sexta-feira, novembro 21, 2008

The Wrestler - Trailer

Isto de estar a colocar só trailers é um bocado aborrecido, mas quando se trata de um filme da autoria de Darren Aronofsky não tenho escolha é obrigatório divulgá-lo
Este filme tem recebido os mais rasgados elogios e é o famoso regresso do colosso que dá pelo nome de Mickey Rourke.
Mais uma vez Aronofksy escolhe Clint Mansell para tratar da banda sonora. Desde "Pi" que estes dois trabalham juntos parece que em equipa vencedora não se mexe.
Cliquem na imagem para ver o trailer.
Já agora mais alguém está extremamente curioso em ver o que este realizador vai fazer na nova adaptação de "Robocop" ao cinema?

quinta-feira, novembro 20, 2008

Coraline - Trailer

Chegou finalmente o primeiro trailer referente a "Coraline".
Quase um "Nightmare Before Christmas" meets "Alice in Wonderland".
E por falar em livros de Neil Gaiman já saiu o novo "The Graveyard Book" que é considerado por muitos a sua melhor novela, nomeadamente por Dave Mckean que mais uma vez volta a colaborar com ilustrações.

terça-feira, novembro 18, 2008

80 anos de Mickey Mouse

É verdade hoje comemora-se o 80º aniversário do rato mais famoso do mundo.
Para quem quiser saber mais coisas sobre este maravilhoso personagem aconselho a leitura deste texto no "Ante-cinema" da autoria do Fernando Ribeiro.
E quanto ao Mickey muitos parabéns.

Star Trek - Trailer

Se houvesse um teste para ser Geek eu chumbaria quando tivesse de responder à pergunta: "Quantos filmes de Star Trek já viu?" Uma vez que a resposta é: nenhum.
Confesso que nunca me senti muito atraído por eles mas são clássicos da ficção científica. Acho que vou aproveitar a boleia do JJ Abrams e começar por este que explora o início da saga.
Acho que esta modernização da série poderá favorecer o "Star Trek" e muito provavelmente conquistar novos fãs.
De resto apenas tenho a dizer que o Zachary Quinto foi a escolha perfeita para interpretar o Spock ele está muito parecido com uma versão mais nova do interpretado por Leonard Nimoy.
Reparei no trailer que também vai entrar o John Cho, adorava este senhor no "Off Centre" mas depois nunca mais o vi participar em nada a sério, é pena sempre achei que ele tinha jeito para a comédia. Sei que entrou nos "Harold & Kumar" mas não vi, e de resto apanho-o ocasionalmente como convidado numa série.
Cliquem na imagem para ver o trailer.

sábado, novembro 15, 2008

Noiserv no São Jorge 14/11/2008

Ontem tive o prazer de assistir ao concerto de "Noiserv" (um projecto musical da autoria de David Santos) no São Jorge e não podia deixar passar esse momento musical despercebido. Tratava-se do concerto de apresentação do seu novo e primeiro álbum de nome "One Houndred Miles From Thoughtlessness". A quem não conhece aconselho uma passagem pela sua página do myspace para isso basta clicarem no seu nome.
O dia não era dos melhores, ao mesmo tempo estava a decorrer no Atlântico o aniversário da fnac com a presença de bandas como os "Xutos e Pontapés", os "Clã", os "Deolinda" entre muitos outros e na ZDB estavam os carismáticos "Dead Combo". A concorrência era de peso e o facto de "Noiserv" ser um projecto menos conhecido não pesava a seu favor. Felizmente a sala do São Jorge encheu e todos os presentes tiveram a oportunidade de assistir ao vivo a um dos melhores álbuns que saíram este ano por cá.
A música de "Noiserv" é realmente lindíssima e David Santos está a assumir-se como um dos grandes cantautores portugueses. As suas melodias são de uma delicadeza enorme que por vezes nos relembram uns Radiohead ou um Jeff Buckley. Sozinho no palco e munido pelos mais váriados instrumentos que iam desde um xilofone a uma máquina fotográfica, David Santos ia encantando o público enquanto ao mesmo tempo os mais variados desenhos iam surgindo a seu lado em uma tela branca. Os desenhos são da autoria de Diana Mascarenhas a mesma responsável pela arte do álbum.
A maior parte do concerto consistiu, como seria de esperar, em músicas do novo álbum, mas houve também tempo para relembrar o primeiro EP "56010-92" e para um inédito.
O concerto contou ainda com a participação de alguns amigos que ajudaram a gravar o álbum, entre os quais Luís Nunes que subiu várias vezes ao palco ou para tocar piano, ou bateria, ou guitarra. Aconselho também uma passagem pela sua página no myspace onde poderão ouvir músicas do seu projecto a solo "Walter Benjamin".
Como não podia deixar de ser não saí do São jorge sem adquirir "One Houndred Miles From Thoughtlessness". O formato do álbum é muito curioso, pois é o de um caderno de notas que contém para cada canção uma página com uma ilustração diferente. Como já tinha referido acima todas as ilustrações são da autoria de Diana Mascarenhas. O preço foi somente de cinco euros, por isso não há desculpas para não comprar "One Houndred Miles From Thoughtlessness", a música é muito boa e até o formato do álbum vale a pena. Para quem estiver interessado o seu EP encontra-se disponível para download na sua página do myspace.
Não deixem passar este projecto despercebido pois não se vão arrepender.
No fim do concerto ainda consegui autografar o álbum tanto pelo David Santos como pela Diana Mascarenhas que aproveitei para pedir um desenho, senti-me como se ainda estivesse no FIBDA (Quando o Sol nascer eu troco a foto pois a iluminação cá de casa não ajudou nada).



