segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Torneio de Personagens de BD Europeia: Grupo VIII

Adèle Blanc-Sec



Em 1972 surgiriam "Les Aventures extraordinaires d'Adèle Blanc-Sec" de Jacques Tardi.
Adèle Blanc-Sec é uma escritora de romances que está sempre envolvida em alguma trama. As suas primeiras aventuras decorrem numa Paris de 1910. No inicio é-nos apresentada como alguém que não tem o maior dos respeito pela lei, pisando a sua linha com relativa facilidade. Adèle não é uma criminosa, longe disso apenas alguém para quem os fins justificam os meios.
Tem uma personalidade forte, é corajosa e conhecida por ser um mestre dos disfarces. Aliado a isso é incrivelmente cínica e tem pouca paciência para aturar os outros salvo a excepção que estes tenham algo que lhe interesse.
Há um período em que a série dá um salto no tempo e as aventuras de Adèle regressam após a 1º Guerra Mundial. Isto aconteceu porque Tardi não queria que Adèle estivesse presente durante a guerra, citando o autor, "Her feisty nature made it impossible to provide her with a place in the war. She would not have been allowed to fight, and could no more have settled for being a nurse, than she could have remained home rolling bandages" [1].
Para isso Adèle teve de ser, há semelhança do Capitão América, criopreservada.
Recentemente foi feito um filme por Luc Besson que estreou no Sábado passado no Fantasporto. Tive oportunidade de ver e é bastante divertido, Besson soube pegar nos aspectos mais humorísticos do livro e dar-lhes a vida necessária. Talvez esta Adèle tenha mais de Indiana Jones do que a versão do Tardi, mas foi algo que não lhe assentou nada mal. Vejam o trailer aqui.






Milou


Milou é o famoso cão (Terrier Branco) da série "Les Aventures de Tintin" de Hergé (Georges Remi). Este cão é o companheiro inseparável do destemido jornalista Tintin. Onde quer que estejam podem sempre contar com a ajuda um do outro.
é retratado como sendo capaz de pensar e fiquei com a ideia que já falou em algumas histórias, mas isto será uma excepção, Milou por norma apenas ladra e só em balões de pensamento é que é visto a usar palavras.
Algumas particularidades é que sofre de aracnofobia e tem uma predilecção por Whisky, nomeadamente o Loch Lomond.







Valentina Rosselli


Regressamos à BD erótica, agora com Valentina criada em 1965 por Guido Crepax. A série começou por se apelidar de "Neutron". Philip Rembrandt (Neutron) era um investigador que namorava com a fotógrafa Valentina. Eventualmente Valentina acabaria por ofuscá-lo e em 1967 tornar-se-ia a protagonista desta BD que passaria a chamar-se "Valentina".
Inicialmente as suas aventuras caiam mais no género da fantasia e ficção científica. Mas com o tempo foram enveredando para uma linha mais sensual e erótica.
Há semelhança de Druuna, também foi inspirada numa actriz de cinema, Louise Brooks.
Existe um filme inspirado na BD, de nome Baba Yaga.






Méta-Baron


Esta personagem pertence ao universo criado originalmente por Alejandro Jodorowsky e Moebius.
Surge pela primeira vez na saga "Incal" e é o assassino que é contratado para matar o protagonista John Difool. É conhecido como o melhor mercenário de todos e uma vez que acaba por congelar Difool em vez de o matar não deixa de ficar uma sensação de Boba Fett e Han Solo no ar.
Este universo de ficção científica continuou a ser desenvolvido e expandido por Jodorowsky e outros Méta-Barons surgem ao longo de outras sagas. O aqui mencionado continua a ser explorado na série "Les Armes du Meta-Baron".
Todos os Meta-baróns são mutilados na juventude pelos seus pais com o objectivo de testar os seus limites em relação à dor física. E estamos a falar de mutilações graves, pois todos acabam por receber partes mecânicas, tornando-se cyborgs.
Para suceder o filho deve matar o pai durante um ritual em que ambos irão lutar.

1 comentário:

cube disse...

viva a adèle! e o milu, claro!:)