quarta-feira, dezembro 24, 2008
segunda-feira, dezembro 22, 2008
Peter Gabriel & Hot Chip - Cape Cod Kwassa Kwassa
Pois bem a passaear pelo blog do Nuno Markl descobri que Peter Gabriel juntamento com os Hot Chip fizeram precisamente uma cover desta música. E que engraçado é ouvir o refrão por Gabriel com uma pequena alteração.
Assim aproveito para dar a conhecer esta bela canção e para voltar a lembrar que o Peter Gabriel é um dos maiores.
Cape Cod Kwassa Kwassa - Hot Chip & Peter Gabriel
domingo, dezembro 21, 2008
Hora do Bolo - Ingredientes
Tv on the Radio - "DLZ"
David Bowie – "Hallo Spaceboy"
Shearwater - "Rooks"
Noiserv - "Consolation Prize"
Morphine – "Early To Bed"
Calexico - "Inspiración"
Scout Niblett + Bonnie "Prince" Billy – "Comfort You"
Isobel Campbell + Mark Lanegan – "Come On Over (Turn Me On)"
Iron & Wine – "Free Until They Cut Me Down"
Samuel Úria - "Teimoso"
Beck - "Walls"
My Brightest Diamond – "Inside A Boy"
Migala – "El Tigre Que Hay En Ti"
The Racounters – "Consolers of the Lonely"
O programa ainda vai repetir no próximo Domingo às 16:00.
Foi uma receita que nos deu muito gosto fazer.
sexta-feira, dezembro 19, 2008
Influências/Semelhanças #13 - Especial Watchmen
De forma a acompanhar o desenvolvimento do filme "Watchmen" até à sua estreia, pensei que podia ir falando de vários aspectos desta obra culminando na crítica ao filme. Uma ideia interessante na minha opinião seria sem dúvida falar de alguns personagens que influenciaram a criação de "Watchmen". Para quem não sabe a grande maioria das personagens desta obra foi baseada em personagens da Charlton Comics, uma vez que Moore não pôde usá-los na sua novela gráfica.
A Charlton Comics era uma editora de Banda Desenhada Americana que foi adquirida pela DC Comics em 1985.
O primeiro personagem escolhido para esta rubrica é precisamente o Rorschach.
Mr. A
Estava eu pronto para começar a escrever sobre isto quando (como sempre) decido ir fazer uma pesquisa mais avançada. E ainda bem que o fiz, pois acabei por descobrir que Rorschach não foi baseado em um mas em dois personagens da Charlton Comics. Confesso que desconhecia por completo este Mr. A.
Foi criado por Steve Ditko e teve a sua primeira aparição em 1967 no comic Witzend #3.
Mr. A é Rex Graine um jornalista do Daily Crusader e a sua origem nunca foi revelada. Apenas sabemos que é um homem de fortes princípios que acredita que uma pessoa só pode ser boa ou má. Aquando da sua chegada utiliza cartas metade brancas e pretas que servem para simbolizar esta sua crença numa vida que pode apenas ser ou branca ou preta.
Mr. A representa a crença na filosofia do objectivismo de Aye Rand por parte do seu autor. A partir daqui compreende-se melhor porque Mr. A é retratado como não tendo qualquer tipo de remorso para com os criminosos. Mr. A apenas se preocupa com os "verdadeiros" inocentes e jamais demonstra mesiricórdia para com os outros. Apesar de esta filosofia ser severa, Mr. A tem em conta o tipo de crime cometido quando exerce a sua justiça. No entanto se uma vida inocente for ameaçada não hesitará em matar o criminoso em questão.
O seu fato é completamente branco e utiliza luvas e uma máscara de metal.
+
The Question
Há semelhança de Mr. A, The Question é mais um vigilante saído da mente de Steve Ditko cuja primeira aparição data também de 1967 no comic Blue Beetle #1.
