terça-feira, julho 09, 2013

Man of Steel




SPOILERS


Quando os trailers de “Man of Steel” começaram a emergir, previa-se uma abordagem épica e, acima de tudo, inspiradora ao primeiro Super-Herói da História dos comics. Um amigo meu alertou que os trailers dos filmes do Zach Snyder parecem sempre antecipar grandeza, ou seja, é melhor não depositar demasiadas esperanças nessas curtas amostras… ele tinha razão.



PARTE 1: A PERSONAGEM




Vou começar por falar da abordagem à personagem, antes de discutir o filme em si. Kal-El, Clark Kent, ou Superman, é uma personagem que comemora 75 anos de existência este ano. Estamos perante um dos maiores ícones da cultura popular e uma das maiores referências da BD. A prova disso é que passados 75 anos a personagem continua a ser publicada todos os meses e em mais do que um comic - para o bem e para o mal. Seria ingénuo pensar que durante estes 75 anos o Super-Homem sempre foi escrito da mesma forma. A personagem foi adaptando-se aos seus tempos e determinados aspectos foram sendo alterados na sua vida, dando por vezes uma maior robustez ao universo da personagem, um desses exemplos é a história por detrás do seu símbolo. Quando Jerry Siegel e Joe Shuster criaram o herói, o "S" que tinha ao peito era, obviamente, de Superman. Posteriormente no filme de Donner tornaram esse o símbolo da casa "El" assim permanecendo até hoje. Em 86 na história "The Man Of Steel" o símbolo tem origem numa tribo Índia representando uma cobra, símbolo de poderes curativos, esta seria uma abordagem descartada. Mais recentemente Mark Waid em "Superman: Birthright" diz que o símbolo da casa "El" simboliza a esperança, característica usada neste novo filme.

Quando falamos da adaptação de uma personagem destas é preciso ter em conta de que fase (ou fases) estamos a falar. No caso de Richard Donner o Super-Homem (1978) adaptado é claramente uma versão antes da saga "Crisis on Infinite Earths" (1985-86), uma vez que estamos perante a versão mais poderosa da personagem, um ser quase omnipotente capaz de mudar a órbita da Terra e voltar atrás no tempo. Esta versão é, actualmente,  datada uma vez que a personagem sofreu um severo decréscimo nos seus poderes desde os anos 80 a fim de revitalizar as suas vendas, tendo assim ficado até agora. Normalmente esta versão mais poderosa de Superman é apelidada pelos fãs de "Superman Pre-Crisis" a fim de distingui-la da mais actual. Aproveito para fazer um aparte e salientar que na nova colecção da Levoir e do Jornal Público referente aos "Heróis DC", a "Crisis on Infinite Earths" será publicada.

Em finais de 2010, a DC sofreu mais um reboot, conhecido pelos "Novos 52" e onde uma nova versão do Super regressou, a versão que se tornou conhecida por ter perdido as cuecas vermelhas (além disso o seu fato também ganhou um tom maior de armadura). Será justo admitir que David S. Goyer e Christopher Nolan se aproximaram de uma versão mais moderna da personagem neste filme, inspirando-se nas BD's de Mark Waid e talvez nas dos "Novos 52", entre outras. Se já em Batman os acusaram de se afastarem do universo da "BD" a verdade é que tal não está mais incorrecto, a questão prende-se mais a que "BD's" é que foram "beber"?

Mesmo assim muitos leitores de "Superman" deverão ter ficado, como eu, surpreendidos com algumas escolhas artísticas, porque pura e simplesmente este não era o Super que conhecíamos. Por muito que Kal-El tenha sido escrito de forma diferente ao longo dos anos há determinadas filosofias de vida que se mantêm e fazem da personagem aquilo que ela é. E se deve haver liberdade numa adaptação até que ponto deverá haver liberdade para mexer na personalidade das personagens? Sem determinadas características o Superman passa a ser simplesmente outro herói. Veja-se por exemplo o caso de Perry Whyte, se tivermos em conta a sua personalidade na BD, dificilmente o vejo a usar um brinco, ou seja, o Perry White de Lawrence Fishburne é uma boa personagem que funciona no filme, mas não é o Perry White da BD. Tinha de ser? Provavelmente não, mas quando a questão é colocada ao protagonista a situação complicae gera maior discussão.

