segunda-feira, dezembro 28, 2015

Os melhores livros de 2015: Banda-Desenhada


Feliz Natal a todos (com o devido atraso). Aproveito este regresso aqui para deixar as minhas sugestões de leitura (em BD) de 2015, as quais podem ser lidas aqui.

Estas listas são sempre muito questionáveis, pois não li tudo o que foi publicado e alguns livros que me interessavam saíram por estes dias. De qualquer das formas é uma bela lista, diversificada e onde todas as leituras valem a pena. A Levoir tramou-me com uma data de clássicos que publicou. Escolhi apenas alguns, porque tratando-se de primeiras edições em Portugal, são livros - na sua maioria - com uns bons anos em cima e a ideia não era a de ofuscar as novidades editoriais, ou seja, os livros que foram criados originalmente em 2015.

Em particular tenho de destacar o novo do Francisco Sousa Lobo, porque dos livros criados em 2015 destaca-se como o melhor. Mais um trabalho portentoso de um autor que cada vez mais se cimenta como um dos mais importantes no panorama de BD actual (e não me refiro só ao português).

quarta-feira, dezembro 16, 2015

TCN 2015


É com mais de um mês de atraso que venho falar dos nomeados aos TCN 2015. É verdade que a falta de tempo aliada a uma fraca vontade, têm deixado este blog num registo mais parado. Já tinha intenções de falar nos TCN, mas acabei por ir adiando o post, até hoje.

Não faz mal. Este anos os TCN não contam com a votação do público, por isso acabam por cair mais rapidamente no esquecimento. Falou-se disto quando saíram os nomeados e depois nunca mais. Assim se dermos um intervalo grande, sempre recordamos o evento (foi a melhor desculpa que arranjei).

Mais a série, 2015 marca aquele que poderá ser o último ano dos TCN, uma vez que o organizador Carlos Reis vai sair do projecto. Nas suas intenções Reis gostava que o projecto continuasse noutras mãos, algo que só o tempo responderá.

O objectivo dos prémios sempre foi o de promover o trabalho na blogoesfera. A título pessoal foi uma forma de conhecer pessoalmente outros bloggers, alguns com que ainda hoje mantenho contacto. Algo que não teria acontecido sem os TCN. Não esqueço isso. Obrigado Carlos.

Quanto aos nomeados deste ano, conto-me entre os sortudos, pelo trabalho desenvolvido no TVDependente. Além da crítica ao "Daredevil" gosto de ver a rubrica Crónic4s e o podcast, nomeados também. Para veres a lista completa, cliquem aqui.

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Cinzas



Olivier Schrauwen está de regresso com "Cinzas", uma edição MMMNNNRRRG e Mundo Fantasma.

Para saberem mais sobre este novo trabalhem passem aqui pelo Deus me Livro.

Galardões BD - Comic Con Portugal: Os Vencedores

A lista de vencedores já foi divulgada aqui e a entrega dos prémios ocorreu no passado Sábado na - obviamente - Comic Con Portugal.

Parabéns aos vencedores e a todos os nomeados.

sexta-feira, dezembro 04, 2015

Kenshin, o Samurai Errante


 Nova edição da Devir. Podem ler sobre ela aqui no Deus Me Livro.

segunda-feira, novembro 23, 2015

Os Heróis Também Usam BI - 11


Mais um BI, desta vez, directamente de um mangá. Podem ler aqui.

terça-feira, novembro 17, 2015

Galardões BD - Comic Con Portugal


Este ano uma das novidades da Comic Con Portugal são estes Galardões BD, os quais visam destacar as melhores publicações de BD em Portugal.

Num mercado frágil como o nosso (alguns dirão inexistente), a existência de mais um selo de prémios poderá não ser motivo de grande entusiasmo. Felizmente estes Galardões trazem consigo um prémio de 2000€ para o vencedor, algo que os distingue no panorama actual.

Por isso acabei por aceitar essa tarefa ingrata e difícil que é a de ser um dos jurados. Entretanto os nomeados já foram anunciados e podem ser vistos - bem como o regulamento - aqui.

