza: But I really want to leave my mark this time. Like remember that summer at Dairy Queen when I cooled my feet in the soft serve?
Jerry: So you want to go out in a final blaze of incompetence?
George Costanza: Flame on.

George Costanza: I gotta call Elaine.
Jerry: She's out.
George Costanza: Oh, yeah. The blind date.
Jerry: They call it a setup, now. I guess the blind people don't like being associated with all those losers

MAB - Cartaz e Autores Convidados


Aqui fica a lista de autores presentes no festival (surgiram alterações de última hora):

Autores Alemães
Anke Feuchtenberger
Ulf K
Kai Pfeiffer
Lars Henkel

Autores Belgas
Dominique Goblet
Olivier Deprez
Denis Deprez

Autores Ingleses:
David Hine
Melinda gebbie

Autores Italianos:
Fabio Civitelli

Autores Portugueses:
Regina Pessoa
Pedro Serrazina
Filipe Abranches
Filipe Melo
Ricardo Cabral
João Mascarenhas
Rui Sena
Derradé e Geral
Hugo Teixeira


Por fim o cartaz aqui colocado é o oficial e definitivo do MAB.
Resta também esperar pelos horários e distribuição dos autores.

Abaixo o ACTA


Spider-Man VS The Lizard.

Ou como o Dr. Connors recebeu a notícia de que Portugal assinou o acordo do ACTA.

Há uma petição a decorrer aqui contra a implementação do ACTA. Aproveito também para deixar o link do STOP ACTA.

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Hail to the Lizard



- Piadas à Spidey: Check
- O Spider-Man é visto como um fora-da-lei: Check
- Gwen Stacy primeiro que Mary Jane: Check

Yep, é capaz de resultar.

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Fevereiro é o mês de Alejandro Jodorowsky


Pronto talvez Fevereiro não seja o mês de Alejandro Jodorowsky, mas vou aproveitar que a colega blogger Andreia Mandim, sugeriu três dos seus filmes para ver este mês aqui, para falar deste lado em paralelo na sua BD, mais especificamente na colecção "O Incal".

Não conheço a filmografia do autor, mas arrisco-me a dizer que a sua carreira na BD é de maior projecção. Qualquer pessoa que leia BD Europeia já ouviu falar do seu nome, precisamente porque a obra mencionada acima foi muito aclamada. Em cinema, no entanto, é um realizador de culto, isso já deu para perceber.

"O Incal" deu origem ao chamado "Jodoverso" e a partir daqui o autor criaria uma série de histórias a decorrer nele. Entre elas temos "Os Metabaroes" e os "Tecnopapas", para citar algumas.

Na BD é maioritariamente um autor de ficção científica porém, já enveredou por outros caminhos. Entre os quais o Western em "Bouncer" e a BD histórica em "Os Bórgia".

Já trabalhou também com alguns dos maiores artistas deste género. Por exemplo, com o mestre Moebius em "O Incal" (que não voltaria a participar nas restantes aventuras no "jodoverso") e com o erótico Milo Manara em "Os Bórgia".

Infelizmente, muitas das suas séries são complicadas de encontrar editadas em português, outras nem sequer existem. A vitamina BD ainda publicou um volume de "A Casta dos Metabarões" mas, com muita pena minha, ficou-se por aí.

A título de curiosidade Jodorowsky e Moebius chegaram a processar Luc Besson por causa do filme Tthe 5th Element" que segundo o autor Chileno plagiava "O Incal". Contudo, perderam, uma vez que Moebius tinha trabalhado no dito filme.

James - Sometimes


Parece que vão regressar a terras Lusas e no dia de Bruce Springsteen.

Porque como um amigo meu disse há muitos anos: "os James gostam mais de Portugal do que de chocolate".

domingo, fevereiro 05, 2012

MAB - Novidades

Dominique Goblet é o nome de mais uma autora confirmada para o MAB (imagem acima da sua autoria).

No que toca às exposições haverá uma de originais da personagem Zakarella.

De salientar que o blog dedicado ao festival também já se encontra disponível aqui.

