segunda-feira, outubro 31, 2011
Porque é que Lucas mexe tanto nos Star Wars?
O Imperador a falar com George Lucas sobre o que ele devia fazer a todos os filmes da saga Star Wars.
PS: o que dói mais é que provavelmente não vou conseguir resistir em ir vê-los em 3-D. Damn you dark side of the force!!!
quinta-feira, outubro 27, 2011
Uma injecção de Woody Allen
Este fim-de-semana passado foi dedicado a Woody Allen. Um realizador com uma filmografia tão extensa como invejável.
Bananas
Até agora ainda só tinha visto um filme da fase "pré-Annie Hall" de Woody Allen, o Every Thing You Always Wanted to Know About Sex * But Were Afraid to Ask que se trata de um conjunto de divertidíssimas curtas.
Já tinha visto algumas cenas de determinados filmes também e adorado este tipo de humor que Allen praticava.
Bananas foi portanto um sucesso. O filme é hilariante do início ao fim.
Fielding Mellish (Woodie Allen) envolve-se amorosamente com uma fogosa activista. Quando o seu relacionamento termina, Fielding decide partir para a América do Sul até um país em opressão cujo grupo de rebeldes era apoiado pela sua ex-namorada (apoiado ideologicamente).
Fielding acaba por se encontrar envolvido numa disputa governamental entre a força ditatorial governante e a força libertadora rebelde que provam não ser tão diferentes assim. Um filme onde o humor é capaz de atingir níveis de parvoíce lendários (e digo isto como elogio) mas não descurando a crítica.
De salientar ainda que este é um dos primeiros filmes em que participa Stallone, futuro herói de acção, que aparece numa curta mas memorável cena.
Se rir é o mote então este é o filme a escolher.
Crimes and Misdemeanors
Costumo referir que considero Match Point o melhor filme de Woody Allen "pós-2000". Profiro tal afirmação por algumas razões. Nomeadamente porque, na minha opinião, é simplesmente o melhor filme de todo esse leque e porque é também o mais diferente da sua filmografia. O tom é mais negro que o habitual, o jazz é substituído pela clássica e não temos nenhuma personagem a encarnar Woody Allen, seja interpretado pelo próprio ou por outro.
Logo a seguir (depois do Scoop) veio Cassandra's Dream que se toca com Match Point em alguns pontos, principalmente no tom negro. Este não foi tão amado e concordando que não é melhor que o outro é bem capaz de ser o meu segundo favorito dele (de 2000 para a frente volto a lembrar). Ah e reforçou a minha ideia que o Colin Farrel é bom actor.
Isto tudo para dizer que desconhecia que Allen já tinha enveredado no passado por tais caminhos tão obscuros. Crimes And Misdemeanors já o tinha feito uns bons anos antes e com muita qualidade também.
Crimes and Misdeameanors divide-se em duas histórias. Numa temos Judah Rosenthal (Martin Landau) um famoso oftalmologista que começa a ter problemas com a sua obcecada amante e terá de decidir entre quebrar os seus ideais ou quebrar o seu casamento.
Do outro lado temos Cliff Stern (Woody Allen) um realizador de documentários que se vê obrigado a ter de realizar um sobre o seu pedante cunhado (Alan Alda).
No fundo temos aqui dois filmes completamente distintos que se tocam no final numa breve conversa entre a personagem de Landau e de Allen. De salientar que Martin Landau é um actor excepcional e aqui volta a brindar-nos com mais uma excelente interpretação.
Na primeira história temos então o "Match Point". Judah após ter consentido no assassinato da sua amante para preservar a sua vida, começa a ser assombrado pela sua educação judaica. Sente que lhe é impossível retomar a sua vida, pois nenhum ser humano tem o direito de tirar a vida a outro. Como pode alguém recuperar de um acto tão cruel? Tudo isto acaba por culminar numa fantástica resolução do seu espírito humano, onde o tempo assume uma importância fulcral.
