William Friedkin não é para os fracos de coração, é um daqueles realizadores cujo trabalho tem um impacto visual que fica connosco para sempre. E Cinema é isso mesmo, a utilização de imagens em movimento para contar uma história. Ora Friedkin é exímio na arte da realização, sendo um autor frontal, directo e sem rodeios.
O seu mais recente filme "Killer Joe" passou algo despercebido e culpa disso é também da distribuição. Uma pena que o realizador de filmes como o "The Exorcist" e o "French Connection" não tenha tido o seu filme distribuido por cá. Uma pena, porque é mais um trabalho formidável e visceral do realizador que merece toda a nossa atenção.
Num dos papéis principais temos Matthew McConaughey, como Killer Joe. É muito possível que McConaughey seja melhor actor hoje do que há 10 anos atrás. Uma questão de ter mais prática. Mas sempre o achei muito competente e se a sua carreira parece estar agora no auge isso deve-se a uma cuidada atenção da sua parte (ou do agente) na escolha de papéis. "Killer Joe" é mais uma prova de como McConaughey se encontra na mó de cima. a fazer-lhe companhia temos um leque bem forte, com Emile Hirsch, Thomas Haden Church, Gina Gershon e Juno Temple.
"Killer Joe"é sobre uma conspiração familiar para matar um ente querido e receber o dinheiro do seguro. Uma história simples e muito bem contada. O nível de realização e edição são fantásticos e a prova de que Friedkin continua a ser um realizador extremamente estimulante de seguir.
E aquela sequência com a asa de frango? Nunca mais ninguém vai ao KFC sem se livrar dessa na cabeça.
Sem comentários:
Enviar um comentário