Jim del Monaco: O Cemitério dos Elefantes


Falou-se do novo livro de Jim Del Monaco, um regresso para celebrar 30º aniversário das aventuras criadas por Luís Louro e Tozé Simões. Podem ler aqui no Deus Me Livro.

sexta-feira, outubro 09, 2015

Os nomeados para os Prémios AmadoraBD 2015


Sobre os nomeados escrevi este texto no Deus me Livro.

Como agora escrevo em casa, aproveito para expressar o meu obrigado ao júri por ter nomeado a "ohZona"  na categoria de melhor fanzine. Uma nomeação que já encerra em si muito contentamento. Não esperava ver o meu nome ao lado de alguns autores que tanto gosto, como o Marco Mendes ou o André Pereira, entre outros. Um muito obrigado por este momento.

quarta-feira, setembro 30, 2015

Doctor Who: The Witch’s Familiar


Sobre a sentida segunda parte, podem ler aqui.

quinta-feira, setembro 24, 2015

Os heróis também usam BI #10



Após sérias ponderações o protagonista de "Preacher" foi o escolhido para ser destacado nesta rubrica. Podem ler aqui no "Deus me Livro".

quarta-feira, setembro 23, 2015

Doctor Who: The Magician’s Apprentice

O Doctor está de volta, bem como as críticas semanais aos episódios no TVDependente. Ver aqui.

terça-feira, setembro 22, 2015

The Walking Dead 12 – Viver Entre Eles



Falei do mais recente volume editado pela Devir no "Deus Me Livro".

Crónic4s: 10 anos de Doctor Who


Foi este o tema do Crónic4s da semana passada. Podem ver aqui.

sexta-feira, agosto 21, 2015

Crónic4s: 666, telefonei, mas ninguém atendeu!

O desta semana foi dedicado à adaptação televisiva de "Lúcifer" que, adianto já, não vale mesmo nada a pena e nem sequer é uma adaptação da BD, mas antes dos outros trezentos procedurais que andam para aí.

Ler aqui.

terça-feira, agosto 11, 2015

O Árabe do Futuro


 “O Árabe do Futuro” (Teorema, 2015) – com o sub-título Ser Jovem no Médio Oriente (1978-1984) – é o primeiro volume de uma trilogia da autoria de Riad Sattouf, na qual o autor pretende relatar a sua infância e juventude entre o Médio-Oriente e a Europa.

Mais aqui no Deus Me Livro.

segunda-feira, agosto 10, 2015

Cosmicomix


Sobre a nova publicação da Gradiva, a qual se debruça sobre a origem do Universo, podem ler sobre ela aqui.

quinta-feira, julho 30, 2015

Central Comics Fest 2015

Este ano vou estar, juntamente com o Rui Alex, a apresentar a "OhZona" no festival Central Comics Fest. A apresentação será neste sábado pelas 15 horas. Pela primeira vez, desde que o livro saiu vou finalmente reencontrar o Alex e fechar o leque de assinaturas do meu exemplar.


Mais sobre o festival e respectiva programação pode ser encontrado aqui.

quarta-feira, julho 29, 2015

Teorema

" (...) E eu também irei crescendo na minha morte, irei crescendo dentro do rei que comeu o meu coração. D. Inês tomou conta das nossas almas. Ela abandona a carne e torna-se uma fonte, uma labareda. Entra devagar nos poemas e nas cidades. Nada é tão incorruptível como a sua morte. No crisol do Inferno manter-nos-emos todos três perenemente límpidos. O povo só terá de receber-nos como alimento, de geração para geração. E que ninguém tenha piedade. E Deus não é chamado para aqui."

em Teorema de Heberto Helder.

segunda-feira, julho 27, 2015

sexta-feira, julho 24, 2015

Exposição "Quarto Interior" de Francisco Sousa Lobo



A exposição "Quarto Interior" de Francisco Sousa Loubo inaugura hoje às 18 horas. É da responsabilidade de Pedro Moura e está integrada numa nova programação da Bedeteca da Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos (Amadora) intitulada, "Os 5 sentidos da banda desenhada". Em baixo segue a nota de imprensa.


Amadora, 24 de Julho de 2015 - A exposição "Quarto Interior" de Francisco Sousa Lobo, inaugura hoje e pode ser visitada até dia 26 de Setembro, na Bedeteca da Biblioteca Municipal Fernando Piteira Santos. 

