sexta-feira, julho 30, 2010
quinta-feira, julho 29, 2010
Questionário: Escolhe um artista III
De todos os que fiz foi um dos predilectos, gostei tanto que na altura fiz logo dois. Consiste em escolher um determinado artista/banda e responder às questões abaixo com títulos das suas canções.
Agora, a pedido, volto a recordá-lo aqui no blog, mas com um novo músico.
Os antigos podem ser vistos aqui:
- Tool
- David Bowie
A todos os que lerem isto sintam-se desafiados.
Pick an artist: Bob Dylan
1.) Are you a male or female? Minstrel Boy
2.) Describe yourself: I Am a Lonesome Hobo
3.) How do you feel about yourself: Like a Rolling Stone
4.) Describe where you currently live: Maggie's Farm
5.) If you could go anywhere, where would you go: Knockin' On Heaven's Door
6.) Your best friend is: Lily, Rosemary And The Jack Of Hearts
7.) Your favorite color is: Tombstone Blues
8.) You know that: The Times They Are A-Changin'
9.) What's the weather like? Buckets of Rain
10.) If your life was a television show, what would it be called? Highway 61 Revisited
11.) What is life to you? See That My Grave Is Kept Clean
12.) What is the best advice you have to give? It Takes A Lot To Laugh, It Takes A Train To Cry
13.) If you could change your name, what would you change it to? Mr. Tambourine Man
sábado, julho 24, 2010
The Filth
Após uns desentendimentos com a DC Comics, Grant Morrison foi trabalhar para a Marvel. Nesta altura começou a criar “The Filth” e obviamente vendeu primeiro a ideia à Marvel. Se esta ideia já seria difícil de vender a uma editora como esta, Morrison ainda sugeriu que fosse uma história do Nick Fury. Escusado será dizer que a parceria nunca aconteceu. Acabaria por ser a editora com quem teve problemas, a Vertigo (linha adulta da DC), a pegar nesta obra, com quem Morrison já tinha trabalhado previamente nos seus “The Invisibles”. E assim em Agosto de 2002 “The Filth” começou a ser publicado durante 13 comics [1].
Nesta história acompanhamos Greg Feely, um homem comum cuja vida pouco preenchida e deprimente está prestes a dar uma volta de 180º. Os seus interesses resumem-se em dois. O consumo de pornografia, o seu único escape da rotina do dia-a-dia e o seu gato Tony, sem dúvida o ser mais importante na sua vida. Pouco a pouco vai sendo contactado por estranhos que lhe dizem pertencer a uma organização secreta de nome “The Hand”. Na verdade Greg Feely é Ned Slade um agente desta organização que decidiu tirar uma licença de descanço. É aqui que entra Greg Feely, que afinal se trata de uma parapersona, ou seja, não é real, apenas uma personalidade criada como porto de abrigo para Ned Slade descansar. Infelizmente as férias de Ned tiveram de ser reduzidas pois os seus valiosos serviços voltam a ser necessários.
Ned alinha nesta aventura esperando obter respostas e que a sua memória verdadeira regresse. Apesar de recordações lhe invadirem a mente, a personalidade de Greg Feely continua muito presente na sua vida, nunca desaparecendo e sentindo-a sempre mais real que a suposta verdadeira, o que por vezes faz com que a sua equipa de trabalho tenha pouca paciência para ele e as suas preocupações com Tony. Sim porque o seu gato continua sempre a ser o foco da sua vida, a sua maior preocupação.
The Hand é uma organização policial que tenta manter a sociedade num determinado caminho, denominado por Statuos-Q. Tratam todo o tipo de problemas que são considerados demasiado bizarros, extravagantes ou perigosos para as forças policiais comuns. Aqui Morrison aproveita para descarregar uma quantidade infidável de ultra-violência, degradação sexual e morte. The Filth é uma sátira à nossa sociedade que pega nos seus piores aspectos e retrata-os de uma forma grotesca uma exploração dos sentimentos mais negativos da nossa civilização.
Em 1999 Morrison esteve de baixa durante alguns meses sozinho em casa com o seu gato, nas suas palavras “Ao invés de ficar a lamentar-me, decidi transformar tudo num processo horroroso de solidão e decadência, em um tipo de purificação - ou putrefação – poética” [2]. E assim foi, Morrison mergulhou a fundo no mundo da morte, do sofrimento, de pornografia levada ao extremo, da decadência, ou seja, no mundo do caos, o Qliphoth (árvore da morte) que consiste no oposto da mais conhecida, árvore da vida. “The Filth é uma tentativa de injetar nos meus leitores uma mistura curativa de idéias vis, emoções nocivas e imagens inaceitáveis" [2].
