Em jeito de preparação para o "Optimus Alive" tenho-me dedicado mais a conhecer ou a recordar algumas das bandas que por lá vão passar.
Enquanto o festival ainda não chega, tive a ideia de ir partilhando no blog esta minha "viagem musical" e para começar escolhi o álbum Boxer dos "The National". Escolhi-o porque até à data foi das melhores descobertas que fiz.
Apesar de já ter ouvido falar muito deles no Já Cheiro o Sámadhi, só agora é que me dediquei a ouvi-los e posso dizer que me arrependo não o ter feito mais cedo.
Comecei com Boxer o último álbum da banda lançado em 2007 e descrevendo-o apenas em uma palavra considero-o simplesmente magnífico sendo a minha mais recente paixão.
Muitas pessoas tendem a ouvir apenas algumas músicas de alguns álbuns e eu entendo isso, afinal de contas existem álbuns com músicas fantásticas mas quando os analisamos como um todo deixam muito a desejar e por isso é normal que apenas algumas canções passem a ser ouvidas. Mas quando alguém me diz que faz isto com todos os álbuns eu tento explicar que devem andar a ouvir os errados e um exemplo disso é este Boxer, uma vez que todas as canções nele incluídas valem por si só e todas juntas formam um álbum coeso, poderoso e de grande qualidade. Posso garantir que quem gostar de uma música vai de certeza gostar de todas.
O álbum tem início com "Fake Empire", uma canção terna onde a voz de Matt Berninger sobressai imediatamente nos primeiros versos quando entoa as palavras " Stay out super late tonight; picking apples, making pies; put a little something in our lemonade and take it with us; we’re half-awake in a fake empire".
De seguida temos "Mistaken For Strangers" que juntamente com "Apartment Story" são das canções do álbum que mais vontade dão de pular em cima da cama, pois na sua maioria Boxer é constituído por baladas "Indie Rock", baladas essas que ganham uma nova dimensão na voz grave e melancólica de Matt Berninger, como podem comprovar ao ouvir "Green Gloves" e "Slow Show" duas canções lindíssimas capazes de aquecer o coração mais gelado do Universo.
O álbum contém ainda a participação do grande Sufjan Stevens em "Racing Like a Pro" e "Ada". E apenas digo que a mistura entre os géneros dos "The National" e de Sufjan Stevens resulta e resulta muito bem.
Os "The National" são formados por Aaron e Bryce Dessner, Scott e Bryan Devendorf e Matt Berninger. Por vezes contam com a participação de Padma Newsome em alguns arranjos musicais e em Boxer Marla Hansen contribuiu como voz de apoio.
Penso que os concertos desta banda ganharão muito mais num ambiente intimista do que no de um festival, mesmo assim tenho a certeza que os "The National" irão porporcionar um momento inesquecível no dia 10 de Julho.
19 comentários:
Olá! Não estou muito interessado no optimus alive, sinceramente nem sei quem é que vai passar por lá. Sobre Heroes, concordo, muitos voadores e nunca mais estreia :)
Ainda não os ouvi muito atentamente, mas já tenho álbum há alguns meses.
Já agora, os Primal Scream disponibilizaram uma música para download :)
www.myfreedownload.co.uk/primalscream
Francisco: então aconselho-te a ouvires as canções que vou colocando aqui destas bandas e depois dizes-me o que achas pois o cartaz é fenomenal ;)
Quanto ao Heroes este terceiro capítulo dedicado aos vilões promete muito.
Celtic: Tens de ouvir eles são geniais e acho que vais gostar muito.
Obrigado pelo aviso vou já sacar ;)
Abraço aos dois
Sou uma grande fã de Mr. Beringer e companhia. São responsáveis pelas melhores canções deste início de século, e penso que não há exageros nesta afirmação.
Vou dar tudo por tudo para ir dia 10 do Alive, já que não pude ir vê-los à Aula Magna (um palco bem mais adequado que um festival para uma sonoridade como a deles, mas melhor que nada para quem ainda não os viu ao vivo) . :)
Não há exageros nenhuns na tua afirmação, nenhuns mesmo!!!
