quarta-feira, outubro 26, 2011
Johnny Depp em Dead Man
Ao rever Deadman a ideia de que este pode muito bem ser o meu filme predilecto com Johnny Depp voltou a pairar no ar.
Não sou particular fã de eleger um número um seja no que for e Depp tem Edward Scissorhands, Ed Wood e Fear and Loathing in Las Vegas no seu currículo, clássicos.
É um daqueles actores que costuma agradar tanto à crítica como ao grande público.
Acabaria por ficar muito associado a personagens estranhas, bizarras ou "esquizofrénicas".
Talento muito explorado por Tim Burton no início da sua carreira e que o continua a ser até hoje. Além dos títulos já mencionados não se pode deixar de lado o seu Jack Sparrow, por todo o trabalho de construção desta mítica personagem.
No entanto o actor tem outros registos, tal como em Deadman. Um registo muito calmo e pausado, uma interpretação que até poderá passar despercebida devido à passividade da personagem e da qual gosto particularmente.
A sua personagem, William Blake (numa óbvia alusão ao poeta), citando o realizador Jim Jarmush: “é como uma folha de papel em branco, em que todos escrevem alguma coisa”.
Deadman, um “western à Jarmush”, é uma viagem. A viagem entre a vida e a morte. Entre um lado do rio e outro. Filmado a preto e branco e com uma banda sonora capaz de se agarrar ao filme e não mais o largar. Ver Deadman sem as composições de Neil Young é matar uma parte do mesmo.
Sim é definitivamente uma das melhores coisas que Depp tem na sua carreira. Uma verdadeira pérola.
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2 comentários:
Confesso que nunca compreendi o fascínio do público por Depp. Não digo com isto que não goste, gosto bastante, já vi quase todos os seus filmes, embora não seja dos meus actores preferidos. Simplesmente penso que o seu toque exageradamente pessoal cria uma linha que une todas as personagens que interpreta e por consequência todas elas apesar de muito diferentes umas das outras acabam por ter as mesmas expressões faciais, o mesmo olhar e frequentemente até a mesma linguagem corporal... Disso não gosto tanto, mas lá está, são gostos...
Além disso contrariamente ao resto do mundo nem sequer o acho um homem muito atraente.
Um abraço
Mais que Depp, gosto do filme. Ainda está muito presente comigo desde que o revi a semana passada :)
Quanto ao actor. Eu gosto.
Adoro-o em todos os papéis que mencionei neste post. O seu Eduardo e Ed Wood são tão opostos e foram logo os 2's primeiros trabalhos com Burton (os melhores também)
Ainda acrescento o seu JM Barrie, Sam (Benny and Joon) e Ichabod Crane (Sleepy Hollow).
Isto tudo lembra-me que preciso rever o Arizona Dream.
Quanto à beleza, pelo menos estilo tem. Lembro-me de o ver no 21 jump street e pensar. Se fosse assim tinha as miúdas todas que queria :P
Abraço
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