quarta-feira, novembro 23, 2011

Torneio de Personagens de BD Asiática: Grupo III

Vegeta



Dragon Ball tornou-se mestre em passar vilões para o lado dos heróis. Veja-se mesmo Krillin. Vilão é uma palavra forte, mas Krillin sempre competiu de forma traiçoeira com Son Goku acabando por mais tarde se tornarem dos melhores amigos.
Piccolo que a início tem a morte de Goku no topo da sua lista de afazeres também acaba por unir forças com o mesmo. O mesmo se passou com Vegeta.
Quando os guerreiros do espaço (Sayans) se deslocam até à Terra para a conquistar, cabe a Son Goku e seus amigos, mais uma vez, protegerem-na.
Logo no primeiro encontro Vegeta cria uma enorme rivalidade com Goku que se mantém ao longo de todo o Dragon Ball. Como todos os grandes vilões de Dragon Ball quando surgem pela primeira vez, são significativamente mais fortes que Son Goku, mas tal só acontece mesmo na primeira aparição, pois uma vez derrotados por Goku este supera-os para sempre e isso é algo com que Vegeta nunca lidou bem.
Mesmo quando se tornam amigos Vegeta nunca pára de treinar para superar o seu camarada e até na saga de Majin Boo deixa-se controlar por Babidi para que este lhe aumente os poderes e assim poder tentar finalmente derrotar Goku.
Vegeta torna-se assim o anti-herói por excelência da série. Ao contrário de Goku é muito mais violente, severo e orgulhoso. Mas pouco a pouco a sua humanidade vai-se revelando ao longo da história. Vegeta casa com Bulma, na altura uma surpresa para muitos, é o pai de Trunks e na saga de Boo até se sacrifica para tentar vencê-lo.
Claro que Vegeta será sempre um badass e por isso uma das personagens favoritas da saga.
Já agora a ideia para o nome de Vegeta veio de Vegetal.




Resto da luta: parte 2; parte 3; parte 4.






Shimei Ryomou



Ikki Tousen ou Battle Vixen é uma série de mangá que data de 2000 e conta já com 18 volumes publicados. Na sua criação o seu autor Yuji Shiozaki baseou-se na novela Romance of the Three Kingdoms de Luo Guanzhong .
No Japão 7 liceus encontram-se em guerra. Liceus esses onde os seus lutadores possuem uma jóia sagrada possuidora que contém a essência e o destino de guerreiros oriundos dos 3 reinos da antiga China há cerca de 1800 anos atrás.
Shimei Ryomou pertence ao liceu Nanyo e do que encontrei dela foi estruturada como um valente fetiche para os homens. Começando na indumentária, Shimei veste-se de criada francesa e o seu estilo de combate é o wrestling de submissão utilizando algemas como arma… Além disso ainda usa uma pala no olho que é para não termos dúvidas que é uma durona.










Natsu Dragneel



Natsu é um dos protagonistas de Fairy Tail da autoria de Hiro Mashima. Editado desde 2006 já conta com 29 volumes mangá, 106 episódios de anime e dois OVA’s. Aparentemente uma série de grande sucesso.
Também conhecido por Salamandra, Natsu é um feiticeiro caçador de dragões. Através de magia consegue adquirir as capacidades de um dragão, tendo-se especializado em:

- Cuspir chamas;
- Lançar chamas de qualquer parte do seu corpo;
- imunidade ao fogo;
- Capacidade de ingerir qualquer tipo de chama.

Este tipo de magia na qual se tem dedicado particularmente, chama-se: Fire Dragon Slayer magic.
A lutar é como um furacão, descuidado e indiferente ao que o rodeia. Mas em relação aos amigos é dos mais leais.
Uma característica particular é que enjoa sempre que viaja em qualquer meio de transporte.









Shishio Makoto



Há quem diga que o Vilão faz o Herói. Neste caso em particular, quase que podemos dizer que o Vilão fez a história. Digo quase porque Rurouni Kenshin vive e viveu sem Shishio Makoto, mas sem ele não é a mesma coisa.
Gosto da história deste samurai vagabundo que tenta remediar os seus pecados do passado. O início deste mangá é descontraído e pautado de bom humor e de personagens interessantes. Porém é quando começa a saga de Makoto que a série se revela como algo a perdurar na História. O salto de qualidade é hercúleo e não é à toa que esta saga é a maior de toda a série de Rurouni Kenshin e ainda bem. Claro que tal não se deve só a Makoto, há outras personagens que dão novo fôlego à série também (uma delas também está nomeada neste torneio).
No final do Bakumatsu, o final do shogunato Tokugawa, Shishio Makoto substituiu Himura Kenshin como assassino do novo governo Meiji.
Quando os oficiais se apercebem que Shishio é um dos psicopatas mais perigosos à face da Terra conspiram para o assassinar, queimando-o vivo. Mas Shishio é um osso duro de roer, ou melhor, queimar e para futuro espanto de todos sobrevive conspirando em segredo contra o governo durante vários anos. E é precisamente quando coloca o seu plano em acção que surge na série.
Shishio é implacável, o seu confronto com Kenshin é lendário e para mim o melhor combate de toda a série. Dois guerreiros com uma fama que os precede mas longe do seu pico. Kenshin abdicou de matar os seus oponentes e luta com uma espada de gume invertido, e Shishio com 99% do corpo queimado já viu dias melhores.

SPOILERS

Há uma cena neste combate que é particularmente excepcional. Depois de Kenshin usar o Ougi (técnica mais poderosa) do Hiten Mitsurugi Ryu Shishio vê-se derrotado. Para o proteger a sua mulher coloca-se entre ele, caído no chão, e Kenshin que hesita ao se aproximar. Ela ama-o verdadeiramente e implora a Himura que poupe a sua vida quando de repente, sem contarmos com isso vemos uma espada sair do seu peito e acertar em Kenshin. Shishio aproveitou a situação para magoar Kenshin, mesmo que para isso tenha de ter morto a sua própria mulher. Até aqui vai a sede de vingança deste monstro. Shishio só se ama a si próprio.