Integrada no ciclo programático “Os Cinco Sentidos da Banda Desenhada” da Bedeteca, cujas áreas de intervenção são: Ver, Fazer, Ler, Discutir, Pensar, e com curadoria de Pedro Moura, esta é a primeira exposição da área Ver. Ao mesmo tempo, é lançado um caderno para cada exposição, permitindo uma colecção destes exemplares. 

Composta por diversas pranchas de obras de Francisco Sousa Lobo, autor de BD português que vive e trabalha em Londres, esta exposição retrospectiva, “Quarto Interior”, cujo título foi inspirado no título do poema de Fiama Hasse Pais Brandão, é composta por diversas obras do artista, essencialmente dos últimos anos, como "O Desenhador Defunto" (Chili com Carne, 2013), "I Like your Art Much" (Auto-edição, 2015), "O Problema Francisco" (Fundação Calouste Gulbenkian, 2015) ou "A Private View" ("Art Review", 2014). 

O trabalho do autor explora a autobiografia e a instrospecção mas também a ficção; faz igualmente reflexões profundas sobre a arte da banda desenhada. 

Segundo Pedro Moura, “a natureza paradoxal em termos de intensidade emocional da obra de Lobo fá-lo lavrar narrativas de natureza contraditória, que tanto poderíamos denominar como “psicodramas tranquilos” como “apatias trágicas”. “Introspecção” não é a palavra correcta: é um espaço, um quarto interior, que permite várias cartografias.” 

Quarto Interior
Na cómoda algumas gavetas 
com os caprichosos guinchos da madeira 
não só entoavam sons como aspergiam 
o ar de antiquíssima alfazema. 
Moviam-se devagar para o regaço, 
aceitavam escassamente a luz, 
gemiam até estancarem 
abertas e exalarem 
por fim a plena 
onda de aroma 
(Fiama Hasse Pais Brandão) 

Biografia
Francisco Sousa Lobo [n. 1973] 
Vive em Londres desde 2005. Faz BD desde 1980. Estudou e exerceu arquitectura durante dez anos. Agora trabalha em artes plásticas e banda desenhada e não consegue distinguir já bem as duas coisas. Expõe em Inglaterra e Portugal. Está a tirar o doutoramento (arte) em Goldsmiths College e colaborou com vários jornais universitários e com o Público. Também publica nas áreas da crítica artística e estética.

quinta-feira, julho 23, 2015

Chick Corea & Herbie Hancock - EDP Cool Jazz



E no passado Domingo a edição deste ano do "EDP Cool Jazz" teve início com o belíssimo concerto de Chick Corea e Herbie Hanckock que passados 40 anos voltam a juntar-se para uma digressão. Muita história e muita música entre estes dois excelente pianistas que se fez sentir nessa noite.

Aqui fica um vídeo de "Spain" tocada não a dois, mas a três com o auxílio do público. O vídeo é de outro concerto nesta digressão, mas o mesmo aconteceu no Domingo passado nos jardins do Marquês de Pombal em Oeiras. Uma forma maravilhosa de dar início a este festival.

segunda-feira, julho 20, 2015

Crónic4s: A Maldição da Terceira Temporada


Mais um dos meus Crónic4s, que desta vez entra no campo do misticismo televisivo. Ou da parvoeira, que por vezes também é preciso.

Podem ler aqui.

domingo, julho 19, 2015

Doctor Who - Trailer da temporada 9



Susan és tu?

Se sim já crescias.

quarta-feira, julho 15, 2015

quinta-feira, julho 09, 2015

Penny Dreadful - O encerrar de um capítulo


Chegou ao fim a segunda temporada de "Penny Dreadful" e com ela uma conclusão desta história de Vanessa Ives que teve início no ano passado.

Escrevi sobre o final aqui, local onde podem encontrar textos sobre todos os episódios. É sempre um prazer acompanhar estas personagens queridas e escrever sobre elas.

Felizmente, "Penny Dreadful" conseguiu contracto para uma terceira temporada, esperemos é que não lhe venha a acontecer o mesmo que a "Hannibal".

quarta-feira, junho 24, 2015

Podcast TVDependente


O Podcast TVDepentente, que já vai na sua 69º edição, regressou ao blog, com uma nova equipa, da qual, a partir de agora, farei parte regular, juntamente com o Rafael Santos, o Pedro Andrade e o Vítor Rodrigues.

