Demorou 15 anos a ser feito, facto que não se prende apenas com questões de tempo pois para Cameron a tecnologia necessária para criar a sua visão ainda não existia. Com tamanhas afirmações a especulação era muita em relação a este filme o que fez com que muitos afirmassem que iria mudar a forma como se faz Cinema. Um filme glorioso e memorável ou a maior banhada do início deste século eram as expressões que me passavam pela mente quando ouvia falar de "Avatar", como o nome do realizador é James Cameron inclinava-me para a primeira e de facto nunca tive dúvidas que a nível tecnológico o filme iria ser majestoso, o meu receio prendia-se mais com o argumento, uma vez que a imagem podia, neste caso, sobrepôr-se ao conteúdo.
"Avatar" é de facto um portento a nível tecnológico, o planeta Pandora é de uma enorme beleza bem como todo o ecossistema que o caracteriza. E este planeta é deveras o grande triunfo do filme, desde as suas montanhas voadoras até todo o tipo de criaturas que o habita, incluindo a tribo Na'vi aquela sobre a qual o filme de debruça.
O ano é o de 2154, a localização Pandora uma das luas de Polyphemus. O filme é narrado por Jake Sully (Sam Worthington) um ex-fuzileiro paraplégico que decide embarcar na viagem até Pandora após a morte do seu irmão gémeo Tommy.
Tommy fazia parte de um grupo de cientistas a trabalhar em Pandora, estudando a sua fauna e flora e tentando melhorar as relações entre os nativos e os humanos. Para serem melhor aceites por eles os humanos desenvolveram, através da combinação de DNA humano e Na'vi, corpos fisicamente semelhante em tudo aos últimos, para os quais a mente de determinados humanos é enviada (uma espécie de entrar na Matrix só que no mundo real). O problema destes corpos é que têm de ser desenvolvidos especificamente para alguém e são extremamente dispendiosos (assim como o filme). Quando Tommy morreu a empresa que se encontra a explorar Pandora decide recrutar o seu irmão gémeo, pois uma vez que partilham o mesmo genoma, é possível para Jake usar o corpo destinado originalmente ao seu irmão, aquele que será agora o seu Avatar.
A empresa que se encontra a explorar o planeta, fá-lo para obter o mineral unobtainium e está disposta a tudo para o cosneguir, inclusivé passar por cima de todos os habitantes de Pandora e para isso conta com um verdadeiro arsenal de militares e mercenários.
Por outro lado o grupo de cientistas, liderado pela carismática Dr. Grace Augustine (Sigourney Weaver) está mais interessado em conhecer os Na'vi e em arranjar uma solução pacífica entre a tribo e os Homens.
Jake vê-se assim entre dois lados, pois trabalha com os cientistas mas não deixa de ser um militar e quando o feroz Colonel Miles Quaritch (Stephen Lang) lhe oferece as suas pernas de volta, poucas dúvidas restam na sua mente. No entanto todas as suas perspectivas mudarão ao ser o escolhido para aprender a cultura dos Na'vi, pela mão da bela Neytiri (Zoe Saldana).
A história é completamente previsível, tal como previa as atenções caíram mais sobre a imagem do que a substância, não há nenhuma decisão que nos surpreenda e sabemos perfeitamente o que irá acontecer, Jake é há semelhança de um Skywalker ou de um Neo mais um "The One", sabemos por quem se irá apaixonar o caminho que seguirá e o que lhe acontecerá no fim. No entanto,os clichés são-no por alguma razão e a verdade é que nada disso me incomodou, talvez por nunca ter esperado algo surpreendente a nível argumentativo e por isso gostei da história. Soube bem, depois de ver tantos desfechos trágicos nos últimos tempos, vibrar com a luta dos Na'vi pela sua terra.
Na maior parte dos filmes em que extraterrestres chegam até ao nosso planeta, as suas intenções são hostis. Neste filme é o Homem o extraterrestre e curiosamente as suas intenções não são assim tão diferentes.
Gostei do elenco, Sigourney Weaver é sempre uma grande senhora, Stephen Lang criou um Colonel temível e cruel e Giovanni Ribisi é responsável por algumas boas gargalhadas com o seu humor negro. Quanto ao par principal, Sam Worthington e Zoe Saldana, têm uma boa química entre eles o que torna impossível não torcer pelos dois.
Quanto à mensagem, ou uma delas, não podia ser mais clara ou dura quando Jake profere que na Terra nós matámos a nossa "mãe".