Não encontrei a batalha inteira, em japonês e com a música original por isso deixo apenas um excerto da parte final onde Kenshin e Shishio usam o seu golpe mais poderoso. É uma batalha mesmo épica:








Revy



Revy (Rebecca) é uma personagem do mangá Black Lagoon, da autoria de Rei Hiroe e que contém já 9 volumes tendo o primeiro sido editado em 2002. Como acontece com vários mangás, Black Lagoon seria adaptado para uma série de animé com o mesmo nome em 2006.
A história desenrola-se nos anos 90 e segue um grupo de piratas conhecidos por Lagoon Company. Revy é um dos membros desta tripulação e de todos é a maior responsável pela secção de pancadaria. Revy é a guerreira do grupo, uma guerreira sádica que se diverte mais a chacinar pessoas do que a conversar com elas. Tal indiferença pela raça humana é aparentemente resultado de uma forma qualquer de instabilidade emocional.
A sua alcunha é Two Hand uma vez que espelha a sua habilidade em manusear duas pistolas ao mesmo tempo.








Sagara Sanosuke




Quando Criança Sano era membro do exército Sekihō que foi enganado e assassinado pelo novo governo Meiji. Por causa disto Sano cresceu a odiar a nova era Meiji tornando-se um lutador de rua, que lhe valeu a alcunha de Zanza (por lutar com uma enorme zanbatō).
Na história surge quando é contratado para eliminar Himura Kenshin o famoso Hitokiri Battousai. Uma oportunidade que Sano não quer perder uma vez que Kenshin era um assassino que lutou a favor do governo que Sano tanto odeia.
Nas palavras de Saitō, Sanosuke é um forte guerreiro, mas para esta nova era que é de paz. Quando comparado com os samurais que combateram na guerra, as suas habilidades são significativamente menores e por isso Sano nunca conseguiu sequer tocar em Kenshin quando lutaram.
No entanto é de realçar que Sano é de todas as personagens a mais resistente. Ele consegue aguentar como ninguém sucessivas cargas de porrada e levantar-se (quase) sempre.
Durante o combate Sano conhece melhor Kenshin e aquilo porque luta. Admirado com o nobre samurai decide segui-lo e ajudá-lo na sua missão em ajudar os outros, tornando-se os dois a partir daqui em melhores amigos.
Apesar de Sano lutar para manter a paz, o seu rancor pelo governo não desapareceu e num par de vezes os seus ideais voltam a entrar em confronto com os de Kenshin. Mas nada que os dois amigos não consigam resolver.
Mais tarde Sano acabará por arriscar a própria vida para defender este governo quando luta contra as terríveis forças de Shishio, num combate épico contra Anji.
Anji tinha-lhe ensinado um truque incrivelmente poderoso, capaz de reduzir num golpe uma pedra a pó, chama-se Futae no Kiwami.
O início da luta entre os dois é muito bom porque qualquer um deles pode terminar a luta com um golpe destes. Aquele que acertar primeiro vence e então a luta assume a tensão de um jogo de Xadrez culminando num grande momento de Sano. Depois a luta continua e as regras que estabeleceram no início vão para as urtigas, ainda assim, grande combate.
Sano veio adicionar à série, mais humor e divertimento. É um jogador e bon vivant mas que está sempre pronto para defender e ajudar os amigos.
Já agora a banda sonora do animé é divinal.




Este vídeo tem mais qualidade mas a luta tem cenas cortadas.








Notas:

- Algumas informações foram pesquisadas na wikipédia;
- Devido a razões de facilidade algumas imagens dos animés serão utilizadas ao invés das dos mangás.

terça-feira, novembro 22, 2011

Torneio de Personagens de BD Asiática: Grupo II

L



L é um dos melhores detectives ficcionais que alguma vez li. Não perde em nada para um Sherlock Holmes, Poirot ou Batman. É das personagens mais perspicazes e observadoras, características essenciais num excelente detective, tal como havia mencionado previamente aqui.
Não é à toa que se tornou uma personagem com uma enorme popularidade à sua volta. Sobre a obra à qual pertence, já falei dela aqui.
Existe uma prequela escrita por Nisio Isin onde assistimos L a caçar outro assassino antes dos eventos decorridos em Death Note. O nome deste livro é Death Note Another Note: The Los Angeles BB Murder Cases.
Existe também três filmes em acção real da saga Death Note. Os dois primeiros são a história do mangá (ver trailer do primeiro aqui) e o terceiro é uma sequela focada em L (o trailer contém spoilers para quem não conhece a série, quem quiser pode vê-lo aqui).
É na minha opinião a personagem mais inteligente da série, mais que Light que já por si é fenomenal. Mas tinha de ser assim, L está a lutar contra alguém que possui um caderno da morte, uma peça mágica que desequilibra a balança de qualquer combate e mesmo assim a forma como L pouco a pouco se aproxima de Light é muito boa.
Vejam logo no início o primeiro confronto entre os 2:









Cell




Cell faz parte do 2º grande arco de Dragon Ball Z. Após vencer o terrível Freezer numa galáxia distante, Son Gokū e companhia irão ter de enfrentar um adversário ainda mais temível e desta vez na Terra.
A maioria já conhecerá certamente esta personagem, mas talvez desconheçam que Cell esteve quase para não existir.
Akira Toriyama tinha intenções de terminar Dragon Ball Z após o arco em Namek finalizando com a morte de Gokū. Afinal Gokū sempre morreria aquando a explosão do planeta.
Mas pressionado pelo estúdio de animé continuou a escrever e desenhar estas aventuras e assim seguiu-se o arco dos cyborgs. O Dr. Gero, antigo inimigo de Gokū, dedicou a sua vida a criar cyborgs altamente poderosos incluindo o próprio, pois Gero transformou-se a si também no cyborg #20 que juntamente com o #19 são os primeiros a surgir. Mais tarde são revelados as verdadeiras ameaças, os cyborgs #17 e 18 que segundo um Trunks vindo do futuro seriam os responsáveis pela aniquilação da vida na Terra. No entanto e para surpresa de Trunks surge também um #16 que “vive” para uma única missão: matar Gokū (apesar de ser aquele que se assume como mais pacífico e dedicado à natureza).
No entanto, o editor de Toriyama mostrou-se descontente com os vilões, e percebe-se porquê, eu gosto muito do #16, 17 e 18, mas nenhum tem o estofo que um Freezer tinha, e então Cell nasceu. Um cyborg excepcional que foi criado a partir das células dos grandes guerreiros da Terra. Gokū, Vegeta, Piccolo e até mesmo Freezer.
Cell surgiu incrivelmente ameaçador, pelo seu aspecto assustador e porque era capaz de replicar todos os truques destas personagens.
Mas a história de Cell não termina aqui, se pensam que Toriyama fez com que Cell tivesse a capacidade de se transformar quando absorvia os cyborgs #17 e 18 porque lhe apanhou o gosto com Freezer, desenganem-se. A única razão para Cell ter mudado de aspecto foi porque o seu editor, que novamente meteu o dedo, achava a personagem demasiado feia.
Cell pode não ter sido a personagem mais poderosa da saga, mas foi sem dúvida das que impôs mais respeito e aquela que mais elementos de terror trouxe à série. Pelo aspecto, pela voz, pela absorção dos cyborgs, enfim por tudo. Só mesmo na última transformação é que ficou com um aspecto mais humano e menos aterrador. Depois de ter atingido todo o seu potencial, Cell não tinha mais ninguém a temer (assim pensava) e isso notava-se na sua postura.







