quarta-feira, julho 09, 2014

Kilas, o mau da Fita (1980)


Este filme de José Fonseca e Costa foi um dos grandes êxitos de bilheteira nacional, tendo conquistado alguns prémios tanto cá dentro como lá fora (França e Alemanha). Tenho ideia que é um dos filmes mais icónicos deste realizador - um que surgiu de uma colaboração com o Brasil -, mas como o meu conhecimento sobre ele é reduzido fico-me por aqui nesse campo (este foi o meu primeiro filme de Fonseca e Costa).

Tudo começa com a Rita, diz Kilas logo ao início (o nome é uma variação de Killer), mas sejamos sinceros, o problema nunca foi da senhora. Kilas é um parasita da sociedade, um proxeneta lisboeta que passa a noite no jogo enquanto uma bonita senhora dá o litro - e outras coisas - para o sustentar. Um tipo com classe, portanto. O filme retrata assim uma fatia em específico da vida deste malandro, uma na qual ele conheceu Rita e acabou, sem saber bem como, envolvido numa teia de conspiradores anti-comunistas.

Mário viegas encarna este pilantra e encarna-o memoravelmente. A ajudar o filme temos uma banda sonora de Sérgio Godinho onde a sua "Balada da Rita" assenta como uma luva de seda. Já há muito que não me lembro de cantarolar tanto uma banda sonora num filme.

"Kilas" apesar do seu lado cruel é um filme realizado de uma forma muito divertida, cheio de personagens completamente alucinadas, como é o caso do inesquecível Tereno (Luís Lello).

Um filme a conhecer ou recordar.


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