sábado, março 31, 2007
The Crow - OST
Este álbum traz-me muitas recordações, foi o primeiro CD que comprei de uma banda sonora e deu-me a conhecer algumas das bandas que hoje se encontram entre as minhas favoritas, nomeadamente os Nine Inch Nails e os The Cure.
O meu primeiro contacto com o Corvo de James O´Barr foi quando vi algures durante a minha adolescência o filme de Alex Proyas. Eu adoro todo o conteúdo que envolve esta estória e por isso não foi difícil que o filme tivesse ganho em mim um carinho especial.
As maiores influências de James O´Barr durante a criação desta obra prima da banda desenhada, vieram da música. Bandas como os Joy Division, os The Cure, ou Iggy Pop, foram marcos de extrema importância na elaboração da estória de Eric Draven.
E se o Corvo nasceu um bocado da música, este era um factor demasiado importante para ser ignorado durante a realização do filme. De um modo geral a banda sonora funciona em perfeita sintonia com o filme, faltam algumas bandas importantes, mas não sei a razão dessa falta, e acredito que tenha ocorrido devido a problemas burocráticos e não por esquecimento, falo em particular dos Joy Division.
O início não poderia ser melhor, abrimos com "Burn" dos The Cure, lembro-me perfeitamente de ouvir a música enquanto Brandon Lee pintava a sua cara ao espelho. A música que tinha sido pedida para a banda sonora era "The Hanging Garden", porque foi aquela onde O´Barr se inspirou, mas Roberth Smith recusou, afirmando que fazia questão em criar uma nova música de propósito para o filme. Foi assim que "Burn" nasceu, uma música que bebe de um livro que bebeu da música, um ciclo interessante.
De seguida temos uma música dos Machines of Loving Grace, "Golgotha Tenement Blues", uma faixa interessante que se adequa ao ambiente negro do filme, seguida por "Big Empty" dos Stone Temple Pilots numa altura em que ainda eram uma referência no panorama actual, uma bela melodia e uma das canções mais bem conseguidas da banda (pelo menos das que eu conheço, que não são assim tantas).
Como tinha referido acima, a maior falta que sinto neste CD é de uns Joy Division, banda tão importante no Corvo. Desconheço os problemas que houve à volta deste assunto, mas felizmente os Nine Inch Nails fizeram um trabalho soberbo com a cover de "Dead Souls". os Joy Division podem não estar na banda sonora mas felizmente uma das suas músicas está e brilhantemente interpretada pelo grupo de Trent Reznor.
De seguida mais uma grande descoberta, nada mais nada menos do que Rage Against The Machine com "Darkness", para todos os que como eu partilham um interesse por eles aconselho-vos esta música pois penso que não se encontra em nenhum dos seus álbuns de originais e vale muito a pena.
Logo a seguir a Rage temos Violent Femmes e funciona, funciona muito bem, mas quando as coisas são boas funciona sempre. "Color me once" é uma música linda e sem dúvida a melhor que conheço deles.
Agora entramos na parte mais hardcore do álbum, começando com a famosa banda de Henry Rollins (o senhor que canta na "Bottom" dos Tool!!!!!!!) falo da "Ghostrider" dos Rollins Band. Logo de rajada temos Helmet com a viciante "Milktoast", mais uma bela descoberta feita graças a este CD.
Agora chegou a vez da parte metal do CD (tinha de cá estar) com "The Badge" dos Pantera. Música muito engraçada, na medida em que usa partes do filme "Taxi Driver" de Martin Scorscese.
"Slip Slide Melting" é a décima música e pertence aos For Love Not Lisa, uma música com muita guitarra e muita paixão.
A próxima música foi a que menos me atraiu quando comprei o CD chama-se "After the flesh" e é dos My Life With The Thrill Kill Kult. Não me entendam mal a música não é má, mas na altura a electrónica ainda não me corria nas veias.
O fim está próximo mas ainda há tempo para os grandes Jesus and Mary Chain, os pais dos Black Rebel Motorcycle club, também uma das descobertas que tenho a agradecer a este CD. A música é a"Snakerider".
As duas últimas canções são as únicas do álbum com voz feminina, falo de "time Baby III" dos Medicine e da bela "It Can Rain All The Time" de Jane Siberry. Quem viu o filme de certeza que se recorda da célebre frase "It Can Rain All The Time".
A escolha do dia de hoje para falar deste álbum não foi deixada totalmente ao acaso, hoje completam-se 14 anos desde a morte de Brandon Lee. A estória do Corvo nasceu do sofrimento de James O´Barr quando a sua namorada perdeu a vida num acidente e terminou em sofrimento com a morte de Brandon Lee durante a realização do filme.