Vic Sage era um jornalista conhecido pelas suas investigações e agressividade. Enquanto investigava o Dr. Arby Twain envolveu-se com um antigo professor Aristotle Rodor. Segundo o professor ele e Twain andavam a desenvolver uma pele artificial de nome Pseudoderme. Esta pele tinha como propósito servir como curativo de ferimentos. Infezlimente provou possuir uma certa toxicidade que podia ser fatal em algumas feridas. Apesar de decidirem terminar a experiência Dr. Twain fugiu com a Pseudoderme e começou a vende-la ilegalmente.
A fim de esconder a sua identidade enquanto parava as acções criminosas de Twain, Sage usou a pseudoderme para cobrir o seu rosto. A partir daqui e com a ajuda do professor, Vic Sage tornariam-se no The Question.
The Question é tal como Mr. A o típico vigilante detective, ostentando a típica gabardine e chapéu. Ditko acabou por criar dois personagens muito similares não só fisica mas ideologicamente uma vez que também Question era seguidor do objectivismo uma filosofia já notória no modo de agir de Mr.A. No entanto isto viria a mudar após a DC ter adquirido os direitos da Charlton Comics. A editora acabaria por alterar o personagem tornando-o seguidor da filosofia do budismo-zen.
A sua origem foi posteriormente alterada, algo muito incomum na BD (ou não). Victor Sage passaria a ser então um órfão cujo nome verdadeiro é Charles Victor Szasz. Vítima de abusos durante criança num orfanato católico, Szasz tornou-se num jovem com uma clara disposição para a violência.
A pseudoderme liberta um gás que The Question utiliza para mudar a cor do seu cabelo e da sua roupa. Houve um tempo em que Sage usava cartas onde após uma reacção química ostentariam um ponto de interrogação, a sua imagem de marca.
Durante a saga "52" The Question morre deixando o seu manto para Renee Montoya a nova e actual "The Question".
=
Rorschach
Na minha opinião o Anti-Herói por excelência e um dos grandes personagens de uma das mais aclamadas graphic novels de sempre, "Watchmen".
Foi criado por Alan Moore e por Dave Gibbons e data de 1986 ano em que saiu o primeiro comic de Watchmen.
As semelhanças entre este personagem e os criados por Steve Ditko são evidentes. Todos os personagens são do tipo vigilante detective usando uma típica gabardine e um típico chapéu. Todos cobrem a cara com uma máscara peculiar, Mr. A todo de branco, The Question cor de pele e Rorschach com... bem com manchas de Rorschach. A máscara deste último foi retirada de um vestido branco com manchas negras que iam alternando ao longo do tempo dando o efeito de estarmos perante as célebbras manchas dos testes de Rorschach.
Mas as semelhanças vão além das fisicas, a filosofia do objectivismo tão presente nos personagens de Ditko mantém-se em Rorschach. Através das acções e pensamentos bem anotados no seu caderno é claro perceber que ideologicamente Rorschach é um absolutista, anti-comunista, anti-liberal e nacionalista. A própia máscara que usa sendo branca e preta serve para simbolizar essa visão dual e simplista do mundo onde as coisas ou são boas ou más, algo que Mr. A já fazia mas com cartas.
É um personagem de extrema direita, ou seja, completamente diferente de tudo aquilo em que acredito, mas na Banda Desenhada é impossível não o adorar. Apesar de herdar características tão absolutistas dos personagens de Ditko volto a relembrar que o The Question mudou ao longo do tempo tornando-se um personagem mais liberal e equilibrado quando começou a ser escrito pela selo da DC Comics.
A crença de Rorschach em punir o mal é tão grande que ele nunca parou de ser um vigilante mesmo após ter sido aprovado o registo que tornou a actividade dos super heróis ilegal a não ser que estes trabalhassem para o governo.
Como disse, moralmente não é de todo um personagem fácil de digerir, no entanto respeitei muito a sua atitude no final de Watchmen e vê-lo punir o crime é pura e simplesmente fantástico. Célebre se tornou a frase que menciona na cadeia quando diz que não é ele que está fechado com os criminosos mas os criminosos que estão fechados com ele.
