L é um dos melhores detectives ficcionais que alguma vez li. Não perde em nada para um Sherlock Holmes, Poirot ou Batman. É das personagens mais perspicazes e observadoras, características essenciais num excelente detective, tal como havia mencionado previamente aqui.
Não é à toa que se tornou uma personagem com uma enorme popularidade à sua volta. Sobre a obra à qual pertence, já falei dela aqui.
Existe uma prequela escrita por Nisio Isin onde assistimos L a caçar outro assassino antes dos eventos decorridos em Death Note. O nome deste livro é Death Note Another Note: The Los Angeles BB Murder Cases.
Existe também três filmes em acção real da saga Death Note. Os dois primeiros são a história do mangá (ver trailer do primeiro aqui) e o terceiro é uma sequela focada em L (o trailer contém spoilers para quem não conhece a série, quem quiser pode vê-lo aqui).
É na minha opinião a personagem mais inteligente da série, mais que Light que já por si é fenomenal. Mas tinha de ser assim, L está a lutar contra alguém que possui um caderno da morte, uma peça mágica que desequilibra a balança de qualquer combate e mesmo assim a forma como L pouco a pouco se aproxima de Light é muito boa.
Vejam logo no início o primeiro confronto entre os 2:
Cell
Cell faz parte do 2º grande arco de Dragon Ball Z. Após vencer o terrível Freezer numa galáxia distante, Son Gokū e companhia irão ter de enfrentar um adversário ainda mais temível e desta vez na Terra.
A maioria já conhecerá certamente esta personagem, mas talvez desconheçam que Cell esteve quase para não existir.
Akira Toriyama tinha intenções de terminar Dragon Ball Z após o arco em Namek finalizando com a morte de Gokū. Afinal Gokū sempre morreria aquando a explosão do planeta.
Mas pressionado pelo estúdio de animé continuou a escrever e desenhar estas aventuras e assim seguiu-se o arco dos cyborgs. O Dr. Gero, antigo inimigo de Gokū, dedicou a sua vida a criar cyborgs altamente poderosos incluindo o próprio, pois Gero transformou-se a si também no cyborg #20 que juntamente com o #19 são os primeiros a surgir. Mais tarde são revelados as verdadeiras ameaças, os cyborgs #17 e 18 que segundo um Trunks vindo do futuro seriam os responsáveis pela aniquilação da vida na Terra. No entanto e para surpresa de Trunks surge também um #16 que “vive” para uma única missão: matar Gokū (apesar de ser aquele que se assume como mais pacífico e dedicado à natureza).
No entanto, o editor de Toriyama mostrou-se descontente com os vilões, e percebe-se porquê, eu gosto muito do #16, 17 e 18, mas nenhum tem o estofo que um Freezer tinha, e então Cell nasceu. Um cyborg excepcional que foi criado a partir das células dos grandes guerreiros da Terra. Gokū, Vegeta, Piccolo e até mesmo Freezer.
Cell surgiu incrivelmente ameaçador, pelo seu aspecto assustador e porque era capaz de replicar todos os truques destas personagens.
Mas a história de Cell não termina aqui, se pensam que Toriyama fez com que Cell tivesse a capacidade de se transformar quando absorvia os cyborgs #17 e 18 porque lhe apanhou o gosto com Freezer, desenganem-se. A única razão para Cell ter mudado de aspecto foi porque o seu editor, que novamente meteu o dedo, achava a personagem demasiado feia.
Cell pode não ter sido a personagem mais poderosa da saga, mas foi sem dúvida das que impôs mais respeito e aquela que mais elementos de terror trouxe à série. Pelo aspecto, pela voz, pela absorção dos cyborgs, enfim por tudo. Só mesmo na última transformação é que ficou com um aspecto mais humano e menos aterrador. Depois de ter atingido todo o seu potencial, Cell não tinha mais ninguém a temer (assim pensava) e isso notava-se na sua postura.
Piccolo
Piccolo, ou Satã na versão portuguesa, é o maior dos vilões em Dragon Ball e um dos maiores heróis em Dragon Ball Z.
É a reencarnação de Piccolo Daimao (Coraçãozinho de Satã) que juntos foram a primeira personagem verdadeiramente maléfica que Toriyama criou na série. Repare-se, se não me estiver a esquecer de alguém, que é na história de Piccolo Daimao que a primeira personagem, Krillin, morre.
Descobre-se mais tarde que Picollo é a parte maléfica de um certo Namek que a eliminou para assim ser puro o suficiente e se tornar no guardião da Terra (o Todo Poderoso). Tal acto custou-lhe caro e sendo ambos a mesma pessoa um não pode existir sem o outro.
Após a morte de seu “pai”, Piccolo começa a treinar para enfrentar Gokū (que passou a treinar com o Todo poderoso) no famoso torneio mundial de artes marciais.