Para recordar Brandon Lee e o Corvo deixo-vos este pequeno video da música "Burn" dos The Cure com imagens do filme.
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domingo, março 25, 2007
Stardust - Trailer
Aqui está o trailer de "Stardust" a adaptação ao cinema da obra de Neil Gaiman, um dos nomes mais importantes da 9º arte, não fosse ele o célebre criador de "Sandman".
Apesar de ser mais conhecido pelas suas obras de banda desenhada, este escritor também enveredou pelo caminho da prosa, como é o caso de este "Stardust".
Ainda não li este livro, por isso não posso comentar em relação à estória, sei apenas que Neil Gaiman é um dos grandes mestres de fantasia e por isso aguardo com uma certa expectativa por este filme.
Para verem o trailer cliquem na imagem.
quarta-feira, março 21, 2007
Death: The High Cost of Living
Finalmente já se encontra disponível a edição de Março da Rua de baixo.
Este mês fala-se obviamente do Indie Lisboa 2007, na música há textos sobre os Arcade Fire, LCD Soundsystem, The Shins, Sam the kid, Plástica, Jazz Iguana e Men Eater. No teatro fala-se de "A Morte de Danton na Garagem".
Há entrevistas com os The Temple Bell e os Mundo Secreto.
Há convites para os filmes "Sinal de Alerta" e "Honra de Cavalaria". E muito mais.
Nesta edição da Rua aos quadradinhos, escolhi relembrar alguns amigos em "Death: The High Cost of Living", quem quiser ler é só clicar na imagem.
terça-feira, março 20, 2007
The Lobo ParaMilitary Christmas Special
Lobo é um personagem da DC Comics e foi criado por Roger Slifer e Keith Giffen.
Nasceu no planeta utópico Czarnia, um mundo pacífico livre de guerra e crime. Claro que isso tudo mudou quando Lobo nasceu, este pequeno monstro cujo nome significa literalmente: "he who devours your entrails and thoroughly enjoys it".
É agora o último do seu povo, uma vez que é o responsável pelo genocídio de todos os que viviam no seu planeta. Uma manobra que o torna agora único entre todos os seres do Universo, uma vez que não existe mais ninguem da sua espécie.
Actualmente é um mercenário, adora golfinhos e cumpre sempre a sua palavra, mas não se deixem enganar pelos golfinhos o seu charme homicida continua tão apurado como no dia em que nasceu (mais).
Lobo é tão psicótico, que acabou por se tornar imortal, porque tanto o Céu como o Inferno o recusaram.
Este ainda não é um dos muitos personagens que tem agendado a realização de um filme, mas já tem uma curta metragem, realizada por Scott Leberecht em 2002 como parte de um programa de estudos para realizador do Instituto de filmes Americanos.
Com um orçamento de $2,400 e Andrew Bryniarski na pele de Lobo, esta é a adaptação da famosa estória em que o Coelho da Páscoa contrata os serviços de Lobo para assassinar o Pai Natal, de nome "The Lobo ParaMilitary Christmas Special".
Quem quiser assistir a este filme de 13 minutos, clique na imagem.
Nasceu no planeta utópico Czarnia, um mundo pacífico livre de guerra e crime. Claro que isso tudo mudou quando Lobo nasceu, este pequeno monstro cujo nome significa literalmente: "he who devours your entrails and thoroughly enjoys it".
É agora o último do seu povo, uma vez que é o responsável pelo genocídio de todos os que viviam no seu planeta. Uma manobra que o torna agora único entre todos os seres do Universo, uma vez que não existe mais ninguem da sua espécie.
Actualmente é um mercenário, adora golfinhos e cumpre sempre a sua palavra, mas não se deixem enganar pelos golfinhos o seu charme homicida continua tão apurado como no dia em que nasceu (mais).
Lobo é tão psicótico, que acabou por se tornar imortal, porque tanto o Céu como o Inferno o recusaram.
Este ainda não é um dos muitos personagens que tem agendado a realização de um filme, mas já tem uma curta metragem, realizada por Scott Leberecht em 2002 como parte de um programa de estudos para realizador do Instituto de filmes Americanos.
Com um orçamento de $2,400 e Andrew Bryniarski na pele de Lobo, esta é a adaptação da famosa estória em que o Coelho da Páscoa contrata os serviços de Lobo para assassinar o Pai Natal, de nome "The Lobo ParaMilitary Christmas Special".