No comic #17 do The Question, existe uma referência a Rorschach. Question encontra uma BD com este personagem e acha-o tão estiloso que decide copiá-lo. A história termina com o Question a levar uma surra concluindo que afinal o Rorschach não presta. Uma pequena brincadeira neste enorme mundo que é a nona arte.
Na graphic novel, teremos acesso ao passado do personagem bem como aos momentos em particular que contribuíram para a formação deste personagem. Para falar dele vou ter de os mencionar por isso a todos os que têm intenções de vir a ler este livro aconselho a parar de ler este texto agora.
O desejo de Rorschach, ou melhor, Walter Kovacs (o seu nome verdadeiro) em combater o crime nasceu no dia em que Kitty Genovese foi assassinada e os seus vizinhos pura e simplesmente não fizeram nada. É de salientar que Kitty Genovese existiu na realidade e foi assassinada em 1964. A sua morte foi na altura muito falada precisamente devido à inanição por parte dos seus vizinhos. Esta acção fez com que Kovacs crescesse para se tornar um super herói, mas só anos mais tarde ele se desenvolveria no psicopata absolutista em que acabou por se tornar.
Kovacs acreditava no sistema legal até o dia em que descobriu que a menina raptada que ele procurava tinha sido assassinada e dada a alimentar aos dois cães do raptor. Envolto num manto de ódio Kovacs decidiu pela primeira vez qual o castigo do criminoso, acção que passaria a cumprir dali para à frente. Neste caso Kovacs prendeu o raptor com uma algema e incediou-lhe a casa que estava coberta de glicerina. Antes de acender o fósforo Kovacs dá uma serra ao raptor e diz-lhe que este não terá tempo de cortar a algema caso queira sobreviver com vida. Esta é uma cena que na minha opinião foi usada no primeiro "Saw" onde os personagens têm de cortar a perna ao invés da corrente caso queiram fugir. É uma cena de enorme intensidade e que nos mostra o nascimento de "Rorschach"
Nota: Algumas informações foram retirados do site da wikipédia.
segunda-feira, dezembro 15, 2008
A Hora do Bolo
A emissão repete Domingo dia 28 às 16:00.
A nossa receita consiste em um bolo de contrastes, doçura e acidez, com alguns dos melhores ingredientes de 2008.
Sem perigo de diabetes, estes dois pasteleiros recomedam o seu consumo. Esperemos que gostem.
O Menino Triste - Fanzine 1 & 2
Antes de começar a falar deste livro, que constitui um dos grandes lançamentos de BD nacional, achei que podia começar por fazer uma pequena introdução ao personagem e falar dos dois primeiros fanzines lançados por J. Mascarenhas.
Assim todos aqueles que não conhecem esta obra podiam familiarizar-se com o personagem e com o seu processo de criação.
O primeiro fanzine (de capa amarela) data de 2001. Nesta história J. Mascarenhas mostra-nos pela primeira vez quem é este "Menino Triste". O livro centra-se maioritariamente na questão de que todos nós em algum momento teremos de crescer e esse "apelo" chegou finalmente até ao "Menino Triste". Durante três capítulos assistimos ao crescimento deste menino da infância até à fase adulta. Pelo caminho assistimos à sua primeira relação amorosa, à sua passagem pela Universidade de Coimbra e principalmente ao enfrentar de uma realidade antes distante e diferente dos seus sonhos.
Ao contrário do que se possa pensar o "Menino Triste" não tem de se referir necessáriamente a tristeza ou infelicidade. Para o autor a palavra "triste" neste caso simboliza preocupação. Uma preocupação que associo ao crescer e ao enfrentar a realidade e os nossos sonhos. A ideia para este nome surgiu da leitura de vários livros de psicologia em que se dizia que "Quando uma criança não tem a oportunidade de poder crescer nos braços da sua mãe, ou vê os seus sonhos serem interrompidos por algo que lhe é estranho, corre o risco de se tornar uma criança triste!".