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Kino 2012 - Sessão de Abertura

Der Besuch (2010)



O festival de cinema de expressão alemã abriu com a primeira curta-metragem de Conrad Tambour, "Der Besuch".
Trata-se de uma curta de animação que aborda a vida de uma senhora idosa que vive com o filho. Numa altura em que o tema da idade tem estado novamente em destaque por cá, até parece que foi de propósito esta escolha.

Gostei bastante da curta, aborda um tema sério de uma forma leve e descontraída. Funcionou bastante bem




Almanya - Willkommen in Deutschland (2011)



O filme foi também uma espécie de estreia. "Almanya" é afinal de contas a primeira longa-metragem de Yasemin Samdereli para Cinema.

Uma história sobre a família, que tem como pano de fundo o tema da imigração turca para a Alemanha. A família escolhida é a do 1001º imigrante cujo nome é Hüseyin.

A acção decorre no presente com um Hüseyin já avô e prestes a receber cidadania alemã. Ao mesmo tempo uma das suas netas vai contando ao primo como é que o avô se iniciou nesta aventura.

Tudo é contado sempre com uma forte presença do humor, salientando sempre as diferenças entre a cultura alemã e turca e aqui é bastante engraçado ver o regresso dos imigrantes ao seu país de origem, onde algumas coisas já não são como as recordavam, não porque o país tenha mudado, mas porque eles mudaram.

terça-feira, janeiro 31, 2012

Grandes Duos da TV [1]

Det. William 'Bunk' Moreland and Det. James 'Jimmy' McNulty (The Wire)




Bunk: Boy, them Greeks and those twisted-ass names.
McNulty: Man, lay off the Greeks. They invented civilization.
Bunk: Yeah? Ass-fucking, too.



McNulty: You know why I respect you so much, Bunk?
Bunk: Mm-mmm.
McNulty: It's not 'cause you're good police, 'cause, y'know, fuck that, right?
Bunk: Mm. Fuck that, yeah.
McNulty: It's not 'cause when I came to homicide, you taught me all kinds of cool shit about . . . well, whatever.
Bunk: Mm. Whatever.
McNulty: It's 'cause when it came time for you to fuck me . . . you were very gentle.
Bunk: You damn right.
McNulty: See, 'cause you could have hauled me out of the garage and just bent me over the hood of a radio car, and . . . no, you were, you were very gentle.
Bunk: I knew it was your first time. I wanted to make that shit special.
McNulty: It was, man. It fucking was.

Dead Can Dance - Sanvean



Dizem que 2012 é ano de um novo álbum de originais.
Aguardo impacientemente.

segunda-feira, janeiro 30, 2012

MAB - Novidades


A organização do Mab volta a revelar novos nomes a estarem presentes no festival nos dias 10/11 e 17/18 de Março e a decorrer na Faculdade de Belas Artes do Porto.

- David Hine ("Strange Embrace"; "X-men: the 198", "Civil war X-men");
- Ricardo Cabral ("New Born- 10 dias no Kosovo"; "Pontas Soltas"; "Israel Sketchbook" e "Evereste");
- Geral ("Há piores")

O artista convidado Fabio Civitelli e a editora Bonelli ofereceram para este festival um desenho do Tex na zona ribeirinha do Porto que usei para ilustrar este texto.

sexta-feira, janeiro 27, 2012

quinta-feira, janeiro 26, 2012

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Tinker Tailor Soldier Spy

Desde que o vi em "Bram Stoker's Dracula" que procurei seguir com atenção a carreira de Gary Oldman um dos Grandes, um dos Maiores.

"Tinker Tailor Soldier Spy" é um bom regresso dos bons filmes de espiões. Consiste na adaptação do livro de John le Carré pelo realizador Tomas Alfredson que em pleno ambiente de Guerra fria retrata a "caça" de uma toupeira dos Russos situada no topo da pirâmide dos serviços secretos britânicos.

É um filme de regressos, não só ao bom thriller de espionagem mas também o regresso de Oldman aos papéis de protagonista. Não desfazendo os secundários claro, foi bom voltar a ver Oldman a liderar um filme.

O resto de elenco é todo ele de luxo. John Hurt, Colin Firth, Toby Jones, Mark Strong, Ciarán Hinds e as estrelas em ascenção do momento Sherlock Holmes e Bane (Benedict Cumberbatch e Tom Hardy).