O "Superman" é na BD o herói mais inspirador, ele é a luz quando o Batman é a sombra. Até a fonte do seu poder é proveniente da luz, do Sol. Ele não cobre a sua face, ele actua de dia; ele não salva uma cidade, ele salva o mundo. Ele é o espírito da justiça e da bondade e por mais acarinhado que seja na Terra, parte dele estará sempre sozinha (ou até chegar a prima e a pequena cidade de Kandor). Sempre me senti mais atraído pelos heróis mais negros e sempre adorei ler os anti-heróis, contudo, sempre tive um imenso respeito e consideração pelos cavaleiros da luz, pelos puros de coração cujas escolhas são por vezes, se não sempre, as mais difíceis. Podemos divertir-nos muito mais a ler os outros, mas ao final do dia, é à imagem dos bons que nos devíamos moldar.

Dito isto, o Superman não é vingativo, o Superman nunca deixaria morrer o pai se pudesse preveni-lo, o Superman tentará sempre proteger aqueles que o rodeiam tentando afastar a destruição dos grandes locais populados e o Superman nunca matará. E ao mesmo tempo nada disto é inédito na BD também - excepto a cena do pai. Superman já matou, nos anos 80, uma versão alternativa de Zod (penso que em "Superman Vol.2 #22") e posteriormente Doomsday em "The Death of Superman", apesar de neste último acabar por morrer no processo. A título pessoal, o que mais me incomodou na cena final não foi o resultado mas antes o desenvolvimento. Era preciso sentirmos mais, era preciso incomodarmos-nos como o dilema moral do Super e era preciso partilhar da sua dor, da sua falha. Snyder já argumentou a importância da morte de Zod para justificar poque o Super não mata no futuro, uma razão que discordo, pois não precisamos de experimentar tudo para nos definir a não seguir esse caminho.

De qualquer das formas, não me parece que Nolan e Goyer se estejam a afastar da noção do herói puro que é Kal-El, mas antes a dar-lhe um desenvolvimento diferente até ele chegar a esse ponto. Percebe-se por exemplo a importância da morte de Jonathan Kent, se tivermos em conta o caminho que o argumento quer seguir. Há coisas mais importantes que uma vida e Jonathan Kent não é um homem só de palavras estando disposto a prova-lo nas suas acções. Mesmo assim não gostei da cena em si e de como foi executada, além disso não me parece que seria aquele salvamento durante um tornado que iria revelar ao mundo a existência de um alienígena e as repercussões que isso teria, mas é o que temos, um foco grande na futura revelação de Superman e o momento em que a humanidade estará pronta para receber essa notícia... que basicamente é quando se aproxima da extinção. Só quando a corda aperta é que os corações se abrem.

Mesmo que não partilhe do entusiasmo desta nova abordagem, posso aceitar a ideia dos autores e apreciar o filme enquanto peça cinematográfica. Nesse sentido mesmo quando as adaptações não são fiéis ao material de origem, se o produto final resultar, se o filme for bom, as coisas tendem até a ser perdoadas, claro que cada caso é um caso. Mas deixemos Kal-El em paz e abordemos o filme em seguida.





PARTE II: O FILME 




No que toca aos filmes, é mais do que natural haver uma abordagem diferente das anteriores quando falamos em adaptar material que já o foi previamente. Logo nos primeiros instantes nos deparamos com uma Krypton diferente da de Richard Donner, onde os cristais foram substituídos por grãos de metal. É uma sequência bastante empolgante esta, nem que seja porque nunca antes vimos tanto de Krypton na grande tela. Gostei particularmente do destaque dado a Jor-El, que não deve nada ao filho enquanto personagem. Jor da casa El é um cientista brilhante e um homem igualmente sensato e justo, tudo isso passa através de Russel Crowe.

Contudo, as alterações de Krypton não se prendem apenas com aspectos tecnológicos, a própria mitologia desta espécie foi alterada. Há mais de 300 anos que todos os kryptonianos são cultivados (há semelhança do que se viu em “Matrix”) sendo cada bebé desenvolvido para determinados cargos, eliminando assim o acaso, um caminho que conduz à deterioração de uma espécie em tempos grandiosa. Kal-El tem assim um acréscimo de responsabilidade aos seus ombros, pois é também o primeiro a nascer de forma natural após todos este anos e levará consigo o código genético do seu povo caso algum dia este tenha oportunidade de retornar. De resto sabemos que Jor-El é aquele que descobre primeiro que o seu planeta está condenado, justificando desta vez que tal se deve a uma exploração dos recursos no núcleo do mesmo. Novamente, a voz de Jor-El não é tida muito em conta pelo conselho de Krypton. Curiosamente quem poderia ser o seu maior aliado é o General Zod, mas que opta por uma via de acção bastante diferente e incompatível com as ideias de Jor. Como referi é um início empolgante e agora que reflicto sobre isso, uma das melhores partes do filme.