Por isso para Mascarenhas este nome é mais um figura de estilo do que um estado de espírito já que para ele este é um menino feliz.
Em 2005 foi a vez de ser lançado o segundo fanzine desta obra (de capa azul), de nome "Os Livros". O fanzine em questão já conta com um prefácio da autoria de José de Matos-Crus. Nesta história acompanhamos o "Menino Triste" na sua descoberta pelo mundo dos livros. Como menciona, há semelhança de Sartre também ele nasceu e cresceu no meio de livros. Começando por se interessar pelas figuras, rápido quis descobrir o significado das letras e depois das palavras.Dos livros à escola, passando por museus até à descoberta do Cinema, esta é a aventura do "Menino Triste" que termina de uma forma fantástica após mais uma reflexão sobre o crescimento quando o Menino se apercebe que ao contrário dos seus amigos dos livros ele não ficará no mundo para sempre nem será uma criança para sempre, mas felizmente talvez haja algo que ele possa fazer em relação a isso.
Existem várias referências a diferentes personagens ao longo destas histórias, uma que saliento é as várias menções a Peter Pan de J.M. Barrie que é também ele à sua maneira um "menino triste", um menino que cresceu sem mãe.
Este fanzine venceu o prémio de melhor fanzine no FIBDA 2006. Algumas das informações colocadas no texto foram retiradas do blog do Menino Triste ou das memórias das minhas conversas com J. Mascarenhas durante o FIBDA.
Dessas conversas deixo-vos um dos autógrafos que ganhei:
Para início de Janeiro podem contar com o comentário referente à "A Essência". Espero que vos tenha conseguido interessar por esta obra que merece atenção e há que apoiar a banda desenhada nacional.
sexta-feira, dezembro 12, 2008
O regresso do desafio da página 161
Desta vez ele regressa através da Maria del Sol.
As regras consistem em:
1. Agarrar o livro mais próximo.
2. Abrir na página 161.
3. Procurar a 5ª frase completa.
4. Colocar a frase no blog.
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro! Utilizar mesmo o livro que estiver mais próximo.
6. Passar a 5 pessoas.
desta vez o livro em questão é "The Graveyard Book" o mais recente de Neil Gaiman.
A frase é esta: "'Last dance!' someone called, and the music skirled up into something stately and slow and final."
Passo od esafio a:
Anita
Celtic-Warrior
Bongop
Gonçalo
Queiroz
quarta-feira, dezembro 10, 2008
Dave Matthews Band ao vivo em Portugal
A primeira é que Dave Matthews Band estão confirmados para tocarem em Portugal no dia 29 ou 30 de Maio de 2009 inserido num novo festival nacional.
O problema é que este festival irá decorrer na mesma altura que o "Live Earth" que já conta com 20 nomes no cartaz. Para piorar ambas as produtoras encontram-se a lutar pelo mesmo espaço. Para mais informações consultar o Blitz.
A segunda boa notícia é que outro grande nome da música começado por D já saiu da corrida imaginária para actuar no "Optimus Alive". Primeiro os Depeche Mode, agora os Dave Matthews band, todas bandas excelentes que poderiam ser o grande D do "Alive".
Já me disseram que Bowie não tem concertos agendados para o ano que vem, mas há que ter fé.
sexta-feira, dezembro 05, 2008
Nel Monteiro - Hino Euro 2008
segunda-feira, dezembro 01, 2008
Festival Black & White
Myspace: www.myspace.com/blackandwhitefestival
Hi5: FestivalB.hi5.com
Fórum: festivalbw.aforumfree.com
sexta-feira, novembro 21, 2008
The Wrestler - Trailer
Este filme tem recebido os mais rasgados elogios e é o famoso regresso do colosso que dá pelo nome de Mickey Rourke.