Ver Cumberbatch a assistir o Smiley de Oldman quase que podia ser visto como um passar de testemunho (tamanha é a minha fé neste jovem actor).

Uma excelente atmosfera, uma boa história e depois é apreciar os actores a ligarem os pontos. Gostei muito.

Hoje a ler o destak descobri que Gary Oldman está nomeado pela primeira vez aos Óscares por este papel. A primeira vez? A sério? como é possível?

terça-feira, janeiro 24, 2012

MAB - Novos autores confirmados

O festival MAB continua a revelar mais nomes entre os quais Melinda Gebbie (Lost Girls) e os nacionais, João Mascarenhas (Menino Triste: Punk Redux), Derradé (Há Piores) e o colectivo ZONA.

Em seguida deixo quatro fotos disponibilizadas pela organização sobre a localização do festival nas instalações da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e que decorrerá nos fins-de-semana 10/11 e 17/18 de Março.


Pavilhão central do MAB



Café da Faculdade



Sala de projecção e conferências




Vista do jardim


Podem contar também com uma banda de coreto que irá tocar nos jardins (ver imagem acima) músicas inspiradas em BD, animação e bandas sonoras de filmes entre os quais Star Wars e Blade Runner.

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Blacksad: O Inferno, o Silêncio


Cinco anos após o último volume, "Blacksad" regressou com este "O Inferno, o Silêncio" (2010), o quarto volume da aventura criada por Juan Diaz Canales e Juanjo Guarnido.

Já tinha falado do primeiro volume aqui. Para todos os fãs do género noir esta é uma BD a considerar. A acção decorre na América durante os anos 50 e as personagens são animais antropomorfizados.

A arte de Guarnido está sempre a um nível excepcional, o senhor leva o seu tempo mas quando temos o livro na mão é de bradar aos céus. Em relação ao argumento lembro-me de ter notado uma melhoria significativa em relação ao 2º volume (Arctic Nation), uma trama mais elaborada e com um humor mais certeiro. Mas de uma forma geral são cumpridores e nisso este não é excepção.


Depois de se envolver no mundo do espectáculo para descobrir o assassino de uma famosa actriz ("Algures entre as sombras"), de ter viajado até uma comunidade mais fechada e conservadora onde o racismo ainda impera ("Arctic Nation") e de se envolver numa trama política onde o comunismo é um alvo a abater ("Alma Vermelha"), chegou a vez de Blacksad visitar Nova Orleães, terra do jazz, para se envolver no mistério mais musical desta saga.

Enquanto escrevia isto comecei a recordar todos os volumes e se recordo a história do "Arctic Nation" como uma das minhas predilectas lembrei-me agora que o "Alma Vermelha" tem o final mais triste de todos, Blacksad não teve a vida nada fácil neste.

E pronto era isto, já queria ter falado deste livro há imenso tempo porque vale sempre a pena salientar o trabalho desta dupla.

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Carnage


Depois do belo e intrigante "Ghost Writer, Roman Polanski está de regresso com a adaptação da peça de teatro "Le Dieu du carnage" de Yasmina Reza que também trabalhou com Polanski no argumento.

Um filme onde as máscaras que usamos lentamente vão caindo. Já dizia Oscar Wilde:
"Man is least himself when he talks in his own person. Give him a mask, and he will tell you the truth".

Um filme de actores e nesse sentido os quatro mosqueteiros escolhidos, Christoph Waltz, Kate Winslet, Jodie Foster e John C. Reilly estão muitíssimo bem.

De salientar também que o compositor Alexandre Desplat volta novamente a unir forças com Polanski.

quinta-feira, janeiro 19, 2012

As Águias de Roma - Vol. I


"As Águias de Roma" da autoria de Marini estão a ser editadas em Portugal pela ASA que tem já no mercado os três primeiros volumes. Já agora é impressão minha ou o 3º volume é ligeiramente mais alto?

Marini tem um desenho excepcional, os cenários são deslumbrantes recriando uma Roma antiga digna de registo. O traço e a cor são sem dúvida o ponto forte desta BD.