Daqui saltamos para 33 anos (terrestres) à frente. Kal-El, agora Clark Kent, é único em Krypton (nasceu de forma diferente), é único na Terra (como o pai refere é um deus para nós) e, para não haver dúvidas na intenção, tem a mesma idade com que Cristo morreu, algo a que não resistiram nesta nova divinização da personagem. 33 anos? Mas o que é que ele tem andando a fazer neste tempo todo? No recente "Action Comics" o Super ainda não sabia voar e já andava a pular de prédio em prédio como o activista que é. Pronto já estou a dispersar, é que ter o Grant Morrison como consultor do filme tinha valido a pena.

Em relação à sua infância no Kansas é abordada através de flashbacks, suponho que o filme se tornaria demasiado longo se fosse feito de outra forma e as coisas até funcionaram bem. Ainda assim eu optaria por dar mais atenção a esta parte substituindo-a por alguns dos minutos da segunda metade. De qualquer das formas, contam-nos determinados momentos chave no crescimento de Clark Kent e são suficientes para compreendermos o que a personagem passou e o estado em que se encontra. Ao seguirmos este Clark a vaguear pelo mundo, ajudando incognitamente os que pode, uma coisa que nos salta imediatamente à vista é que estamos perante uma personagem diferente da clássica, como já referi acima, este é um Clark ainda à procura da sua identidade e do seu papel no mundo.

Durante a sua jornada acaba por conhecer as suas origens na mesma altura em que conhece e ajuda Lois Lane que conduzindo uma investigação em busca do seu salvador, acaba por encontra-lo. Lois Lane sabe que Clark Kent é Kal-El, optando-se, nesta nova modernização da personagem, por eliminar a parte em que Lois não reconhece o amor da sua vida através de um par de óculos. Compreende-se a escolha, por mim, nunca me incomodou, é mais uma daquelas situações cartunescas deste universo e que ganhou tamanhã projecção que é completamente aceitável, estamos a falar afinal de contas de malta que usa capa e voa em collants. Mas neste universo mais realista que se tentou criar, parece que era uma opção não viável. Espero que não descartem na sequela o Clark trapalhão que Christopher Reeve interpretou tão bem.

Quando vamos ver um filme de Super-Heróis não esperamos ver um respeito total pelas leis da física, porém, uma vez que em algumas destas novas abordagens a componente "real" parecer ser tão levada em conta, estranho muito cenas como a da sequência final onde se destroem os carros e não as pessoas ao a gravidade do planeta está a ser afectada. Nem vou mencionar o facto da Lois ter morrido pelo menos 10 vezes, aliás só estou a focar isto por causa de toda a atenção, supostamente, científica que parece ser dada ao filme. Nesse sentido "Superman Returns" pareceu ser bem mais atencioso, um filme, aliás, que me parece ter sido bastante injustiçado e cuja maior fraqueza foi uma aproximação demasiado grande ao primeiro filme de Donner e não o facto de ter "pouca acção" como foi acusado. "Superman Returns" com todos os defeitos que pode ter, emociona.

Se a primeira metade de "Man of Steel" funciona relativamente bem, a segunda já nem tanto. É de facto portentoso ver kryptonianos a combater com a tecnologia da actualidade. Estamos a falar de alguns dos seres mais poderosos do Universo, cada soco seu poderia derrubar montanhas e essa força passa na perfeição do grande ecrã para nós. O que não passa tanto é a emoção e quando somos deparados por uma série de sequências destas desprovidas de sentimento, as coisas não correm tão bem. Gosto muito de pancadaria e há cenas realmente muito boas em "Man of Steel" mas desta forma e nesta quantidade, foi impossível não cair na monotonia. Talvez o problema aqui tenha sido o facto de os trailers terem prometido um filme diferente, pois não previam um festival de pancadaria à Michael Bay, mas antes uma abordagem inspiradora sobre o homem que usa um S no peito. E, no fundo é mesmo isso, ter a sensação que se aspirava aqui a algo maior, quando no fim o que mais lhe falta era aquilo que mais procurava nele, alma.