A nova edição "For The Watch" já se encontra disponível e versa sobre a temporada passada de "Game of Thrones". Como já antecipávamos que isto ia dar pano para mangas, o podcast foi inteiramente dedicado à série.

Para ouvirem apareçam aqui.

terça-feira, junho 23, 2015

Crónic4s: TV Gourmet


Nesta nova rubrica do TVDependente tentei fazer justiça às séries, que tantas vezes são menosprezadas em comparação com filmes, quando se tratam, na sua base, de um produto diferente.

Existem séries de excelência, acreditem, não são mesmo um mito. E comparações entre Cinema e TV, podem e devem ser feitas, mas de um ponto de vista que tenha interesse em fazê-las.

Podem ler a crónica aqui.

sábado, junho 20, 2015

OhZona no blog Ler BD


No ano passado falei aqui da "OhZona" uma BD na qual participei com o meu argumento "Noite do Diabo".

Saiu agora no blog do crítico Pedro Moura um texto referente à mesma, que gostava de partilhar. Para o consultar cliquem aqui.

sexta-feira, junho 19, 2015

Paradise Lost - Beneath Broken Earth


Os Paradise Lost estão de volta, com uma sonoridade que evoca tempos passados. Independentemente disso o que importa frisar é que "Beneath Broken Earth" é um grande e viciante single que promete um álbum à altura.

segunda-feira, junho 15, 2015

Lançamento QCDI 3000


Esta quinta-feira, dia 18, a partir das 22h irá decorrer o lançamento do QCDI #3000, o primeiro livro de BD a ser lançado no espaço Damas (Graça, Lx).

Este volume trata-se do terceiro duma  série de livros de BD cujo objectivo é dar a conhecer o trabalho de uma nova geração de autores nacionais. Neste terceiro tomo a Associação Chili Com Carne uniu forças (ou vendeu a alma) ao Clube do Inferno


Como o livro já fez o circuito do Festival de Beja, já conto com um exemplar há um par de semanas. Por isso já posso com, conhecimento de facto, aconselhar a sua leitura. Não só para conhecer o que alguns dos novos autores têm para oferecer, mas porque é francamente bom e coloca questões pertinentes, bem como o dedo em algumas feridas.

Deixo-vos a capa e alguma informação tirada do blog da Chili sobre o evento.





André Pereira, Astromanta, Hetamoé e Mao são os quatro autores deste número sub-intitulado Fear of a Capitalist Planet com quatro histórias que operam em diferentes matizes, entre o fantástico, o político e o onírico. Dragões, polícias e pizzas deformadas fazem parte da iconografia deste projecto que continua a ideia do Clube do Inferno de que vivemos depois da catástrofe. O colectivo coloca-se de fora, no futuro, na realidade paralela, para obter tangentes que se querem alienígenas mas não alienantes.


Filipe Felizardo foi o músico convidado para criar o ambiente apropriado para as narrativas pós-apocalípticas que o QCDI #3000 nos oferece. Guitarrista de música exploratória tem discos pelas muito recomendáveis editoras Shhpuma, Wasser Bassin e Three:Four (da Suiça). Espera-se pura aridez amplificada! 


Por fim unDJ MMMNNNRRRG conclue uma noite com Tangos finlandeses, Drones e Hip Hop, que são as músicas favoritas do Grande Cabrão.

sábado, junho 13, 2015

Mad Max: Fury Road

FINALMENTE!

Depois de me dedicar a ver/rever a trilogia original, consegui finalmente ir ver a nova incursão de George Miller neste universo.

O espírito continua todo lá, só que desta vez com os recursos de topo do cinema actual. Uma verdadeira lição de cinema de acção e uma das viagens mais alucinantes a que assisti na sala.

Dizem que ainda há Star Wars no final do ano, mas vai ter de comer muito arroz e feijão, se quiser superar este "Fury Road", que é já um dos filmes do ano.

terça-feira, junho 09, 2015

Malmö Kebab Party


O quarto volume da colecção LowCCCost já se encontra disponível. Falei dele aqui no "Deus me Livro".

quarta-feira, maio 27, 2015

XI Festival Internacional de Banda Desenhada de Beja


Mais um ano, mais um festival de BD em Beja a ter início já neste fim-de-semana, prolongando-se até 14 de Junho.