A história é boa e apesar de previsível não nos deixa sem querer saber como se vai desenrolar.

Como já deu para perceber Marini é mais seguro no desenho do que no argumento, mas que no geral leva uma boa nota na minha opinião.

Gostei e vou continuar a seguir. Uma boa aposta da editora que espero que seja para continuar a publicar até ao final.

Para terminar, a BD europeia realmente destoa logo da norte-americana. Podia ficar aqui a desenvolver a questão dos cenários muito mais trabalhados (porque também têm mais tempo) etc. Sim não estou a defender que uma é melhor que a outra, não é nada disso apenas quero referir-me à nudez e ao sexo. Se um lado (o norte-americano) é de um puritanismo extremo, o outro (o europeu) é de um à vontade e uma liberdade que dá gosto ver.

terça-feira, janeiro 17, 2012

Kubik - Entrevista


Kubik, alter-ego musical de Victor Afonso, esteve de regresso em 2011 com “Psicotic Jazz Hall”, o seu terceiro álbum de originais. Passados seis anos do seu álbum anterior, a Rua de Baixo voltou a estar à conversa com o autor de um dos projectos musicais mais interessantes e experimentais da actualidade.
Pessoalmente, “Psicotic Jazz Hall” foi sem dúvida alguma um dos álbuns de 2011.

Aos interessados a entrevista já se encontra disponível aqui.
Um muito obrigado ao Victor Afonso por ter aceite o convite e pela conversa.

MAB - Comunicado de Imprensa

Hoje chegam mais novidades sobre o "MAB-Festival Internacional de Multimédia, Arte e Banda Desenhada".
Neste primeiro comunicado de imprensa alguns nomes de convidados já são mencionados bem como uma primeira versão do cartaz da autoria de Lars Henkel.
O site oficial deverá estar online até ao final deste mês.




"O MAB-Festival Internacional de Multimédia, Arte e Banda Desenhada é um evento dedicado a várias artes como cinema, ilustração, literatura ou animação com um especial enfoque na banda desenhada.
Decorrendo nos fins-de-semana de 10/11 e 17/18 de Março nas instalações da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, contará com diversos autores conceituados do Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha e Portugal com reputadas obras nestas diversas artes.

Direccionado a um público ecléctico e de todas as faixas etárias, o evento contará com diversas actividades como exposições de obras originais dos artistas presentes, visitas guiadas às exposições, sessões de autógrafos, exibição de curtas e longas-metragens, masterclasses de animação além de uma zona comercial onde estarão presentes bancas de diversas livrarias, editoras, entre outros. Desta programação destaca-se ainda a exposição dedicada aos 75 anos do personagem Príncipe Valente criado por Hal Foster (coordenação e cooperação do editor Manuel Caldas), assim como uma exposição com a mascote do evento, Esquiço, que irá servir de sinaléctica do festival.

A cidade do Porto não tem contacto com um evento deste género há cerca de 11 anos. A organização pretende assim divulgar aos públicos interessados em cinema, ilustração, animação e banda desenhada um leque alargado de autores de variados estilos não muito conhecidos em Portugal mas que apresentam uma obra de interesse a nível europeu. Desta forma, ‘ressuscita-se’ uma tradição de divulgação de artistas que, nos casos de Marjane Satrapi, Peter Kuper, Tom Hart, Ed Brubaker, Jason Lutes ou Dave McKean, tiveram a sua primeira oportunidade de contacto com o público português no antigo Salão Internacional de Banda Desenhada do Porto.

O MAB Invicta conta com diversos parceiros para a sua programação onde, além da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, se incluem a Metro do Porto e CasaViva. A Metro do Porto incumbir-se-á de divulgar o evento no interior das mais de 70 composições abrangendo todas as linhas e nas estações através de vídeos promocionais e reserva de espaço para duas exposições. A CasaViva está responsável pela programação paralela que contará com apresentações de novidades editoriais, exposições e concertos.

A organização adianta desde já que a lista de autores confirmados ainda não está terminada estando ainda por confirmar presenças de autores do Reino Unido, Bélgica, Espanha e Portugal.