sexta-feira, novembro 14, 2008

Watchmen, Slumdog Millionaire e Fanboys - Trailers


Watchmen




Este novo trailer já revela mais sobre o filme e está com um aspecto soberbo. Cada noava imagem que vão mostrando nos faz salivar mais e mais por esta obra.
Além do mais neste já é poss+ivel ver a máscara do Rorschach a alterar-se e o efeito está muito bem feito.
Começo cada vez mais a acreditar que o filme vai funcionar muito bem, pelo menos que faça justiça à BD que é uma das maiores obras primas da nona arte.


Slumdog Millionaire



O novo filme de Danny Boyle ("Trainspotting", "28 Days Later") que conta com a participação de Dev Patel ("Skins").
Tem havido algum secretismo à volta deste filme, depois de ter assistio ao trailer acho que Boyle tem tudo para nos presentear com mais um clássico.
Além disto tudo o facto de ter Sigur Rós no trailer conquistou-me logo, que posso dizer, sou um coração mole.


Fanboys



Este filme passa-se na altura em que "The Phantom Menace" viria a estrear e conta a história de um grupo de geeks de "Star Wars" que decidem invadir o rancho "Skywalker" do George Lucas a fim de conseguirem visualizar a tão aguardada obra.
Neste filme entram alguns dos novos nomes da comédia Americana e a excelente Kristen Bell que após ter chamado a atenção em "Veronica Mars" parece não estar com problemas em arranjar novos trabalhos e nós agradecemos.
O filme contém também com a participação especial de membros da clássica saga "Star Wars" entre outros ilustres tais como o grande William Shatner.

Superheroes ask: "Does this outfit make me look gay?"



Um amigo enviou-me este vídeo por email e já que se andava a falar do Batman e do Robin nos comentários de um post atrás, não resisti em colocá-lo aqui.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Joker