Quem já lá foi pelo menos uma vez, já se apaixonou pelo festival, por isso garanto que é um evento contagiante. Este ano é de salientar a produtividade do argumentista André Oliveira que irá apresentar os seus mais recentes projectos a ver a luz do dia. Da minha parte continuarei a ser o moderador do "Living Will" cujo quarto número será oficialmente lançado no festival. A nível internacional tenho de destacar Yslaire, o autor de "Sambre".

Para consultarem a programação e qualquer tipo de informação relacionada com o festival, cliquem aqui.

sábado, maio 23, 2015

Man Seeking Woman

 

Que grande comédia esta de Simon Rich. "Man Seeking Woman" utiliza elementos de fantasia para abordar os situações do dia-a-dia. À primeira vista pode parecer tudo parvo, mas, de verdade que não é. Os elementos usados podem ser fantasiosos, mas são escolhidos a dedo para espelhar uma determinada realidade. No fundo estamos perante uma série que usa metáforas como se não houvesse amanhã, felizmente usa-as muito bem.

O final, digno de um qualquer épico futurista distopiano de ficção científica, encerra com a grande lição sobre um relacionamento a dois. Perfeito.

segunda-feira, maio 18, 2015

Os Livros que Devoraram o Meu Pai


O primeiro contacto com Afonso Cruz, veio através do livro infantil "Os Pássaros", que contém uma série de versos acompanhados de ilustrações feitas pelo próprio (o senhor é realmente multifacetado).

Mesmo sem este livro, o nome de Afonso Cruz já cresceu tanto que conhecer as suas palavras era obrigatório. "Os Livros que Devoraram o Meu Pai" foi amor à primeira leitura, Afonso Cruz tem uma prosa cuidada e que mostra uma forte identidade. É a sua voz de autor e a de mais nenhum.

A ideia é divertidíssima e faz-nos viajar por várias histórias, das quais sou grande fã. Através desse manto de diversão Cruz vai contando uma história séria e até sombria. Com muita brincadeira nos engana, ou melhor, nos apanha despercebidos. Fantástico.

quinta-feira, maio 14, 2015

Penny Dreadful - 2º temporada



Penny Dreadful regressa e com a série os meus textos no TVDependente.

domingo, abril 26, 2015

sexta-feira, abril 17, 2015

Daredevil (Netflix)

A nova aposta da Netflix é sobre o herói Daredevil. Falei do piloto no TVDependente.

sexta-feira, abril 10, 2015

Comprimidos Azuis


No "Deus Me Livro", destacamos "Comprimidos Azuis", editado pela Devir. Podem ler mais aqui.

quarta-feira, março 25, 2015

Doctor Who - Temporada 8



Mais uma análise a uma temporada do Doctor. Desta vez no TVDependente.

terça-feira, março 24, 2015

Herberto Helder (1930-2015)

Ainda há poucos meses destacava o último livro de Heberto Helder, quando hoje de manhã me deparo com a notícia da sua morte. Trata-se de um dos mais recentes autores a quem me tenho dedicado descobrir e, apesar de não ser um grande conhecedor, não podia deixar de fazer uma homenagem a este grande poeta.

O facto de ter editado no final do ano passado um livro que reúne o seu corpo de poesia definitivo (segundo o próprio), não deixa de assumir uma certa simbologia,  como se se tratasse de um presságio por parte do próprio autor que aproveita para "arrumar a sua casa" antes de partir.

Porque a melhor maneira de recordar Herberto Helder, é lendo-o, deixo em seguida as seguintes palavras aqui publicadas:

"Triptico

I

Transforma-se o amador na coisa amada com seu
feroz sorriso, os dentes,
as mãos que relampejam no escuro. Traz ruído
e silêncio. Traz o barulho das ondas frias
e das ardentes pedras que tem dentro de si
 E cobre esse ruído rudimentar com o assombrado
silêncio da sua última vida.
O amador transforma-se de instante para instante,
e sente-se o espírito imortal do amor
criando a carne em extremas atmosferas, acima
de todas as coisas mortas. 