Em termos de realização Snyder sempre me pareceu um excelente profissional e aqui o peso estaria muito mais no argumento, que foi algo insípido, particularmente em alguns dos diálogos. Nesse sentido Snyder fez um bom trabalho, onde curiosamente achei que as sequências de acção evocaram mais o estilo de Nolan que o seu, onde o uso do slow-motion era quase obrigatório. Henry Cavill não deslumbrando tem uma forte presença quando veste o fato e isso é muito importante, mas é pena não ir mais longe. No que toca à grande maioria todos de certa forma cumpriram o seu papel, mas sem grandes destaques. São a excepção os pais de Kal (todos) e Michael Shannon que dá uma boa imagem do seu General Zod, que aqui até se afasta do seu papel de vilão, uma vez que é também ele um produto da sua civilização em queda. Zod no final é mais uma vitima também.

Hans Zimmer faz um bom trabalho, a sua banda sonora adequa-se muito bem ao tom e ritmo do filme. Um tom que não tem ainda espaço para o hino de John Williams (sei que não fará parte destes novos filmes), uma canção que espelha na perfeição aquilo que é o Super-Homem, claro que "esse" Super-Homem apenas fará a sua aparição na sequela (julgo eu), afinal de contas, como muitos o têm apelidado, este é de facto, o "Superman Begins", podia era ter sido um início melhor.

No fim das contas, o que temos aqui é um filme tecnicamente de topo, com alguns belos momentos de história, mas que pecam por escassos. Chegamos ao final e ficamos a saber que foi apenas o início, mas mesmo assim a viagem de Clark Kent até Superman, podia ter sido bem mais empolgante e bem mais inspiradora. Vale a pena ver? Nem por isso, mas se arriscarem façam-no sem grandes expectativas e entusiasmos. Agora vou ali ouvir o tema do John Williamos e já volto.

Quase me esquecia, gostei do pormenor dos camiões da Lexcorp. Uma pista sobre o próximo vilão?

6 comentários:

QUEIROZ - RJ-Brasil disse...

Grande Loot, quanto tempo não venho aqui para escrever um comentário.

Pois, bem, Man of Steel, o Superman Begins, é um filme que dá vontade de riscar várias linhas do roteiro para torná-lo mais brilhante. Coisas que mudaria: Jor-El e Lara morrendo de mãos dadas, Jonathan Kent indo resgatar uma pessoa e não seu cão, Zod não descer de sua nave Kriptoniana apenas na última e ali sim brilhante tranformação em Super-Vilão, algo quase comparável a mudança de caráter do Harvey Dent em TDK, ao lastimar o ponto final de sua espécie no planeta Terra, é uma tristeza, de um vilão, a qual só vimos igual com os conflitos mutantes do Magneto.

Das coisas que gosto do filme: Gosto da Lois Lane saber quem realmente é Clark Kent/Kal-EL após uma investigação, e hesitar em publicar a história após saber por Clark do sacrifício de Jonathan Kent. Gosto da morte de Zod, e não por o ato em si, mas a reação do Superman após o ato, o berro dele sendo após consolado por Lois é uma das cenas de filmes de BD, mas viscerais que já vi, algo que só perde para mim para o discurso final do Comissário Gordon em TDK.

E aproveito essa última linha para dizer: NINGUÉM DIZ OBRIGADO PARA O SUPERMAN. Essa ausência de saudação ao ícone que é um dos pontos que faz esse filme aquém do espírito presente em Superman I & II. Ao invés de ouvir do Soldado: "Ei idiota isso custa 20 milhões", Um obrigado seria mais apropriado.

Enfim, como você disse não espero na sequela um Clark Kent Trapalhão, pois nesse caso Clark Kent está ausente de tais artifícios, quero ver sim como Lois vai lidar com isso daqui ´para frente, e na vilania torço pela presença de Lex Luthor visando a presidência dos USA, e Brainiac como a nova ameaça alienígena da vez. Pois perseguir mísseis para alguém que quebra a barreira do som a toda hora para mim é pouco, que outra ameação alienígena na próxima, pois o Super está aqui para defender "seu povo", o Terrestre.

