segunda-feira, dezembro 03, 2012


Actualmente tenho reparado em algumas críticas negativas, sobre a humanização dos super-heróis no Cinema. Sinceramente não sei se preferem as personagens perfeitas e imaculadas criadas nos primórdios deste tipo de BD.

Não deixa de ser curioso que na BD a crítica parece-me ser oposta, os leitores receberam muito bem essa humanização dos super-heróis quando surgiu, abraçaram os falhanços, temores, e defeitos das personagens. Abraçaram tudo que vem inerente à condição. Porque não somos deuses, nem mesmo os heróis.
 
Com isto não quero dizer que todos os heróis são iguais, o Iron Man não é o Batman, não tem de ter o tom negro do segundo e isso sim acho que é a moda do Cinema actual em relação aos super-heróis. O tom negro e de queda, provavelmente em voga graças aos Batman's de Nolan. Ainda nos podemos e devemos divertir a ver um filme de super-heróis, porque há personagens para todos os gostos, uma diversidade abundante, e no fundo, venha o que vier, que seja bom, que isso é que importa.

E que a imagem está bonita, lá isso está.

6 comentários:

Anónimo disse...

A imagem é do Iron Man 3?
Parece que o enlatado vai ter problemas com alguém com garras, um certo Fin Fang Foom, maybe? Lol
Já agora, eu até gosto de ver o Ben Kingsley mas um actor oriental não ficava melhor no papel do Mandarim?

Abraço. :)

Loot disse...

É sim, este será o filme mais negro da trilogia. Espero que seja tão bom como o 1º que continua a ser dos meus favoritos deste género.

Mas olha que o Ben Kingsley tem pai Paquistanês e mãe inglesa. Por isso tem ares orientais, sem falar que acentou muito bem no papel de Ghandi.

Já o Mandarim dos comics é filho de pai chinês e mãe inglesa, por isso até não está nada mal. Da parte do pai tem ligação a Genghis Khan :P

Abraço

tadeu disse...

são de "modas" e o essencial, fica sempre para segundo plano.
boa semana!

ArmPauloFerreira disse...

Totalmente de acordo contigo "Loot". O mais grave nestas andanças é que se confunde o que é possível com Batman, com qualquer outro super-herói. O Joss Whedon percebeu bem isso e não sucumbiu à idiotice de querer dar a qualquer super-ser o hiper-realismo de Batman. E mantenho a minha de que o TDKR é a prova de que nem tudo deve ser erradicado do seu lado fantasioso (tudo aquilo que é o Bane, e faz dele a ameaça imparável, não está no filme - está sim é um musculado punk qualquer com o sindrome de darth vader - odiei isso).
O problema é que a abordagem Nolan, foi mal percebida em cinema, e temo que seja nociva a longo prazo para o mundo dos superhero-movies.
Temo pelo próximo, o "Man Of Steel"...

Ainda assim, quando referes que os leitores têm recebido bem a humanização dos heróis na BD... ora mas é claro que teriam de receber bem. Era isso que a Marvel fazia quando surgiu e tantos de nós nos fez adorar seguir aquelas histórias. Contudo, a questão não se torna a humanização mas sim o erradicar da fantasia (os imensos poderes, o ultra-irrealismo, as vestimentas impossíveis, etc). Os renovados superherois na BD, continuam a ter poderes e a fazer coisas impossíveis. O contexto e a envolvente das vidas deles é que amadureceu e permitiu a refletir os pontos da nossa realidade.
Penso eu...

Loot disse...

Não tenho propriamente certezas nisto que vou dizer e afirmei no texto, é apenas uma impressão com que fiquei nos últimos tempos, que se prende com críticas negativas à humanização dos super-heróis, mas tal tem acontecido exclusivamente no tema do cinema, e com a qual discordo.

Como bem dízes foi algo em que a Marvel foi excepcional e ainda hoje é bem recordado. Quantos leitores de BD falam mal da humanização dos super-heróis? Poucos se os houver.

Acho que esta afirmação se prende mais com o "tornar real" e negro, o tema do herói caído com claras influências desta nova trilogia do Batman. O próprio novo Aranha tem um tom mto mais negro que o de Sam Raimi.


A humanização leva a que tudo deixe de ser perfeito e por isso é claro que quando falhamos, tal pode conduzir a tempos negros, - percebo a ligação - e por alguma razão há a chamada "Dark age of comics" mas que na minha opinião tem alguns dos melhores livros de super-heróis, por exemplo: watchmen, dark knight returns, etc. Eu gosto do tom negro, não quero é só ler coisas nesse registo.

No cinema é a tal questão que me parece que vai dar ao Batman. Nem todos os heróis são, nem têm de ser o Batman. Neste caso a abordagem de Nolan funciona muito bem e resultou num dos melhores filmes do género, o segundo.
Este terceiro tem demasiadas falhas, pessoalmente podia manter-se no registo que tem que eu gosto na mesma, devia era ter havido um maior cuidado a contar a história.

Felizmente, o Whedon trouxe algo diferente com Avengers, um filme cujos erros desculpo mais facilmente pq não se leva tão a sério, é suposto ser um balde de diversão e resulta.

Diversidade é o que se quer por estes lados :D

Loot disse...

Esqueci-me de referir que os Avengers são um excelente exemplo, são heróis humanizados (Iron man é arrogante, o thor protege o irmão que é um animal) e o filme não tem nada a aura de trevas do Batman :)