Depois de um espectáculo visual tão grande, foi uma pena ter de ouvir aquela canção final que destoa por completo deste género de filme, e evocando a música do "Titanic". Este é sem dúvida o ponto mais negativo do filme.
Actualmente o 3-D já se começa a tornar-se irritante, mas ao menos "Avatar" usa-o melhor do que a maioria e por isso vale o esforço, apesar de 3 horas com os óculos se cansativo por vezes. No entanto fiquei curioso em como será visualizá-lo no bom 2-D HD.
"Avatar" é de facto um portento a nível tecnológico, o planeta Pandora é de uma enorme beleza bem como todo o ecossistema que o caracteriza. E este planeta é deveras o grande triunfo do filme, desde as suas montanhas voadoras até todo o tipo de criaturas que o habita, incluindo a tribo Na'vi aquela sobre a qual o filme de debruça.
O ano é o de 2154, a localização Pandora uma das luas de Polyphemus. O filme é narrado por Jake Sully (Sam Worthington) um ex-fuzileiro paraplégico que decide embarcar na viagem até Pandora após a morte do seu irmão gémeo Tommy.
Tommy fazia parte de um grupo de cientistas a trabalhar em Pandora, estudando a sua fauna e flora e tentando melhorar as relações entre os nativos e os humanos. Para serem melhor aceites por eles os humanos desenvolveram, através da combinação de DNA humano e Na'vi, corpos fisicamente semelhante em tudo aos últimos, para os quais a mente de determinados humanos é enviada (uma espécie de entrar na Matrix só que no mundo real). O problema destes corpos é que têm de ser desenvolvidos especificamente para alguém e são extremamente dispendiosos (assim como o filme). Quando Tommy morreu a empresa que se encontra a explorar Pandora decide recrutar o seu irmão gémeo, pois uma vez que partilham o mesmo genoma, é possível para Jake usar o corpo destinado originalmente ao seu irmão, aquele que será agora o seu Avatar.
A empresa que se encontra a explorar o planeta, fá-lo para obter o mineral unobtainium e está disposta a tudo para o cosneguir, inclusivé passar por cima de todos os habitantes de Pandora e para isso conta com um verdadeiro arsenal de militares e mercenários.
Por outro lado o grupo de cientistas, liderado pela carismática Dr. Grace Augustine (Sigourney Weaver) está mais interessado em conhecer os Na'vi e em arranjar uma solução pacífica entre a tribo e os Homens.
Jake vê-se assim entre dois lados, pois trabalha com os cientistas mas não deixa de ser um militar e quando o feroz Colonel Miles Quaritch (Stephen Lang) lhe oferece as suas pernas de volta, poucas dúvidas restam na sua mente. No entanto todas as suas perspectivas mudarão ao ser o escolhido para aprender a cultura dos Na'vi, pela mão da bela Neytiri (Zoe Saldana).
A história é completamente previsível, tal como previa as atenções caíram mais sobre a imagem do que a substância, não há nenhuma decisão que nos surpreenda e sabemos perfeitamente o que irá acontecer, Jake é há semelhança de um Skywalker ou de um Neo mais um "The One", sabemos por quem se irá apaixonar o caminho que seguirá e o que lhe acontecerá no fim. No entanto,os clichés são-no por alguma razão e a verdade é que nada disso me incomodou, talvez por nunca ter esperado algo surpreendente a nível argumentativo e por isso gostei da história. Soube bem, depois de ver tantos desfechos trágicos nos últimos tempos, vibrar com a luta dos Na'vi pela sua terra.
Na maior parte dos filmes em que extraterrestres chegam até ao nosso planeta, as suas intenções são hostis. Neste filme é o Homem o extraterrestre e curiosamente as suas intenções não são assim tão diferentes.
Gostei do elenco, Sigourney Weaver é sempre uma grande senhora, Stephen Lang criou um Colonel temível e cruel e Giovanni Ribisi é responsável por algumas boas gargalhadas com o seu humor negro. Quanto ao par principal, Sam Worthington e Zoe Saldana, têm uma boa química entre eles o que torna impossível não torcer pelos dois.
Quanto à mensagem, ou uma delas, não podia ser mais clara ou dura quando Jake profere que na Terra nós matámos a nossa "mãe".
Depois de um espectáculo visual tão grande, foi uma pena ter de ouvir aquela canção final que destoa por completo deste género de filme, e evocando a música do "Titanic". Este é sem dúvida o ponto mais negativo do filme.
Actualmente o 3-D já se começa a tornar-se irritante, mas ao menos "Avatar" usa-o melhor do que a maioria e por isso vale o esforço, apesar de 3 horas com os óculos se cansativo por vezes. No entanto fiquei curioso em como será visualizá-lo no bom 2-D HD.