Quem quiser assistir a este filme de 13 minutos, clique na imagem.
segunda-feira, março 19, 2007
Indie Lisboa 2007
E depois do Fantasporto, chega a vez do Indie Lisboa 2007. Um festival muito mais jovem, mas que tem crescido de ano para ano.
Esta quarta edição irá decorrer entre 19 e 29 de Abril em Lisboa e os bilhetes podem ser já adquiridos a partir do dia 5.
Para saberem a programação do festival, os cinemas em que irá decorrer, ou outro tipo de informação relacionada com o festival, cliquem na imagem para aceder à página oficial.
Esta quarta edição irá decorrer entre 19 e 29 de Abril em Lisboa e os bilhetes podem ser já adquiridos a partir do dia 5.
Para saberem a programação do festival, os cinemas em que irá decorrer, ou outro tipo de informação relacionada com o festival, cliquem na imagem para aceder à página oficial.
sábado, março 17, 2007
TMNT - Clips
Para quem tiver tempo no fim de semana ou interesse, deixo aqui um link com 11 clips mais os 2 trailers do novo filme das tartarugas que estreia por cá em Abril.
Parece que a April O´Neill sabe lutar neste filme, não estava à espera desta, mas depois vi que quem lhe dá voz é a Buffy e percebi tudo.
Cliquem na imagem para ver.
Parece que a April O´Neill sabe lutar neste filme, não estava à espera desta, mas depois vi que quem lhe dá voz é a Buffy e percebi tudo.
Cliquem na imagem para ver.
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quarta-feira, março 14, 2007
Spider Man em Civil War
Mais um momento a recordar nos comics, é do número 7 da saga Civil War, curiosamente o que gostei menos, porque penso que o final dá uma ideia errada do que tem andado a acontecer.
Mesmo assim, aqui está o senhor aranha no seu estilo inconfundível a salientar a sua maior qualidade, o sentido de humor, enquanto distribuí a bela da porrada.
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sábado, março 10, 2007
Ghost Rider (O Filme)
Existe uma lenda que conta a estória de um homem que desafiou o seu destino. Alguém que quando soube que estavam a fazer este filme, entrou em contacto com as pessoas envolvidas e lhes pediu uma oportunidade, a de o deixarem representar Johnny Blaze, um dos seus heróis. Para provar a sua dedicação e paixão a este projecto, levantou a manga e mostrou a sua tatuagem do Ghost Rider!
O problema com as lendas é que algumas são verdadeiras.
Segundo me contaram foi assim que Nicholas Cage entrou neste projecto, um fã incondicional desta personagem que durante as filmagens teve de ter a sua tatuagem escondida para poder interpretar esse mesmo personagem, irónico não?
Ao contrário da maior parte dos super heróis da Marvel, a origem de Ghost Rider entra no campo do místico. Não temos experiências radioactivas (agora alteradas para manipulações genéticas nos filmes, graças à evolução do conhecimento científico), nem mutações no código genético. Esta é a estória de um homem que fez um acordo com Mefistófeles e perdeu.
A estória de Johnny Blaze está com algumas alterações quando comparada com a de banda desenhada, a começar na sua origem, algo bastante comum nestes filmes, nomeadamente a parte do contrato onde tornam a personagem mais inocente.
Mas o problema de "Ghost Rider" não está nestas alterações, aliás um filme destes não tem de seguir à letra o que acontece nos comics para ser bom.
Johnny Blaze tem um espetáculo de acobracias de motas juntamente com o seu pai. Um dia quando descobre que ele está a morrer com cancro "faz" um acordo com Mefistófeles e vende a sua alma em troca de uma cura. No dia seguinte o seu pai está de facto curado do cancro, mas morre logo de seguida num acidente durante o seu espetáculo de mota, deixando Johnny sem pai e amaldiçoado.
Passado alguns anos Mefistófeles regressa para reclamar a sua dívida, ele quer a alma de Johnny Blaze para ser o seu novo Ghost Rider, e a sua missão será nada mais nada menos do que destruir Blackheart, o filho de Mefistófeles que quer controlar o Mundo.
Infelizmente "Ghost Rider" acaba por ser apenas mais uma adaptação de BD ao grande ecrã.
O filme tem bastante cenas cliché desnecessárias e o próprio argumento fica muito aquém do que se poderia fazer com este esqueleto motoqueiro. No entanto a maior falha de "Ghost Rider" na minha opinião está no simples facto de as piadas não resultarem.
Mesmo assim não é das piores adaptações da Marvel ao cinema, encontrando-se acima de um Daredevil, mas muito abaixo de uns X-Men (excepto o 3).