Quanto ao concerto concordo plenamente contigo, mas também não estive na Aula Magna na altura ainda não ouvia.
Hoje ouvi na TV que o dia 10 é o que está a vender mais e em risco de esgotar, mas não faço ideia se é verdade.
Espero mesmo que consigas ir porque vai valer a pena :)
bjs
tenho mesmo muita pena de não poder ir...são excelentes!!
Aí está um belo disco dos The National. Mas, para o escutar é preciso dar-lhe mesmo atenção para ir descobrindo as preciosidades que vão aparecendo.
Ao invés de muitos em que a saturação cansa, 'Boxer' funciona ao contrário: a cada audição, mais gosto do álbum.
Abraço.
Este é sem dúvida um dos melhores álbuns da cena indie deste século! Descobri-o também à cerca de um ano e foi paixão à primeira audição. Como bem dizes, é um álbum todo ele coeso em que nenhuma música perde qualidade para outra. É mesmo um registo magnífico e para mim, a par de RATM e grande atracção do dia 10 do Alive! :)
Já agora aproveito para te sugerir uma banda recente, de 2006 com um estilo de música algo semelhante e que é a minha paixão do momento xD. Eles são os "I Love You But I've Chosen" (nome esquisito) e editaram até agora o álbum "Fear Is On Your Side". Fica aqui a sugestão.
Abraço
Anita: Se às vezes já é muito difícil poder ir quando o concerto é próximo muito pior é quando é distante, também tenho pena que não vás estou a contar que seja um festival memorável.
Red: Sem dúvida não é à toa que ultimamente tem sido o álbum que mais em acompanha.
The Tripper: Não é surpresa se disser que concordo com tudo o que dizes :)
Em relação ao "Alive" nesse dia há muitas bandas que quero ver como os Hives, Vampire Weekend, Tiga, Peaches (apesar de algusn destes muito provávelmente tocarem ao mesmo tempo), etc. Mas se tivesse de escolher apenas duas eram sem dúvida os The National e o tão esperado regresso dos Rage Against The Machine!!!
Não conheço essa banda que mencionas, vou sem dúvida procurar. Obrigado ;)
Dia 10 é mesmo o melhor dia porque, tanto num palco como no outro, tem grandes bandas. Não esquecer dos Gossip, estou a aguardar um grande concerto deles.
Quanto aos The National, também é o grupo que agora ando a ouvir e também estou a gostar muito. É um album que demorou a se entranhar,mas é caso para dizer que entranhou bem. :)
um abraço.
O primeiro dia foi o primeiro a ficar completo o que nos remete para aquela conversa sobre se os outros dias já estão completos ou não e já agora os Gossip (que ainda não conheço :S) são no terceiro dia.
Mas independentemente do primeiros er o melhor os três dias vão ser muito bons :D
Este álbum é mesmo formidável :)
É um graaaande álbum... lembro-me quando ouvi pela primeira vez a Slow Show, por recomendação. Adorei a música e arranjei logo o álbum... que é hoje em dia um dos meus favoritos, e o mais consistente que jamais ouvi (é que todas as musicas sao grandes musicas raios!). Se não tivesse ido ao Rock in Rio ia, sem pensar duas vezes, vê-los ao Alive (o primeiro dia é óptimo... e depois noutro dia ainda há Bob Dylan!).
Um abraço!
Tenho tudo deles :)
É só quereres
Mil beijos
P.S. E conheci o Matt na Aula Magna, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhh
Gonçalo: A Slow Show é LINDA, aliás é como dizes todas as músicas são grandes músicas e é isso que faz com que o álbums eja tão perfeito.
