terça-feira, março 13, 2012
Superman: #1-6 (New 52)
Como já havia mencionado aqui, estou a seguir algumas das novas séries da DC Comics.
Normalmente aguardava sempre pelo tradepaperback, uma vez que é mais económico e fácil de arrumar, mas este novo começo estimulou-me a ter a colecção do Batman neste formato. Acabei por comprar mais alguns e deixar outros para ler aquando da compilação, porque não há dinheiro para tudo.
O título do Superman não estava nos meus planos. Tenho um imenso respeito e consideração pela personagem, mas nunca foi das minhas leituras predilectas. Aliás, muitas das melhores histórias do Super são histórias fora da cronologia como "All Star Superman" entre outras.
Olhando para trás vejo que o que me levou a adquirir esta série mensalmente foi uma série de razões das quais bastaria uma falhar para tal não acontecer.
A primeira é obviamente o reboot, o facto de poder ter um número 1 do Superman. Porém, podia apenas comprar o número 1 e não seguir a série, sinceramente nem tinha essa intenção, mas é sem dúvida uma forte razão, pois não fosse o novo reboot e nem consideraria esta compra.
A segunda razão prende-se com o escritor do "Action Comics", o grande Grant Morrison. Ora em "Action Comics" está-se a contar a juventude de Kal-El, quando ele chega a Metropolis e ainda nem sequer tem os poderes todos. Foi este o livro que me fez querer ler "Superman". Se Morrison não estivesse a escrever o "Action Comics" eu não estaria a ler "Superman".
Por fim a terceira razão. Disseram-me que iria haver ligações entre ambas as séries o que me fez querer seguir as duas, simples mas eficaz.
Se "Action Comics" está a ser uma das melhores leituras deste universo, "Superman" por sua vez está a ser, infelizmente, a pior.
A série tem início com a informação de que o "Daily Planet" foi comprado. O jornal que conhecemos como a "casa" dos jornalistas Clark Kent e Lois Lane não será mais o mesmo. Há aqui um grande foco em como a imprensa está diferente e nesse sentido o comic tem um sabor bastante actual, sabendo acompanhar a mudança dos tempos.
Apesar de Superman só recentemente ter desenvolvido todos os seus poderes é já bem conhecido pelos habitantes de Metropolis, para ver esse percurso de integração da personagem há que seguir "Action Comics".
Mas, voltando às mudanças, estando perante um "novo" início não será inesperado que Lois Lane e Clark Kent não passem de colegas, neste universo ainda não se casaram. Porém, a "surpresa" surge (bem maior e mais chocante que o desaparecimento das cuecas vermelhas) quando se descobre que Jonathan e Martha Kent já faleceram. Esta é a mudança mais drástica na vida desta personagem e que só contribui para um maior isolamento da mesma.
Tanto em "Action Comics" como em "Superman" se aborda muito a questão de Kal-El ser um extraterrestre, de não pertencer originalmente à Terra a qual está a abraçar como a sua nova casa. Mas será que esta nova casa o abraça de volta?
Durante os três primeiros números Kal-El combate contra três estranhas criaturas que falam numa língua alienígena. O que é estranho aqui é que não existem dados que indiquem ter ocorrido algum tipo de invasão extraterrestre no nosso planeta. De onde vêm estas estranhas criaturas que não são originalmente da Terra? A resposta mais provável é que já se encontravam abrigadas aqui.
Tudo isto se desenrola de forma relativamente banal. Dá a sensação que o mesmo podia ser contado em muito menos tempo. Apenas no final do 4º livro surge uma revelação que nos faz pela primeira vez querer descobrir mais sobre este mistério.
Em relação às ligações entre o "Action Comics" e o "Superman" existem de facto mas não são nada de essencial nem de especial na leitura. Existem aliás, referências a toda a família Superman, tal como o Superboy e a Supergirl. Por um lado é sempre uma forma de aliciar as pessoas a lerem os outros (propaganda pura), mas, por outro também me faz todo o sentido que as haja se a ideia é transmitir que estamos perante um universo em que todas estas personagens co-existem e cujos acontecimentos se desenrolam ao mesmo tempo.
Por falar em Supergirl de salientar o seu aparecimento no número 6 que foi também um dos pontos mais altos.
Em relação aos desenhos, são bastante bons e competentes, acho que onde pecam mais é mesmo em algumas das capas que podiam ser bem mais interessantes, nomeadamente a primeira e última deste arco.
O facto de a dupla de autores George Pérez (argumento) e Jesus Merino (desenho) terem sido substituídos, a partir do #7 será Keith Giffen e Dan Jurgens, leva-me a crer que não fui o único a ter ficado desapontado com este "Superman".
Com esta mudança e uma capa que promete referências ao Universo Wildstorm vou continuar a seguir o Homem de Aço. Merece pelo menos mais uma oportunidade.
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6 comentários:
Vou esperar pelas compilações, e não sei se Superman irá estar nos meus planos...
:)
Olha vê lá se tiras aquele CAPTCHA impossível de decifrar...
Esta é a 5ª tentativa!
Abraço
Até agora o melhor é o Batman do Snyder esse sim indispensável para quem gosta deste género de BD.
Logo a seguir vem o Action Comics do Morrison. Por isso em relação ao Superman experimenta antes esse :)
Abraço
Pela última imagem, percebe-se que este já é o Superman com o visual que também se vai ver no filme "man of Steel".
Não é que tenha gostado assim por aí além mas agrada... Cool!
É como a coca-cola "primeiro estranha-se e depois entranha-se" :P
O fato sofreu alterações ao longo dos anos, mesmo que mínimas. Podes ver aqui a evolução: http://www.supermansupersite.com/evolution.html
As Cuecas são míticas mas não é por aí. Até já havia uma versão mais antiga sem elas: http://www.superman-movie.com/images/movies/superman-release-date-2013/superman-release-date-2013_388.jpg
Há outras alterações, esta tem uma aspecto mais de armadura em algumas partes também.
Quando estamos habituados a uma coisa primeiro estranha-se, mas depois a dada altura já nem pensamos nisso ;)
abraço
"Em relação às ligações entre o "Action Comics" e o "Superman" existem de facto mas não são nada de essencial nem de especial na leitura. Existem aliás, referências a toda a família Superman, tal como o Superboy e a Supergirl. Por um lado é sempre uma forma de aliciar as pessoas a lerem os outros (propaganda pura), mas, por outro também me faz todo o sentido que as haja se a ideia é transmitir que estamos perante um universo em que todas estas personagens co-existem e cujos acontecimentos se desenrolam ao mesmo tempo."
Pois mas a Dc seguia mais a 2a versão a de um universo só mas com menos super--Encontros,claro que é feito numa tentativa de venderem o peixe todo e não apenas o graúdo.
"A primeira é obviamente o reboot, o facto de poder ter um número 1 do Superman. Porém, podia apenas comprar o número 1 e não seguir a série, sinceramente nem tinha essa intenção, mas é sem dúvida uma forte razão, pois não fosse o novo reboot e nem consideraria esta compra."
Isso foi uma manobra a Heroes Reborn que não deu lá muito certo.
Achas que não deu certo? Já não me lembro onde encontrei a tabela de vendas, mas pelo menos no início a DC não estava nada mal.
É verdade que alguns títulos, estamos a falar de 52, não estavam a correr como desejado e iam ser, ou já foram, substituídos.
substituídos para a DC poder manter o "New52" na capa lol
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