Já sabia que esta 3º temporada ia ter o John Goodman. E sim Goodman é Grande. Mas confesso que a maior alegria que tive ao ver o episódio foi mesmo a aparição daquele que foi uma das maiores personagens televisivas de sempre.
Segundo documentário da fotógrafa e activista Zanele Muholi, co-realizado por Peter Goldsmid.
Muholi tem desenvolvido um forte trabalho em relação à defesa dos direitos humanos na África do Sul, mais especificamente ao tratamento da homossexualidade nas mulheres. Trabalhou no FEW (Forum for the Empowerment of Women) uma organização de lésbicas negras e também como fotógrafa e jornalista na revista online Behind the Mask. Artisticamente também se tem focado neste tema, sendo mais conhecida pelos seus trabalhos de fotografia mas que se tem vindo a dedicar também à realização de documentários tais como este que foi apresentado na edição deste ano do Queer Lisboa.
Em “Difficult Love” a autora leva-nos numa viagem pela África do Sul que pretende espelhar a realidade actual das lésbicas sul-africanas. Através da sua família e amigos e do seu trabalho e dedicação o documentário revela-nos uma realidade preconceituosa, ainda muito atrasada no tempo e nas mentalidades.O que é realmente triste em relação a um documentário deste género é que este não tem qualquer tipo de surpresas. Por exemplo, basta mencionar que o filme aborda a vida de lésbicas sul-africanas e todas as imagens que se formam automaticamente na nossa mente vão ser negativas. Mesmo desconhecendo a realidade destas pessoas, temos a certeza que esta será tudo menos fácil. A sensação que fica ao assistir o filme é que já vimos isto acontecer em outro lado qualquer e isto é terrível. Terrível porque um preconceito que nunca devia ter existido ainda perdura e terrível porque aqueles que mais beneficiariam a assistir este documentário nem sequer estão presentes na sala.
Zanele Muholi continuará certamente a lutar pelo que acredita. Resta-nos a todos seguir-lhe o exemplo.
Publicado na Rua de Baixo por Gabriel Martins (Loot)
Há 15 anos que o Queer Lisboa tem sido fundamental na divulgação de cinema gay e lésbico. O Cinema correspondente a esta temática e que é apelidado de cinema Queer, não é de fácil acesso para o grande público, estando na sua maioria afastado dos circuitos comerciais.
Na abertura deste 15º aniversário a responsabilidade de abrir as hostes coube a “Uivo”, título retirado do poema de Allen Ginsberg de 1955. E há semelhança do “uivo” que o poema de Ginsberg foi para a sua geração, a geração beat, podemos dizer que a escolha também soou como um “uivo” para todos os visitantes do festival. Um uivo que espelha o trabalho de 15 anos e que se mostra esperançoso em continuar a fazê-lo por muitos mais.
A narrativa do filme divide-se em três grandes partes que se vão alternando entre si. Sendo elas a declamação do poema “Uivo” pela voz de James Franco (na pele do poeta), ora para uma plateia, mas não uma plateia qualquer, a da sua vida; ora seguindo as suas palavras que atravessam o mundo em imagens de animação.
Outra das partes, baseada em gravações do poeta, tenta recriar, em jeito documental, uma entrevista. Por fim assistimos também ao célebre julgamento referente à publicação de “Uivo”. Onde o poeta Lawrence Ferlingh, editor do poema, foi preso e acusado de publicar material obsceno. Não deixa de ser irónico que a acção que mais contribui para a divulgação de uma determinada obra seja precisamente aquela que tem por motivo a sua condenação moral e por consequência extinção da face da Terra.
Jeffrey Friedman e Rob Epstein, são dois nomes mais conhecidos pelos seus trabalhos no cinema de documentário. Neste “Uivo” exploram juntos pela primeira vez, ainda que baseada em eventos reais, a realização de uma longa-metragem de ficção.
James Franco, continua a provar que é uma referência cada vez maior na sua geração e que não tem receios no tipo de desafios com que se depara. Na pele de Allen Ginsberg volta a ser um dos pontos mais altos do filme em que participa (a última vez tinha sido em 127 horas).
No leque de secundários há também nomes de referência e tanto nos actores (David Strathairn, Jon Hamm, Mary-Louise Parker, Jeff Daniels) como nas personagens (Jack Kerouac, Neal Cassady, Lawrence Ferlinghetti, Carl Solomon).
