SPOILERS
Hello, old friend, and here we are, you and me, on the last page. By the time you read these words, Rory and I will be long gone. So know that we lived well and were very happy. And above all else, know that we will love you, always. Sometimes I do worry about you, though. I think once we're gone, you won't be coming back here for a while and you might be alone, which you should never be. Don't be alone, Doctor. And do one more thing for me. There's a little girl waiting in a garden. She's going to wait a long while, so she's going to need a lot of hope. Go to her. Tell her a story. Tell her that if she's patient, the days are coming that she'll never forget. Tell her she'll go to sea and fight pirates. She'll fall in love with a man who'll wait two-thousand years to keep her safe. Tell her she'll give hope to the greatest painter who ever lived and save a whale in outer space. Tell her this is the story of Amelia Pond. And this is how it ends.
Afterword, by Amelia Williams
A "iniciar" a temporada temos mais um especial de Natal, desta vez "The Doctor, the Widow and the Wardrobe". Estou ansioso para ver um destes episódios na altura mais apropriada, ou seja, no Natal. Todos carregam muito bem essa aura ternurenta da época festiva em questão.
O título remete-nos logo para o clássico infanto-juvenil de C.S. Lewis. É um episódio muito bonito com um final que é, em tudo, um belo milagre de Natal. Não sou é grande fã de ver corpos a circular no espaço sem protecção (já o tínhamos visto com River) e um avião do tempo da segunda guerra a viajar pelo Time Vortex, mas pronto, não espero que Doctor Who seja muito relevante em termos científicos e por vezes é preciso deixar a lógica na mesa de cabeceira. Além disto tudo temos um dos finais mais carinhosos da série quando o Doctor vai visitar os Pond pela primeira vez após a sua suposta morte. O momento em que ele se emociona ao saber que todos os dias de Natail eles contam com ele à mesa, é de partir o coração. Maravilhoso.
O título remete-nos logo para o clássico infanto-juvenil de C.S. Lewis. É um episódio muito bonito com um final que é, em tudo, um belo milagre de Natal. Não sou é grande fã de ver corpos a circular no espaço sem protecção (já o tínhamos visto com River) e um avião do tempo da segunda guerra a viajar pelo Time Vortex, mas pronto, não espero que Doctor Who seja muito relevante em termos científicos e por vezes é preciso deixar a lógica na mesa de cabeceira. Além disto tudo temos um dos finais mais carinhosos da série quando o Doctor vai visitar os Pond pela primeira vez após a sua suposta morte. O momento em que ele se emociona ao saber que todos os dias de Natail eles contam com ele à mesa, é de partir o coração. Maravilhoso.
Antes de continuar para a sétima temporada vale a pena espreitar "Pond Life", são apenas 5 minutos de diversão (eles têm um Ood como mordomo), excepto no final que nos chocam ao mostrar o casal a romper.
Começo a ver "Asylum of the Daleks" e dou um salto na cadeira. Que valores de produção são estes? Já tinha dito que na era Moffat a série tinha melhorado os efeitos especiais, pois agora voltou a fazê-lo. A qualidade dos cenários e dos efeitos é qualquer coisa de fantástico. Eu continuo a gostar dos efeitos especiais à anos 80 da era Davies, mas há que reconhecer que isto está com bom aspecto. Quanto a esta introdução da sétima temporada posso começar por referir que se trata do segundo melhor episódio desta primeira parte. Os Daleks capturam o Doctor (nunca estiveram tão perto de o matar) para este os ajudar. Moffat costuma ter ideias de lhe tirar o chapéu, mas por vezes entala-se um pouco ao tentar justificar a razão para as mesmas acontecerem. Desta vez mergulhou na mitologia dos Daleks e criou um planeta usado como asilo daqueles que ficaram doidos e demasiado perigosos. Para justificar tal existência os Daleks tinham de nutrir algum sentimento por esses camaradas para não os exterminar logo. Ora os Daleks são conhecidos por se borrifarem para os sentimentos, lembram-se que na quinta temporada os novos Daleks mataram logo os antigos? Pois bem, porque não voltar a fazê-lo? Para a existência de este asilo fazer sentido Moffat teve de mostrar um lado destas criaturas nunca antes vistos. Eles vêem beleza na destruição e por isso os Daleks doidos são como peças de arte, ou seja, odes a esse caos violento. Foi uma opção arriscada, mas consigo ver isto a funcionar e mesmo quando Moffat falha, continuo a gostar do facto de ele ser arrojado. Mais vale arriscar que cair numa espiral de monotonia.