A segunda história é uma típica aventura de Woody Allen, onde este deambula entre um casamente falhado e uma paixão intelectualmente estimulante. Tudo isto enquanto ridiculariza o seu cunhado pelo caminho e vai discutindo os problemas da sua vida com aquela que melhor o compreende... a sobrinha.
Whatever Works
A minha maior vontade em ver este filme prendia-se com a curiosidade de ver Larry David trabalhar com Woody Allen. Afinal David é uma lenda televisiva graças ao seu trabalho em Seinfeld, uma das maiores séries de comédia de sempre.
A sua personagem, Boris Yellnikoff, é um reformado professor de física e ávido defensor da teoria das cordas que após um divórcio e tentativa falhada de suicídio se encontra a viver sozinho.
Sozinho mas sempre na companhia da sua arrogância, fobia de doenças e desilusão pelo mundo. Boris diz logo ao início que não é alguém com quem vamos simpatizar, tal como Alvy Singer o fez em Annie Hall, Boris também quebra a barreira que divide espectador e filme. Boris é portanto uma pessoa com uma visão muito pessimista da vida e dos outros, mas sempre com um toque de humor nas suas tiradas certeiras e por vezes letais.
No entanto a sua vida está prestes a sofrer uma severa mudança quando decide dar abrigo a Melodie St. Ann Celestine uma rapariga do Mississipi cuja cultura entra em choque com a de Boris. Com o tempo e a influência de Boris ela acaba por se apaixonar por esta figura que assumiu um papel de mentor na sua vida. E é aí que depois chega a sua família em peso e as coisas ainda se tornam mais divertidas.
Um dos aspectos mais engraçados do filme é ver como a vida em Nova Iorque afecta esta família oriunda do Mississipi que foi educada de uma forma muito religiosa e conservadora.
Claro que o melhor está mesmo em Boris. Vê-lo interagir com os outros é sempre um momento a reter, inlusivé crianças., ninguém escapa aos seus rotativos psicológicos.
Midnight In Paris
Já que estou a escrever um post intensivo deste realizador vou aproveitar para falar do seu mais recente, também visto há pouco tempo.
Eu gostei bastante deste novo filme, que de uma forma leve e descontraída nos faz visitar Paris numa época (duas até) em que a arte fervilhava por todos os poros da cidade, conseguindo juntar nomes como F. Scott Fitzgerald, Pablo Picasso, Ernest Hemingway, Cole Porter, Salvador Dali, Luis Buñuel, T.S. Elliot, entre outros.
Gosto do Owen Wilson, ele é sempre uma mais valia nos filmes do Wes Anderson e gosto dele em Midnight in Paris a fazer de Woody Allen. Sim ele não é o Woody Allen, esse só há um, mas também não tinha de o ser.
É verdade que o filme segue um caminho relativamente óbvio em certos aspectos, a sua relação amorosa por exemplo, mas nunca nada disto me fez sentir que o filme perde por isso, até porque óbvio ou não é um caminho que faz sentido percorrer.
A personagem "pedante" volta a marcar presença, Allen deve adorá-los. Em Crimes And Misdemenors era Alan Alda, aqui é Michael Sheen. Uma daqueles personagens que nos faz questionar como podem ser tão populares entre o meio feminino.
Outra personagem que é preciso salientar é Paris. Uma cidade tão bela como esta dificilmente fica mal como pano de fundo seja em que situação for.
Já agora com um poster tão bonito é curioso que Van Gogh não surja a dada altura no filme, ao lado de Toulouse Lautrec. Era a oportunidade perfeita.
Bananas
Até agora ainda só tinha visto um filme da fase "pré-Annie Hall" de Woody Allen, o Every Thing You Always Wanted to Know About Sex * But Were Afraid to Ask que se trata de um conjunto de divertidíssimas curtas.
Já tinha visto algumas cenas de determinados filmes também e adorado este tipo de humor que Allen praticava.
Bananas foi portanto um sucesso. O filme é hilariante do início ao fim.