Este é um dos trabalhos mais autorais de Morrison e uma continuação da temática que abordou em “The Invisibles” e “Flex Mentallo”. Felizmente “The Filth” não sofreu de tanta censura como “The Invisibles”, digo de tanta porque acho que ainda existe alguma. Como uma cena em que uma mulher aparece coberta por sémen negro que foi cortada e a personagem de Tex cujos genitais são pixelizados, apesar de Morrison afirmar que a ideia era mesmo a de aparecer pixelizado.
O desenho é de Chris Weston e a cor de Gary Erskine, que fazem uma excelente trabalho, que se adequa perfeitamente à podridão que é “The Filth”, às vezes a arte até cheira mal. Mas não podemos esquecer as capas de Carlos Segura que fogem ao estilo tradicional dos comics e são de uma creatividade e bom gosto enormes.
Nesta mistura toda ainda há tempo para mundos de BD dentro de “The Filth” (se bem que “The Filth” poderá ser já por si isso mesmo) e chimpazés comunas assassinos (grande Dmitri que se lixem os humanos).
Para quem leu em inglês, entender o sotaque inglês da Spector foi uma verdadeira aventura por vezes.
sexta-feira, julho 23, 2010
quarta-feira, julho 21, 2010
terça-feira, julho 20, 2010
Shutter Island
É o meu tipo de história por isso tinha de gostar, claro que pela mesma razão cedo comecei a ver o caminho que o filme estava a seguir, porque são opções que me imagino a escolher caso estivesse a escrever a história.
Mas voltando ao filme. Este é mais um da dupla Scorscese/DiCaprio que tem dado valentes frutos, "Shutter island" é mais um deles.
No final foi mais cruel do que esperava, mas também é essa crueldade que lhe dá mais verosimilhança. E o momento final? A troca de palavras entre DiCaprio e Mark Ruffalo? Muito bom.
sexta-feira, julho 16, 2010
The Dark Side of the Voice
Star Wars é uma saga épica que dispensa apresentações. Um novo universo saído da mente de George Lucas que criou um legado que perdurará para sempre.
Três filmes clássicos que mudaram o Cinema e três mais recentes em busca de novos fãs e para animar os antigos.
Nem todas as escolhas foram certeiras em Star Wars, mas no fim de contas a verdade é que é um marco.
Lucas sempre teve atenção a muitos pormenores na realização de Star Wars. Um deles é sem dúvida o som. Começando na banda sonora, que é um trabalho magistral de John Williamas. Star Wars teve altos e baixos mas a sua banda sonora foi sempre constante, de elevada qualidade e sem nunca falhar.
Os efeitos sonoros são clássicos, podia falar das naves, dos alienigenas, mas quando se pensa num efeito sonoro em Star Wars o primeiro a vir à mente é o do mítico sabre de luz. Quantas armas foram inventadas que fossem tão estilosas como um sabre de luz?
O que me leva ao tópico deste texto, a voz. Ou mais especificamente, a voz dos Sith. Claro que as vozes dos Jedi são seguras e fortes e a do Yoda uma das mais conhecidas e sábias, mas as vozes dos senhores cujo primeiro nome é sempre Darth, têm uma atenção extra. São vozes realmente poderosas e negras, repare-se que Anakin só teve uma voz verdadeiramente portentosa depois de passar para o lado negro.
Darth Vader
Comecemos pelos primeiros filmes (cronologicamente).
Em A New Hope o primeiro Sith a surgir é aquele que ficaria conhecido por todo o mundo, Lord Vader. O personagem tinha de ser imponente e a voz era crucial, aliás a parte mais difícil de encaixar no personagem. Como Vader fala por uma máscara, a pessoa que o interpretava podia ser qualquer um, desde que tivesse a estatura necessária. David Prowse foi o actor que vestiu o fato mas foi James Earl Jones que lhe deu a voz. Curiosamente Prowse não foi informado de que ia ser dobrado e acreditou sempre que a voz de Vader seria a sua. Mas o seu sotaque inglês, sem querer ofender, ia arruinar Vader. Já Earl Jones criou uma lenda.
Darth Sidious
Em The Empire Strikes Back surge um novo Sith num holograma, mas seria em Return of the Jedi que o iríamos ver em carne e osso (até porque Ian McDiarmid não lhe deu voz no episódio V), estou a falar obviamente de Lord Sidious, o Imperador.