No início do Dragon Ball Z um extraterrestre de nome Raditz revela-se como uma grande ameaça ao nosso planeta e para ser eliminada Piccolo e Gokū terão de fazer aquilo que nunca imaginaram. Lutar lado a lado. É uma grande luta principalmente por vermos estes dois inimigos a trabalharem juntos, culminando na morte de Gokū que se sacrifica para Piccolo poder matar Raditz o irmão desconhecido de Gokū. Tal não teria acontecido se Gokū não tivesse cometido o erro de confiar no seu irmão.
Uma das particularidades desta personagem e que a distingue das outras é que Piccolo tem a capacidade de se regenerar.
Sobre uma das minhas relações favoritas nesta série, que envolve Piccolo, falarei mais tarde quando falar sobre outra personagem.
Briareos Hecatonchires
Briareos é juntamente com Deunan Knute o protagonista do mangá Appleseed de Masamune Shirow publicado entre 1985-1989.
A história tem lugar no século XXII após uma terceira guerra mundial ter devastado o nosso planeta. Briareos era um antigo membro da SWAT (Special Weapons And Tactics) que é convidado a aliar-se a uma nova equipa, ESWAT (Extra Special Weapons And Tactics).
Briareos é um cyborg. A maior parte do seu corpo é cibernética mas enquanto personagem a sua humanidade prevalece.
Algumas das suas capacidades (as que encontrei) são:
- 8 olhos que lhe proporcionam a capacidade de observar em vários ângulos distintos;
- Um segundo cérebro que funciona como um computador;
- Pele elástica onde pode controlar a sensação da temperatura, por exemplo.
Em 1988 Appleseed foi adaptado para um OVA. (ver abaixo). Em 2004 para um filme em cgi (ver aqui) e por fim em 2011 saiu a série Appleseed XIII também em CGI (ver aqui).
Clare
Claymore é uma série de mangá que decorre desde 2001 e da autoria de Norihiro Yagi.
A acção desenrola-se num mundo onde monstros ancestrais existem, os Yōma. Tudo estaria bem se o principal alimento destes demónios não fossemos nós.
A fim de proteger a humanidade, um grupo apelidado de “A organização” criou uma ordem de guerreiros metade humanos e metade Yōma.
Estes guerreiros que possuem uma parte de Yōma conseguem aumentar as suas capacidades físicas até um nível extraordinário. Porém é preciso ter cuidado ao manipular este poder. Se um guerreiro utilizar demasiado o seu poder Yōma a sua transformação tornar-se-à irreversível perdendo a sua humanidade. Esta é uma das razões pelas quais estes guerreiros são todos mulheres. Pois quando usavam homens todos eles se entregavam à sede de poder, perdendo-se para sempre.
Por usarem longas espadas estes guerreiros ficaram apelidados de Claymore’s.
Clare é uma Claymore e a protagonista desta aventura. Ao logo da história seguimo-la nas suas missões, saltando de cidade em cidade à procura de Yōma’s. É de salientar que as Claymore’s são pagas para fazer este trabalho. Após uma missão começa a ser seguida por um rapaz, Raki, que tendo perdido a família para um Yōma decide tornar-se companheiro de viagem de Clare, independentemente dos desejos da mesma.
A princípio Clare quer afastar este rapaz, mas depois acaba por o aceitar, algo que vamos compreendendo melhor à medida que o passado de Clare vai sendo revelado.
Li alguns mangas desta série, mas desconhecia que tinham feito um anime que conta com 27 episódios.
Tetsuwan Atomu (Astro Boy)
Átomo, Iron Arm Atom, Mighty Atom ou Astro Boy (são muitos os nomes usados) é o robot mais conhecido da BD Japonesa saído da mente do grande Ozamu Tesuka (e também aquele que tem mais nomes aparentemente).
É o concorrente mais antigo de todos, tendo sido publicado entre 1952-1968 em 23 volumes ao todo. Em 63 um animé foi também desenvolvido.
As aventuras de Astro Boy decorrem num mundo futurista onde a tecnologia atingiu um grande pico de evolução culminando na inteligência artificial, culminando em robots como Astro Boy.
Astro foi criado pelo Dr. Tenma com o intuito de ser o substituto do seu filho Toby que morreu num acidente de viação. Quando Tenma se apercebeu de que este robot nunca seria capaz de substituir o seu filho, vendeu-o a um circo.
Mais tarde é descoberto pelo Professor Ochanomizu director do ministério da ciência (antigo cargo de Tenma). Tornando-se o tutor legal de Astro vai descobrindo as enormes capacidades deste robot sendo a mais surpreendente a capacidade de sentir emoções humanas. A partir daqui Astro Boy tornar-se-ía num defensor da justiça sempre pronto a proteger os inocentes.