Fielding Mellish (Woodie Allen) envolve-se amorosamente com uma fogosa activista. Quando o seu relacionamento termina, Fielding decide partir para a América do Sul até um país em opressão cujo grupo de rebeldes era apoiado pela sua ex-namorada (apoiado ideologicamente).
Fielding acaba por se encontrar envolvido numa disputa governamental entre a força ditatorial governante e a força libertadora rebelde que provam não ser tão diferentes assim. Um filme onde o humor é capaz de atingir níveis de parvoíce lendários (e digo isto como elogio) mas não descurando a crítica.
De salientar ainda que este é um dos primeiros filmes em que participa Stallone, futuro herói de acção, que aparece numa curta mas memorável cena.
Se rir é o mote então este é o filme a escolher.
Crimes and Misdemeanors
Costumo referir que considero Match Point o melhor filme de Woody Allen "pós-2000". Profiro tal afirmação por algumas razões. Nomeadamente porque, na minha opinião, é simplesmente o melhor filme de todo esse leque e porque é também o mais diferente da sua filmografia. O tom é mais negro que o habitual, o jazz é substituído pela clássica e não temos nenhuma personagem a encarnar Woody Allen, seja interpretado pelo próprio ou por outro.
Logo a seguir (depois do Scoop) veio Cassandra's Dream que se toca com Match Point em alguns pontos, principalmente no tom negro. Este não foi tão amado e concordando que não é melhor que o outro é bem capaz de ser o meu segundo favorito dele (de 2000 para a frente volto a lembrar). Ah e reforçou a minha ideia que o Colin Farrel é bom actor.
Isto tudo para dizer que desconhecia que Allen já tinha enveredado no passado por tais caminhos tão obscuros. Crimes And Misdemeanors já o tinha feito uns bons anos antes e com muita qualidade também.
Crimes and Misdeameanors divide-se em duas histórias. Numa temos Judah Rosenthal (Martin Landau) um famoso oftalmologista que começa a ter problemas com a sua obcecada amante e terá de decidir entre quebrar os seus ideais ou quebrar o seu casamento.
Do outro lado temos Cliff Stern (Woody Allen) um realizador de documentários que se vê obrigado a ter de realizar um sobre o seu pedante cunhado (Alan Alda).
No fundo temos aqui dois filmes completamente distintos que se tocam no final numa breve conversa entre a personagem de Landau e de Allen. De salientar que Martin Landau é um actor excepcional e aqui volta a brindar-nos com mais uma excelente interpretação.
Na primeira história temos então o "Match Point". Judah após ter consentido no assassinato da sua amante para preservar a sua vida, começa a ser assombrado pela sua educação judaica. Sente que lhe é impossível retomar a sua vida, pois nenhum ser humano tem o direito de tirar a vida a outro. Como pode alguém recuperar de um acto tão cruel? Tudo isto acaba por culminar numa fantástica resolução do seu espírito humano, onde o tempo assume uma importância fulcral.
A segunda história é uma típica aventura de Woody Allen, onde este deambula entre um casamente falhado e uma paixão intelectualmente estimulante. Tudo isto enquanto ridiculariza o seu cunhado pelo caminho e vai discutindo os problemas da sua vida com aquela que melhor o compreende... a sobrinha.
Whatever Works
A minha maior vontade em ver este filme prendia-se com a curiosidade de ver Larry David trabalhar com Woody Allen. Afinal David é uma lenda televisiva graças ao seu trabalho em Seinfeld, uma das maiores séries de comédia de sempre.
A sua personagem, Boris Yellnikoff, é um reformado professor de física e ávido defensor da teoria das cordas que após um divórcio e tentativa falhada de suicídio se encontra a viver sozinho.
Sozinho mas sempre na companhia da sua arrogância, fobia de doenças e desilusão pelo mundo. Boris diz logo ao início que não é alguém com quem vamos simpatizar, tal como Alvy Singer o fez em Annie Hall, Boris também quebra a barreira que divide espectador e filme. Boris é portanto uma pessoa com uma visão muito pessimista da vida e dos outros, mas sempre com um toque de humor nas suas tiradas certeiras e por vezes letais.