Alemanha:
- Lars Henkel (autor de banda desenhada, ilustração e animação) e autor da ilustração para o poster do nosso evento.
- Ulli Lust (autora de banda desenhada e ilustração);
- Anke Feuchtenberger (autora de banda desenhada e ilustração);
- Ulf K. (autor de banda desenhada e ilustração).
Itália:
- Fábio Civitelli (autor de banda desenhada “Fumetti”, popular personagem Tex western italianos, como é o caso do popular personagem Tex).
Bélgica:
- Thierry Van Hasselt (autor de banda desenhada, um dos fundadores da editora Fremok resultado da fusão das editoras Amok e Fréon da qual era membro fundador);
- Olivier Deprez (autor de banda desenhada, um dos fundadores da editora Fremok resultado da fusão das editoras Amok e Fréon da qual era membro fundador).
- Denis Deprez (autor de banda desenhada, um dos fundadores da editora Fremok resultado da fusão das editoras Amok e Fréon da qual era membro fundador).

Portugal:
- Regina Pessoa (autora de banda desenhada, ilustração e animação);
- Filipe Abranches (autor de banda desenhada e animação);
- Pedro Serrazina (autor de animação);
- Hugo Teixeira (autor de banda desenhada)

CasaViva dedicará um espaço a novos talentos nas áreas de banda de desenhada, animação e ilustração onde poderão divulgar trabalhos e comercializarem as suas obras. A organização está receptiva a novos projectos bastando para tal contactar pelo endereço de correio electrónico oficial do evento: invictaindiearts@gmail.com.

Até ao final deste mês será lançado o website oficial do evento onde constará a restante programação do evento, actividades do mesmo, preços e formas de aquisição dos bilhetes além dos restantes autores presentes e demais informação.

Este é um evento sem quaisquer formas de comparticipação tendo sido realizado através de parcerias e dedicação dos seus organizadores. Porque este evento é, sobretudo, para o público, solicita-se a divulgação e promoção do evento.

Até lá despedimo-nos com os nossos melhores cumprimentos,

A equipa"

segunda-feira, janeiro 16, 2012

The Strange Talent of Luther Strode


No fim-de-semana deparei-me com esta capa que é absolutamente fantástica. Já agora é a capa da segunda edição, pois a primeira esgotou.

Trata-se de um novo comic da Image, com argumento de Justin Jordan, desenho de Tradd Moore e cor de Felipe Sobreiro.

Curioso trouxe os três primeiros que li de rajada (ao todo são 6, mas os restantes ainda não saíram). E gostei bastante.

A história é sobre um rapaz, Luther Strode, um típico adolescente que tenta sobreviver no liceu. Sempre a sofrer gozações dos tipos mais brutos decide mudar isso comprando o livro do "Método de Hércules".
Este método promete que através da união de corpo, mente e espírito seja possível atingir rapidamente um desenvolvimento físico estonteante. E é precisamente isso que acontece, em poucos tempos Luther fica muito mais forte e rápido, tornando-se temido no seu liceu.

Luther fica tão forte e tão rápido que com a ajuda do seu (único) amigo, Pete, decide começar a patrulhar as ruas de noite à boa moda de super-herói.
No meio disto tudo há ainda uma rapariga. Há sempre.

No fundo esta premissa é-nos já bastante familiar neste universo, a diferença em "The Strange Talent of Luther Strode" está na abordagem gore da história. Reparem nas suas mãos na capa, exemplificam bem o que nos espera dentro do livro.
O comic é bastante violento e não faltam cenas de desmembramento, ou imaginadas por Luther ou protagonizadas por aquele que parece ser o vilão da história e que tem vindo a matar todos os que entram em contacto com Luther. Há qualquer coisa de estranha relacionado com aquele livro que ele comprou e a sua vida corre mais perigo do que imagina.

Quanto à rapariga, Petra, é talvez a personagem mais interessante. Felizmente não tem nada a ver com aquele estereótipo das típicas cheerleaders. Petra é uma das raparigas cool, não é daqueles que vai gostar de Luther por este agora ser capaz de bater nos outros, muito pelo contrário.

A belíssima composição de Bach numa interpretação bem engraçada por 8 violoncelos.

