sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Torneio de Personagens de BD Europeia: Grupo V

Gaston Lagaffe



A primeira aparição de Gaston em 1957 foi bastante curiosa. André Franquin, o seu criador, juntamente com Yvan Delporte e Jidéhem começaram a colocar várias pistas da sua chegada na revista do Spirou, durante alguns números, até o senhor Lagaffe finalmente dar os seus ares de graça.
Sem qualquer aviso ou explicação este individuo apresentou-se na redacção do já bem conhecido Spirou. Ninguém sabia a razão da sua presença e segundou o próprio tinha sido empregue, mas por quem e para fazer o quê, continuava um mistério.
É assim que as primeiras tiras cómicas de Lagaffe surgem, inesperadas e sempre carregadas de bom humor.
Gaston começa assim a trabalhar com Fantásio e a vida deste nunca mais será como dantes. Gaston é preguiçoso e trapalhão e as suas peripécias irão levar Fantásio À loucura. Spirou também faz a sua ocasional aparição, mas raramente.
Gaston é daquelas pessoas aluadas que pode muito bem ser, ao contrário do que todos pensam, um pequeno géniozinho. Está sempre interessado em construir as suas invenções muitas deles que só servem para chatear Fantásio, mas muitas são realmente um espectáculo, como um foguetão que acabou a ser analisado pela NASA, impressionante senhor Lagaffe.





Lucky Luke



Quando se fala na personagem mais rápida do mundo a maior parte irá pensar no Flash, mas nem o Flash é capaz de alvejar a própria sombra. Esse é um feito exclusivo da maior criação de Morris, Lucky Luke, o cowboy que tem vindo a disparar mais rápido que a sua sombra desde 1946.
Teve a sua primeira aparição na revista "Spirou" e com uma imagem bem diferente daquela a que estamos habituados. Confiram aqui.
Em 1955 Morris começou a colaborar com René Goscinny. Já tinha mencionado isto ao falar nos irmãos Dalton e nomeadamente a importância que Goscinny teve para este género de BD. A fase em que estes dois autores trabalharam juntos é considerado por muitos o melhor período da série e eu não duvido.
Lucky Luke foi das primeiras BD's que li na vida, a par com Spirou e Astérix. Acho que Tintin me falhou porque não havia na biblioteca da escola, mas lá me lembro agora. Nesses tempos queria lá saber o nome dos autores lia Lucky Luke indiscriminadamente. Há pouco tempo comprei um livro dele com estes dois autores e soube mesmo bem recordá-lo. As aventuras envelheceram bastante bem e mesmo já não sendo miúdo continuam bem divertidas e com personagens caricatos e vilões míticos do velho oeste.
Infelizmente Morris foi muito criticado por colocar Lucky Luke a fumar e assim em 1983 o cowboy acabaria mesmo por abandonar o vício que fazia parte da sua imagem de marca. Morris substituiria o cigarro por um fio de palha. Tal acção em 1988 valeu-lhe um prémio da organização mundial da saúde.




Corto Maltese


Aqui está ele a grande personagem de Hugo Pratt um dos grandes contadores de histórias em BD. Fora do Universo Corto, mas muito aconselhado também, são as suas obras com Milo Manara.
O Corto Maltese é um pouco como o Johnny Depp, quase toda a gente gosta dele. Este marinheiro é no seu âmago um anti-herói, daqueles com que todos simpatizamos. No final é sempre um dos bons, mas nunca deixando de ser um marginal.
Tenho a ideia que Corto é uma espécie de alter-ego do autor, espelhando as suas ideologias e mostrando-nos as fantasias do mesmo.
Em rapaz ao descobrir que não tinha a linha do destino na palma da mão, com a ajuda de uma lâmina cortou a sua.
Foi criado em 1967. Surgiu pela primeira vez na história "Una ballata del mare salato" que não é a primeira cronologicamente.
Teve direito a uma série animada que lhe deu uma maior projecção. Até a Swatch já lançou dois relógios dedicados a ele, afinal Corto é das personagens europeias que ostenta mais estilo e classe.
Os fãs mais fervorosos dividem-se em dois grupos, aqueles que preferem ler Corto nos originais a preto e branco e aqueles que preferem ler as versões coloridas, posteriormente, a aguarela pelo autor. Eu fico contente por poder ler as duas.




Bouncer


Com Bouncer regressamos ao oeste americano, recriado aqui pelas mentes de Alejandro Jodorowsky e François Boucq, que se aventuraram pela primeira vez neste género. A história decorre após a guerra civil Americana.
Bouncer tem dois irmãos e são todos filhos da prostituta, Aunty Lola. O seu passado misterioso está envolto em sangue e tragédia. Durante esses tempo perdeu um dos seus braços, mas cuidado daqueles que o subestimarem, Bouncer pode ser maneta agora, mas a sua pontaria continua exímia.
Actualmente
Actualmente é o responsável pela segurança do saloon l’Infernio. A sua vida é relativamente pacífica, mas tudo mudará com a chegada do seu sobrinho que lhe anuncia a morte dos seus pais. A fim de o ajudar Bouncer terá de mergulhar novamente numa vida que tentava esquecer.



Nota: Algumas informações foram retirados do site da wikipédia.

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