quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Calvin & Hobbes - O Regresso às Bancas


Já tinham reparado na escassez de livros de "Calvin & Hobbes" nas livrarias? Pois bem a colecção estava praticamente esgotada. Por isso é com muito entusiasmo que aviso que a Gradiva vai reeditar tudo novamente.

Estas histórias de Bill Waterson deviam sempre estar disponíveis para se darem a conhecer. Aqueles que quiserem compeltar ou até mesmo iniciar a colecção podem começar dentro em breve. Estas novas edições serão, contudo, em formato diferente do antigo. O primeiro será chamado "O Essencial de Calvin & Hobbes" que contém as histórias publicadas nos anteriores "Calvin & Hobbes" e "Há Monstros Debaixo da Cama".

Watterson voltou a ser destacado este ano ao ter vencido o grande prémio do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême, onde concorria conta outros nomes de enorme peso, como os de Alan Moore e Katsuhiro Otomo.

Segue a nota de imprensa:

A Gradiva, que lançou e publicou a obra completa de Bill Watterson, vai reeditar, a partir do mês de Fevereiro, todos álbuns da série. Já em Fevereiro, reedita O Essencial de Calvin & Hobbes. Com o objectivo de divulgar junto das novas gerações (para adultos, jovens e crianças) uma série absolutamente única na história do cartoon, a Gradiva vai reeditar todos os álbuns que se encontravam esgotados.

A Gradiva iniciou a publicação da série Calvin & Hobbes em 1992 com um álbum com o mesmo título ao que se seguiu a publicação de todos os outros livros da colecção cujo enorme sucesso ditou na altura a reedição consecutiva da obra.

Para Guilherme Valente, editor da Gradiva, que, curiosamente, descobriu a série no jornal South China Morning Post de Hong Kong e a levou aos seus amigos do então nascente jornal Público, quando preparavam o número zero, que o acolheram com muito entusiasmo (mais particularmente Henrique Cayatte que logo o quis editar, de tal modo que Guilherme Valente costuma gracejar dizendo que o Calvin teve em Portugal dois pais) - «A obra de Bill Watterson é absolutamente única, um clássico, e, por isso, aproveitando o facto de as tiras estarem agora a ser republicadas pelo jornal Correio da Manhã, decidimos relançar todos os álbuns investindo significativamente na promoção desse lançamento, porque achamos que a série merece absolutamente ser lida pelas novas gerações.»

Bill Watterson, o autor da série Calvin & Hobbes, nasceu em Washington DC em Julho de 1958. Formou-se em Ciência Política no Kenyon College em 1980 tendo começado a trabalhar de seguida no Cincinnati Post como cartoonista. As tiras Calvin & Hobbes foram publicadas pela primeira vez em Novembro de 1985 e hoje em dia estão traduzidas em mais de 40 línguas tendo vendido cerca de 30 milhões de exemplares em todo o mundo.

2 comentários:

João Campos disse...

A notícia é óptima, claro - "Calvin & Hobbes" é excepcional, e talvez seja ainda mais actual hoje do que era entre 85 e 95. Tenho alguns álbuns antigos da Gradiva.

... ainda assim, recentemente tive a oportunidade de ler toda a colecção de "Calvin & Hobbes" de forma cronológica, no idioma original. Os tradutores da Gradiva, note-se, fizeram um excelente trabalho (há muitas expressões idiomáticas nas tiras que devem ter dado uma valente dor de cabeça a quem teve de as traduzir), e o texto em português era excelente - espero que não se lembrem de o "actualizar". Mas o texto original é absolutamente excepcional; hoje, não me vejo a adquirir os álbuns em português quando os originais são tão acessíveis (algo que acontece também com a esmagadora maioria dos livros que leio).

Independentemente disso, excelente iniciativa. Dentro do seu formato, "Calvin & Hobbes" é de longe o melhor que se fez. Abençoado Watterson, que soube sair quando estava em alta.

Loot disse...

Percebo-te perfeitamente, falando em geral, mesmo nas melhores traduções se perde algo. Era maravilhoso se conseguíssemos compreender todas as línguas. Mas pronto entre não ler ou ler traduzido, que venha sempre o segundo. Mas isto sou eu a pensar em alguns dos meus autores favoritos que escrevem em línguas que desconheço quase totalmente.

No caso do "Calvin & Hobbes" é como dizes. Eu comecei a ler BD em inglês a partir de certa altura, até porque era muito mais fácil de arranjar uma vez que o nosso mercado é fraquinho. E depois de o ter feito não quis mais nada.

Contudo, há quem não leia em inglês por isso acho que é sempre de valor ter isto disponível. Também já os procurei para oferecer e introduzir a pequenada a este universo e agora já posso :)

Abraço