Em 2003 Naoki Urasawa pegou na história Astro Boy The Greatest Robot on Earth e reinventou-a contando-a de uma forma mais adulta e aproveitando assim para voltar a dar vida a uma das histórias que mais o marcou durante a infância e homenagear ao mesmo tempo o seu criador Osamu Tezuka. A obra em questão chama-se Pluto e é um dos meus mangás predilectos.
Em 2009 David Bowers realizou uma longa de animação 3D desta personagem (ver trailer aqui) e actualmente a ASA encontra-se a editar o mangá, para quem estiver interessado.
Mai Kujaku
Mai Kujaku ou Mai Valentine na versão em inglês é uma das várias personagens de Yu-Gi-Oh! de Kazuki Takahashi. Com 38 volumes editados entre 1996 e 2004, Yu-Gi-Oh! tornou-se uma série de grande sucesso que teve várias adaptações para séries e filmes de animé e jogos (de vídeo e de cartas).
A história gira à volta do jogo Duel Monsters. Este jogo consiste numa batalha entre jogadores que libertam várias criaturas fantásticas que estão contidas em cartas, um pouco há semelhança de um Pokemon ou de um Bey Blade.
Mai é uma destas jogadoras. É a típica filha rica e desprezada pelos pais. Após ter descoberto este jogo começou a dedicar-se seriamente a ele desafiando milionários para jogar em busca de poder e sucesso.
Mai Kujaku é uma adversária temível mas solitária, não tendo nenhum verdadeiro amigo.
Notas:
- Algumas informações foram pesquisadas na wikipédia;
- Devido a razões de facilidade algumas imagens dos animés serão utilizadas ao invés das dos mangás.
7 comentários:
Bem neste não tive dúvidas eheheh
A Mai de facto nos primeiros episódios é tal como a descreveste mas depois torna-se amiga do grupo principal chegando a juntar-se a eles e a ajuda-los em diversas ocasiões tentando sempre que ninguém se apercebesse disso. O problema é que como sempre foi uma solitária ao longo da vida, tem muita dificuldade em lidar e em corresponder à amizade do grupo. Mesmo quando estes só a querem ajudar e apoiar ela continua a tentar, em vão, convencer-se de que não precisa de ninguém. É daquelas pessoas que "lemos pela capa" como sendo alguém snob, arrogante e supérfluo mas que no fundo tem muito mais de si a dar. O anime felizmente explorou muito bem os seus conflitos interiores e pessoalmente identifiquei-me com algumas das dimensões internas desta personagem.
Contudo, sei que aqui poucas hipóteses terá provavelmente irá ganhar o L ou o Piccolo.
O meu primo já me tentou impingir Claymore mas do pouco que vi não me agradou muito. Fiquei com ideia que é aquele típico anime para homens hetero em que tem um monte de mulheres semi-nuas, bem avantajadas e boazonas que andam com uma espada de um lado para o outro a matar bichos. Posso estar errado mas parece-me que o "sumo" do assunto nunca fugirá muito daí, sem grandes aprofundamentos.
O Astroboy, pessoalmente nunca me disse muito.
De Death Note e de Dragon Ball já falei no post anterior e infelizmente não conheço o Briareos Hecatonchires para dar uma opinião formada.
Abraços
Curiosamente lembrei-me e fui visitar um post que dediquei à Mai há uns anos atrás numa outra fase da minha vida ehheh. http://psimentos.blogspot.com/2008/08/mai-valentine.html
A trip to the memory lane lol
Eu não conheço o mangá e nesses casos limito-me a ser breve sobre a personagem para não me "enterrar" ao descrevê-la :P
Com alguns do que conheço é que acabo por me entusiasmar.
Obrigado pela informação que adicionas :)
Eu já li Claymore mas deixei, não me puxou. Tem enredo mas com tanta coisa para ler que prefiro, deixei.
Por acaso fiquei com outra ideia, que seria uma BD mais para mulheres, até porque as personagens fortes são todas femininas
E porque nesse campo os nipónicos têm coisas mais sensuais.
Também desconheço o Briareos.
Quanto ao Astro boy ainda não li e talvez aproveite para espreitar as edições da ASA (o que me lembra que vou acrescentar isto ao post).
No entanto adorei PLUTO que falo lá. É excepcional, aliás tudo que esse autor faz é excepcional.
Quanto ao Piccolo sempre foi das minhas personagens favoritas em Dragon Ball. E em relação ao L, bem é no que voto e isso diz tudo :P
Olha à conta disto fizeste com que visse o Gantz live action.
Excelennnnte filme. Recomendo ;)
Conto vê-lo em breve. Até porque quero saber o final :P
Eu até gostei dos livros que li, mas são tantos e com tanta coisa para comprar :S
Mas um dia destes ainda compro mais uns.
Vi o segundo também... :P
Brutalissimo!!!
Estás imparável :P
A história conclui-se no segundo? Ou ainda vão fazer mais?
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