11 comentários:
Já te dei a minha opinião... o filme deslumbra visualmente e também sabe bem ver uma estória que já sabemos como acaba, desde que bem contada. Penso que isso aconteceu! Quanto à música final... bem, o melhor é ir embora da sala ao som dela :D
Mas penso que não prejudica o filme, pois não passa durante a exibição do mesmo :P
Há muito tempo que não saia tão satisfeito de uma sala de cinema!
Abraço
Qual é a canção ?
FELIZ NATAL !!!!
MERRY CHRISTMAS !!!
FELIZ ANO NOVO !!!
HAPPY NEW YEAR !!!
Bongop: Mas passa no seu final, acontece aquela cena e de repente pimba, em vez de ficarmos a sonhar nas cadeiras apetece-nos ir embora lol.
Mas isto não pode ser só salientar o que é bom :P e o filme é de facto fantástico, é sempre bom ser criança outra vez.
Menphis: Não faço ideia, não a conhecia, apenas ouvi e não gostei.
Rafael: Obrigado e um Feliz Natal para ti também.
Eu gostei mesmo muito!!Espero que os rumores que andam por aí sejam mesmo verdadeiros e que isto avance para uma trilogia e desta vez com um vilão à altura :D
Beijinho.
Para triologia será um ainda maior desafio para o Cameron, porque os efeitos e o planeta já não vão surpreender..... vai-se pedir historia :)
Falando na musica, a banda sonora é fabulosa... certo que a canção da Leona não é a mais forte, mas que dizer das outras especialmente cantadas na ligua nativa dos Na`vi???
Desculpa-me Loot, por mais um testamento meu, mas não me contenho. Pois sendo eu um cinéfilo, sem ser muito exigente com as fitas que vejo, convenhamos, vi este como uma meia desilusão. Embora eu seja, normalmente, daqueles que vêem o “copo meio cheio”, desta vez vejo-o “meio vazio”.
Não será, na minha opinião, um filme de culto que galgue gerações, tudo porque o argumento é do mais banal e batido que há na memória da História Norte-Americana e na do próprio cinema. Neste filme "só" os olhos é que comem...mas comem a valer, é verdade; daí o ter visto como uma meia desilusão.
Como já tive oportunidade de escrever noutro blog, compreendo a aposta segura do realizador. Não se investem cerca de 300 milhões de dólares sem se querer ter um retorno assegurado. O que segura o retorno, para além dos efeitos visuais, será uma historieta já mais do que repetida em dezenas e dezenas de filmes de Hollywood. Na História, uma adaptação conveniente de Pocahontas, o seu John Smith e as nações indígenas em geral; no cinema, "Little Big Man", por ter marcado uma geração. Estes serão os mais flagrantes exemplos que trazem mais sucesso àquele já garantido pelo festim visual. Haverão outros, conforme referiste e muito bem, onde o conceito "O Escolhido" também trouxe muita aceitação por parte do público. Associado a tudo isto, a figura do ex-Marine paraplégico, que todos admiram desde a sua apresentação. Considero que aquilo que o filme ganhará em receita, perderá em memorável. Foi, no entanto, um golpe de inteligência e boa gestão no âmbito da Produção. O resultado está à vista: ninguém, ou quase, se parece importar com a hecatombe de lugares comuns que tornam este filme deploravelmente previsível. Surpreendem-me os críticos que tão ferozmente algumas vezes se batem pelos argumentos e que aqui consideram "kitsch" o cliché bocejante! Enfim, o Cameron é que a sabe toda, hehehe!
Continuação:
Visualmente, o filme, indiscutivelmente, é soberbo e vale por tudo isto. Desde aproveitar o conceito do avatar (já recentemente visto no filme "Surrogates", num registo diferente) biológico ao próprio planeta com a sua fauna e flora parecida com aquela que existe no nossos oceanos e uma geografia digna das aventuras do Flash Gordon, foram muito boas ideias, pois não tornam o planeta demasiado alienígena, agradando assim a um público mais vasto; os próprios indígenas são facilmente identificados com grandes felinos, que também a uma fatia maior da população agradam. O filme é pejado de acção e tendo aqueles aspectos, tanto de argumento como de figuras estéticas que mais agradam ao público feminino em especial, reflecte a grande sensibilidade do realizador/produtor James Cameron pelo negócio. Mesmo a identificação entomológica fácil do povo Na'vi, para além da já referida morfológica, joga a favor das preferências do público. Não estava à espera de ver o Jar Jar Binks aparecer a qualquer momento, mas quase, quer dizer...rastas, tranças, moicanos, cantilenas Afros e mesmo sotaques, fazem dos Na'vi muito familiares para alienígenas. Lá está, só apostas seguras de agradar a gregos e troianos. Arrojado já não pertence ao léxico do James Cameron.
