terça-feira, julho 24, 2007

In The Land Of Women


"In The Land Of Women" é o primeiro filme realizado por Jonathan Kasdan e nesta altura onde os blockbusters de Verão reinam pelas várias salas de cinema, este filme surge como uma brisa de ar fresco. Não sendo um filme perfeito é impossível não abandonar a sala de cinema sem nutrir um carinho especial por esta obra.
Trata-se de um filme de personagens, e sendo ele filho de Lawrence Kasdan lembrei-me logo de "The Big Chill".
Os pontos fortes de "In the Land Of Women" são sem dúvida, alguns dos excelentes diálogos, um muito bom e promissor Adam brody (estou ansioso para ver mais trabalhos dele) e a louca mas muito divertida Olympia Dukakis a interpretar Phyllis, a avó da personagem de Adam Brody, Carter Webb.


O filme tem ínicio com a separação entre Carter um escritor de pornografia softcore e Sofia Buñuel uma jovem actriz.
Sofrendo de um grande desgosto amoroso, pois para Carter, Sofia era o grande amor da sua vida (ou pelo menos era esta a ligeira impressão que ele tinha), decide ir passar uns dias em Detroit, para cuidar da sua avó que ultimamente tem a profunda sensação de que está prestes a morrer, aproveitando assim a oportunidade para arejar as ideias e se afastar do caos que é de momento a sua vida.
Enquanto cuida da sua avó, Carter torna-se bastante próximo da sua nova vizinha Sarah Hardwicke interpretada por Meg Ryan, que aqui regressa aos papeis interessantes. Curiosamente um dos meus filmes favoritos dela é "French Kiss" que foi realizado nada mais nada menos do que por Lawrence Kasdan.
Os passeios entre Carter e Sarah tornam-se assim dos melhores momentos ao longo do filme.
Não demora muito tempo até Carter conhecer a família de Sarah e se tornar uma grande influência tanto na sua vida como na das suas duas filhas Lucy e Paige, afinal de contas Carter é o amigo que todas elas precisavam e além disso é também (como é dito no filme) "misterioso", o que atrai sempre uma mulher (espero eu).


Aparentando ser uma comédia romântica, penso que não o é, e nem circula pelos caminhos mais óbvios. É um bom filme com belos momentos de ternura e comédia que valem a ida ao cinema, infelizmente achei a conclusão pouco satisfatória, respeito-a por não ter terminado da forma mais fácil, mas os momentos finais do filme deixam no ar a sensação de que ficou a faltar mais qualquer coisa. De qualquer das maneiras é uma das boas surpresas deste Verão.
Quero revê-lo de novo, uma vez que tive o azar de pensar que tinha perdido as chaves do carro quando o filme começou, afinal tinham caído dentro do carro de um amigo meu e tudo estava bem, mas houve alguns momentos no filme principalmente no princípio que não tiveram toda a minha atenção.

9 comentários:

Anónimo disse...

Como esta rapariga cresceu! Ainda há pouco tempo a vi na Sala de pânico...

Abraço

Anónimo disse...

olá, fiquei com vontade de ver e acrescento mais um à lista dos que espero apanhar ainda pelo cinema. fui ver o death proof. já viste?

Loot disse...

Mauro: É verdade e acho que estes fois foram os únicos filmes que vi com ela.

dcc: aconselho este o death proof ainda não vi, é bom?

Abraço

Anónimo disse...

death proof sim!
há que ver que o filme era suposto vir com outro na mesma sessão, a ideia original era, também, fazer uma espécie de homenagem aos "grindhouse". é exercício de estilo bem fixe; dos filmes dele, aquele em que menos pensou na estrutura narrativa, mas não peca por isso. gostei muito.

Anónimo disse...

Afasta-se da comédia romântica e do drama de verter lágrimas para se assumir como um filme equilibrado sobre um regresso às origens e sobre os problemas de pessoas comuns, fazendo-o com um olhar humano muito caloroso. Uma boa surpresa, sem dúvida.

Loot disse...

dcc: nestas férias fui duas vezes ao cinema e não deu para ver o death proof vout er de esperar pelo DVD. Depois digo qualquer coisa.

h: Não o podia ter dito melhor :) Mesmo assim achei que o seu maior pecado foi o final que não corresponde à qualidade do resto do filme

Anónimo disse...

Realmente, maravilhoso!
Ótimas actuações.. Excelentes quadros...
Me prende do começo ao fim, mas acho que foi curto...
E também esèrava algo mais do final..

Loot disse...

Estamos de acordo então Helena e já agora bem vinda ;)

Gema disse...

Gostei imenso da tua critica ao filme e escreveste tudo o que penso sobre o filme.
Adorei esta pérolazinha do cinema ;)