quinta-feira, maio 17, 2007

Balla - A Grande Mentira

Há momentos na vida, em que não somos nós que escolhemos um álbum, mas antes um álbum que nos escolhe a nós.
Foi exactamente o que aconteceu comigo e com este "A Grande Mentira". Não conheço os álbuns anteriores deste projecto, mas ouvindo apenas duas músicas através da rádio, senti o seu chamamento.
Nunca sentiram que mesmo conhecendo apenas uma ou duas músicas, já sabiam que todo o álbum valeria a pena? E obviamente estou a falar de uma situação em que não temos mais nenhum conhecimento da banda ou artista em questão, como álbuns anteriores ou concertos. Por exemplo antes de eu comprar o "Kid A" dos Radiohead já sabia que seria genial ainda antes de ouvir uma música sequer, afinal é Radiohead. Mas quando comprei o meu primeiro álbum deles, o "OK Computer", também conhecia apenas duas músicas e sentia que todo o álbum valeria a pena e é hoje um dos meus discos de culto, que aproveito para salientar comemora 10 anos.
Este ínicio todo apenas para salientar, que estranhamente eu já sentia que este álbum ia ser bom antes de o comprar e a verdade é que tinha razão e sabe tão bem ter razão.


O álbum tem início com a canção "Saltei de mim" que contém a participação da voz de Joana Mateus. Uma bela canção que rapidamente nos capta a atenção e o presságio para que isto promete.
De seguida vêm os dois singles, a já muito conhecida "O Fim da Luta" com participação de Nanu no arranjo das cordas e "O Outro Futuro". Duas excelentes canções que foram a razão que me levou a adquirir este álbum em primeiro lugar.
O resto das músicas continuam relativamente dentro do mesmo género, com a excepção de "Junk/Tralha", a mais diferente e única faixa instrumental, que me transportou para um mundo estilo "Snatch", aliás esta é uma música perfeita para constar da banda sonora deste filme.
Também existem participações de DJ Net Assassin em "Fugir? Ficar?", de Valdimir Orlov na fabulosa "Construí uma Mentira" e Sylvie C. em "Olá John Difool".
O álbum ao todo tem dez canções, e além das fantásticas nove que Armando Teixeira compôs ainda temos uma surpresa guardada para o final. E que melhor maneira de terminar do que com uma cover de Mão Morta? falo de "Oub´Lá.
Mão Morta é das minhas bandas preferidas e adorei a versão de Balla desta canção, sem dúvida a cereja no topo do bolo.
Como é fácil constatar por este texto "A Grande Mentira" é o meu mais recente vício e paixão, onde o único ponto negativo que lhe poderia apontar, é ao facto de o CD se ouvir rapidamente, deixando no ar uma sensação de "quero mais", mas se me perguntarem no fim de o ouvir se estou satisfeito? a resposta é um enorme sim!
Como não encontrei boas imagens da capa na net ficam as que tirei com a minha câmera, mais o videoclip de "O Fim da luta".

6 comentários:

cube disse...

eu,aqui no país do frio, gostei!

Menphis disse...

Muito bom, sem dúvida.

Armando Teixeira começou nos Da Weasel, mas depois saiu e começou a sua carreira musical a solo. Este ano é, de facto, muito bom. Para a semana vai actuar à casa da Música e os bilhetes até são baratinhos..pode ser que dê um salto lá.

Menphis disse...

Eu qwueria dizer..este álbum é muito bom...

Loot disse...

Não sabia que tinha começado nos Da Weasel. Já ouviste o novo deles?

Ainda não tive o prazer de ir à casa da música, tenho de ver se consigo passar lá um dia destes.

Menphis disse...

Ainda não ouvi o novo dos Da Weasel, mas já ouvi boas criticas.

Posso dizer-te que é uma das bandas que mais acompanhei nos seus inícios, na altura em que não estava o Virgul, e estava o Armando nas teclas e a Yeng Sun ( penso que se chama assim) que, penso, é DJ agora.

Segundo sei o caminho que o Armando queria para os Da Weasel, não era o mesmo que eles queriam portanto a separação foi a melhor solução.

Ah e acho que este álbum é mo 2º da carreira do Armando, como Balla, mas aí não tenho a certeza se é o 2º ou 3º.

Loot disse...

Sinceramente estava à espera de melhor, pensava que ia ter mais músicas com a orquestra, porque as que há souberam-me muito a pouco e estava à espera que fossem melhores, influências do grande concerto que eles deram com o maestro Rui Macena.
A minha favorita do álbum é a com o Bernardo Sassetti.