Finalmente já se encontra disponível o novo trabalho de Brian Azzarello e Lee Bermejo, a dupla que nos tinha trazido"Lex Luthor: Man of Steel". Se anteriormente escolheram criar um livro sobre o mítico vilão do Superman, desta vez chegou a vez de ilustrar a vida do mais temível vilão do Homem Morcego, o Joker.
Há semelhança da dupla Jeph loeb e Tim Sale que popularizaram a saga das cores sobre super heróis, tais como "Homem Aranha: Azul", "Daredevil: Yellow" ou "Hulk: Gray" coloca-se a questão se esta ideia de Azzarello e Bermejo será também algo a continuar a explorar no futuro relativamente a outros némesis.
Esta novela gráfica chamar-se-ia inicialmente "Joker: The Dark Knight", seguindo a mesma linha de "Lex Luthor: Man of Steel. Mas devido ao lançamento do filme o título teve de ser alterado para "Joker" que na minha opinião funciona perfeitamente. No entanto o título inicial também tinha a sua piada uma vez que tenciona apelidar os vilões de um título conquistado pelos seus respectivos inimigos, os heróis.
Ao contrário do que eu pensava "Joker" não é uma BD baseada no Joker criado por Heath Ledger. Segundo Brian Azzarello, ele e Lee Bermejo começaram a trabalhar nesta história antes do filme, já há mais de dois anos e estavam prontos para lançá-la antes da estreia de "The Dark Knight", mas a DC comics optou por fazê-lo depois, muito provavelmente para aproveitar todo o furor à volta do filme. Após ter visto o Joker de Ledger, Azzarello compreendeu a decisão da editora pois na sua opinião quem adorou o personagem no filme vai adorá-lo neste livro.
Depois de o ler posso comprovar que de facto este Joker não é o mesmo de "The Dark Knight" no entanto todo o livro tem um sabor a sequela do filme (mesmo não o sendo) e visualmente o Joker é idêntico ao de Ledger. É normal que hajam pontos similares tanto no filme como na BD uma vez que há semelhança de Christopher Nolan, Azzarello teve uma abordagem realista ao personagem e ao seu Universo. No entanto penso que os autores devem ter tido acesso a algum material do filme nomeadamente à caracterização do Joker, pois como disse a semelhança entre os dois é notória.
O livro começa com o Joker a ser solto do Asilo Arkham porque aparentemente conseguiu convencê-los de que não era maluco. Como disse anteriormente todo o livro me lembrava o filme e por isso quando vi Harley Queen pensei que talvez fosse ela a razão da fuga de Joker uma vez que na BD ela era uma psiquiatra em Arkham que ao estudar o Joker acabou por se deixar seduzir por ele e pelas suas ideias. Lembrei-me disto porque a personagem não foi introduzida no filme e poderiam ter aproveitado esta história que contei da autoria de Bruce Timm. Contudo como já tinha dito, isto não é uma sequela e a forma como Joker se safou de Arkham permanecerá sempre um mistério, bem como outros pormenores da história, o que até faz todo o seu estilo.
Ninguém do grupo de bandidos do Joker o quer ir buscar à prisão excepto um sujeito de nome Jonny Frost. Frost que ser alguém no mundo do crime e para isso irá seguir todos os passos do Joker para o poder conhecer e compreender melhor. Infelizmente, por vezes devíamos ter cuidado com aquilo que desejamos.
Durante o tempo em que Joker esteve preso vários criminosos dividiram Gotham City entre si, algo que não agradou em nada o "palhaço do crime" que ao sair em liberdade tem como plano recuperar, nas suas palavras, a sua cidade. Para isso Joker irá encontrar alguns dos vilões mais conhecidos por nós, tais como o Penguin, o Riddler e o mais importante o Two-Face. Todos os vilões se sentem aterrorizados pelo Joker e o único capaz de lhe fazer frente é precisamente Two-Face, mas até ele poderá ser obrigado a recorrer à última pessoa que desejaria, para se livrar de tamanho pesadelo e acreditem pesadelo é a palavra ideal para descrever o que o Joker os faz sentir. O Killer Croc é dos vilões clássicos aquele que mais aparece a seguir ao Joker, mas Croc está do lado do palhaço. Azzarello já tinha tido uma abordagem mais realista a este personagem em "Broken City" quando o descreveu como alguém com uma doença de pele e não como um verdadeiro "Homem Crocodilo". Aqui Killer Croc é um enorme monte de músculos que se encontra ao serviço do palhaço e claro a sua pele mantém uma certa tonalidade que o difere de todos os outros, caso contrário a referência ao crocodilo não fazia tanto sentido. Uma coisa é certa, encontram-se aqui algumas boas ideias para abordar certos personagens de forma realista quem sabe, por exemplo, num próximo filme.
Esta é sem dúvida umas das mais crus e violentas histórias feitas sobre o personagem. Todos sabemos que o Joker é capaz de tudo e no entanto este livro faz-nos por vezes sentir repulsa do personagem, foi sem dúvida uma experiência intensa.
Nesta BD, Azzarello não optou por contar a história do ponto de vista do personagem principal tal como tinha feito em "Lex Luthor: Man of Steel" mas antes de Jonny Frost. A decisão foi muito provavelmente a mais acertada, afinal quem se quer aventurar a entrar na mente de um dos maiores dementes de sempre? Além de que o próprio autor afirmou que contar a história a partir da mente do Joker era tirar poder ao personagem pois nunca ninguém sabe o que ele vai fazer a seguir.
Também adorei a arte que alterna anarquicamente entre desenhos num estilo mais tradicional e outros 100% digitais com um rigor excepcional. Fica a questão se esta decisão foi tomada por falta de tempo em colorir tudo da mesma forma ou para simplesmente a arte ser há semelhança do Joker, instável. Independentemente da resposta a arte é muito boa e isso é o que interessa.Uma das questões que todos devem estar a fazer neste momento, é se Batman participa nesta história apesar de ela ser sobre o Joker. Posso dizer que há referências constantes ao vigilante da noite sejam elas no jornal, em simples conversas, ou simplesmente quando Joker olha para o céu e se dirige certamente a ele. Batman faz parte desta cidade e poderá surgir em qualquer instante pronto para derrubar aqueles que infestam Gotham City como uma doença.
Azzarello afirmou que "Joker" foi o livro mais violento que escreveu até hoje. Para mim foi sem dúvida um dos mais violentos que li sobre o Joker, no entanto como apreciador de obras violentas e perturbadoras, não posso deixar de pensar que se queriam enveredar por um caminho tão sombrio podiam ter ido mais longe. Mas isto já constitui um problema geral nas editoras Americanas que na maior parte das vezes não se arriscam a ir por caminhos mais negros, o que é na minha opinião uma pena. Reparem que logo no início da história, na cena em que Joker mostra o "dedo", a sua mão aparece cortada no plano. Será que até isso têm de censurar? Ou então até foi uma decisão dos artistas e estou completamente enganado, mas é que ultimamente o crescendo da censura nos comics Americanos tem-me irritado. Pelo menos este "Joker" tem um sabor a Vertigo o que já é muito bom.
Em relação ao parágrafo anterior espero que não o interpretem como um ataque ao livro pois é apenas um desabafo em relação a algumas decisões cometidas na indústria Americana da BD. O livro vale muito a pena e contém algumas cenas e diálogos absolutamente excepcionais, tais como a história que Joker conta sobre um individuo que tinha o sonho de dar a volta ao mundo de carro em apenas um dia.
Esta é mais uma nova e interessante abordagem ao personagem, que para qualquer fã é absolutamente indispensável.