Foste a que dia? Muse aposto? Ouvi dizer que deram um grande concerto :D
Carla: Imaginei que tinhas, Obrigado :)
E daqui a nada vais ver National duas vezes, seus malandros :P
Yap, fui ao dos Muse (e fui basicamente por causa dos Muse... ainda que todos os concertos tenham sido bastante bons, até o dos Linkin Park... nem gosto muito deles, mas deram um bom espectáculo). Foi a primeira vez que os vi ao vivo e deram realmente um grande concerto. A selecção de músicas foi ÓPTIMA (com uma maior incidência no Black Holes and Revelations, mas com clássicos deles como, por exemplo, Hysteria). Agora quero é que venham cá num concerto só deles, que o do Rock in Rio foi só uma horita e picos, creio... mas foi muito, muito bom...
Outro concerto que queria muito ter visto foi o dos The National na Aula Magna. Mas o raio dos bilhetes esgotaram num instante... mas esse concerto parece que foi uma coisa fenomenal, a ligação entre a banda e o público foi uma coisa nunca antes vista pelo que ouvi dizer... previsível, dado o estilo que têm, tão intimista (e tão perfeito). Agora a ver se compro o álbum que fizeram antes deste, o Alligator. Dizem que é muito bom. Se for tão bom como o Boxer... é que realmente ese é dos poucos álbuns que oiço frequentemente do início ao fim. Todas as músicas são simplesmente esectaculares.
E li recentemente (comprei na feira do livro e acompanhou-me durante o estudo prós exames, que ainda nao acabou... mas ta quase) o Watchmen. Sempre que vejo agora essa imagem no teu blogue fico com um sorriso na face. Das melhores obras literárias que jamais li. É tão simples quanto isso. É incrível, abslutamente incrível... fique literalmente de boca aberta quando acabei de ler. Não há palavras, não há mesmo.
Ouvi um bocado na rádio dos Muse e pelo pouco que vi em repetições pareceu ter sido fantástico. Em relação a vê-los fora de festivais ainda hoje ouço falar do seu concerto no Campo Pequeno. Nessa altura não pude ir pois um mês a seguir (ou qualquer coisa assim) eram os Tool no Atlântico :D
Pelo que ouvi o dos Kaiser Chiefs também me pareceu ser muito bom em grande parte por causa da energia do vocalista. Inteiro só vi o dos Linkin Park e também gostei achei foi que o vocalista principal não estava a puxar tanto pela voz nas partes mais pesadas o que é normal pois qualquer dia perdia a voz.
Em relação ao tempo é normal os Muse nem eram a penúltima banda a tocar e lembro-me de eles comentarem que não iam encerrar logo não iam dar um concerto típico desses, mas mesmo assim foram dos que brilharam mais, mas são os Muse e outra coisa não se esperava.
Em relação a The National também não fui, nessa altura ainda não os ouvia, eles são uma paixão muito recente e muito intensa.
Por um lado ainda bem que poupei dinheiro e posso ir aos três dias deste, por outro :(
É uma banda que faz sentido ouvir num ambiente mais intimista, de certeza que na aula Magna funciona melhor do que em festival, mas fica para uma próxima oportunidade, vou vê-los ao vivo por isso não me posso queixar :)
O Alligator já comecei a ouvir, ainda não posso dizer se é tão bom como o Boxer, mas posso garantir que também é muito bom.
O Watchmen é um dos meus livros preferidos de sempre e isso já diz muita coisa. Para quem ainda considera a BD como uma forma de arte inferior que leia o Watchmen que muda logo de ideias.
Foi um livro que marcou profundamente a nona arte e é ainda hoje (e será sempre) uma grande referência, ao lado de outros como o MAUS de Art Spiegelman.
Abraço e boa sorte para os exames ;)
É quase que a junção perfeita entre um conjunto de músicas com sonoridades quase que sombrias e melancólicas, com aquele sabor romântico na ponta da língua :) Como não devo conseguir ir ao Alive vê-los, a ver se os vejo em Guimarães.
Abraço e bom blog ;)
Também ainda ouç falar do concerto deles no Camo Pequeno... mas com sorte voltam cá em breve num concerto só deles. Estão agora a gravar um novo álbum... com sorte no próximo ano fazem uma digressão... quando cá vieram ao Rock in Rio já não davam um concerto à quatro meses...