Transforma-se o amador. Corre pelas formas dentro.
E a coisa amada é uma baía estanque.
É o espaço de um castiçal,
a coluna vertebral e o espírito
das mulheres sentadas.
Transforma-se em noite extintora.
Porque o amador é tudo, e a coisa amada
é uma cortina
onde o vento do amador bate no alto da janela
aberta. O amador entra
por todas as janelas abertas. Ele bate, bate, bate.

O amador é um martelo que esmaga.
Que transforma a coisa amada. 

Ele entra pelos ouvidos, e depois a mulher
que escuta
fica com aquele grito para sempre na cabeça
a arder como o primeiro dia do verão. Ela ouve
e vai-se transformando, enquanto dorme, naquele grito
do amador.
Depois acorda, e vai, e dá-se ao amador,
dá-lhe o grito dele.
E o amador e a coisa amada são um único grito
anterior de amor. 

E gritam e batem. Ele bate-lhe com o seu espírito
de amador. E ela é batida, e bate-lhe
com o seu espírito de amada.
Então o mundo transforma-se neste ruído áspero
do amor. Enquanto em cima
o silêncio do amador e da amada alimentam
o imprevisto silêncio do mundo
                                                     e do amor."

Herberto Helder

terça-feira, março 10, 2015

O Espelho de Mogli


"O Espelho de Mogli", editado no ano passado pela MMMNNNRRRG, trata-se de uma das peças de BD mais notáveis a chegar ao nosso mercado nos últimos anos. O livro de  Olivier Schrauwen, consegue cativar-nos pelo seu conteúdo, pela sua sensibilidade gráfica e até pelo objecto em si (o formato é o de uma espécie de jornal). Estamos a falar de uma peça que tem tudo para se tornar de culto.

A ideia pode ter nascido do livro de Kipling, quando o autor pegou no conceito do menino criado na selva, mas rapidamente seguiu o seu próprio curso e um muito diferente do explorado em o "Livro da Selva". Em "O Espelho de Mogli" seguimos o protagonista na procura de companhia, um exercício que acaba por se provar infrutífero, porque por mais que a selva seja uma casa para Mogli, este continua a ser um estrangeiro no meio dos seus habitantes.  Olivier Schrauwen, sem nunca recorrer ao uso de uma palavra, traz-nos assim uma excelente reflexão sobre a identidade do Homem e a fronteira que se ergue entre ele e o animal.  Uma viagem de reflexos e reflexões, para o Homem que procura conhecer-se melhor. Tudo isto sempre pautado por emoções diversas, pois Schrauwen é um mestre a compôr este trabalho, conseguindo colocar-nos a rir de Mogli com a mesma facilidade e à vontade que nos faz sentir a sua dor e desespero.

Em relação a esta edição, difere da original no tamanho - é maior, com 25 x 30 cm - e na cor, previligiando o uso do laranja e azul, numa composição muito terrena, de um livro que, por vezes, tem um sabor bastante onírico.

Foi um livro que acabou por surgir numa altura em que não estava a escrever sobre nada. Mas pelo impacto que teve em mim e por considerá-lo, provavelmente, o lançamento mais relevante de 2014, não podia deixar passá-lo despercebido aqui no blog. Estou a falar de lançamentos de material novo, pois 2014 teve a edição de MAUS e da Mafalda que serão sempre peças fundamentais deste universo que é a BD.


terça-feira, março 03, 2015

Beladona


"Beladona" é o novo trabalho de terror de Ana Recalde e Denis Bello na BD. Editado pela AVEC, trata-se de mais um livro que nos chega do Brasil. Chega, salvo seja, "Beladona" pode não precisar de tradução, mas a sua compra terá de ser feita por correio, uma vez que dificilmente se encontrará nas nossas lojas. Por isso vale a pena espreitar o site da editora.

Falei sobre ele no "Deus me Livro".


segunda-feira, março 02, 2015

O Estrangeiro


Camus parece ter agrupado o seu trabalho em três grandes ciclos temáticos, o do absurdo, o da medida e o da rebelião. Quando li "A Peste" mencionei que apesar deste pertencer ao da rebelião, lhe reconhecia traços do absurdismo, corrente filosófica que comecei a conhecer na altura e que me interessava em particular por me identificar em vários aspectos com a mesma.