Série de TV sobre o Robin Recusada

Parece que afinal a série de TV sobre o Robin não irá para a frente.
O produtor da Warner Bros. Jeff Robinov, que inicialmente tinha aceite o projecto teve uma súbita mudança de ideias e recusou-o.
Existem rumores no entanto que indicam que esta decisão poderá estar associada ao facto de Christopher Nolan não ter gostado da ideia.
Como já se sabe Nolan não é particular fã do personagem e recusaria filmar o Batman se este tivesse de entrar no filme.
Tinha a sensação de que este projecto ia ser um valente tiro no pé por isso acho que tomaram a decisão correcta. Claro que existe sempre a possibilidade de sermos surpreendidos e agora nunca vamos descobrir mas sinceramente duvido que fosse o caso.


Fonte: TV Dependente

quarta-feira, novembro 05, 2008

Top 25 Vilões Masculinos no Cinema - Parte3


10 - Jack Torrance (The Shining)


Se a ideia de estar isolado num grande hotel na presença de um maníaco já é só por si assustadora, então não quero nem imaginar como seria se essa pessoa fosse o meu pai ou a minha mulher.
O hotel em questão está longe de ser um edifício comum, tendo sido construído por cima de um cemitério Índio, apresentava já antes da família Torrance, um passado coberto em sangue.
Com o passar do tempo a influência deste hotel foi cada vez maior em Jack Torrance e pouco a pouco ele foi caminhando para a sua loucura acabando por se virar contra a sua própria família tentando matá-la.
Eu já acho que Jack Nicholson tem um ar extremamente alucinado no seu estado normal quanto mais quando representa psicopatas.
É um actor fabuloso que tem um jeito natural para interpretar a demência. Já tinha sido referido na lista pelo seu "Joker" e agora volta-o a ser por este "Jack Torrance" porque sem dúvida alguma as suas interpretações são memoráveis.


