quinta-feira, setembro 20, 2012
Fun Home – Uma Tragicomédia Familiar
Já foi surpreendente, mas ainda assim não deixa de ser sempre curioso quando revejo o meu comportamento nos outros. Alison Bechdel teve uma infância completamente diferente da minha, não lhe encontro nada que nos una e, no entanto, partilhámos algumas das mesmas paranóias. Quando ela começa a escrever "acho eu" em todas as frases do diário, fez-me viajar no tempo, também eu com idade similar me apercebi de como a memória pode ser falível e que tudo o que dizíamos podia não ser uma descrição exacta dos factos. Não tinha diários, mas esse "acho eu" acompanhou-me muito nessa fase. Existem outras além desta, mas foi a que me chamou mais a atenção. Certamente que não somos os únicos, a unicidade é algo realmente raro se é que existe. Ainda assim, suscipta-me sempre algum fascínio descobrir isto, é que à primeira vista o meio não desempenhou o papel aqui.
Escrevi este parágrafo aqui por ser de tom mais pessoal, quanto ao livro em si, que é muito bom, podem ler mais sobre ele, no sítio do costume. Cliquem aqui.
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