Bach era mesmo qualquer coisa de extraordinário, basta ouvir os primeiros acordes num simples violoncelo e é uma explosão de sentimentos.

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Cinefilia

Não sou cinéfilo.
Mas se ser cinéfilo é amar cinema.
Querer conhecer filmes de todos os géneros e tempos.
Então sou cinéfilo a toda a hora.
E a minha vida é toda uma projecção de imagens,
E uma comunhão com os olhos e (nem sempre) pelos ouvidos.


Baseado no poema "Há metafísica bastante em não pensar em nada" de Alberto Caeiro.

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Drive


É uma história simples, mas uma que nunca cansa. Rapaz gosta de rapariga e rapariga gosta de rapaz. O triunfo de "Drive" é precisamente na maneira como nos conta esta história. Nicolas Winding Refn consegue pegar neste argumento, baseado no livro de James Sallis, e transformá-lo em Cinema, em grande Cinema.

Ryan Gosling no papel do condutor sem nome fala pouco com a boca mas muito com os olhos. Um papel nada fácil e que não funcionando arruína todo o filme com ele. Um peso que Gosling suporta como de uma pluma se tratasse.
A cena inicial, ao som dos The Chromatics, onde num breve monólogo nos explicam tudo que precisamos saber, com Gosling numa janela de costas a usar o seu emblemático casaco escorpião (e nunca um homem de palito na boca conseguiu ser tão sexy), é provavelmente a melhor cena inicial do ano passado, junte-se a isto o melhor beijo também. A cena do elevador, entretanto já mítica, entre o "condutor" e a bela Irene (Carey Mulligan) é de uma intensidade avassaladora. Tal como Ewan Mcgregor nos contou em "Big Fish", o amor por vezes até faz o tempo parar. Naquele momento todas as mulheres desejaram ser beijadas assim.

O elenco de secundários é seguro com um momento "Breaking Bad" meets "Sons of Anarchy", falo obviamente de Bryan Cranston no papel de patrão do "condutor" e Ron Pearlman (novamente o safado) como mafioso. Albert Brooks também dá ares de sua graça como o sócio mais racional de Perlman, aquele que normalmente limpa a porcaria que o seu amigo faz.

A evocar os anos 80 seja na estética ou na grandiosa banda sonora, o filme tem assumidamente influências de outros como "Bullit" ou "Day of the Locust". Tendo sido dedicado em tom de tributo a Alejandro Jodorowsky, do qual sou mais conhecedor como argumentista de BD do que como realizador de cinema.
O filme visualmente está todo ele muito bem conseguido. A intensidade de todas as cenas, as perseguições de carro, essenciais num filme deste género, são executadas com mestria. Como disse as influências estão lá e não são desaproveitadas.
O que poderá fazer alguns torcer o nariz ou até mesmo tapar os olhos será a forma como a violência é filmada sempre de uma forma muito estilizada à semelhança do que Cronemberg havia feito em "A History of Violence" e que eu gosto muito.

De uma forma geral é um filme de extremos ou se ama ou se odeia e dificilmente alguém lhe será indiferente que no fundo é talvez a pior coisa que se pode ficar em relação a um filme. Eu felizmente estou no primeiro grupo, sou assumidamente um dos que ficou sob o feitiço de "Drive".

Um filme para os românticos (que não têm problemas com doses massivas de ultra-violência). Um filme que citando os REM "goes out to the one I love".


terça-feira, janeiro 10, 2012

Semelhanças?

Um super detective enamorado por uma ladra que apesar de o amar não hesita em estar do seu lado oposto. Como é que nunca me lembrei disto antes?




Sherlock Holmes & Irene Adler




Batman (Bruce Wayne) & Catwoman (Selina Kyle)




Nota: Sim ambos os detectives têm um parceiro também (John Watson & Robin), mas não partilham nada entre eles além de serem os parceiros.

House of Lies


A partir de hoje todas as semanas falarei disto no TV Dependente.

O comentário ao primeiro episódio já se encontra disponível aqui.