No geral é um episódio muito bom que tem como ponto alto a introdução de Oswin Oswald. Como sei de antemão que esta personagem será a futura Companion do Doctor o facto de ter sido convertida em Dalek foi uma genuína surpresa no final do episódio. A resposta esteve sempre na constante pergunta do Doctor: "onde ela arranja leite para fazer suflês?" Como é costume todos subvalorizam esta questão, mas o Doctor sabe muito bem o que está a dizer. Ele é um mestre na arte de iludir os outros. Fica é a questão no ar de como é que a voz de Oswald surgiu normal ao longo do episódio? Lá está, mais uma ideia genial que precisava de uma justificação melhor para fazer sentido. Mas o bom supera o mau e continuamos. Sinceramente o que esperava mesmo mais deste episódio era em relação aos Daleks no asilo. Criei uma imagem deles muito mais demente e perigosa do que o que vimos. Isto foi sem dúvida a desilusão. Aproveita-se também para voltar a unir Amy e Rory cujo amor já foi mais que provado. Arranjou-se uma razão para se separarem, mas o que nós queremos é vê-los juntos e os dois continuam a ter uma química incrível. Valeu muito a pena ver ao longo destas temporadas o crescimento destes dois.
"Dinosaurs on a Spaceship" e a "A Town Called Mercy" têm algumas coisas a seu favor, o primeiro tem dinossauros e o pai do Rory e o segundo é um Western, algo que ainda não tínhamos visto na série. Não são episódios que se destacam, mas são divertidos e o segundo em particular é uma reflexão sobre o passado sangrento do Doctor, onde curiosamente existe um outro Doctor que torturou vidas inocentes para terminar uma guerra e salvar milhões. O paralelismo entre eles é claro e o Doctor sabe-o. Contudo, há uma coisa que me faz gostar menos destes dois episódios e é a caracterização do Doctor. Em "Dinosaurs on a Spaceship" o Doctor mata o vilão (não directamente, mas é como se o tivesse feito) e em "A Town Called Mercy" quase mata o outro Doctor. Lembram-se do que o 10º Doctor fazia quando lhe colocavam uma arma na mão? Sim o 11º é um Doctor diferente, mas há valores que se mantêm, estamos a falar sempre do mesmo Doctor e este par de decisões surgiu-me como algo que destoa da personagem, pelo menos nesta fase. Obviamente que Moffat tem um conhecimento muito maior desta personagem do que eu e mesmo não tendo escrito estes dois episódios imagino que os supervisiona. Mas do que conheço senti esta incoerência, principalmente no segundo em que ele deixa o vilão morrer a sangue frio. É que o Doctor vive segundo as palavras de que a violência apenas gera violência. No terceiro ainda podemos considerar que o sofrimento e a solidão do Doctor lhe tolda o juízo, mas já vi a fúria deste Time Lord no passado e era usada em situações bem diferentes. Como o Doctor é julgado morto estranhei que lhe tivessem pedido ajuda em "Dinosaurs on a Spaceship", ao menos no primeiro episódio justificaram no início como o encontram os Daleks.
Em "The Power of Three" temos a história da invasão lenta e que afinal não era invasão nenhuma. A Terra encontra-se misteriosamente cheia de cubos negros. A fim de descobrir o que se trata o Doctor passa alguns dias com Rory e Amy. Temos uma premissa misteriosa, voltamos a encontrar o pai de Rory e conhecemos a filha do Brigadier Lethbridge-Stewart, parece-me muito bem. O final é que é apressado, bem como a introdução aos vilões, mas por tudo o resto e principalmente pelo desenvolvimento da relação dos três protagonistas, valeu muito a pena. Já agora se bem me lembro atravessar uma wormhole era perigoso, mas esta que encontramos no episódio já não parece ser.
Por fim, temos "The Angels Take Manhattan" o episódio de despedida de Amy e Rory. Já não estava habituado a isto. Na era Davies tínhamos despedidas em todas as temporadas, mas desta vez tivemos dois Companions ao longo de duas temporadas inteiras e ainda metade de uma terceira. Não dizemos adeus há muito tempo e estamos demasiado apegados a estes dois para o momento ser fácil. Não o é, é das despedidas mais sofridas na série.
O melhor episódio desta primeira além de nos trazer a despedida de Amy e Rory, trouxe também o regresso dos melhores novos vilões da série. Os Weeping Angels após a sua primeira aparição tornaram-se instantaneamente vilões de culto. Hoje fazem tanto parte da mitologia de "Doctor Who" como os Daleks. A última vez que os vimos estes andavam a preferir partir pescoços em vez de atirar as pessoas para o passado (tinham a barriguinha cheia), mas, felizmente, desta vez voltámos à rotina clássica. Estes monstros apoderaram-se de um edifício onde mantêm presas várias pessoas, a partir das quais se alimentam ao enviá-las para o passado. Rory é uma dessas pessoas e o momento em que o vemos deitado na cama a morrer de velhice é muito doloroso. É claro desde muito cedo que estamos perante um episódio carregado de sentimentos fortes. O amor de Rory e Amy é elevado aos céus e nunca o Doctor gritou tanto pela amizade que nutre por Amy (ele só grita pelo nome dela e não pelo de Rory). Pelo meio ainda temos River Song que teve momentos fantásticos com o Doctor, os dois estão realmente a tornar-se um forte casal. Adoro quando ela parte o pulso e não conta lhe conta - ela conhece-o tão bem.
