“Murder Mysteries” não tem uma estória para contar... tem duas. A estória parte das recordações de um Inglês, numa altura em que foi forçado a estar uma semana
Rapidamente somos ofuscados pelo brilho deste novo conto, que nos remete para o princípio dos tempos, na cidade de cristal (a cidade dos anjos), onde o Universo ainda está em fase de construção, e todos os anjos têm um papel a desempenhar. Até que um anjo é morto, e pela primeira vez é necessária a criação de alguém que faça cumprir a justiça de Deus, pela primeira vez Raguel é preciso.
Acompanhamos este anjo na procura incessante de um assassino, e no final dessa procura descobrimos que se tratava de um plano muito maior, algo catalisador de um grande evento no futuro.
Eu sempre adorei o modo como Gaiman retrata Lúcifer, e neste livro um dos objectivos acaba por ser, o de mostrar o princípio do fim desta personagem, uma confirmação do que Lúcifer diz em “Sandman – Season of mists”. Só vos posso dizer que, estranhos são os desígnios de Deus.
Mas será que é tudo? E não entendam mal, esta estória era mais do que suficiente para me deixar muito satisfeito, mas como disse antes “Murder Mysteries” tem uma estória dentro de outra. Ainda há algo que não foi contado e tecnicamente nunca chegará a ser.
Publicado originalmente em Rua de Baixo (Junho de 2006) por José Gabriel Martins (Loot)
3 comentários:
Não conheço... mas fiquei curioso.
Eu gostei muito, aconselho ;)
não conhecia essa revista. deveriam fazer um relançamento da mesma. gostei da premissa.
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