9 - Anton Chigurh (No Country For Old Men)

Já tinha dito o quanto adoro um bom Hitman e Javier Bardem elevou a fasquia muito alto com este Anton Chigurh.
Temos aqui um excelente profissional no que toca à arte de matar mas com um leque de características bastante invulgares que tornam o seu personagem ainda mais interessante.
Estamos perante um individuo realmente intimidador que há semelhança de um Two-Face traz sempre consigo uma moeda que utiliza em algumas ocasiões para decidir sobre a vida de uma pessoa. Esta moeda é responsável por uma das mais intensas cenas do filme, a que se desenrola na loja de conveniência, uma das melhores na minha opinião.
Depois há aquele pormenor fantástico de estarmos perante um feroz assassino que tem um particular cuidado em não deixar sujar as suas botas com sangue.
Por fim ainda temos o seu peculiar código de moral, se não reparem no facto de no final do filme ele ter ido de propósito assassinar a mulher de Llewelyn Moss apenas porque tinha prometido que o faria, caso Moss não se entregasse. A pobre rapariga não constituía qualquer perigo e o seu marido já tinha sido morto por Chigurh mas como este foi apanhado ao invés de se ter entregue, Chigurh achou que tinha de cumprir a promessa na mesma.
Bardem interpreta este assassino na perfeição. O seu olhar corta-nos como uma navalha e a sua expressão facial "orgásmica" quando o vemos matar pela primeira vez mostra-nos que não há margem para dúvidas, estamos perante um dos assassinos mais perturbantes do Cinema.


8 - Amon Goeth (Schindler's List)


Este é o primeiro vilão desta lista que existiu na realidade. Ralph Fiennes fez um retrato impressionante deste oficial Nazi.
Goeth comandava campos de concentração com uma frieza arrepiante. Ele acreditava verdadeiramente no lixo que representa o Nazismo. Matava judeus como quem troca de camisa e era capaz de fazê-lo tão rápido como um piscar de olhos.
Uma das características mais interessantes no personagem foi o facto de se ter apaixonado pela sua empregada judia. Estamos perante um homem que despreza violentamente os judeus e que acaba por se apaixonar precisamente por um membro do povo que ele tanto odeia o que lhe causava um enorme sofrimento. Isto tem quase um sabor a "justiça poética" mas justiça era algo que existia raramente naquela época tão terrível.
Um das cenas que melhor recordo em relação a este personagem é aquela em que Schindler tenta convencer Goeth a ser mais misericordioso e a aprender a perdoar. Goeth tenta isso com um dos seus escravos mas rapidamente muda de ideias e dispara contra ele da sua varanda. Sim Goeth é o tipo de homem que é capaz de se levantar de manha, ir até à sua varanda, e se lhe apetecer matar alguns judeus.
É um vilão terrífico e uma presença obrigatória nesta lista.


7 - Alex DeLarge (A Clockwork Orange)

Sexo, drogas e Lludwig Van. Sim porque Alex trata sempre este compositor pelo primeiro nome e nunca por Beethoven.
Nunca vi um filme mau, aliás mediano de Stanley Kubrick. Todos os filmes que tive a oportunidade e o prazer de ver, realizados por este grande senhor da sétima arte são de uma elevada qualidade e "A Clockwork Orange" além de ter sido um dos meus primeiros é um dos meus predilectos também.
Alex é um criminoso capaz de tudo. Para ele não existem limites no que toca à violência, tanto é capaz de espancar um velho mendigo deitado na rua como de violar uma mulher enquanto canta "I´m Singing in the Rain" e espanca o marido ao mesmo tempo. São estas peculiaridades que tornam o personagem icónico, até as drogas que consome estão dissolvidas no seu copo de leitinho.
Este amante da ultra-violência é tão alucinado que quando se encontra em "reabilitação" a ler sobre a vida de Cristo na bíblia a primeira coisa que lhe preenche a imaginação é a imagem dele no lugar do Romano que se encontra a chicotear Jesus. Parece que "dar a outra face" não é para este menino.