Kaiser Chiefs surpreendeu-me muito pela positiva, pela energia do vocalista como dizes. E foi nesse concerto que tive de vir um bocado mais pra trás, que as moches começaram a irritar :p... o vocalista é completamente doido, mas moveu mesmo o público.
Linkin Park também foi um belo espectáculo... mas é claro que não continuo a não ser grande fã deles. Ao ouvir tantas musicas deles de seguida no concerto, apercebi-me bem do quão PG-13 o rock deles é... o quão repetitivas são as letras. Mas os refrões ficam na cabeça, e o vocalista fez um bom trabalho (mas é como dizes... não podia puxar mais, se não qualquer dia fica sem voz...).
Muse forams em dúvida os que brilharam mais. Foi perfeição absoluta, ao vivo são incríveis. O estilo visual do concerto, a voz dele... foi de longe o melhor da noite.
Os The National por acaso fiquei fã cerca de uma semana antes do concerto. Ainda tentei arranjar bilhete, mas não valeu mesmo de nada... completamente esgotado. Vais vê-los ao vivo e não te podes queixar mesmo. Eu que sou de Lisboa até já estou a meditar em ir a Guimarães só para os ver no festival da Manta (ou sei lá como se chama)! Ao Alligator depois faz aqui a review que quero mesmo saber como se aguenta em comparação ao The National... mais por curiosidade, já que não duvido mesmo mesmo nada que seja um álbum que merece ser ouvido.
O Watchmen é simplesmente perfeito. É um verdadeiro mundo. É tão complexo, tão rico, as personagens estão tão bem criadas (o Rorschach é incrivel... quando é revelada a sua historia... simplesmente memoravel). É como dizes: revela todo o poder da BD como arte.
Obrigado. Agora tão quase a acabar os exames, felizmente... o que me preocupa mais é a entrevista esta sexta que tenho na Escola Superior de Teatro e Cinema. A ver se corre bem, que o processo de selecção daquilo é terrivel...
Um abraço!
Alex: Descrição perfeita das suas canções ;)
Obrigado e espero que consigas ir.
Gonçalo: Isto lembra-me que ainda me falta o primeiro dos Muse, tenho de consertar isso.
Em relação aos Linkin Park, estava a ouvir falar deles na TV e de facto quase todas as bandas que surgiram na altura em que o Nu Metal explodiu já praticamente desapareceram e os Linkiin Park têm-se conseguído manter, não sei é se por muito mais tempo.
Eu acho que há lá algum talento nomeadamente no Mike Chinoda que fez um remix da "Enjoy The Silence" que gostei muito.
Comentar álbuns para mim é o mais complicado, não sou crítico nem profissional das áreas, mas em cinema e BD uma pessoa pode sempre comentar uma história em música não percebo muito de pormenores técnicos, mas gosto de partilhar algumas ideias e sem dúvida o Alligator será um álbum sobre o qual quero falar. Vai é demorar um pouco pois ainda queria falar de outras bandas que vão ao Alive e pelo andar da carruagem já não vou conseguir abordar todas as que queria.
O Rorschach é o anti-vilão por excelência, estive para fazer um top de anti-vilões mas eram tantos que não cheguei a terminar. Mas o Rorschach seria sem dúvida o número 1. Aquela cena na prisão em que ele diz, "eu nãoe stou fechado aqui com vocês, vocês é que estão aqui fechados comigo" é brutal.
E o final aborda uma tema sobre o qual falo muitas vezes, será que os meios justificam os fins e depois de acontecer, não será melhor que algo de bom saia daquela desgraça ou devemos ser fiéis à verdade?
É como dizes perfeito.
É a escola de cinema e teatro da Amadora não é? Vais ver que não é assim tão terrível, às vezes as entrevistas enganam, uma pessoa pensa que correu mal e depois...
Força com isso ;)
Abraço
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