Piccolo



Piccolo, ou Satã na versão portuguesa, é o maior dos vilões em Dragon Ball e um dos maiores heróis em Dragon Ball Z.
É a reencarnação de Piccolo Daimao (Coraçãozinho de Satã) que juntos foram a primeira personagem verdadeiramente maléfica que Toriyama criou na série. Repare-se, se não me estiver a esquecer de alguém, que é na história de Piccolo Daimao que a primeira personagem, Krillin, morre.
Descobre-se mais tarde que Picollo é a parte maléfica de um certo Namek que a eliminou para assim ser puro o suficiente e se tornar no guardião da Terra (o Todo Poderoso). Tal acto custou-lhe caro e sendo ambos a mesma pessoa um não pode existir sem o outro.
Após a morte de seu “pai”, Piccolo começa a treinar para enfrentar Gokū (que passou a treinar com o Todo poderoso) no famoso torneio mundial de artes marciais.
No início do Dragon Ball Z um extraterrestre de nome Raditz revela-se como uma grande ameaça ao nosso planeta e para ser eliminada Piccolo e Gokū terão de fazer aquilo que nunca imaginaram. Lutar lado a lado. É uma grande luta principalmente por vermos estes dois inimigos a trabalharem juntos, culminando na morte de Gokū que se sacrifica para Piccolo poder matar Raditz o irmão desconhecido de Gokū. Tal não teria acontecido se Gokū não tivesse cometido o erro de confiar no seu irmão.
Uma das particularidades desta personagem e que a distingue das outras é que Piccolo tem a capacidade de se regenerar.
Sobre uma das minhas relações favoritas nesta série, que envolve Piccolo, falarei mais tarde quando falar sobre outra personagem.









Briareos Hecatonchires



Briareos é juntamente com Deunan Knute o protagonista do mangá Appleseed de Masamune Shirow publicado entre 1985-1989.
A história tem lugar no século XXII após uma terceira guerra mundial ter devastado o nosso planeta. Briareos era um antigo membro da SWAT (Special Weapons And Tactics) que é convidado a aliar-se a uma nova equipa, ESWAT (Extra Special Weapons And Tactics).
Briareos é um cyborg. A maior parte do seu corpo é cibernética mas enquanto personagem a sua humanidade prevalece.
Algumas das suas capacidades (as que encontrei) são:

- 8 olhos que lhe proporcionam a capacidade de observar em vários ângulos distintos;
- Um segundo cérebro que funciona como um computador;
- Pele elástica onde pode controlar a sensação da temperatura, por exemplo.

Em 1988 Appleseed foi adaptado para um OVA. (ver abaixo). Em 2004 para um filme em cgi (ver aqui) e por fim em 2011 saiu a série Appleseed XIII também em CGI (ver aqui).







Clare




Claymore é uma série de mangá que decorre desde 2001 e da autoria de Norihiro Yagi.
A acção desenrola-se num mundo onde monstros ancestrais existem, os Yōma. Tudo estaria bem se o principal alimento destes demónios não fossemos nós.
A fim de proteger a humanidade, um grupo apelidado de “A organização” criou uma ordem de guerreiros metade humanos e metade Yōma.
Estes guerreiros que possuem uma parte de Yōma conseguem aumentar as suas capacidades físicas até um nível extraordinário. Porém é preciso ter cuidado ao manipular este poder. Se um guerreiro utilizar demasiado o seu poder Yōma a sua transformação tornar-se-à irreversível perdendo a sua humanidade. Esta é uma das razões pelas quais estes guerreiros são todos mulheres. Pois quando usavam homens todos eles se entregavam à sede de poder, perdendo-se para sempre.
Por usarem longas espadas estes guerreiros ficaram apelidados de Claymore’s.
Clare é uma Claymore e a protagonista desta aventura. Ao logo da história seguimo-la nas suas missões, saltando de cidade em cidade à procura de Yōma’s. É de salientar que as Claymore’s são pagas para fazer este trabalho. Após uma missão começa a ser seguida por um rapaz, Raki, que tendo perdido a família para um Yōma decide tornar-se companheiro de viagem de Clare, independentemente dos desejos da mesma.
A princípio Clare quer afastar este rapaz, mas depois acaba por o aceitar, algo que vamos compreendendo melhor à medida que o passado de Clare vai sendo revelado.
Li alguns mangas desta série, mas desconhecia que tinham feito um anime que conta com 27 episódios.







Tetsuwan Atomu (Astro Boy)




Átomo, Iron Arm Atom, Mighty Atom ou Astro Boy (são muitos os nomes usados) é o robot mais conhecido da BD Japonesa saído da mente do grande Ozamu Tesuka (e também aquele que tem mais nomes aparentemente).
É o concorrente mais antigo de todos, tendo sido publicado entre 1952-1968 em 23 volumes ao todo. Em 63 um animé foi também desenvolvido.
As aventuras de Astro Boy decorrem num mundo futurista onde a tecnologia atingiu um grande pico de evolução culminando na inteligência artificial, culminando em robots como Astro Boy.
Astro foi criado pelo Dr. Tenma com o intuito de ser o substituto do seu filho Toby que morreu num acidente de viação. Quando Tenma se apercebeu de que este robot nunca seria capaz de substituir o seu filho, vendeu-o a um circo.
Mais tarde é descoberto pelo Professor Ochanomizu director do ministério da ciência (antigo cargo de Tenma). Tornando-se o tutor legal de Astro vai descobrindo as enormes capacidades deste robot sendo a mais surpreendente a capacidade de sentir emoções humanas. A partir daqui Astro Boy tornar-se-ía num defensor da justiça sempre pronto a proteger os inocentes.
Em 2003 Naoki Urasawa pegou na história Astro Boy The Greatest Robot on Earth e reinventou-a contando-a de uma forma mais adulta e aproveitando assim para voltar a dar vida a uma das histórias que mais o marcou durante a infância e homenagear ao mesmo tempo o seu criador Osamu Tezuka. A obra em questão chama-se Pluto e é um dos meus mangás predilectos.
Em 2009 David Bowers realizou uma longa de animação 3D desta personagem (ver trailer aqui) e actualmente a ASA encontra-se a editar o mangá, para quem estiver interessado.