No entanto a sua vida está prestes a sofrer uma severa mudança quando decide dar abrigo a Melodie St. Ann Celestine uma rapariga do Mississipi cuja cultura entra em choque com a de Boris. Com o tempo e a influência de Boris ela acaba por se apaixonar por esta figura que assumiu um papel de mentor na sua vida. E é aí que depois chega a sua família em peso e as coisas ainda se tornam mais divertidas.
Um dos aspectos mais engraçados do filme é ver como a vida em Nova Iorque afecta esta família oriunda do Mississipi que foi educada de uma forma muito religiosa e conservadora.
Claro que o melhor está mesmo em Boris. Vê-lo interagir com os outros é sempre um momento a reter, inlusivé crianças., ninguém escapa aos seus rotativos psicológicos.
Midnight In Paris
Já que estou a escrever um post intensivo deste realizador vou aproveitar para falar do seu mais recente, também visto há pouco tempo.
Eu gostei bastante deste novo filme, que de uma forma leve e descontraída nos faz visitar Paris numa época (duas até) em que a arte fervilhava por todos os poros da cidade, conseguindo juntar nomes como F. Scott Fitzgerald, Pablo Picasso, Ernest Hemingway, Cole Porter, Salvador Dali, Luis Buñuel, T.S. Elliot, entre outros.
Gosto do Owen Wilson, ele é sempre uma mais valia nos filmes do Wes Anderson e gosto dele em Midnight in Paris a fazer de Woody Allen. Sim ele não é o Woody Allen, esse só há um, mas também não tinha de o ser.
É verdade que o filme segue um caminho relativamente óbvio em certos aspectos, a sua relação amorosa por exemplo, mas nunca nada disto me fez sentir que o filme perde por isso, até porque óbvio ou não é um caminho que faz sentido percorrer.
A personagem "pedante" volta a marcar presença, Allen deve adorá-los. Em Crimes And Misdemenors era Alan Alda, aqui é Michael Sheen. Uma daqueles personagens que nos faz questionar como podem ser tão populares entre o meio feminino.
Outra personagem que é preciso salientar é Paris. Uma cidade tão bela como esta dificilmente fica mal como pano de fundo seja em que situação for.
Já agora com um poster tão bonito é curioso que Van Gogh não surja a dada altura no filme, ao lado de Toulouse Lautrec. Era a oportunidade perfeita.
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quarta-feira, outubro 26, 2011
Johnny Depp em Dead Man
Ao rever Deadman a ideia de que este pode muito bem ser o meu filme predilecto com Johnny Depp voltou a pairar no ar.
Não sou particular fã de eleger um número um seja no que for e Depp tem Edward Scissorhands, Ed Wood e Fear and Loathing in Las Vegas no seu currículo, clássicos.
É um daqueles actores que costuma agradar tanto à crítica como ao grande público.
Acabaria por ficar muito associado a personagens estranhas, bizarras ou "esquizofrénicas".
Talento muito explorado por Tim Burton no início da sua carreira e que o continua a ser até hoje. Além dos títulos já mencionados não se pode deixar de lado o seu Jack Sparrow, por todo o trabalho de construção desta mítica personagem.
No entanto o actor tem outros registos, tal como em Deadman. Um registo muito calmo e pausado, uma interpretação que até poderá passar despercebida devido à passividade da personagem e da qual gosto particularmente.
A sua personagem, William Blake (numa óbvia alusão ao poeta), citando o realizador Jim Jarmush: “é como uma folha de papel em branco, em que todos escrevem alguma coisa”.
Deadman, um “western à Jarmush”, é uma viagem. A viagem entre a vida e a morte. Entre um lado do rio e outro. Filmado a preto e branco e com uma banda sonora capaz de se agarrar ao filme e não mais o largar. Ver Deadman sem as composições de Neil Young é matar uma parte do mesmo.