Agora, após ler "O Estrangeiro", posso dizer que este sim é o verdadeiro tratado ao absurdismo em forma de livro ficcional. Toda a construção da história evoca o pensamento absurdista, inclusivé a forma como está escrito em termos narrativos. Camus afasta-se da poesia literária (mas não sempre) e torna-se - a partir do seu protagonista - num observador prático, recorrendo a frases curtas e simples para descrever a acção. Toda esta atenção na construção deste "Estrangeiro" tornam o livro de Camus, numa peça literária de enorme valor.

Muito sucintamente, esta é a história de Meursault, um argeliano, que por não seguir as normas da sua sociedade, se torna um estrangeiro na sua própria cidade (no mundo). Um estrangeiro, precisamente, por ser diferente, acaba por não pertencer e, por isso mesmo, o seu comportamento é mais depressa julgado e condenado. Como podem ver, o título nada tem a ver com nacionalidades ou etnias, aliás, todos nós, em determinados momentos da noosa vida já fomos ou somos estrangeiros.

A edição da "Livros do Brasil" traz uma soberba introdução de Sartre, a qual ainda enriquece mais a leitura. Tudo o que poderia escrever aqui sobre "O Estrangeiro" Sartre disse-o melhor, por isso a sua leitura é muito recomendada. Caso tenham uma edição que não a contenha, vale a pena procurá-la.

Mais uma leitura obrigatório deste grande autor francês.

domingo, fevereiro 22, 2015

Sleepwalk And Other Stories


 Já tinha mencionado aqui como descobri Adrian Tomine, um dos novos autores sensação da BD Norte-Americana. Desta vez, mais consciente, virei-me para o início, nomeadamente, este "Sleepwalk And Other Stories" que se trata da compilação dos primeiros números da revista de Tomine, a "Optic Nerve".

Aqui podemos comprovar que desde o início que o interesse no autor se prende com a vida das pessoas. Situações do quotidiano - algumas mais bizarras do que outras - formam o conjunto de episódios que se encontram aqui retratados. E são realmnente episódios, sem terem necessariamente um início ou um fim. Como se de repente abrissemos uma janela para espreitar o que se passa na vida de alguém que vimos passar na rua. Tudo, normalmente, aputado por uma aura de melancolia que impressiona e fica connosco.

As personagens de Tomine são tão bem escritas que podiam ser reais (se calhar até são) e é na partilha desses pequenos pedaços de vida, que o autor nos conquista.

Entretanto também me deparei no caminho com "Scenes of an impending marriage" que se trata de um pequeno livro em que Tomine brinca com a organização do seu próprio casamento. Menciono este divertido livro porque ao contrário do restante trabalho do autor, é mais leve e humorístico.

quinta-feira, fevereiro 19, 2015

What We Do in the Shadows (2014)


Realizado por Jemaine Clement e Taika Waititi, "What We Do in the Shadows" é um divertídissimo mockumentary sobre vampiros. Nesta  curta ficção seguimos o dia-a-dia de três vampiros (vá quatro) que vivem juntos há muitos anos. Pelo caminho, há espaço para outras criaturas do fantástico, tudo feito sempre com um humor muito bem disposto, divertido e por vezes bem sangrento. Adorei, venham mais.

Sendo muito diferente no estilo, fez-me lembrar outro belíssimo mockumentary que se aventura nos campos do fantástico. Falo do fabuloso "Trolljegeren" .

sábado, fevereiro 14, 2015

Os heróis também usam BI #7


Chegou a vez de recordarmos esse monstro, não só das bolachas, mas de, basicamente, tudo.
Cliquem aqui para o conhecer melhor.

sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Whiplash (2014)


Sangue e suor são as duas primeiras palavras que me surgem para definir este filme. A perseguição da imortalidade, seja em que área for, é uma tarefa árdua. A relação entre discipulo e mestre, bem como a discussão sobre o alcance da grandeza trazem-nos um filme simples e de grande intensidade, sempre acompanhado por uma belíssima banda sonora.

Fantástica esta estreia de Damien Chazelle nestas lides. Porque não são precisos grandes fogos de artíficio para fazer bom cinema (estou a pensar no "Birdman", que com todas as suas qualidades na forma, não me interessou tanto no conteúdo).