6 - Frank Booth (Blue Velvet)

Já percebi que alguns dos personagens mais doentios têm uma muito perturbadora panca com as suas mães. Falei disto na altura em que abordei Norman Bates e agora volto a fazê-lo com Frank Booth.
Frank Booth raptou o marido e filho de Dorothy Vallens para obrigá-la a efectuar serviços sexuais para ele. Como se isto não bastasse, os desejos de Frank são no mínimo doentios, ele profere frases como "Oh Mommy!" e "Baby wants to fuck! Baby wants to fuck Blue Velvet!" enquanto se prepara para a violar. E faz tudo isto enquanto inala Nitrato de Amilo com o objectivo de aumentar a sua intensidade sexual. Inicialmente Lynch queria que Frank estivesse a inalar hélio o que tornaria a cena ainda mais sinistra. Isto sim são cenas que realmente me perturbam.
Frank é realmente um dos personagens mais dementes do Cinema, o seu papel foi recusado por alguns actores porque consideravam o personagem demasiado repulsivo. Por outro lado Dennys Hopper adorou o personagem e segundo dizem exclamou que tinha de o interpretar porque ele era o Frank. Sendo uma hipérbole ou não e esperemos que sim Dennys Hopper foi de facto o homem perfeito para encarnar Frank Booth, disso não há dúvidas.


5 - Don Michael Corleone (The Godfather: Part II)

A saga da "Guerra das Estrelas" faz-me em parte lembrar a saga de o "Padrinho", uma vez que ambas abordam a ascensão de um herói e a sua queda. Apesar de serem personagens e filmes completamente diferentes tanto Anakin Skywalker como Michael Corleone apresentam algumas semelhanças entre eles. Ambos começaram por ser heróis que acabaram por enveredar por um caminho mais negro ao tentarem proteger as pessoas que mais amavam, Anakin a sua mulher e Michael o seu pai. E no final foram também dois vilões amargurados e atormentados pelos erros do passado procurando a redenção.
É precisamente no segundo capítulo desta trilogia que assistimos ao lado mais vilão deste personagem. Apesar de assistirmos à sua transformação no primeiro filme ele é ainda na sua maior parte "o bom rapaz" e no terceiro como já referi é um homem amargurado em busca de perdão.
Nesta segunda parte começamos logo por assistir à vingança de Michael que não esqueceu o assassinato da sua primeira mulher que tinha ocorrido no primeiro filme. Esta cena apesar de curta revela-nos muito sobre o seu carácter, Michael tornou-se não só num homem que não esquece, mas também num homem que não perdoa, factor esse que culmina no final do filme quando Michael aceita matar o seu próprio irmão, sangue do seu sangue.
E pensar que esta saga que é hoje considerada como uma das grandes obras primas do Cinema, correu um grande risco de não ser nem realizada por Coppola nem interpretada por Pacino. Coppola é conhecido por batalhar muito pelos seus filmes e pela sua visão. Ainda bem que o fez a sua paixão é notória e inspiradora.



4 - Dr. Hannibal Lecter (The Silence Of The Lambs)

O "Silêncio dos Inocentes" é um dos melhores thrillers que vi na vida. Todo o filme é brilhante, mas há uma personagem em particular que sobressai em relação a todas as outras. O Doutor Hannibal Lecter.
Na verdade Lecter aparece muito pouco no filme, mas a intensidade que emana do seu personagem é tão grande que nem nos apercebemos disso, todo o "Silêncio dos Inocentes" respira Hannibal Lecter. Por falar nisto, Anthony Hopknins ainda detém hoje o recorde de ter a interpretação mais curta de sempre a vencer um óscar.
E apesar de existirem mais filmes sobre este personagem, para mim chega existir o "Silêncio dos Inocentes" para ele estar nesta posição.
Hannibal Lecter já tinha sido interpretado no passado por Brian Cox em "Manhunter" (na altura Hannibal Lecktor) e apesar de adorar o actor é caso para dizer que Hopkins é que nasceu para interpretar este doutor.
Dotado de uma enorme inteligência, conseguiu dar estilo ao canibalismo e apesar de ser capaz de cometer alguns dos mais horrendos crimes, não tolera a má educação. É impossível não adorar este personagem (em cinema claro, eu é que não me queria encontrar com ele na esquina de uma rua ou pior numa cozinha).