Mai Kujaku




Mai Kujaku ou Mai Valentine na versão em inglês é uma das várias personagens de Yu-Gi-Oh! de Kazuki Takahashi. Com 38 volumes editados entre 1996 e 2004, Yu-Gi-Oh! tornou-se uma série de grande sucesso que teve várias adaptações para séries e filmes de animé e jogos (de vídeo e de cartas).
A história gira à volta do jogo Duel Monsters. Este jogo consiste numa batalha entre jogadores que libertam várias criaturas fantásticas que estão contidas em cartas, um pouco há semelhança de um Pokemon ou de um Bey Blade.
Mai é uma destas jogadoras. É a típica filha rica e desprezada pelos pais. Após ter descoberto este jogo começou a dedicar-se seriamente a ele desafiando milionários para jogar em busca de poder e sucesso.
Mai Kujaku é uma adversária temível mas solitária, não tendo nenhum verdadeiro amigo.











Notas:


- Algumas informações foram pesquisadas na wikipédia;
- Devido a razões de facilidade algumas imagens dos animés serão utilizadas ao invés das dos mangás.

segunda-feira, novembro 21, 2011

Torneio de Personagens de BD Asiática - Grupo I

Shima Tetsuo



Isto começa logo em grande com um dos meus favoritos, Tetsuo Shima, uma das personagens centrais de um dos melhores mangás que li na vida: AKIRA. O autor dispensa apresentações, Katsuhiro Otomo, editou este mangá entre 1982-1990. Existe mangá para todas as idades e feitios, Akira é considerado Seinen que aponta para um público entre os 20-30 anos.
Em 1988 o autor realizou um filme de animação desta história que ainda hoje é uma referência no género.
Este mangá Cyberpunk futurista decorre em 2030 em Neo-Tóquio. Neo porque em 1992 uma explosão nuclear destruiu Tóquio e deu origem à terceira guerra mundial. Passados quase 40 anos uma nova cidade foi construída numa ilha artificial na baía de Tóquio.
Tetsuo é o melhor amigo e membro do gang motoqueiro de Kaneda, cujas maiores preocupações são arranjar mulheres, drogas e the need for speed.
A história começa com o grupo de motoqueiros a conduzir pelas estradas a grande velocidade. Tetsuo surpreendido por uma aparente criança no meio da estrada envolve-se num grande acidente. Esse acidente despoleta os seus poderes psíquicos e por isso é rapidamente raptado por forças do governo, mais especificamente pelas mãos do Colonel Shikishima, líder do projecto governamental responsável por investigar pessoas com habilidades psíquicas e Tetsuo parece ser a pessoa mais promissora desde…Akira.
Cego e levado à loucura pelo seu poder, Tetsuo acabará por ter de enfrentar aquele que apelidava de melhor amigo, tal e qual um Anakin Skywalker e um Obi-Wan Kenobi.








Allen Walker





D. Gray Man
começou a ser editado em 2004 contando já com 22 volumes. Katsura Hoshino, o seu autor, traz-nos a história deste Allen Walker, um rapaz de 15 anos que tem a capacidade de transformar e aumentar o tamanho do seu braço esquerdo, tornando-o capaz de destruir Akuma (demónios).
É convidado a aliar-se a uma ordem de exorcistas que utilizam uma substância antiga, chamada Inocência para combater contra Millennium Earl e a sua horda de demónios Akuma.
Uma das grandes vantagens de Walker na ordem é que consegue detectar Akuma’s disfarçados através do seu olho esquerdo.
Deixo aqui a abertura do animé:









Kei Kishimoto




Dito da forma mais simples Kei Kishimoto é o mulherão de Gantz.
Gantz de Hiroya Oku, tem um início repleto de mistério e cenas inesperadas. Pessoas que recentemente falecidas são transportadas para um local incógnito onde são obrigadas a entrar numa espécie de jogo onde têm a missão de caçar e matar aliens.
Ninguém sabe porquê, nem como, nem quando terão de parar. Basicamente ninguém sabe nada. E já dá para perceber que volume atrás de volume, aposta-se forte nestes jogos deixando o mistério para ser revelado aos poucos o que faz com que desde 2000 já tenham saído 32 volumes.
Talvez uma forma de encontrar respostas mais depressa seja ver os dois filmes em acção real que já saíram (ver o trailer do primeiro aqui). Ou talvez vendo a série de animé.
Mas voltando a Kei. Esta rapariga tem a melhor introdução na história. Do nada assistimos ao seu corpo nú a ser transportado até...não faço ideia aonde...onde se encontram os outros jogadores. Uma cena muito engraçada que foi executada ao pormenor também no filme. Deixo o vídeo para espreitarem em baixo.
Kei é também um erro de Gantz (uma bola negra gigante que parece controlar tudo). Um erro porque Kei sobreviveu ao seu "acidente" e assim Gantz ao criar uma réplica sua colocou no mundo duas Kei’s.
Cedo se envolve num triângulo amoroso com os outros dois protagonistas.








Light Yagami




Light é à superfície o rapaz perfeito. Dotado de uma grande inteligência e facilmente um sucesso académico para regozijo dos pais. Além disso é também um sucesso entre as mulheres. Porém tanto o reconhecimento profissional como o sexual dizem pouco a Light que facilmente cai num sentimento de monotonia em relação à vida... Até ao dia em que encontra o death note e tudo muda.
Este caderno da morte que tem o poder de matar qualquer pessoa na Terra, desde que se conheça a sua cara e nome, é uma arma tão poderosa como perigosa. Nas mãos de outra pessoa qualquer o livro seria usado, quase de certeza, com fins egoístas ou então não seria usado de todo. Mas com Light o caso muda de figura. O seu objectivo é criar um mundo pacifico e então começa a usar o livro para eliminar todos os criminosos. Eventualmente o rapaz começa a perder-se, sacrificando inocentes, como policias, a fim de de não ser apanhado. Há semelhança de uma certa personagem em Watchmen também para ele os fins justificam os meios.
Seria interessante se Light sempre se mantivesse nesta linha e não começasse a ter delírios de grandeza querendo assumir-se como o deus de um novo mundo. Ainda assim O duelo entre Light e L é um dos mais memoráveis da banda desenhada.
A título de curiosidade existiram alguns crimes que foram inspirados em Death Note, nomeadamente a 28 de Setembro de 2007, o corpo de um homem não identificado foi encontrado ao lado de duas notas que diziam em latim: “Eu sou Kira”. Kira é o nome dado pelo público ao desconhecido Light.
Sobre os filmes falarei mais à frente.