No final quando tudo parecia bem Rory volta a ser enviado para o passado e Amy parte atrás dele, entregando-se ao mesmo Weeping Angel. Apesar de ser uma partida sofrida, ao menos Amy e Rory conseguiram ficar juntos e continuar a construir a sua vida. Dentro de todo o mal, isto é aquilo que os dois mais desejavam na vida e para final dos dois poderia ter sido tão mais doloroso. O Doctor é que acaba por sofrer mais, ele que não gosta de finais, despede-se desta sua melhor amiga para sempre. No fundo sabemos que já era tempo de estes três se separarem. River até avisou a mãe para que ela nunca se deixe envelhecer ao lado do Doctor, pois essa é a sina dos imortais e aquela que mais o magoa. Mas mesmo sabendo que este momento teria de chegar, não foi menos fácil por isso. Termino esta parte salientando o quão fantásticas foram as prestações deste quarteto, que vai deixar tantas, mas tantas saudades.
Mexer com os Weeping Angels obriga a certas atenções. Acho que no passado já vi alguém pestanejar e não ser afectado pelos anjos, mas desta vez acho que River desviou o olhar do anjo que a agarrava demasiadas vezes. Está amarrado, mas ainda parecia poder fazer mais qualquer coisa. Também a aparição da estátua da liberdade levanta questões, mas foi tão giro que se desculpa. Antes não explicar do que arranjar uma justificação tosca. Por fim deixo uma das coisas que mais gostei. Os anjos bebés. Aquele segmento com o Rory na cave com apenas uma caixa de fósforos foi tenebroso.
Quanto ao Doctor cujo nome se havia tornado demasiado grande no Universo, continua a trabalhar no seu esquecimento, apagando registos da sua existência. Até os Daleks nãos e lembram dele, cortesia da sua futura e misteriosa Companion.
Quanto ao Doctor cujo nome se havia tornado demasiado grande no Universo, continua a trabalhar no seu esquecimento, apagando registos da sua existência. Até os Daleks nãos e lembram dele, cortesia da sua futura e misteriosa Companion.
2 comentários:
Eu adorei esta primeira fase da temporada.
O episódio de Natal foi um mimo. Aquela cena final é mesmo para despertar um grande sorriso.
"Asylum of the Daleks" foi um início de temporada poderoso...eu que nem gosto dos Daleks admito que tiveram aqui um episódio em grande. E não há melhor estratégia para introduzir uma nova companion que esta :D Amor à primeira vista pela Oswin mesmo sabendo que o coração iria ser partido pela saída dos Ponds epis mais tarde.
Os episódios seguintes, servem essencialmente como preparação para a saída deles e gostei essencialmente dos pequenos momentos e diálogos entre o Doctor e a Amy em que é notório que ele já sabe que a hora da despedida aproxima-se cada vez mais.
"The Angels Take Manhattan" é um daqueles episódios que surpreende de início ao fim. Eu adorei o mesmo e desculpo todos os erros e esquecimentos pelo conjunto de sensações que conseguiu despertar. De cada vez que o Doctor gritava "Amy" o meu coração partia-se mais um bocadinho e a "facada final" foi aquele "come along Pond, please" final.
Foi um grande episódio para o Matt Smith" E uma nota para a banda sonora também ela irrepreensível. O "Together or not at all" ou a cena da despedida final não teriam o mesmo impacto sem o toque do Murray Gold!
Uma despedida em grande e um encerramento de uma fase épica para a série em grande estilo!
Começa e termina muito bem. Eu adoro os Daleks, podem ter um visual datado, mas o conceito de eugenia que propagam é um daqueles males mais terríveis de sempre. Agora o Moffat talvez não seja a melhor pessoa a pegar nos Daleks, apesar de na altura do Davies também ter havido um episódio ou outro menos conseguido, havia potencial nos Daleks humanos mas aquilo não correu assim tão bem.
Acho que se nota esse caminho que descreves para a despedida. Adoro a conversa do Doctor com a Amy no "power of three" e acho que a despedida foi mutio bem conseguida. A emoção faz perdoar os erros tecnicos sim.
Foi muito triste, mas tb muito bonito aquele momento em que Amy segue Rory :)
Uma grande despedida.
Enviar um comentário