Como filme “Uivo” trata-se de uma peça bastante heterogénea, contendo tanto traços de documentário, como de animação e ficção. No entanto acaba por ser nas palavras que reside a sua maior força e não na cinematografia. São os vários “uivos” de Ginsberg que ecoam durante todo o filme que nos hipnotizam e comovem mais. Aqui as palavras prevalecem sobre a imagem, sempre.
Publicado na Rua de Baixo por Gabriel Martins (Loot)
Após as férias o blog Tertúlia de Cinema está de regresso com uma ligeira modificação. Desta vez uma pessoa será responsável por um mês. Para começar nada melhor do que espreitar o Expressionismo Alemão pela mão de Francisco Rocha do blog My One Thousand Movies. Fica a sugestão.
segunda-feira, setembro 05, 2011
E ainda dizem que não tem super-poderes. Até depois de morto o seu charme prevalece no ar.
Hoje li o comic em que surge esta imagem. Mais um triunfo do Morcego (rói-te de inveja Superman).
Não sei se é o facto de ser misterioso, negro, inteligente ou simplesmente o carro, Chicks Love the Car (sim eu sei que vou para o inferno por ter citado o Batman Forever), mas a verdade é que Catwomam, Talia e Wonder Woman não é para qualquer menino. Ainda para mais esta mulher já votou a sua expulsão da Liga da Justiça no passado.
Este comic é da Wonder Woman e pertence à saga Blackest Night que tem sido o meu maior vício agora. Aproveito para dizer que se sente a falta do Morcego nesta saga que envolve todo o universo DC, mas nesta altura Bruce Wayne ainda está morto (Dick Grayson ocupa o seu lugar como Batman, como sempre foi suposto). No entanto Geoff Johns, o arquitecto deste projecto, não se dá muito bem a escrever o morcego e por isso talvez tudo seja pelo melhor. Se estivessemos a falar de Grant Morrison as coisas seriam diferentes.
E claro agora que a DC revela que a Wonder Woman ama o Batman (e ele volta dos mortos) decidem começar o UNIVERSO DC DO ZERO NOVAMENTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Neste regresso de férias e ao blog, nada como começar a falar do novo começo da DC Comics.
Em muito tem dado que falar esta medida da editora que vai iniciar uma nova continuidade no seu universo lançando, a partir de ontem, 52 comics (parece que agora já são 53) com todos a começarem no número 1.
Esta estratégia pretende, tal como a Marvel com o universo Ultimate, aliciar novos leitores. Qualquer pessoa pode pegar nalguns destes comics sem saber nada sobre eles. É, como disse acima, um novo começo. A DC já tinha tentado criar algo como a linha Ultimate com a linha All Star, mas que foi terminada.
Claro que para dificultar as coisas, pois a DC gosta é de confusão, há comics que vão manter a continuidade antiga, pelo que percebi. Isto é que vai ser uma amálgama de cronologias.
A DC tal como a Marvel sempre tiveram linhas cronológicas diferentes, mas separavam-nas em universos paralelos e reboots na DC de novidade também não têm nada. No entanto, segundo a DC este novo universo DC vai ser o oficial e não um Ultimate. No entanto o antigo mantém-se em funcionamento na linha Green Lantern por exemplo (depois do trabalhão de Geoff Johns seria herético começar do zero).
É garantido que os números 1 irão vender muito bem (há sempre a esperança de que valorizem), mas se as vendas vão realmente manter-se altas é algo que o tempo (e a qualidade das histórias) ditará.
Eu vou seguir Batman e Detective Comics por serem do homem morcego. Action Comics porque é escrito pelo Grant Morrison e o homem já fez um brilharete com o Super em All Star Superman.
Acabei por decidir dar uma oportunidade também ao Superman e há Justice League (escrita pelo Geoff Johns o homem do momento na DC).
A imagem da nova liga pode ser vista no início do post. Todos os fatos sofreram ligeiras mudanças sendo a maior, a perda das cuecas em Super e Batman (cujos fatos estão com um aspecto algo de armadura).
No fundo é a Liga original mas com o Cyborg em vez do Manhunter. Nunca prestei muita atenção aos Teen Titans por isso vou sentir a falta do Marciano, descrito como o coração da Liga por alguns.
Devo espreitá-lo em Stormwatch juntamente com o casal gay mais famoso da BD, Midnighter e Apollo. É bom saber que a DC não vai deixar as personagens da Wildstorm morrerem após a extinção da editora.
