sábado, junho 01, 2013

Dead Can Dance - Coliseu de Lisboa 28-05-13


Na passada terça-feira assistiu-se a magia no Coliseu de Lisboa, assistiu-se ao concerto dos Dead Can Dance. Um concerto onírico e arrepiante com uma Lisa Gerrard e um Brendan Perry em excelente forma. As vozes de ambos continuam iguais com o poder e sedução que lhes é tão característico. Foi a primeira vez que os vi ao vivo, desejo tanto que não tenha sido a última.

Como seria de esperar o concerto foi muito dedicado ao último álbum, "Anastasis", de 2012. Não sei se já referi antes, mas este álbum é excepcional. A banda abre então as hostes, magistralmente, com a primeira faixa "Children of the Sun". Depois de "Agape" - 3º faixa do último álbum- é tempo de voltar atrás na carreira para se ouvir "Rakim" que rapidamente mostrou uma maior resposta do público ainda que a primeira ovação tenha cabido a "Sanvean" (tão merecida) tocada após "Kiko" e "Amnesia" também de "Anastasis".

Depois das belas "Black Sun" e "Nierika" surge outro dos momentos mais poderosos do concerto "Opium" uma das canções do mais recente álbum a ter melhor resposta por parte do público. Porém, seria "The Host of Seraphim" a fazer levantar o coliseu novamente. Entre "Ime Prezakias" e "All in Good Time" tocou-se "Cantara" - suponho que por esta altura já nem vale a pena referir que houve outra ovação. Pelo que percebi posteriormente "Cantara" tem sido uma faixa rara nos concertos e nesse sentido parece que fomos uns privilegiados. Muito obrigado Brendan Perry e  Lisa Gerrard.

No encore começou-se com "The Ubiquitous Mr. Lovegrove" e fechou-se com aquela que considero das melhores faixas do último álbum a "The Return of the She-King". Pelo meio tivemos direito a duas covers, a primeira dos This Mortal Coil, "Dreams Made Flesh", e a segunda de Tim Buckley, "Song to the Siren" (que curiosamente, ou não, também tem uma versão pelos This Mortal Coil).

A cargo da primeira parte esteve David Kuckhermann que tocou maioritariamente hang um instrumento musical com apenas 10 anos de existência. Uma boa forma de aguçar o apetite para o que viria depois.

Foi sem dúvida alguma um momento a recordar e guardar com muito carinho. Os Dead Can Dance continuam numa forma estupenda seja a compôr ou ao vivo. Fica o pedido para não termos de esperar mais 17 anos por outro regresso.

3 comentários:

Carlos Branco disse...

Não estive no Coliseu mas fui ao Porto para vê-los e também ao Nick Cave. O concerto dos DCD apesar de reconhecer que o tipo de som é mais enquadrável num Coliseu, posso dizer que resultou muito bem no festival e foi qualquer coisa de memorável.

Loot disse...

O Pirmavera foi a pedra no meu sapato, gostava muito de ter ido e nem me arrependia de já ter comprado Dead Can Dance para o coliseu pelas razões que apontas.

Foste só a esse dia? Ouvi dizer que Nick Cave deu um senhor concertão!

Abraço

Carlos Branco disse...

Epa o Nick Cave esteve muito bom. Mas suspeita-me que ele tinha algum aditivo... foi especial de facto : ) abraço