Masaru Kato



Kato é o co-protagonista de Gantz, amigo de infância do protagonista, Kei Kurono. É por ele que Kei Kishimoto está apaixonada para terrível sina de Kurono.
Kato morreu ao mesmo tempo que Kurono quando estes tentavam salvar um vagabundo inconsciente de ser atropelado por um comboio após este ter caído nas linhas desmaiado.
Na escola acabou por ganhar uma fama de lutador, uma vez que costuma proteger os alunos mais fracos de bullying envolvendo-se em vários confrontos.







Muten Rōshi



Mais conhecido por aqui por Tartaruga Genial, estamos obviamente a falar de uma das personagens mais clássicas de Dragon Ball.
Dragon Ball de Akira Toriyama foi editado em mangá entre 1984 e 1995 com 42 volumes ao todo onde está incluída a história de Dragon Ball Z. Sim porque o GT não existe em mangá e basta ver o animé para se notar logo a diferença de qualidade.
Na altura não captou a atenção de Portugal e pudera se apenas agora a série de mangá está a ser editada em português. Claro que mesmo que este não fosse o caso dificilmente Dragon Ball teria sido por cá o fenómeno que foi não fosse a série de animação.
Na altura foi um marco, todos, de todas as idades, viam Dragon Ball. Os bares das escolas e faculdades inundavam-se de alunos quando um episódio começava e todos ansiavam por saber quem venceria tal luta, muito mais importante do que a disciplina que estava a decorrer. Nunca vi um fenómeno tal.
O Tartaruga Genial aparece cedo na história como um velho mestre de artes marciais, muito possivelmente o maior de todos os mestres da Terra.
É ele quem vai treinar Son Gokū ensinando-lhe o poder que se tornaria o mais icónico da série, o kamehameha.
Foi interpretado por Chow Yun-Fat no filme Dragon Ball Evolution.
Claro que a característica que o tornou uma das personagens mais amadas foi a sua taradice pelo sexo oposto. Tartaruga Genial é um pervertido sempre à espera de conseguir ter alguma sorte com miúdas bonitas, tais como Bulma.






Notas:


- Algumas informações foram pesquisadas na wikipédia;
- Devido a razões de facilidade algumas imagens dos animés serão utilizadas ao invés das dos mangás.

sexta-feira, novembro 18, 2011

Torneio de Personagens de BD Asiática - Algumas Notas


Uma vez que decidi aceitar mais algumas nomeações, onde acabaram por entrar cerca de 8 personagens novas, tive de voltar a organizar os grupos e por isso as personagens sobre as quais já tinha escrito ficaram espalhadas.
Dito isto não vou dar início às votações esta semana como tinha planeado. Mas Segunda o mais tardar contem com o primeiro grupo.



Até lá para ir aguçando o apetite vou revelar aqui algumas informações:


- Com as novas nomeações tornou-se de todos os torneios aquele que tem um maior número de personagens a concorrer;

- É também o torneio que conta com mais personagens do sexo feminino;

- Os futebolistas não foram esquecidos, mas por pouco a Astrologia não marcava presença;

- A saga a contar com mais personagens a concorrer, como seria de esperar, é Dragon Ball com 7 personagens ao todo;

- Logo a seguir temos Naruto e Rurouni Kenshin que contam com 4 personagens a concorrer. De salientar que nenhuma das personagens de Naruto são os 3 protagonistas (Naruto, Sasuke e Sakura);

- É o primeiro torneio que conta com um deus a concorrer.

Gonçalo M. Tavares - Errata

Ontem enganei-me e disse que a conversa com Gonçalo M. Tavares no Porto iria decorrer hoje quando é amanhã.
Peço desculpa pela distracção. Já está corrigido.

quinta-feira, novembro 17, 2011

Gonçalo M. Tavares


Já queria ter falado deste escritor há algum tempo por aqui, por isso não vou deixar passar mais uma oportunidade e aproveitar para o fazer agora, uma vez que queria também partilhar que Gonçalo M. Tavares vais estar este Sábado no Porto a iniciar o "Ciclo de conversas Porto de Encontro" que terá início pelas 17h00 e será no Palácio dos Viscondes de Balsemão.
Esta iniciativa visa promover a conversa com escritores e é organizada pelo jornalista Sérgio Almeida e promovida pela Porto Editora.

Para quem puder acho que vale a pena, já tive o prazer de conversar com o autor e recomendo.

Gonçalo M. Tavares é um nome que tem ganho cada vez mais ênfase no mundo da literatura portuguesa. Estava naquelas listas imaginárias que todos temos (alguns em papel até) para eu ler um dia, mas o tempo ia passando e nada. Este ano durante a feira do livro decidi que não passaria mais um minuto sem corrigir esta falha.





A Máquina de Joseph Walser





"Somos mais corajosos quando recebemos ordens fortes"

Comecei por ler A Máquina de Joseph Walser, um livro que pertence à colecção Reino composta por quatro ao todo. Este é o segundo na colecção mas todos podem ser lidos por qualquer ordem.
A história decorre durante uma qualquer guerra, onde tanto a história como a guerra têm início e conclusão ao mesmo tempo.
Gostei muito do livro, acho que Tavares escreve muitíssimo bem e tem uma grande capacidade para construir personagens. Pegando por exemplo em Jospeh Walser, um homem comum, completamente previsível e mecânico que se torna numa personagem absolutamente fascinante aos nossos olhos, com todas as suas peculiaridades e manias. Porque há fascínio no previsível e no banal, porque muitas vezes não olhamos duas vezes para algumas pessoas e não é por isso que deixam de ser verdadeiramente fascinantes à sua maneira, nós é que desconhecemos por completo o mundo que existe dentro delas.
A qualidade das personagens é crucial numa história e a forma como o autor as descreve ao pormenor, é fantástica. Além do protagonista ou do seu patrão Klober que sempre que entra em cena agarra o momento e faz com que tudo gire à volta dele, temos também uma outra personagem magistral que é a própria máquina de Joseph. Nunca sendo descrita na sua plenitude, nunca a conhecemos verdadeiramente, mas a sua imponência ao longo de todo o livro é sempre, fortemente, sentida.
De resto foi um dos livros com um dos finais mais coitus interruptus que li. Adorei o momento.