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Torneio de Personagens de BD Asiática: Vencedor(es)





















Himura Kenshin (Rurouni Kenshin)
15 (50%)
Son Goku (Dragon Ball)
15 (50%)



Um empate? É caso para citar Fernando Pessa, " E esta hein?".
As pessoas votaram num empate, por isso para mim fica assim resolvido.
No entanto, queria colocar todas as personagens vencedoras dos torneios a votos e assim o mangá fica em vantagem. Não que seja grave claro.

E sobre este resultado qual a vossa opinião?

Eles estão de volta...

... e regressaram mesmo em grande. Já tinha saudades.

domingo, janeiro 08, 2012

Parabéns Mr. Bowie



E é mesmo de dar os parabéns. Uma carreira com tantos anos e com uma adaptação aos tempos impressionante.
A carreia mais camaleónica da História.

Muito Obrigado

sexta-feira, janeiro 06, 2012

Himura Kenshin

Uma vez que já falei do Shishio Makoto na 1º fase do torneio, vou escolher momentos em que ele não tenha entrado. Sinto que sempre que falo desta série acabo por ir parar ao Makoto não fosse ele um dos meus vilões predilectos.



Versão dobrada em inglês aqui (não encontrei a cena no original com legendas).

É certo que ele já tinha combatido contra Sanosuke na primeira vez que se encontraram, mas desde aí os dois tornaram-se melhores amigos. Sano admira Kenshin e Kenshin sabe que pode sempre contar com Sano.
Agora pela segunda vez voltam a estar em lados opostos, mas desta vez há uma amizade entre os dois e isso é visível ao longo de toda a cena. Sano salienta as qualidades do amigo constantemente ao seu aliado Katsuhiro e Kenshin tenta sempre não ferir o orgulho de Sano.
Repare-se que em termos de técnica Sano é um guerreiro muito inferior a Kenshin e ele sabe-o. Mesmo assim Kenshin leva-o sempre a sério, atente-se quando Sano lhe chama a atenção para ele desembainhar a espada e Kenshin lhe diz que apenas está a avaliá-lo e não a conter-se, por mais que Kenshin saiba que Sano não é um adversário ao seu nível ele respeita-o.
Claro que o facto de Sano não usar armas o deixa numa enorme desvantagem quando luta contra Samurais sempre agarrados à sua espada. E saliento sempre a resistência de Sano, acho mesmo que é a personagem com maior capacidade de aguentar uma carga violenta de porrada e mesmo assim conseguir levantar-se.
No fim Kenshin consegue dar-lhe uma lição (e não estou a falar da porrada), sem nunca lho dizer directamente faz com que Sano se aperceba do quão errado estava se levasse o seu plano avante e que se tornaria naquilo que mais odeia e crítica no governo Meiji.









O vídeo tem uma opção para verem com legendas.

Um dos melhores combates de Rurouni Kenshin tem de ser o mítico reencontro entre Kenshin e Saito.
Ambos combateram em lados opostos da revolução e ambos conquistaram uma fama lendária. Dois dos maiores samurais que se enfrentavam constantemente nunca havendo um vencedor definitivo.
Nesta fase Kenshin ainda não sabe que Saito está a trabalhar para o governo Meiji e o procura para se aliarem na luta contra Shishio. Afinal de contas Saito lutou na facção oposta, vê-lo do outro lado é uma surpresa para todos. Porém, faz todo o sentido, mesmo sendo muito diferente de Kenshin, Saito consegue ver que o melhor caminho é tornar este governo no melhor possível, já chega de guerras e confrontos, de sangue inocente derramado.
Mas como referi, nesta fase Kenshin ainda não sabe nada disso. Saito tem-no observado e está desiludido com o tipo de Samurai que Kenshin se tornou. Ele não acredita que Kenshin será uma mais valia na luta contra Shishio, mas Battousai (alcunha pela qual Kenshin ficou conhecido na guerra) é uma história diferente e é precisamente isso que ele pretende atingir nesta luta, ou seja, soltar novamente o Battousai que há em Kenshin.
Claro que estes dois guerreiros têm um passado juntos e os ânimos dos dois lados saltam pujantemente cá para fora. Podemos vislumbrar em Kenshin o olhar de Battousai (pela 2º vez na história) mas também no olhar de Saito conseguimos ver que a sua missão a dada altura deixa de ter importância. No fundo é como diz o Sano a dada altura "estes dois já não estão a combater aqui à nossa frente, mas novamente em Kyoto durante a revolução".
E porque é que esta luta é tão boa? Porque ambos são exímios leitores de combate. Kenshin apesar da desvantagem por usar a Sakabato (espada de gume-invertido) humilha Saito ao lhe mostrar que desenvolveu uma defesa para a sua famosa técnica Gatotsu. E Saito é uma força da Natureza, mesmo quando a sua espada é quebrada continua imparável usando o cinto e o casaco para desarmar e atacar Kenshin. Resumindo se não são parados estes dois matavam-se no fim.
São dois samurais muito equiparados, apesar de nesta fase achar que Kenshin está melhor. A defesa da Gatotsu entre outros pormenores levam-me a pensar assim, claro que para isso não se pode restringir como costuma fazer. Contudo, se há alguma dúvida entre o desfecho entre estes dois elas são dissipadas após Kenshin completar o seu treino com Hiko Seijuro (que também esteve nomeado no torneio).