Sim é definitivamente uma das melhores coisas que Depp tem na sua carreira. Uma verdadeira pérola.
quinta-feira, outubro 20, 2011
terça-feira, outubro 18, 2011
Filmes no fim-de-semana
Shivers
Já andava há imenso tempo para ver isto. Passou a ser o filme mais antigo do realizador que vi e ADOREI. O estilo de Cronemberg por qual é mais conhecido está bem presente no filme. É sem dúvida alguma um filme obrigatório e foi em apenas 15 dias.
Os ingredientes para um excelente filme de terror estão todos lá. E a partir daqui o texto tem SPOILERS.
Temos um complexo de prédios situado numa ilha. Este tipo de enclausuramento contribui para o sentimento claustrofóbico que tão bem funciona no terror. É verdade que não estão na Antárctida como em The Thing ou no espaço como em Alien, mas este mal espalha-se como um vírus e rápido.
Este mal é precisamente um parasita testado para libertar a líbido do Homem, ou seja, em vez de termos um grupo de pessoas contaminadas a tentarem matar-se umas às outras o que temos é algo verdadeiramente diferente, ou seja, um grupo de pessoas a tentarem transformar todos hóspedes deste prédio nos mais recentes membros das aventuras praticadas em Eyes Wide Shut, mas sem o glamour das máscaras de Veneza.
Män som hatar kvinnor (Men Who Hate Women)
Com o remake de David Fincher a aproximar-se tinha de ver o quanto antes o original sueco.
O filme começa por contar duas histórias diferentes (até se unirem numa a meio) a nível não só de narrativa como de género também. De um lado temos o jornalista Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist)que é contratado por Henrik Vanger (Sven-Bertil Taube) para descobrir o assassino da sua sobrinha favorita Harriet. Vanger tem vivido a sua vida obcecado com esta história que já ocorreu há 40 anos.
Do outro lado temos Lisbeth Salander (Noomi Rapace) uma hacker/investigadora que teve certos problemas de agressividade no passado e por isso é obrigada legalmente a ter um tutor, o qual está responsável pela gestão do seu dinheiro. Após o seu tutor ter falecido o tribunal remete-a para outro que tem vários planos em mente sobre a forma como Lisbeth deve merecer o seu próprio dinheiro.
As histórias estão ligadas, porque Lisbeth foi contratada no passado para investigar o jornalista e motivada por um qualquer sentimento mantém-se a par da vida dele invadindo-lhe constantemente o computador pessoal.
Tentei fugir a toda a informação referente ao filme, mas alguma sempre escapa. Curiosamente a que escapou fez-me imaginar um filme mais na linha da história inicial de Lisbeth. Uma mulher com um passado obscuro que se vê envolvida com uma pessoa vil e asquerosa, contada de uma forma cru e violenta.
E apesar de isto estar presente, e bem presente, Män som hatar kvinnor é na sua génese um filme de mistério, onde Lisbeth e Mikael são uma espécie de Sherlock Holmes e Dr. Watson e disto não estava nada à espera.
Gostei bastante do filme, e vejo que Fincher vai mexer em território que lhe é familiar, por isso após um Seven e um Zodiac espero um grande filme dele apesar de muito possivelmente desnecessário. Este é de 2009.
Noomi Rapace pelas razões óbvias é a estrela do filme, ela encaixa-se muito bem no papel de Lisbeth marcando-a como mais uma grande personagem no cinema.
O filme é a adaptação do primeiro livro da trilogia Milénio de Stieg Larsson.
Já existem três filmes e uma série sobre as aventuras desta dupla.
Já andava há imenso tempo para ver isto. Passou a ser o filme mais antigo do realizador que vi e ADOREI. O estilo de Cronemberg por qual é mais conhecido está bem presente no filme. É sem dúvida alguma um filme obrigatório e foi em apenas 15 dias.
Os ingredientes para um excelente filme de terror estão todos lá. E a partir daqui o texto tem SPOILERS.
