When you separate an entwined particle, and you move both parts away
from the other, even on opposite ends of the universe if you alter or
affect one, the other will be identically altered or affected.
Existe qualquer coisa de especial nos filmes de Jim Jarmusch. Uma qualquer aura (onde o som é tão importante quanto a imagem) que me inunda por dentro, a cada inspiração. Há algo de poético aqui que perdura na memória e me acompanha muito depois de ver o filme, um sentimento.
Hiddleston e Swinton encarnam na perfeição estes casal de vampiros cujo nome nos remete para o início dos tempos (apesar de o realizador ter escolhido os nomes por causa do livro Mark Twain, mesmo esse remete-nos para as figuras biblicas). De um lado temos Eve, a luz - se é que lhe podemos chamar isso - cheia de vida e do outro Adam, a escuridão, encarnada no artista melancólico, mas um que se apaixonou tanto pelas artes como pelas ciências, uma particularidade que gostei em especial, pois não é a ciência uma arte também?
Pelo meio de tanta cultura, um pormenor muito curioso, a menção à teoria de que o autor Christopher Marlow, após forjar a sua morte, continuou a escrever sob o nome de William Shakespeare.
Deixo-vos a música de tom fúnebre que acompanha o filme, qual batimento cardíaco. Agora vou continuar a sonhar.
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