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Son Goku

Na recta final do torneio de personagens de BD Asiática e aproveitando que ambos os finalistas pertencem a livros adaptados a animés, vou deixar aqui alguns dos seus momentos especiais.



Son Goku sempre foi um herói, sem qualquer tipo de maldade ou segundas intenções e sem nunca hesitar em dar a vida pelos outros. Apesar de viver para as artes marciais e por causa disso ser terrivelmente injusto para a família em várias ocasiões uma coisa é certa, para salvar uma vida Goku era capaz de tudo.
Uma cena que gosto em particular e espelha a grandiosidade desta personagem é quando Goku se sacrifica na saga do Cell.
O vilão prepara-se para, literalmente, rebentar e não vendo outro tipo de escapatória, Goku despede-se dos amigos para teletransportar Cell dali para fora.
Apesar de Gohan ter cedido à sua fúria e eventual arrogância as últimas palavras que o pai lhe deixa são como ele sempre foi, carinhosas.
E porque o humor é parte essencial da série quando Goku aparece no planeta de Kaio com um Cell prestes a explodir é hilariante.







Esta é outra cena que gosto em particular. No final de Dragon Ball Z, Goku precisa da energia de todos para vencer o Kid Buu. Quando Vegeta não é feliz a convencer as pessoas a darem a sua energia cabe a Goku tentá-lo. E aqui somos brindados com uma curta viagem por toda a história de Dragon Ball recordando vários personagens que surgiram na história.
Eventualmente tem de ser o Mr. Satan (ou Hércules na versão portuguesa) a convencer a maioria dos humanos a ajudar, mas aquela "viagem no tempo" foi bem bonita.

quarta-feira, janeiro 04, 2012

terça-feira, janeiro 03, 2012

The League no TV Dependente


Ano novo e vida nova ou pelo menos participações novas.
A partir deste ano vou começar a escrever no bem conhecido TV Dependente.
Vou escrever regularmente sobre "House of Lies" e "The League" (quando regressar). De resto irei dedicar-me maioritariamente a séries de animé.

Para me iniciar nesta nova jornada comecei por fazer um balanço à 3º temporada de "The League" e que já pode ser lido aqui.

segunda-feira, janeiro 02, 2012

BANZAI


Para quem não conhece, a NCreatures trata-se de uma produtora portuguesa que tem vindo a desenvolver vários trabalhos na área da comunicação e do marketing. Desde design, ilustração, fotografia, escrita criativa, entre outros, são vários os conteúdos trabalhados por esta produtora que cedo se envolveu com a cultura nipónica. (...)

(...) Agora estão de regresso com mais um novo projecto nacional, a revista de manga BANZAI, que na sua grande maioria é composta por trabalhos de autores portugueses, contando com participações esporádicas de autores estrangeiros, nomeadamente da Comic Party da Dinamarca e da Nosebleed Studios da Suécia, ambos parceiros da NCreatures.(...)

Para lerem o resto do texto é só consultar a edição deste mês da Rua de Baixo aqui.