Algo a salientar é o "novo" protagonista do comic Green Lantern. Nada mais nada menos que...Sinestro. Claro que para quem andou a seguir o Lanterna isto não surgirá como uma surpresa, ainda assim é sempre um momento icónico.
Este parece ser um ano em grande para Brad Pitt. Depois de nos brindar com um grande papel em "Tree of Life" parece vir a repetir o feito neste "moneyball" o segundo filme do realizador de "Capote", Bennett Miller.
"Cabaret Monstra" é uma curta BD da minha autoria e do FIL, que marca a minha segunda colaboração no projecto Zona, após a BD Despertar, que pode ser encontrada na Zona Negra II.
Esta história encontra-se na Zona MONSTRA que saiu em colaboração com o Festival de Cinema de Animação de Lisboa com o mesmo nome, na edição deste ano.
Aproveitando a publicidade feita no blog de Geraldes Lino, Divulgando Banda Desenhada, ao qual aproveito para agradecer a atenção dada, disponibilizo-a aqui também.
Finalmente encontra-se disponível o primeiro trailer do novo filme do Homem-Aranha.
Ainda não dá para ver muito do fato que tem preocupado muita boa gente por causa de uns certos sapatos de cristal à Cinderela.
Gostei, espero que o Peter não venha com um ar emo, pois no trailer parece mais isso do que geek. E basicamente é isso, quero que este filme seja excepcional e espero que não seja pedir muito.
As hostes em todos os dias do festival foram (muito bem) abertas por bandas portuguesas e o terceiro não ia ser excepção. A tarefa coube aos energéticos X-Wife. Esta banda do norte é boa e sabe-o. Ao longo de uma hora deliciaram-nos com várias canções dos seus álbuns e foi sem dúvida um excelente começo para uma bela noite que se aproximava.
Aqui cometi o meu maior erro da noite, ir ver Brandon Flowers para perto do palco. A dada altura olhei para trás e reparei na imensidão de público que se tinha juntado no recinto. Já estava cansado para andar aos encontrões e ir até ao palco secundário ver Junip quando dali a pouco tempo os Elbow entrariam em cena. E estes queria ver bem de perto. Sendo assim assisti ao concerto inteiro de Brandon Flowers que cheio de simpatia até deu um espectáculo competente, o problema para mim é que as suas músicas não me disseram rigorosamente nada. Não conhecia o seu projecto a solo e fiquei sem vontade de aprofundar tal conhecimento. Notou-se, obviamente, uma maior resposta do público quando tocava Killers (sempre com arranjos diferentes, mais ao género do seu reportório a solo). Infelizmente acabou por assassinar a Mr. Brightside o momento por qual mais ansiava.
Recinto cheio e no entanto havia buracos bem à frente. Eram (assumo eu) fãs de Strokes a guardar lugar sentados. Este era o 3º dia e o cansaço era muito. Se em Elbow não houve grande problema em Slash foi pior, uma pessoa quer saltar e não está a contar com pessoas sentadas no chão. Mas voltemos a Elbow que deram um dos meus concertos preferidos do dia. Era uma banda que assentava melhor no 2º dia, tendo em conta os cartazes. Precederam Slash e Strokes e a maioria das pessoas creio que não estava lá para os ver. Mas Guy Garvey conseguiu cativar muito bem o público e a banda fez aquilo que lhe competia, presentear-nos com grandes canções ao vivo.
Logo de seguida entra em palco a próxima banda. Ao longe vemos a cartola, o cabelo encaracolado a tapar a cara, a camisa aberta e a guitarra à cintura. É a "lenda", caramba é o Slash!!! A voz não é a de Axel Rose mas de Myles Kennedy, o vocalista dos Alter Bridge. Não tem um timbre de voz peculiar, mas tem uma boa afinação e projecção de voz. Não conhecia nenhuma das suas canções a solo e não me fascinaram, mas aquela guitarra ao vivo vale sempre a pena ouvir e havia sempre cerejas no topo do bolo como foi o caso de Sweet Child of Mine e Paradise City que fechou um grande concerto. Também houve tempo para relembrar a sua passagem nos Velvet Revolver com Sucker Train Blues e Slither.