Mais uma vez Aronofksy escolhe Clint Mansell para tratar da banda sonora. Desde "Pi" que estes dois trabalham juntos parece que em equipa vencedora não se mexe.
Cliquem na imagem para ver o trailer.
Já agora mais alguém está extremamente curioso em ver o que este realizador vai fazer na nova adaptação de "Robocop" ao cinema?
quinta-feira, novembro 20, 2008
Coraline - Trailer
Quase um "Nightmare Before Christmas" meets "Alice in Wonderland".
E por falar em livros de Neil Gaiman já saiu o novo "The Graveyard Book" que é considerado por muitos a sua melhor novela, nomeadamente por Dave Mckean que mais uma vez volta a colaborar com ilustrações.
terça-feira, novembro 18, 2008
80 anos de Mickey Mouse
Para quem quiser saber mais coisas sobre este maravilhoso personagem aconselho a leitura deste texto no "Ante-cinema" da autoria do Fernando Ribeiro.
E quanto ao Mickey muitos parabéns.
Star Trek - Trailer
Confesso que nunca me senti muito atraído por eles mas são clássicos da ficção científica. Acho que vou aproveitar a boleia do JJ Abrams e começar por este que explora o início da saga.
Acho que esta modernização da série poderá favorecer o "Star Trek" e muito provavelmente conquistar novos fãs.
De resto apenas tenho a dizer que o Zachary Quinto foi a escolha perfeita para interpretar o Spock ele está muito parecido com uma versão mais nova do interpretado por Leonard Nimoy.
Reparei no trailer que também vai entrar o John Cho, adorava este senhor no "Off Centre" mas depois nunca mais o vi participar em nada a sério, é pena sempre achei que ele tinha jeito para a comédia. Sei que entrou nos "Harold & Kumar" mas não vi, e de resto apanho-o ocasionalmente como convidado numa série.
Cliquem na imagem para ver o trailer.
sábado, novembro 15, 2008
Noiserv no São Jorge 14/11/2008
O dia não era dos melhores, ao mesmo tempo estava a decorrer no Atlântico o aniversário da fnac com a presença de bandas como os "Xutos e Pontapés", os "Clã", os "Deolinda" entre muitos outros e na ZDB estavam os carismáticos "Dead Combo". A concorrência era de peso e o facto de "Noiserv" ser um projecto menos conhecido não pesava a seu favor. Felizmente a sala do São Jorge encheu e todos os presentes tiveram a oportunidade de assistir ao vivo a um dos melhores álbuns que saíram este ano por cá.
A música de "Noiserv" é realmente lindíssima e David Santos está a assumir-se como um dos grandes cantautores portugueses. As suas melodias são de uma delicadeza enorme que por vezes nos relembram uns Radiohead ou um Jeff Buckley. Sozinho no palco e munido pelos mais váriados instrumentos que iam desde um xilofone a uma máquina fotográfica, David Santos ia encantando o público enquanto ao mesmo tempo os mais variados desenhos iam surgindo a seu lado em uma tela branca. Os desenhos são da autoria de Diana Mascarenhas a mesma responsável pela arte do álbum.
A maior parte do concerto consistiu, como seria de esperar, em músicas do novo álbum, mas houve também tempo para relembrar o primeiro EP "56010-92" e para um inédito.
O concerto contou ainda com a participação de alguns amigos que ajudaram a gravar o álbum, entre os quais Luís Nunes que subiu várias vezes ao palco ou para tocar piano, ou bateria, ou guitarra. Aconselho também uma passagem pela sua página no myspace onde poderão ouvir músicas do seu projecto a solo "Walter Benjamin".
Como não podia deixar de ser não saí do São jorge sem adquirir "One Houndred Miles From Thoughtlessness". O formato do álbum é muito curioso, pois é o de um caderno de notas que contém para cada canção uma página com uma ilustração diferente. Como já tinha referido acima todas as ilustrações são da autoria de Diana Mascarenhas. O preço foi somente de cinco euros, por isso não há desculpas para não comprar "One Houndred Miles From Thoughtlessness", a música é muito boa e até o formato do álbum vale a pena. Para quem estiver interessado o seu EP encontra-se disponível para download na sua página do myspace.