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quarta-feira, março 07, 2007
El Laberinto del Fauno
O meu conhecimento da filmografia de Guillermo del Toro é minúscula. Ia começar por dizer que nunca tinha visto nenhum dos seus filmes, mas lembrei-me à pouco que o "Blade 2" foi realizado por ele.
Claro que ver o "Blade 2" não chega para ter uma pequena noção do que este senhor é capaz de conquistar em cinema. Mesmo assim "Blade 2" pode não ser um grande filme, mas até tem alguns pormenores engraçados que associo ao sentido de humor de del Toro, como a cena em que muito descontraídamente Blade dá a entender que fuma erva.
Enfim, por falta de oferta ou porque simplesmente não comprei nenhum dos seus filmes (a tv não ajuda, nem os clubes de video), a verdade é que ansiava por conhecer alguns dos seus projectos, e quando "El Laberinto del Fauno" estreou em Portugal, sabia que não podia deixar passar esta oportunidade.
Depois de ter visto este filme, senti que agora sim, pela primeira vez e finalmente fui apresentado ao verdadeiro trabalho de Guillhermo del Toro, e senti-me honrado.
A estória de "El Laberinto del Fauno" ocorre após a guerra civil de Espanha em 1944.
Ofélia juntamente com sua mãe encontra-se a caminho de uma aldeia no norte de Espanha, para lá viverem junto com o seu padastro, o Capitão Vidal. Alguém escreveu "Franco não foi fascista, foi pior", penso que será uma frase também muito bem aplicada à personagem de Vidal, um homem excessivamente severo e ameaçador.
São tempos duros e cada pessoa sobrevive da melhor forma que conhece. A mãe de Ofélia procura segurança num marido, enquanto outros se arriscam a ajudar os rebeldes, ou porque acreditam que Espanha poderá ser livre de novo, ou porque simplesmente não podemos voltar as costas áqueles que mais amamos. E Ofélia sobrevive através da fantasia.
Há muitos anos atrás a princesa do reino subterrâneo ansiava por conhecer o mundo dos Humanos, um dia conseguiu fugir até à superficíe nunca mais regressando. Diz a lenda que a alma da princesa voltará um dia, e quando esse dia chegar ela voltará para junto de seus pais para governar o seu reino por muitos e muitos séculos.
Certo dia Ofélia decide seguir uma fada através de um labirinto, lá ela encontra uma das muitas criaturas mágicas da Natureza, um Fauno. Segundo a profecia ela terá de cumprir três tarefas antes que a lua fique cheia, para assim poder regressar ao reino subterrâneo.
Guillermo del Toro faz um trabalho excepcional, alternando a estória entre dois mundos tão distantes e tão próximos ao mesmo tempo. Pois também este mundo de fantasia consegue ser negro e assustador por vezes.
Queria também elogiar a representação de Ivana Baquero, a jovem rapariga que interpreta Ofélia e Doug Jones (Silver Surfer em fantastic four 2) numa interpretação fabulosa de Fauno e assustadora como o homem que tem os olhos na mão. Tenho ideia que ele não sabia falar nada de espanhol e cumpriu o papel muito bem. A produção está também ela fabulosa, os meus parabéns a todos.
Quando o filme terminou, recordei-me de "A vida é bela" de Roberto Benigni, pois também nele uma criança sobrevive num mundo de fantasia, neste caso um mundo criado pelo seu pai. São tipos de fantasia completamente diferentes eu sei, mas muito interessantes estas duas abordagens distintas, sobre a vida de duas crianças em tempos que deveriam ter sido melhores.
Dotado de uma enorme sensibilidade e beleza. "El Laberinto del Fauno" é triste, meigo, e acima de tudo, mágico.
sexta-feira, março 02, 2007
Tony Stark é...
Parece que é definitivo será Robert Downey Jr. quem irá interpretar no grande ecrã o famoso super herói da Marvel: Iron Man. Parece-me uma boa escolha, aliás Downey Jr. é um actor fantástico e não tenho dúvidas que fará um excelente trabalho, já o filme esse sim tenho bastantes reservas.
Gwyneth Paltrow será Virginia Potts, o elemento feminino do filme e Terrence Howard interpretará Jim Rhodes, aquele que virá um dia mais tarde a assumir o papel de War Machine, um super herói aliado de Iron Man. Mas isso é estória para uma sequela, se a houver.
O filme está previsto para 2008.
Tool - Schism
"I know the pieces fit cuz I watched them tumble down
no fault, none to blame it doesn't mean I don't desire to
point the finger, blame the other, watch the temple topple over.
To bring the pieces back together, rediscover communication."
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