Valeu Loot

Loot disse...

Olá Queiroz bons olhos te vejam :D

Obrigado por esse comentário desenvolvido. Acho que o Jor-El e a Lara não morrem de mãos dadas, ele tinha sido morto pelo Zod antes, mas sim também pensei no mesmo no que toca ao Jonathan Kent. Não gostei da cena, pronto.

o Zod foi das personagens mais bem construídas no filme e aqui o mérito parece-me ser muito do Michael Shannon. Todo o motivo da sua existência é a preservação de Krypton e quando vê os últimos do seu povo morrer é a perda de isso tudo. Quanto à cena da morte, acho que podia ter sido melhor, a resposta do Super também só podia ser aquela, mas todo o crescendo até ao partir do pescoço... ficou aquém para mim. É preciso construir muito bem e com muita atenção uma cena onde metemos o superman a matar.

Quanto à Lois, como eu gosto do Clark trapalhão, gostava de ver isso no futuro, mas não me incomoda que assim não seja. O leque de secundários da história do superman são grandes personagens, além dos pais há ali um quarteto jornalístico ímpar e agora ainda falta o Jimmy para estar completo.

Já agora curioso que o Superman com 33 anos a trabalhar em outras áreas, assim de repente escolhe ser jornalista e é aceite imediatamente no Daily Planet...

Acho que muitos "obrigados" virão na sequela, têm de vir, aí é que não há mesmo desculpa.

E por fim uma das partes que mais me interessa, a do vilão. Eu adoro o Lex Luthor e acho que ele consegue preencher um filme sozinho, mas podia-se pegar noutro para acompanhar. Porém o Brainiac, se calhar deixava-o para o terceiro, porque esse também merece ser o vilão principal e dividir a tela com o Luthor é complicado, começa a ficar pouco espaço :P

Abraço

tadeu disse...

belo texto. algumas coisas diferem do que escrevi, mas preferi aceitar a opinião dos criadores. há uma enorme dificuldade em transpor o superman para o grande ecrã
mas partilho vivamente a ideia de que as linhas mestras de um herói, não deve ser alterado, correndo o risco de deixar de ser o mesmo personagem.
é um texto brutal que não se remete ao filme.
mais uma vez, parabéns. este, ganha, a partir de hoje, morada por outras bandas ;)

Loot disse...

Sem dúvida, uma personagem com um legado de 75 anos tem um peso que se faz sentir.

Temos aqui uma clara divisão se gostamos do filme enquanto adaptação e/ou enquanto filme. E se não partilho do entusiasmo de algumas opções artísticas, posso respeitá-las e aceitá-las. O maior problema é que acho que não foram muito bem executadas, o filme em si, não sendo mau, também não é nada de especial (no geral).


Admito que a expectativa era enorme, acho que estavamos todos muito entusiasmados com isto. Talvez uma segunda visualização melhore isto. Mas tenho a sensação de que aqui a mts anos não vamos olhar para este "Man of Steel" como "o" filme do Super.

Depois, talvez por questões comerciais, acho que caem no excesso na parte da pancadaria no final. Talvez porque filmes como o Returns e o hulk do Ang Lee foram muito criticados por terem pouca acção. É pena, eu gostei desses dois e acho que dá para um filme destes ter de tudo. O Dark Knight funcionou mto bem e num tom mais divertido e leve o Avengers tb.

Muito obrigado pelas palavras sobre o texto, agora até acho que devia ter-me esmerado mais nele :)

Abraço

queiroz disse...

"Jor-El e Lara morrendo de mãos dadas", era uma vontade minha ao invés de Lara morrer sozinha, não achava necessário Zod matar JOr-El, pois o Super não mata o Zod por vingança, mas por uma questão de salvação da humanidade.

E imaginava um final melhor com Clark escrevendo uma história para o Planeta Diário e Lois ficar aborrecida com ele exatamente por ser o Superman escrevendo sobre si, algo que Peter Parker faz sempre através de foto, mas no fim das contas Lois Lane sorrindo discretamente no final por saber que seu amor está por perto. Mas, o final amistoso foi bem legal para fechar a última cena.

Valeu Loot.

Loot disse...

Ahh, percebi ao contrário :P

Obrigado. Até gostei do final, ele a chegar ao jornal, a explicar porque escolheu esta profissão. Fica o gostinho para o próximo :)

Abraço