Depois de um concerto de rock mais clássico, onde os solos de guitarra são reis e senhores, vieram aqueles que são uma das bandas mais importantes do rock actual, os The Strokes. Uma banda pouco comunicativa entre eles e com o público mas que soube dar um bom espectáculo, principalmente os dois guitarristas da banda que brilharam em vários momentos. Não percebi metade das coisas que Julian Casablancas dizia entre as canções mas percebia as canções que era bem mais importante. Um concerto em que o mote sexo drogas e Rock n´Roll voltou a ser evocado.
O segundo dia provou ser o melhor de todo o festival. No final abandonei o recinto com uma enorme sensação de satisfação. Agora sim valeu a pena vir.
O dia começou com Noiserv. Já assisti a vários concertos deste artista que gosto muito. Sem dúvida um dos nomes que tem mais sobressaído na música portuguesa da actualidade. Noiserv tem tudo para fazer um grande concerto num ambiente mais intimista, agora num festival a tarefa podia ser injusta. Não foi o caso, o concerto correu muito bem e foi uma bela maneira de ir recebendo todos os que chegavam. Hoje esperavam-se ainda mais pessoas, afinal esgotou. Diana Mascarenhas acompanhou-o mais uma vez com os seus desenhos. É evidente que é um concerto que ganha mais num espaço menor, mas isso não impede de ter resultado e resultou muito bem.
A seguir veio Rodrigo Leão. Novamente um concerto menos festivaleiro. Vi-o pela terceira vez e verdade seja dita nunca nenhum bateu o espectáculo que foi o concerto na torre de Belém que curiosamente contou com Beth Gibbons ao contrário deste. Sim foi um balde de água fria Gibbons não subir ao palco ou a Sónia Tavares. Claro que isso não invalida a qualidade deste projecto musical que é muita. Rodrigo Leão brindou-nos com excelentes canções, mas talvez por ser, como disse acima, um concerto menos festivaleiro, não foi daqueles que nos marcou nesta noite. Mas ver Rodrigo Leão vale sempre a pena, sempre.
Até agora ainda não pus os pés no outro palco. Neste momento até era a altura ideal pois The Legendary Tiger Man iria actuar. Mas após The Gift entra Portishead e quem esteve por lá sabe que com aquele mar de gente a corrida entre palcos era uma aventura. Eu gosto de The Gift e assisto aos seus concertos de bom grado mas algo que não captei aconteceu a dada altura nestes últimos anos. Toda a gente odeia os Gift. Só ouvia palavras de ódio neste dia e sei que o sentimento não é recente mas não me lembro da sua existência no início. Alguém sabe quando isto mudou? Algo curioso, Gift precede Portishead e Arcade Fire, ou seja, as bandas que influenciam os primeiros discos e o último, respectivamente. Foi um bom concerto com muita cor (como a nova imagem pede) e com uma Sónia Tavares e um Nuno Gonçalves em grande êxtase, principalmente este último como tem sido cada vez mais habitual. De salientar dois momentos altos, a Enjoy the Silence metida no meio de outra canção e a explosão de confetis no final.
Chegou finalmente a vez de uma das bandas mais esperadas do festival, os Portishead. E diga-se de passagem deram um concerto lindíssimo. Porque continuam iguais a si próprios e porque a voz de Gibbons arrepia igualmente hoje como no início. Era como se os anos nunca tivessem passado. Foi dos concertos que teve melhor som, algo também a salientar. Apesar de no final da Machine Gun aqueles graves quase me fizeram entrar em arritmia cardíaca (estava bem próximo da coluna). Estivemos perante um dos melhores concertos do festival que juntamente com o próximo está no meu top 3 do mesmo.
Depois do cancelamente no Atlântico por causa da cimeira da Nato, facto que teve direito a uma brincadeira por parte de Win Butler, os fãs estavam mais do que sedentos por um concerto de uma das maiores bandas dos últimos anos. O resultado foi no mínimo memorável. É verdade que o som não foi perfeito, não se ouviam os violinos e infelizmente pelo que tenho lido são problemas que têm sido constantes na digressão da banda. Uma banda como os Arcade Fire com tantos instrumentos precisa corrigir isso para brilharem em todo o seu esplendor e glória. Felizmente o concerto não deixou de ser majestoso. O leque de canções escolhidas foi muito bom, a química entre a banda e o público monstruosa. Arrisco-me a dizer que a maior de todo o festival. Há bandas que quando elogiam o nosso público eu acredito nas suas palavras e os Arcade Fire foram uma delas. Posso estar enganado mas acho que é impossível não ter visto a emoção genuína nos olhos de Win Butler. Neste concerto não houve momentos altos, houve UM momento alto que se propagou durante o concerto todo e isso é dizer tudo.
