quinta-feira, dezembro 19, 2013
O Vento nos Salgueiros
A primeira vez que tive contacto com o clássico de 1908, “O Vento nos Salgueiros”, de Kenneth Grahame, foi com uma série de animação que passou há uns bons anos na TV. Podem espreitar o genérico aqui, para recordarem. Lembro-me de muito pouco em torno da série, no que tocava à história, mas os bonecos, as personagens, essas ficaram gravadas para sempre.
Desde há uns tempos para cá que a paixão por este universo criado por Grahame se foi intensificando e hoje possuo na estante três livros deste clássico da literatura infantil. Tenho uma versão com ilustrações na língua original e outra em português (ver imagem acima) e ainda uma BD. A adaptação em BD é de Michel Plessix e encontra-se dividida em duas partes (com 4 livros cada). Na realidade ainda não tenho a colecção completa deste - falta-me a segunda parte -, mas aproveitei as férias na Bélgica para comprar o número 1 da primeira parte, que segundo sei está esgotadíssimo cá. Tenho ideia também que por cá só se publicaram os primeiro 4. Em relação aos desenhos de Plessix, são absolutamente maravilhosos. A forma como ele deu imagem às palavras de Grahame rende-nos imediatamente sem nos dar qualquer hipótese de resistir.
Quanto à edição da Tinta da China, as ilustrações que contém são de E. H. Shepard (também conhecido pelo seu trabalho em “Winnie-the-Pooh”) e datam de 1931. São desenhos dotados de uma grande sensibilidade, que enriquecem em muito esta, já por si, bonita edição. Tenho ideia que Grahame não queria ver o seu mundo ilustrado, mas o trabalho de Shepard, fê-lo dar o braço a torcer.
Esta é a história do perspicaz senhor Toupeira, do poeta Rato d’Água, do sapiente Texugo e do excêntrico Sapo. Quatro amigos que nos levarão a conhecer um mundo cheio de aventuras, magia e bons sentimentos. Não sei se livros como este e o “Livro da Selva” ainda são muito lidos às crianças - nem se alguma vez o foram -, mas deviam, sem dúvida que deviam.
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