quinta-feira, maio 22, 2014

Torchwood - Temporada 1



SPOILERS

No. Think dangerous. Think something you can only half-see, like a glimpse, like something out of the corner of your eye. With a touch of myth, a touch of the spirit world, a touch of reality all jumbled together, old moments and memories that are frozen in amongst it. Like debris, spinning around a ring planet, tossing, turning, whirling... backwards and forwards through time.

Captain Jack Harkness


Um dos meus episódios favoritos de Doctor Who é o Empty Child. Pela história, pelo ambiente de terror, mas também pela introdução do Captain Jack Harkness, que se tornou instantaneamente parte da mitologia deste universo.

Ainda o acompanhámos enquanto companion do Doctor durante alguns (poucos) episódios. A sua participação foi sempre muito bem-vinda, mas compreende-se que Jack não seja menino para andar sempre atrás do Doctor. Nasce assim Torchwood (anagrama de Doctor Who), uma série dedicada à equipa (já previamente mencionada na série do Doctor) responsável por lidar com ameaças Extraterrestres na Terra e liderada pelo ilustre Captain Jack Harkness.

Tenho algum receio dos spin-offs, há personagem que resultam maravilhosamente enquanto secundárias, mas não enquanto protagonistas, além disso o que é demais enjoa. Mas Torchwood consegue marcar a sua posição e distinguir-se. Uma vez que se trata de uma série voltada apenas para adultos pode entrar por determinados campos restritos ao Doctor e também os protagonistas destas duas séries se encontram em campos dbem iferentes. Ao contrário do Doctor, o Jack não tem tantos problemas em sacrificar determinadas vidas e ver essa diferença na forma como ambos lidam em determinadas situações é um dos pontos mais interessantes da série.

A série até começa bem, mas confesso que a início me pareceu que a iria ver mais pela paixão ao universo do que pela própria série em si. Felizmente, esse sentimento desvanece logo, quanto mais episódios vemos, mais as histórias vão melhorando, bem como as restantes personagens (o Jack não, esse sempre esteve em grande).

O Doctor Who nunca enveredou muito pelo caminho espiritual, mas aqui temos um episódio dedicado a uma alma (graças a tecnologia alien), que me faz questionar se nos quiseram dizer que há vida depois da morte. O Jack bem acha que não há nada depois de morrermos e morrer é com ele. Para quem não sabe depois dos eventos no final da 1º temporada de Doctor Who (da de 2005) o Jack é imortal.

O último episódio é que nos volta a trazer os exageros do Russel T. Davies e aos quais já não estava habituado. Normalmente o seu lado emotivo compensa sempre essa extravagância, mas aqui acho ele esticou demais a corda, tudo bem, já sabemos o que a casa gasta. O que adorei no final foi que fez a ponte com os acontecimentos do final da terceira temporada do Doctor, excelente.

De salientar ainda que este Captain Jack já se encontra a viver na Terra há mais de 100 anos e o peso dessa idade e experiência de vida fazem-se sentir na personagem. Apesar de ser o mesmo Jack, não é exactamente aquele que conhecemos na primeira temporada de Doctor Who.

A música é de Ben Foster e do Murray Gold e há que dar crédito a estes senhores, não só pela música sod episódios, mas pelos temas contagiantes das intros que criam.

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