A perna Esquerda de Paris seguido de Roland Barthes e Robert Musil.





"Maria Bloom tinha aulas de paradoxos, duas vezes por semana, das seis às cinco e meia da tarde.
Nunca chegava a tempo porque chegava sempre adiantada."


O segundo livro foi A perna Esquerda de Paris seguido de Roland Barthes e Robert Musil. Editado curiosamente no mesmo ano que o anterior, 2004.
Este livro encontra-se dividido em duas partes.
Na primeira temos A perna Esquerda de Paris, onde a narrativa fragmentada nos conduz, através das personagens por diversas reflexões sobre a realidade em que funcionamos. Algo que já acontecia no anterior mas de uma forma mais ligada a uma história.
O final volta a ser um momento inesquecível.
Na segunda parte temos então Roland Barthes e Robert Musil, num formato totalmente diferente ao qual estamos habituados, no formato de uma tabela literária. Sim, porque a dada altura questiona-se no livro o porquê de termos de escrever em linhas se também o podemos igualmente fazer em tabelas.
Gostei muito da rebeldia, se é que lhe posso chamar isso, manifestada neste segmento.
Agora, sendo já este o segundo que li, posso reconhecer certos temas que o autor gosta de explorar, tal como as máquinas e também a matemática que faz sempre uma aparição religiosa nestes livros.

terça-feira, novembro 15, 2011

TCN Awards

blogger do ano

O Cinema Notebook, desde que me lembro da sua existência tem demonstrado sempre uma especial atenção na divulgação do trabalho de outros blogs de Cinema e TV nacionais.
Para isso criou os TCN Awards, que desde o ano passado passaram a ter direito a sessão de entrega ao vivo, que acima de tudo é uma óptima ocasião para conhecer e conviver com outros bloggers que partilham das mesmas paixões. Podem votar na barra lateral

Ontem fiquei muito surpreso quando soube que tinha sido nomeado na categoria de "Blogger do Ano", uma vez que este cantinho não é um blog de cinema, mesmo sendo este um dos temas mais debatidos aqui.
Penso que esta nomeação se deve à criação da Tertúlia de Cinema, que foi também nomeada para melhor iniciativa. Fico muito contente que a Tertúlia esteja no leque dos nomeados.
Apesar de ser o seu fundador o blog é de todos os que lá participam e quiserem participar.
O blog é o que é graças a todos os que lá contribuem e a quem agradeço muito por terem aceite o convite e continuarem a participar sempre motivados por esta paixão que nos une a todos que é o Cinema.

Por fim, resta-me dar os parabéns aos organizadores e aos restantes nomeados e agradecer a todos os que votaram, sinto-me lisonjeado por terem sentido que merecia o destaque.
Para verem todas as categorias, nomeados e votarem só têm de se dirigir ao Cinema Notebook.

segunda-feira, novembro 14, 2011

Torneio de Personagens de BD Asiática


Está quase a fazer um ano que decidi elaborar um torneio neste blog para escolher a personagem favorita de Banda Desenhada de todos os que por aqui passam.
Como podem ver nesse post optei por planear 3 torneios, separando os três grandes mercados de BD mundial.

O torneio de personagens de BD Americana foi o primeiro e pode ser visto aqui.

O de personagens Europeias foi (quase) logo a seguir e também pode ser consultado aqui.

Mas o de personagens Asiáticas ficou em águas de bacalhau. Na altura não tinha tempo e depois fui simplesmente esquecendo-me.

Pois bem, como podem já ter reparado o blog já se começou a "vestir" de forma diferente, e a razão prende-se com o regresso do torneio que faltava.
Na altura pedi a todos os interessados para me enviarem os nomeados. Não se preocupem eu guardei-os todos.

Desta vez vou colocar os grupos a votação ao mesmo tempo que o post referente a cada um.

Por fim, contem com o início disto já esta semana.

Espero que votem.



Nota: imagem retirada daqui.

sexta-feira, novembro 11, 2011

Os 10 filmes da minha vida...


...Podem ser vistos no blog do Samuel Andrade.

quinta-feira, novembro 10, 2011

Ciclo Andrei Tarkovsky no CCB é uma desilusão

Sou um tipo distraído por isso quando fui assistir à Infância de Ivan e descobri que os filmes de Tarkovsky iam ser passados em dvd, dei o beneficio da dúvida. Devem ter avisado eu não reparei.

De qualquer das maneiras olhando agora para o site penso que na programação esta informação devia ser divulgada, afinal cobrar para mostrar dvd's numa condição que muitos a terão melhor em casa é enganar-nos. Ainda por cima eu comprei 3 bilhetes de seguida.

Mas nem ia referir nada disto não fosse a exibição desastrosa de ontem de Andrei Rubliov. A 2º parte do filme foi exibida com overdubbing em francês. Disseram que o 2º dvd do filme vinha assim e não conseguiam mudar.
Mas quem é que organiza isto com uma falha tremenda como esta?
Portanto este post é para contradizer tudo o que disse na publicidade que fiz ao evento.

Mais vale comprar os dvd's e ver os filmes de Tarkovsky em casa.

quarta-feira, novembro 09, 2011

José e Pilar aos Óscares - Take II


O blog Split Screen criou o movimento "José e Pilar aos Óscares" cujo objectivo principal é, como o próprio nome indica, levar o documentário em questão às nomeações dos Óscares da academia.
O primeiro passo já foi cumprido o de o filme ser indicado pelo Instituto de Cinema e Audiovisual (ICA).
Agora é preciso continuar a dar forças ao filme e para isso deixo aqui as palavras do Tiago Ramos:


"Como vocês bem sabem, depois da nossa forte "luta" e com o vosso apoio, conseguimos obter notoriedade de forma a que o filme "José e Pilar" fosse indicado pelo ICA como o candidato português ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Acreditem que a decisão não foi fácil e sem a vossa ajuda, não teria sido possível.
Neste momento estamos noutra fase, ainda mais complicada e embora não dependa tanto de nós, ainda há muito para fazer. Um dos factores mais difíceis para obtermos a nomeação tão desejada tem que ver não apenas com a forte concorrência deste ano, mas sobretudo devido à falta de notoriedade do nosso país lá fora. Tem sido feita campanha pela JumpCut (com apoio até da Fundação Saramago) nos EUA - por exemplo, realizou-se a semana de Saramago em NY que culminou com a exibição do filme no MoMA. E acreditem que nunca se fez campanha tão forte por um candidato português como este ano.
A verdade é que precisamos de mais ajuda. Um deles passa pela classificação do filme José e Pilar no IMDb (http://www.imdb.com/title/tt1789810/). Neste momento temos cerca de 600 votos no site que se traduzem numa classificação média de 8.8, um valor extremamente simpático para um filme na sua globalidade, quanto mais para um documentário. Estamos inclusive identificados no IMDb como o terceiro documentário melhor classificado, a nível mundial. Venho por este meio solicitar-vos ajuda à divulgação desta informação nos vossos espaços para que mais pessoas possam juntar-se e votar no filme. Tanto no IMDb como no RottenTomatoes, entre outros que conheçam. Se puderem, publiquem ainda as vossas críticas nesses espaços (em inglês preferencialmente). Todo o vosso apoio é importante.
Precisamos da maior notoriedade possível, por isso falem no filme em fóruns norte-americanos da especialidade e blogues. Para que saibam, o filme foi aceite pela HFPA na categoria de Melhor Filme Estrangeiro pelo que pode vir a receber uma nomeação também para os Globos de Ouro. Dia 5 de Dezembro será realizado um screening em LA...
Qualquer dúvida disponham. Conto com o vosso apoio mais uma vez.
Cumprimentos,

Tiago Ramos"
Lentamente as peças começam a encaixar-se...

terça-feira, novembro 08, 2011

Ciclo Andrei Tarkovsky


Teve início ontem o ciclo dedicado ao realizador Russo no CCB.
Hoje é projectado o primeiro filme deste ciclo, A infância de Ivan com início às 21 horas.

Para consultarem todo o programa cliquem na imagem.

segunda-feira, novembro 07, 2011

Hunger


Já era tempo de riscar Hunger da lista, um dos filmes mais falados dos últimos tempos.

Trata-se do primeiro filme de Steve McQueen e conta com Michael Fassbender no papel principal.
Não é todos os dias que se assiste ao nascimento de uma dupla realizador/actor tão promissora. Sei que ainda é cedo para tal afirmação, mas após assistir a este filme e sabendo que além de terem terminado mais um (Shame, igualmente promissor) já se encontram a planear um terceiro, existe o sentimento no ar de que temos dupla.
Resta-me esperar que daqui a uns anos pensemos neles como num Wong Kar-Way/Tony Leung, Martin Scorsece/Robert de Niro e agora Leonardo di Caprio, Tim Burton/Johnny Depp, entre tantos outros. Seria um óptimo sinal se assim fosse.

O tema central do filme tal como o próprio título o indica é a fome, mais particularmente a greve de fome levada a cabo por vários presidiários membros do IRA e que foi iniciada por Bobby Sands (Michael Fassbender) a fim de todos recuperarem o seu status político, recuperando assim determinados previlégios que haviam perdido e aos quais têm direito segundo a convenção de Genebra.



Antes desta greve de fome existiram outros protestos levados a cabo pelos mesmos, inclusivé outra greve de fome, mas uma que acabaria por falhar. O filme introduz-nos a esta situação ao mesmo tempo que Davey Gillen (Brian Milligan) o mais recente membro do IRA chega à prisão, ou seja, enquanto está a decorrer o famoso protesto da sujidade, onde todos os presidiários desta causa sujam as paredes de fezes e deitam a sua urina pela porta para os corredores. Um protesto duro mas também condenado a falhar.

Apesar de a história se centrar nas acções de Sands, este só surge em cena vários minutos após o início do filme. Até lá é através de Gillen e do guarda Raymond Lohan (Stuart Graham) que conhecemos o funcionamento da prisão.
Salvo a excepção de algumas curtas cenas com Raymond Lohan todo o filme decorre sempre no mesmo espaço, o da prisão. Talvez a ideia disto seja a de nos sentirmos também presos àquele espaço sempre descrito através de imagens que não poupam na crueza daquele ambiente (ainda bem que este filme não é em 4-D).



O filme é dotado também de poucos e curtos diálogos, salvo a excepção da grande conversa entre Bobby Sands e o padre Dominic Moran (Liam Cunningham). Tal como os diálogos também a mudança de planos é curta. Veja-se precisamente esta cena, durante toda a conversa entre os dois a câmara mantêm-se imóvel mostrando-os sentados numa mesa a fumar enquanto discutem. No fim a câmara foca-se primeiro em Sands durante o seu monólogo final e termina focada no padre para nos mostrar o seu silêncio inconfortável, onde nem uma palavra é pronunciada, porque depois daquele monólogo já não há nada a dizer.

A última meia hora do filme, referente à greve de fome, é de uma intensidade enorme e mostra-nos mais uma vez que Fassbender é sem dúvida alguma um nome a reter.
Um filme cru, intenso e sem meias medidas para atingir o seu objectivo.

E agora depois da fome, anseio pela vergonha.

sábado, novembro 05, 2011

Shame - Trailer


Após a brutalidade de Hunger, Steve McQueen e Michael Fassbender voltam a unir forças neste Shame. Novamente o título a surgir de forma cru e sem piedade providenciando-nos o mote do filme.

Pelo trabalho da dupla em Hunger, aliado ao aspecto maravilhoso deste trailer, Shame entrou directamente para a minha lista de filmes mais aguardados do ano.

quinta-feira, novembro 03, 2011

Johnny Depp & Heath Ledger

Apeteceu-me revisitar este post de 2007 acrescentando mais qualquer coisa.



Estes senhores já foram dois dos maiores sedutores da história...


Don Juan DeMarco (de Jeremy Leven)




Casanova (de Lasse Hallström)





Já foram poetas, embriagados nos seus vícios e paixões...


The Libertine (de Laurence Dunmore)





Candy (de Neil Armfield)





Já interpretaram uma lenda musical na grande tela...


Cry-Baby ( de John Waters)





I´m Not There (de Todd Haynes)





Já foram uma espécie de Cowboys...


Dead Man (de Jim Jarmusch)





Brokeback Mountain (de Ang Lee)





Até já trabalharam ao serviço da lei...


Donnie Brasco (de Mike Newell)




Monster´s Ball (de Marc Forster)





Ou até mesmo contra forças sobrenaturais...

Sleepy Hollow (de Tim Burton)



The Brothers Grimm (de Terry Gilliam)






Em 2008 foram os assassinos mais esperados no cinema...


Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street (de Tim Burton)




The Dark Knight (de Christopher Nolan)






...No fim, foram a mesma personagem.


The Imaginarium of Dr. Parnassus (de Terry Gilliam)




The Imaginarium of Dr. Parnassus (de Terry Gilliam)





Nota: Ambos também já interpretaram padres católicos. Ledger em The Order e Depp (muito brevemente) em Once Upon a Time in Mexico. Mas não encontrei a imagem de Depp, é uma aparição mesmo muito curta.

quarta-feira, novembro 02, 2011

Os Novos 52

Um pouco tarde, mas aqui ficam as minhas primeiras impressões dos comics que ando a seguir dos "Novos 52 da DC".



JLA #1



Jim Lee regressa a lado do "Man of the hour" da DC, Geoff Johns.
Logo a início somos avisados que esta história decorre 3 anos antes da cronologia usada nos comics das respectivas personagens.
É um novo início para esta Liga e Johns quer contar a história com calma, saboreando cada momento e por isso mesmo não se optou por colocar todas as personagens da equipa neste primeiro número.
Aqui seguimos Batman a perseguir um E.T., enquanto ele próprio é perseguido pela polícia. Batman é portanto procurado pelas autoridades e considerado uma ameaça para Gotham City.
Durante a perseguição surge Hal Jordan aka Green Lantern, afinal se envolve criaturas alienígenas isto é um caso para a polícia universal. O momento em que estes dois heróis se conhecem é bastante engraçado, vemos por exemplo que o Lantern pensava que o Batman não passava de uma lenda urbana e a sua expressão quando descobre os "poderes" de Batman é excelente.
Tinha algum receio de ver como seria o Batman de Johns, pois o autor não é famoso pela escrita desta personagem. Mas até agora está tudo OK e para minha surpresa até o colocou a ridicularizar o Lantern (vamos pensar que Jordan é muito novato).
A personagem de Victor também é introduzida numa história em paralelo naquele que é o substituto do Martian Manhunter na formação original da Liga. Tenho pena, não conheço muito bem o Cyborg nunca segui Teen Titans, mas o Marciano é membro fundador da Liga e de todos é o único que falha neste novo início, não devia. O que me deixa mais tranquilo é que ele estará junto de uma equipa que tem tudo para brilhar, falo de Stormwatch. Mas esse vou adquirir em trade paperback e falarei mais tarde.
Este é uma boa opção para quem quiser ler BD da DC e não conhece muito bem este universo. Os que conhecem adiantam-se um bocadinho e ficam logo a saber quem é o vilão que está por detrás desta trama.
No número 2 vamos ter Superman VS Batman & Green Lantern. Mal posso esperar.





Detective Comics #1



Esta publicação é dedicada a Batman. Estamos perante um Batman em início de carreira. Harvey Dent ainda é um promotor público e duvido que já tenha existido algum Robin.
Para primeiro vilão temos o maior deles todos, The Joker.
O duelo entre Joker e Batman é interessante, mas é o final da história que me deixou mais intrigado. É um daqueles momentos what the fuck? Que realmente só podia ser executado pelo Joker, não imagino mais nenhum vilão a ser capaz de tal coisa.
Não faço ideia como isto vai terminar, mas para já promete.
O argumento e desenho estão a cargo de Tony S. Daniel.




Action Comics #1



Se a de cima é dedicada a Batman esta só podia ser ao Superman. E juntamente com essa foi das minhas leituras preferidas desta nova vaga.
Aqui também Superman é jovem nestas andanças. Já está em Metropolis a trabalhar num jornal rival ao Daily Planet e é portanto concorrente de Lois Lane. Os seus poderes ainda não estão totalmente desenvolvidos, é um super mais fraco, menos resistente e que ainda não tem a capacidade de voar. Uma abordagem que gostei bastante.
O escritor, e a razão porque decidi comprar, Grant Morrison, opta por trazer-nos um Super diferente ao que estávamos habituados. Kal-El é mais arrogante é certo mas a sua atitude rebelde de esquerda a lutar contra o sistema, preocupado sempre com os mais desfavorecidos é executada com muito estilo. Não me parece que este Super seja manipulável politicamente como era o escrito por Frank Miller.
Diz quem conhece melhor que este Super tem muito do mais antigo.
De salientar também a introdução de Lex Luthor. Frio, calculista, manipulador e sem escrúpulos, que tem neste número a função de prender o alienígena que anda a saltar pelos prédios de Metrópolis. Luthor é implacável, Kal-El mal sabe o que o espera.
O desenho é de Rags Morales.





Batman #1



Scott Snyder e Greg Capulo trazem-nos o primeiríssimo número de Batman. E aqui se começa a notar que este "novo" universo da DC alterou muito pouca coisa em relação ao antigo, provando-se desnecessário. Os Robin's são os mesmos e o actual é precisamente Damian o filho de Batman que era já o actual no universo antigo. No fundo disseram-nos que estamos perante um novo começo, mas as ligações ao passado são idênticas salvo excepções pontuais como a personalidade de algumas personagens ou o facto de Barbara Gordon ter recuperado a mobilidade nas pernas.
O livro começa com Batman a invadir o Asilo Arkham lutando contra vários vilões (aqui já temos Two Face) aliado a Joker?????
Depois do momento Batman o livro segue num momento Bruce Wayne onde assistimos a um belo discurso sobre a sua cidade de eleição. O auge tal como em Detective Comics é o final que nos revela um suspeito inesperado na investigação de Batman. Claro que não é ele o culpado, mas ainda assim aguçou o apetite para descobrir aonde isto vai dar.






Superman #1



Este juntamente com a Liga não estava nos planos de compras. Os comics saem muito caros.
Porém acabei por decidir arriscar até para ver se os acontecimentos em Action Comics se poderão notar neste.
Novamente sentimos uma desilusão em termos de "novo universo DC". Tiraram-lhe as cuecas por cima do fato e modernizaram o espaço e personagens. As pessoas usam o twitter, o jornal impresso sofre problemas com a evolução do digital, enfim situações que facilmente seriam introduzidas no universo tradicional, afinal de contas presidentes são eleitos, monumentos construídos, mas os super-heróis mantêm-se, intocáveis pelo tempo.
Seguimos a aquisição do Daily Planet por um novo empresário e um estranho inimigo que acabará a defrontar o grande azulão. De todos foi o que menos apreciei.
George Perez escreve e Jesus Merino desenha.