A mensagem ecológica é forte e é uma mais valia deste filme. Nunca é demais afirmar valores que, independentemente do modo como são apresentados, são sempre bons. Os trejeitos, maneirismos, crenças e rituais, a interacção entre o meio ambiente não se afastam daqueles que foram praticados pelos nossos antepassados e mesmo por alguns dos nossos (já muito raros) contemporâneos (ex: na Amazónia, no Serengueti, em Java, ou na Nova Guiné).
Ser visualmente deslumbrante "só" fará subir a fasquia para um próximo filme qualquer (e ainda bem, claro). Memorável por isso? Não acredito; um próximo filme encarregar-se-á de nos fazer esquecer deste Avatar, o que é pena, pois poderia ter se tornado num verdadeiro marco na História do cinema. Pelo menos, como foi publicitado e aguardado, tudo levava a crer que sim!
A cançãozinha lamechas e o fim pendurado provam, mais uma vez, que o Cameron só jogou pelo seguro, querendo repetir sucessos anteriores e levar o maior número de categorias possíveis aos Óscares (obviamente com a noção que não conseguirá repetir "Titanic").
No final da História completa, a Pocahontas não acabou os seus dias com o John Smith e este realmente não se tornou parte da tribo, e os Índios ficaram mesmo sem as suas terras. E eu, se a história deste filme fosse real, apostaria que a companhia mineira que explora Pandora, conseguiria um contrato ou um acordo com o Estado para enviarem três ou quatro Divisões, com as respectivas Brigadas e seus Batalhões de homens, logística, engenharia, artilharia, infantaria, aviação, etc., etc., para acabarem o que começaram. É triste, mas é a recorrente verdade do Homem comprovada pela sua História.
Se eu gostei do filme? Gostei, mas como diria o meu Pai: "Muita parra e pouca uva".
Vi.
Acho que me conheces suficientemente bem para saberes que adorei, especialmente os cenários, a arte envolvida.
Um orgasmo visual para mim.
O argumento realmente não é nada de especial no inicio (se não fossem os deslumbrantes cenários) num outro filme acharia uma grande seca.
Concordo com o Bongop a certa altura não quis saber da história para nada, era demasiado evidente, mas os cenários, o ambiente. Uh!
Agora resta-me dizer venha o Gunnm ou Battle Angel Alita, comprou os direitos da personagem há anos e ainda não fez nada....
Acho que todos os que foram comigo não gostaram por aí além mas para mim é deveras inspirador todo aquele ambiente. Gostava de o ver novamente ao contrário de quem tu sabes =P
Disse muita coisa na minha análise ao filme mas de facto esqueci-me desta "Jake é há semelhança de um Skywalker ou de um Neo mais um "The One"". Tens toda a razão. Mais um facto que ajuda a sustentar a trivialidade do filme.
Abraço
Eu concordo com o que dizem em relação ao argumento e este costuma ser o aspecto com que mais me preocupo num filme. Um filme pode ser muito bom tecnicamente mas se a história é má só vai perdurar na minha memória no que toca à inovação tecnológica, por isso esta minha opinião talvez seja estranha mas a verdade é que gostei da história de Avatar, tendo pelna consciência de que nada traz de novo e que é mais do que previsível, mas fez-me sentir bem e fez-me ser criança novamente, isto tudo ajudado claro pelo festival visual que é o filme e esta parte visual faz parte não se pode esquecer.
Li agora no Brain Mixer sobre Cameron admitir que a história é um pouco como a do Dances With wolves. Como é que me esqueci deste filme, na altura. Avatar pode ter soado a familiar mas confesso que na altura não me lembrei do filme de Kevin Kostner. Tenho de o rever sem dúvida.
Quanto a se avatar será memorável ou não, o tempo o dirá. Não será um Star Wars creio mas vamos ver como envelhece.
E mesmo o 1º filme do star wars é no argumento o mais fraco para mim (da trilogia original) acaba por ser mais uma introdução ao Universo. Mas as personagens eram muito fortes definitivamente memoráveis.
Outra coisa que fiz foi afastar-me de tudo sobre avatar, não vi trailers e não li nada até ver o filme. Foi o melhor que fiz.
Obrigado a todos pelos comentários.
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