No final ainda fui assistir a um pouco de Chromeo. De onde estava via mal o concerto e apenas fiquei a admirar o som. Diz quem viu que foi muito divertido e um dos melhores também.
Foi em 2008 após The Dark Knight ter estreado que fiz esta sondagem no blog. Não temos Penguin nem Ridler mas sim Bane o homem que "quebrou" o morcego. E temos Catwoman (ainda não a vejo caramba).
Sem mais palavras vejam o teaser de "The Dark Knight Rises".
Não foi o primeiro "Super Bock Super Rock" que fui, mas foi o primeiro desde que se realiza no Meco e...não fiquei fã da localização. As condições do campismo são muito más. Supostamente iam ser melhoradas mas a quantidade de chuveiros, WC's e pura e simplesmente fontes de água eram escassas. Claro que as pessoas também fazem a diferença. Quando saímos no domingo de manha o parque parecia uma lixeira. Sim uma equipa irá limpar tudo quando sairmos, mas eu gosto de deixar os locais como os encontrei e não uma pocilga, chamem-me excêntrico.
O recinto serve, mas as quantidades abusivas de pó que se levantam no Meco eram dispensáveis. Além de o recinto parecer estar com mais pessoas do que é capaz de suportar.
Quanto ao acesso, é o que já se sabe. Terrífico.
Agora vamos aos concertos que é o mais importante.
Entrei no recinto ao som de Sean Riley and The Slowriders. Aparentemente tiveram alguns problemas como falhas de electricidade, mas na altura em que os ouvi correu tudo bem. Era o 3º concerto que assistia da banda que decorreu bastante bem e sem surpresas. Uma boa banda que vale a pena ter debaixo de olho.
The Walkmen continuou a festa. Não vi todo mas foi um bom concerto, o som deles ao vivo é muito energético e a presença do vocalista algo a destacar. O público ainda estava muito disperso, mas sinceramente foi o dia que muito possivelmente teve a pior audiência do festival o que não ajudou este e outros concertos.
Depois vieram os The Kooks. Não conhecia fiquei para guardar lugar para Beirut. Foi um bom concerto, penso que cumpriu mas pessoalmente não me disse nada. Há muita banda que faz este tipo de som melhor e pura e simplesmente é isso.
Um dos momentos porque mais esperava estava prestes a acontecer. Beirut sobem ao palco. Não foi, infelizmente, dos concertos mais memoráveis do festival. O som não foi dos melhores e o público terrivel. Acabei por ir mais apra trás para priveligiar a visão do concerto e tal provou-se um erro crasso. A maioria das pessoas ao meu lado não lhes ligaram nenhuma, preferia conversar e brincar com outros assuntos. A banda e nós merecíamos mais. Ainda assim só por ouvir a "Elephant Gun" ao vivo já tinha valido a pena estar lá.
Pela primeira vez (devia ter ido mais) desloquei-me até ao palco secundário para assistir a meia-hora de Lykke Li (meia-hora porque depois vinham os Arctic Monkeys). Foi um bom concerto dos melhores da noite, talvez mesmo o melhor. Uma pena não ter assistido mais.
Para finalizar no palco principal tivemos os já mencionados, Arctic Monkeys. Estes rapazes sabem tocar, não é à toa que captaram a atenção de muitos no início e que conquistaram tantos fãs, a maioria do público era obviamente para eles. Belos temas rock entreteram-nos durante cerca de 1 hora e 10 minutos. No entanto no final do dia ficou aquela sensação de que não houve um concerto marcante, daqueles míticos cujas recordações nos irão assombrar. Isso como viria a descobrir estava reservado para o dia seguinte.
Este foi o único dia que estive pela tenda electrónica.Quando entrei tocava Tim Sweeney. Não é um género que costume ouvir e não me estava a dar prazer nenhum, não desfazendo o senhor como disse "not my cup of tea". Mas queria ver James Murphy e isso implicava esperar pelas 4 da manhã. Não estava a contar com LCD Soundsystem isto é James Murphy DJ setting, mas para meu espanto gostei muito quando o senhor (com um ar Lynchiano) subiu ao palco e assumiu as rédeas do espectáculo.