3 - Darth Vader (Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back)


Escolhi salientar "O Império Contra Ataca" porque considero que é neste filme que Darth Vader mais brilha, além de ser na minha opinião o melhor filme da "Guerra das Estrelas". É claro que o "Regresso do Jedi" contém uma das mais belas cenas com Vader quando ele salva o seu filho. Mas esta é uma lista de vilões e não de actos heróicos.
O que dizer deste personagem mítico? Lord Vader marcou a infância de muitos nós, era um antigo Jedi de nome Anakin Skywalker que por alguma razão (que viríamos a descobrir mais tarde com os novos capítulos) foi seduzido pelo lado negro da força, traindo os seus amigos e ajudando na devastação dos Jedi' s no final da guerra dos clones.
O que faz um homem como era Skywalker enveredar por tal caminho? A resposta é muitas vezes a mesma, o amor.
Darth Vader tornou-se um dos homens mais temíveis da galáxia, mas é um homem atormentado, além de todas as vidas inocentes que tirou sente-se culpado pela morte da pessoa que mais amava no Universo, Padmé Amidala. Existe uma BD em que Vader luta contra um clone de Darth Maul e quando se prepara para desferir o golpe final, Maul afirma que o lado negro da força é incrivelmente poderoso nele porque o seu ódio é imenso e pergunta-lhe quem é que ele odeia tanto na vida? A sua resposta é que a pessoa que ele mais odeia é a si próprio.
No entanto a traição aos Jedi' s não deixou Vader ileso, após uma luta contra Obi-Wan Kenobi o seu antigo mestre e irmão de armas, Vader foi gravemente ferido tornando-se metade homem e metade máquina. Daí vem o seu famoso fato e claro aquele som da sua respiração que marcou tanto esta saga.


2 - Vlad Tepes Drăculea III (Bram Stoker's Dracula)


Qualquer lista de vilões elaborada por mim terá sempre de mencionar o Drácula, uma das personagens que considero mais fascinantes de sempre.
Bram Stoker pegou em Vlad Tepes "O Empalador" e transformou-o na lenda que é Drácula.
Como o seu próprio cognome indica Vlad não era propriamente um herói, os seus métodos eram de uma crueldade imensa e foi muito possivelmente o primeiro homem a usar armas biológicas quando enviava os seus homens doentes para a frente de batalha a fim de contaminar os seus inimigos.
Mas concentremos-nos no filme de Francis Ford Coppola, afinal esta é uma lista de vilões cinematográficos.
O amor volta aqui a desempenhar o papel central, pois a história de Bram Stoker é acima de tudo uma história de amor.
Enquanto Vlad combatia contra os Turcos uma falsa mensagem da sua morte chegou até ao seu castelo o que fez com que a sua amada Elisabeta cometesse suicídio a fim de encontrar o seu amado numa outra vida.
Quando Vlad regressa encontra o cadáver de Elisabeta junto a uma nota de suicídio. Além da imensa dor que sente ao descobrir este acontecimento um dos padres católicos profere que o suicídio é contra a lei de Deus e por isso a alma de Elisabeta está condenada para toda a eternidade.
O seu amor era tão grande que Vlad renuncia a Deus por ela. Para quê ter a nossa salvação se não for para estar ao lado do nosso maior amor? Invadido por um ódio tremendo Vlad revolta-se contra Deus e promete erguer-se do seu túmulo para vingar a amada com todo o poder das trevas. Tais palavras e acções iriam condená-lo para (quase) sempre.
Esta cena inicial do filme marcou-me profundamente, a imagem da cruz a sangrar após Vlad lhe cravar a sua espada, aliada a uma poderosa banda sonora é absolutamente magistral.
Ainda não vi "Nosferatu" de F.W. Murnau, por isso a imagem que mais me marcou deste personagem foi sem dúvida a interpretada por Gary Oldman. Após este filme segui a sua carreira com atenção e cedo se tornou um dos actores que mais admiro no Cinema.
Para terminar deixo aqui uma recordação da minha passagem pela Transilvânia:


1 - Dr. Evil (Austin Powers)


Sim é claro que estou a brincar :P
continuem a ler para ver o verdadeiro número um.