Temos um complexo de prédios situado numa ilha. Este tipo de enclausuramento contribui para o sentimento claustrofóbico que tão bem funciona no terror. É verdade que não estão na Antárctida como em The Thing ou no espaço como em Alien, mas este mal espalha-se como um vírus e rápido.
Este mal é precisamente um parasita testado para libertar a líbido do Homem, ou seja, em vez de termos um grupo de pessoas contaminadas a tentarem matar-se umas às outras o que temos é algo verdadeiramente diferente, ou seja, um grupo de pessoas a tentarem transformar todos hóspedes deste prédio nos mais recentes membros das aventuras praticadas em Eyes Wide Shut, mas sem o glamour das máscaras de Veneza.
Män som hatar kvinnor (Men Who Hate Women)
Com o remake de David Fincher a aproximar-se tinha de ver o quanto antes o original sueco.
O filme começa por contar duas histórias diferentes (até se unirem numa a meio) a nível não só de narrativa como de género também. De um lado temos o jornalista Mikael Blomkvist (Michael Nyqvist)que é contratado por Henrik Vanger (Sven-Bertil Taube) para descobrir o assassino da sua sobrinha favorita Harriet. Vanger tem vivido a sua vida obcecado com esta história que já ocorreu há 40 anos.
Do outro lado temos Lisbeth Salander (Noomi Rapace) uma hacker/investigadora que teve certos problemas de agressividade no passado e por isso é obrigada legalmente a ter um tutor, o qual está responsável pela gestão do seu dinheiro. Após o seu tutor ter falecido o tribunal remete-a para outro que tem vários planos em mente sobre a forma como Lisbeth deve merecer o seu próprio dinheiro.
As histórias estão ligadas, porque Lisbeth foi contratada no passado para investigar o jornalista e motivada por um qualquer sentimento mantém-se a par da vida dele invadindo-lhe constantemente o computador pessoal.
Tentei fugir a toda a informação referente ao filme, mas alguma sempre escapa. Curiosamente a que escapou fez-me imaginar um filme mais na linha da história inicial de Lisbeth. Uma mulher com um passado obscuro que se vê envolvida com uma pessoa vil e asquerosa, contada de uma forma cru e violenta.
E apesar de isto estar presente, e bem presente, Män som hatar kvinnor é na sua génese um filme de mistério, onde Lisbeth e Mikael são uma espécie de Sherlock Holmes e Dr. Watson e disto não estava nada à espera.
Gostei bastante do filme, e vejo que Fincher vai mexer em território que lhe é familiar, por isso após um Seven e um Zodiac espero um grande filme dele apesar de muito possivelmente desnecessário. Este é de 2009.
Noomi Rapace pelas razões óbvias é a estrela do filme, ela encaixa-se muito bem no papel de Lisbeth marcando-a como mais uma grande personagem no cinema.
O filme é a adaptação do primeiro livro da trilogia Milénio de Stieg Larsson.
Já existem três filmes e uma série sobre as aventuras desta dupla.
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sábado, outubro 15, 2011
The Advocate For Fagdom
Às 22 horas estava a entrar na Sala Manoel de Oliveira no São Jorge para assistir ao documentário “The Advocate for Fagdom”. Momentos antes descubro que este será precedido por um videoclip realizado por Bruce LaBruce. Uma escolha nada inocente pois é sobre ele que o documentário se debruça. Faz todo o sentido portanto. O artista é Gio Black Peter e a canção, Revolving Door (New Fuck New York). Não estava mesmo nada a contar ver um vídeo musical pornográfico as 22h, principalmente um em que um homem a personificar um porco efectua sexo oral em outro que personifica o Papa Bento XVI. Não estava a contar porque não conhecia Bruce LaBruce, não fazia a mais pálida ideia de quem é este senhor. Se o videoclip tivesse passado depois do documentário podia ter sentido muita coisa, mas surpresa já não seria certamente.
