sexta-feira, julho 20, 2012

Samurai: Aquele Que Serve

Esta curta BD é a minha mais recente participação no projecto "Zona" e que pode ser encontrada na "Zona Nippon", dedicada à cultura japonesa. O desenho é do Fil, onde nos voltámos a reunir para mais uma colaboração. Aproveito para sugerir uma visita à sua exposição para conhecerem mais dos seus trabalhos.



















Quando comecei a trabalhar nesta história, tinha de respeitar duas coisas: o tema teria de ser nipónico e o tamanho máximo duas páginas (acabariam por ser 5 pelo tamanho mais reduzido do formato tankobon).
Na altura, estava um pouco farto de histórias curtas, criar algo realmente interessante em duas páginas é possível, mas complicado e às vezes frustrante por querermos desenvolver mais e não podermos. A fim de tentar algo diferente e explorar caminhos novos, tentei contar uma história visual, através de um poema. Quis focar-me mais em emoções do que propriamente em detalhes, como se fosse uma canção. E não sou um poeta, o que me levava a crer que pudesse estar a meter-me em caminhos perigosos, mas talvez enquanto poema visual resultasse.

O Fil acabaria por pegar na história (algo que não estava originalmente planeado) o que a valorizou bastante, pois gosto muito da sua estética e grande ajuda na planificação.

Depois de um par de comentários, chego à conclusão que isto poderá não ter resultado da forma que esperava. Do que vi não fizeram menção ao poema em si, mas apenas à história, que sozinha é extremamente simples e minimalista e completamente despreocupada com contextualizações (algo que no final do trabalho me fez ponderar se não teria sido um erro da minha parte). Tinha de começar por algo assim, argumentos muito complexos a rimar deixo para mais tarde, depois de aprender a andar neste território. No entanto, foi estranho e curioso ver pegarem na história de forma tão racional quando procurava mais sentimento do que até lições de moral (que não pretendi dar).

E pronto este foi, resumidamente, o processo de criação. Gostei do desafio mesmo que não o tenha ultrapassado, agora é tentar aprender e melhorar.

4 comentários:

tadeu disse...

usaste um belo código de ética que fica bem a qualquer samurai da bd: humildade.
ponto para ti ao explicar o que o processo significou e o que pode mudar numa próxima aventura.
para mim, só o facto de fazer, ter iniciativa e gosto em partilhar conosco, vale cada segundo no blogue.
parabéns ou como se diz em japonês, diz quem sabe: Omedetou Gozaimasu
:)

Loot disse...

Obrigado Tadeu.

Uma história tem de viver por ela sozinha claro, mas como este é uma espécie do meu diário de aventuras culturais acho que é o local ideal para falar e partilhar este tipo de experiências, até porque é esta partilha e troca de ideias com outros o que mais gosto nestas andanças blogoesféricas :)

Já conheci imensas coisas a passear por aqui.

grande abraço

Rafael Barbosa disse...

Bom trabalho Gabriel! E gostei muito do desenho.

Loot disse...

Das duas vezes que trabalhei com o Fil, adorei o traço dele.

Neste caso almejei uma coisa diferente, se calhar não correu tão bem como inicialmente imaginei. Mas pronto tentou-se :P

Obrigado