1 - The Joker (The Dark Knight)

Acreditem ou não estive muito reticente em saber se colocava este personagem em primeiro lugar. Afinal de contas este Joker é recente quando comparado com os restantes do pódio. Drácula, Vader, Lecter entre outros têm a seu favor anos e anos de existência, são personagem com que cresci. Mas a verdade é que o mesmo sucedeu com Joker, a diferença é que foi através da Banda Desenhada.
O Joker tornou-se ao longo dos anos o meu vilão predilecto e quando vi a interpretação de Heath Ledger no cinema fiquei arrebatado, era para mim a adaptação perfeita deste vilão. Lembro-me de ter ficado delirante quando soube quem era o actor que o ia interpretar, pois além de admirar muito o seu trabalho, depois o ter ouvido falar sobre o Joker tive a certeza de que iria fazer um trabalho memorável.
O Joker ao longo dos anos já foi retratado de várias formas, alguns escritores dão mais ênfase ao seu lado humorítico, outros ao seu lado psicótico e outros aos dois. Jack Nicholson interpretou o Joker perfeito para o universo criado por Tim Burton assim como Ledger fez o mesmo para o universo de Christopher Nolan.
Ver o personagem que tanto gosto ganhar vida nas mãos de Ledger, ouvir aquela voz que é tanto demente como demoníaca fizeram esta "criança grande" muito feliz. E sendo claramente uma adaptação do personagem não pude deixar de notar as influências de "The Killing Joke" e "Arkham Asylum" na transformação deste Joker e adorei-as.
Uma curiosidade sobre o Joker é que este foi influenciado pelo cinema, nomeadamente pelo filme de Paul Leni "The Man Who Laughs" uma adaptação da obra de Victor Hugo. O Joker começou a ser criado fisicamente quando Bill Finger mostrou a Bob Kane uma fotografia de Conrad Veidt maquilhado para o filme em questão (ver imagem do lado direito). As semelhanças são notórias.
Esta influência seria mencionada ou diria até homenageada na novela gráfica de Ed Brubaker e Doug Mahnke que apresenta o mesmo título que o filme.
O Joker tem tanto de louco como de brilhante aliás são muitas as vezes que estas características andam lado a lado. É o vilão mais assustador do Homem Morcego porque não se consegue compreender e ninguém faz ideia de quem ou de onde ele veio. Não pode ser intimidado, chantageado ou assustado ele é a personificação do terror e da insanidade mental.
Termino com uma frase que pode ser encontrada na BD "Underworld Unleashed":

"When supervillains want to scare the hell out of each other... they tell Joker stories"

terça-feira, novembro 04, 2008

Festival Black & White


O 6º Festival Audiovisual "Black & White" teve recentemente os eu arranque oficial.
Não se assustem não é um festival dedicado ao Michael Jackson mas antes um festival que celebra a produção artística a preto e branco e divide-se em três categorias: vídeo, áudio e fotografia.
A data limite para recepção de trabalhos é 20 de Fevereiro de 2009 e o festival irá decorrer entre os dias 22 e 25 de Abril do mesmo ano.
Para mais informações consultem o site oficial clicando na imagem.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Poster de Coraline

Photobucket

Ainda não tinha aqui falado de "Coraline" e vou aproveitar para o fazer agora que saiu o poster do filme.
"Coraline" é a mais recente adaptação ao cinema de animação de Henry Selick o célebre realizador desse mundo mágico que é "Nigthmare Before Christmas".
Agora em vez de Tim Burton, Selick foi viajar para as terras de outro mestre da fantasia, Neil Gaiman.
Para os mais interessados além do livro original de Gaiman que contém ilustrações do mestre Dave Mckean, existe também uma adaptação de banda desenhada por P.Craig Russel que já tinha adaptado no passado um conto de Gaiman de nome "Murder Mysteries".
Quem esteve no FIBDA a assistir à palestra de Dave Mckean terá certamente ouvido falar, nem que tenha sido por breves momentos, nesta obra.