Bruce LaBruce será para a maioria de nós, para mim era de certeza, um completo estranho, um total desconhecido. No entanto trata-se de um dos artistas mais transgressores do movimento Queer e apelidado por muitos como o líder do movimento Queercore.
Certos realizadores que se debruçam por temáticas Queer como Gus Van Sant, que participa neste documentário, atingiram hoje em dia um reconhecimento enorme e dispensam qualquer tipo de apresentações. LaBruce que começou a sua carreira cinematográfica mais ou menos na mesma altura, jamais em tempo algum conquistará o mesmo tipo de consideração e mediatismo. Dois realizadores conterrâneos e amigos, dois caminhos totalmente distintos.
É certo que Van Sant tem uma carreira que se pode dividir em duas ramificações. De um lado um cinema mais experimentalista e do outro mais mainstream. Filmes como o “Bom Rebelde” foram sem dúvida alguma cruciais no seu reconhecimento, mas é em filmes como “A Caminho de Idaho” que é mais amado pela crítica. Van Sant consegue assim ter o melhor de dois mundos.
LaBruce por seu lado sempre se manteve um realizador infractor e insubordinado. Para além das suas mensagens políticas e da violência nos seus filmes, o maior entrave numa maior projecção da sua carreira é, sem dúvida alguma, a constante utilização de sexo explícito. Por mais qualidade que tenham os seus filmes, por mais geniais que pudessem ser, a quantidade de sexo presente nos mesmos nunca os deixaria passar essa “barreira invisível” que existe no Cinema de Hollywood (e não só).
Ao se manter fiel a si próprio durante toda a carreira continua a ser obrigado a filmar com baixíssimos orçamentos porém é essa mesma veia transgressora que também não o deixa passar despercebido. Para os mais entendidos no universo Queer, LaBruce é considerado um marco, um ícone.
The “Advocate for Fagdom” é a oportunidade perfeita para conhecer os seus trabalhos, bem como o homem por detrás deles. Com convidados muito especiais como o já referenciado Gus Van Sant, Rick Castro, Bruce Benderson e o mítico John Waters, que numa temática diferente é também um dos realizadores mais transgressores da História do Cinema, “The Advocate for Fagdom” foi possivelmente um dos documentários mais interessantes que passaram no Queer Lisboa deste ano, cuja presença fazia todo o sentido num ano em que o tema de foco era, precisamente, a transgressão.
Publicado na Rua de Baixo por Gabriel Martins (Loot)
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The Advocate For Fagdom
quinta-feira, outubro 13, 2011
Tom Morello & Scott Hepburn's Orchid Trailer
A editora Dark Horse traz-nos Orchid, escrita por Tom Morello, esse mesmo o guitarrista dos Rage Against The Machine, e desenhada por Scott Hepburn, esse mesmo o que desenhou Star Wars para esta editora.
O 1º comic saiu hoje e todos serão acompanhados por uma nova canção de Morello.
quarta-feira, outubro 12, 2011
Tony Stark VS Steve Rogers
Baseando-me no trailer do post anterior, acho que o Iron Man devia perguntar ao Captain America o que ele é sem as drogas? Nomeadamente um tal soro de super soldado.
terça-feira, outubro 11, 2011
The Avengers - Trailer
Notas:
- Mas que fato é aquele do Capitão América? No filme estava bem melhor.
- Nine Inch Nails na banda sonora é uma win/win situation sempre.
- Iron Man continua a ser o maior. Aquela boca ao Cap é o melhor do trailer. Sim Rogers pia baixinho tu nem és assim tão forte pá.
- Gosto do Loki, já tinha gostado no filme do Thor.
segunda-feira, outubro 10, 2011
Dead Man
- Yes I am. Do you Know My Poetry?
Este mês na cinemateca, quarta 19 às 19h.
A não perder.
sexta-feira, outubro 07, 2011
As Extraordinárias Aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy II - Apocalipse
O muito aguardado regresso das aventuras da equipa mais estrambólica de Portugal chegou finalmente. A espera terminou.