A voz de Ian McDiarmid é magestosa. Sidious é o mais negro de todos os personagens de Star Wars e a sua voz transmite toda a sua maldade e desprezo. É um mestre manipulador, sem dúvida, um verdadeiro Dark Lord of the Sith. Voltou a estar em alta no mais recente filme Revenge of the Sith.
Darth Maul
O costume dos Sith (nesta altura) é de haver apenas dois, um mestre e um disciplo, por isso nunca em nenhum filme houve mais de dois a partilhar o ecrã.
O próximo Sith surgiria em The Phantom Menace e seria talvez a melhor coisa que apareceu no filme, Lord Maul.
Maul é do tipo calado e contam-se pelos dedos de uma mão as falas que tem no filme (duas???).
Não sei se o personagem é calado por natureza ou simplesmente porque o actor que o interpreta (Ray Park) não tinha uma voz adequada para um Sith. Sim porque quando Maul abre a boca não é Ray Park que fala mas sim, Peter Serafinowicz. E dobrar um ser humano a falar não é tão adequado como um que usa uma máscara. Compreende-se por isso a fraca participação vocal de Maul. Mas a atenção às vozes do Sith mantêm-se incólume, Peter Serafinowicz tem bastante pinta a falar.
Darth Tyrannus
Em Attack of The Clones surge o último dos Sith que iríamos ver nesta saga, Lord Tyrannus. Ora Christopher Lee tem uma voz sobejamente conhecida, pois não são raras as vezes em que é usada, tal como recentemente em Alice in Wonderland de Tim Burton, ou o seu pouco aproveitado Saruman em Lord of the Rings. Lee pode ter necessitado a utilização de duplos ou de CGI para as suas cenas de combate (afinal a idade já pesa), mas basta pronunciar meia dúzia de palavras para colocar qualquer jovem de vinte e tal anos a tremer.
Festival Marés Vivas 2010
sábado, julho 10, 2010
quarta-feira, julho 07, 2010
segunda-feira, julho 05, 2010
Filmes no fim-de-semana
Agora não gosto de parar de escrever enquanto não tiver dito tudo que está cá dentro. No entanto o tempo é escasso e porque mais vale dizer alguma coisa do que nada ficam aqui uns muito curtos comentários sobre os últimos filmes que vi.
Tropa de Elite
O filme brasileiro sensação de 2007 vencedor do urso de Ouro em Berlim e cuja sequela sairá este ano.
É um filme intento que retrata de uma forma muito cruel mas, acredito, verdadeira sobre a zona das favelas no Rio de Janeiro. A história é narrada pelo capitão Nascimento (Wagner Moura) que com um filho a caminho procura encontrar um substituo seu para integrar o BOPE. A história acompanha as vidas daquele que será o seu substituto, André Matias (André Ramiro) ou Neto (Caio Junqueira).
A relação entre o BOPE e os traficantes é uma autêntica guerra urbana, com a ajuda de uma policia por vezes terrivelmente corrupta. A cena em que os polícias mudam os corpos de local para não lhes estragar as estatísticas é cinematograficamente hilariante mas na realidade muito muito triste.
Como se resolve um problema destes, sme que se matem todos uns aos outros?
Chun gwong cha sit
Adoro Wong Kar Wai e já tinha saudades de ver um novo filme seu. Já andava na lista de espera à tanto tempo e finalmente tive tempo para o ver.
O filme conta a história de Lai Yiu-fai (Tony Leung Chiu Wai) e Ho Po-wing (Leslie Cheung). Este casal vive num ciclo de término e reconciliação. Actualmente estão na Argentina a planear ver as cataratas de Iguazú. Pelo caminho as coisas voltam a não resultar e ambos seguem um caminho separado nunca chegando a ver as cataratas.
Lai Yiu-fai acaba a trabalhar num bar de Tango quando volta a rever Ho Po-wing que leva uma vida muito mais libertina e boémia. Os seus caminhos voltam a cruzar-se assim naquele que será o tempo em que viverão os seus dias mais felizes, segundo Lai Yiu-fai.
Kar Wai e Tony Leung são uma das maiores duplas da 7º arte, os seus trabalhos juntos têm sido memoráveis e "Chun gwong cha sit" não é excepção.
O ambiente e o casal recordou-me "Soundless Wind Chime" um filme de 2009 do qual gostei bastante.