E claro, J.K. Simmons, continua a provar porque é grande actor.

quinta-feira, fevereiro 12, 2015

10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte na Casa da Música



Hoje a passear deparo-me com isto numa parede. Não fazia ideia que este álbum mítico regressaria aos palcos um dia. O bilhete já cá canta.

segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Romeo and Juliet


A glooming peace this morning with it brings. 
The sun, for sorrow, will not show his head. 
Go hence, to have more talk of these sad things.
 Some shall be pardoned, and some punishèd. 
For never was a story of more woe 
Than this of Juliet and her Romeo.

Existem obras cujo impacto foi tão grande no mundo, que a marca que deixaram é passada de geração em geração. "Romeu e Julieta" é uma dessas obras, uma história conhecida por qualquer um, mesmo que nunca tenha sido lida ou vislumbrada.

Claro que, nestes casos, apenas parte destas histórias é que são conhecidas e por isso a descoberta das mesmas, pode sempre conter enormes surpresas durante a sua leitura. Neste caso em particular, foi muito curioso descobrir que metade desta peça é uma comédia e que só a dada altura (mais especificamente após a morte de uma personagem) é que a mesma assume um tom mais trágico.

Mais do que isso "Romeu e Julieta" é uma peça cheia de camadas que poderão ser interpretadas de diferentes formas, por diferentes pessoas. Podemos olhar para este retrato do amor jovem e reconhecer como o impulso característico da juventude o empurrou para o abismo, imortalizando-o na sua pureza, ou para o papel que as forças do destino poderão desempenhar na destruição deste amor puro (que por ser tão jovial ainda não foi manchado pela corrupção do mundo). Além do retrato deste casal, a sociedade é algo que é igualmente focado, nomeadamente o conflito entre as famílias dos amados, que tão bem exemplifica como a violência gera violência. Não sabemos a origem deste conflito porque nunca é importante, a própria ignorância em relação ao mesmo dá força ao rídiculo da situação. Uma situação que apenas é corrigida através do sacríficio deste amor, pois é na morte de Julieta e Romeu que ambas as famílias encontram a redenção, uma redenção que de outra forma não existiria.

Ainda gostava de salientar a personagem de Mercucío, o melhor amigo de Romeu e que logo nas primeiras cenas nos conquista, sendo, sem qualquer dúvida, uma das personagens mais memoráveis da peça. Mercúcio além dos seus delírios provocadores, é a personagem que se encontra mais afastada de Romeu no que toca à interpretação do amor. É um anti-romântico que não leva a sério os sentimentos do seu melhor amigo quando este, ainda por cima, parece trocar de paixões como de camisas.

Quanto à escrita é, claro, exímia. Fiz questão de a ler no inglês original, precisamente para não perder nenhuma musicalidade desta poesia (claro que ajudas e traduções em português foram usadas quando se trata de um inglês com mais de 400 anos).

Uma peça extraordinária que merece e deve ser conhecida por todos, muito mais além do que a mera informação que foi sobrevivendo de "boca em boca".

quarta-feira, fevereiro 04, 2015

Erzsébet


Na introdução descrevem Nunsky, o autor desta BD, como um cometa da BD Underground, culpa do papel passageiro (ainda que aparentemente marcante) que teve e por este seu regresso, um regresso que após a leitura de "Erzsébet" esperemos que, no futuro, seja mais rápido.

O autor nortenho - e vocalista da banda psychorock "The IDS" - regressou com mais uma temática de peso, peso e sangue. Erzsébet Bathory foi uma condenssa húngara (contemporãnea de Shakespeare) cujo nome esteve associado a uma série de crimes hediondos. A tortura e morte de uma imensidão de jovens mulheres, deram à condessa os cognomes de  "A condessa sangrenta" ou "A condessa Drácula", nome que são bastante auto-explicativos.

A tortura criada por Erzsébet é tanto usada para fins de bruxaria (a sua procura pela juventude eterna) como para o seu bel prazer, uma vez que os crimes cometidos pela condessa, encerram em si mesmo um brilho que a alimentam.

Para todos aqueles que apreciam uma viagem pelas profundezas negras do coração dos Homens, este é sem dúvida um livro a explorar, aliás, uma das publicações mais interessantes do ano passado (que me falhou das listas porque só a li agora).

Leiam e espalhem a palavra, pode ser que assim, o cometa Nuncky mude de alcunha, para uma  mais regular.