Filipe Melo e Juan Cavia voltam a juntar forças para uma nova ameaça que promete ser a mais devastadora que alguma vez enfrentaram ou não fosse o título desta sequela...APOCALIPSE.
O livro será lançado no festival da Amadora e contará com a presença dos dois autores e do colorista Santiago Villa.
Deixo-vos o comunicado de imprensa (Retirado do blog Leituras de BD):
"Um lobisomem de meia-idade, um distribuidor de pizzas, um demónio de seis mil anos e a cabeça de uma gárgula estão de regresso para salvar o mundo. Este improvável quarteto terá de enfrentar a maior das catástrofes – o Apocalipse, tal como descrito no Livro das Revelações. Pragas de insectos, criaturas gigantes e duzentos mil demónios invadem a Terra, arrastando os nossos heróis para uma aventura de proporções bíblicas! O destino do mundo vai ser decidido em Lisboa… outra vez! Escrita por Filipe Melo (I’ll See You in My Dreams e Um Mundo Catita) e desenhada por Juan Cavia (director de arte e cenógrafo argentino premiado com um Óscar da Academia), finalmente chega a muito aguardada sequela do best-seller de banda desenhada lançado em 2010, vencedor do prémio de Melhor Argumento do Festival de BD da Amadora."
Aproveito para relembrar a entrevista que fiz a Filipe Melo em relação ao 1º volume.
quinta-feira, outubro 06, 2011
Passatempo - Tour do Trono de Ferro
Para quem conhece "Game Of Thrones" o famoso trono de ferro forjado com várias espadas por Aegon Targaryen é algo que dispensa apresentações.
Se for o vosso caso, este comunicado do canal Syfy é direccionado a vós:
"No próximo dia 17 de Outubro estreará em Portugal, no Canal Syfy, a consagrada série “A Guerra dos Tronos”, inspirada na saga de best-sellers com o mesmo nome, de George R.Martin.
No seguimento dessa estreia, momento tão esperado por todos (nomeadamente todos os que pertencem à equipa do Canal Syfy), teremos várias acções de comunicação, nomeadamente uma acção em parceria com a Meo e com a Fnac, intitulada “Tour do Trono de Ferro”. Essa acção é composta por várias etapas, nomeadamente:
- as pessoas dirigem-se a uma das “FNAC”s que participarão nesta acção (FNAC Colombo/ FNAC Almada/ FNAC Norte shopping/ FNAC Gaia Shopping) e tiram uma foto no Trono de Ferro.
- com essa foto (deverão estar caracterizados) poderão participar num passatempo da FNAC, sendo que se habilitam a vários prémios, entre os quais uma viagem à Irlanda para duas pessoas + título nobiliário, uma réplica da espada de ferro de Eddard Stark, uma réplica da espada de Jon Snow."
Promo
Para aqueles que decidirem participar, lembrem-se cuidado com as pontas, o trono de ferro não é suposto ser confortável.
Mahou - Na Origem da Magia
Mahou - Na Origem da Magia, trata-se de um dos mais recentes livros editados pela ASA, com argumento de Ana Vidazinha e desenhos de Hugo Teixeira.
O livro estará à venda a partir de 12 de Outubro.
Deixo o comunicado da ASA, retirado do blog Leituras de BD:
"Depois de ter consultado um livro numa biblioteca, Bia vê-se transportada para o planeta Mahou, descobrindo aí as suas raízes familiares. Em Mahou existia Magia: a Magia Comum e a Alta Magia, até que se deu o Grande Cisma e se expandiu a Tecnologia, iniciando-se uma guerra que durou anos… Mahou viu-se transformado sem respeito por nada! Mas Bia encerra em si um grande poder…"
sábado, outubro 01, 2011
bush e as Máquinas
Neste dia da música e porque estão de regresso, aproveito para relembras a relação dos bush com as máquinas. E que bela relação é.
Ver vídeo aqui.
Ver vídeo aqui.
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