Não deixem passar este projecto despercebido pois não se vão arrepender.
No fim do concerto ainda consegui autografar o álbum tanto pelo David Santos como pela Diana Mascarenhas que aproveitei para pedir um desenho, senti-me como se ainda estivesse no FIBDA (Quando o Sol nascer eu troco a foto pois a iluminação cá de casa não ajudou nada).
sexta-feira, novembro 14, 2008
Watchmen, Slumdog Millionaire e Fanboys - Trailers
Watchmen
Este novo trailer já revela mais sobre o filme e está com um aspecto soberbo. Cada noava imagem que vão mostrando nos faz salivar mais e mais por esta obra.
Além do mais neste já é poss+ivel ver a máscara do Rorschach a alterar-se e o efeito está muito bem feito.
Começo cada vez mais a acreditar que o filme vai funcionar muito bem, pelo menos que faça justiça à BD que é uma das maiores obras primas da nona arte.
Slumdog Millionaire
O novo filme de Danny Boyle ("Trainspotting", "28 Days Later") que conta com a participação de Dev Patel ("Skins").
Tem havido algum secretismo à volta deste filme, depois de ter assistio ao trailer acho que Boyle tem tudo para nos presentear com mais um clássico.
Além disto tudo o facto de ter Sigur Rós no trailer conquistou-me logo, que posso dizer, sou um coração mole.
Fanboys
Este filme passa-se na altura em que "The Phantom Menace" viria a estrear e conta a história de um grupo de geeks de "Star Wars" que decidem invadir o rancho "Skywalker" do George Lucas a fim de conseguirem visualizar a tão aguardada obra.
Neste filme entram alguns dos novos nomes da comédia Americana e a excelente Kristen Bell que após ter chamado a atenção em "Veronica Mars" parece não estar com problemas em arranjar novos trabalhos e nós agradecemos.
O filme contém também com a participação especial de membros da clássica saga "Star Wars" entre outros ilustres tais como o grande William Shatner.
Superheroes ask: "Does this outfit make me look gay?"
Um amigo enviou-me este vídeo por email e já que se andava a falar do Batman e do Robin nos comentários de um post atrás, não resisti em colocá-lo aqui.
quarta-feira, novembro 12, 2008
Joker
Há semelhança da dupla Jeph loeb e Tim Sale que popularizaram a saga das cores sobre super heróis, tais como "Homem Aranha: Azul", "Daredevil: Yellow" ou "Hulk: Gray" coloca-se a questão se esta ideia de Azzarello e Bermejo será também algo a continuar a explorar no futuro relativamente a outros némesis.
Esta novela gráfica chamar-se-ia inicialmente "Joker: The Dark Knight", seguindo a mesma linha de "Lex Luthor: Man of Steel. Mas devido ao lançamento do filme o título teve de ser alterado para "Joker" que na minha opinião funciona perfeitamente. No entanto o título inicial também tinha a sua piada uma vez que tenciona apelidar os vilões de um título conquistado pelos seus respectivos inimigos, os heróis.
Ao contrário do que eu pensava "Joker" não é uma BD baseada no Joker criado por Heath Ledger. Segundo Brian Azzarello, ele e Lee Bermejo começaram a trabalhar nesta história antes do filme, já há mais de dois anos e estavam prontos para lançá-la antes da estreia de "The Dark Knight", mas a DC comics optou por fazê-lo depois, muito provavelmente para aproveitar todo o furor à volta do filme. Após ter visto o Joker de Ledger, Azzarello compreendeu a decisão da editora pois na sua opinião quem adorou o personagem no filme vai adorá-lo neste livro.
Depois de o ler posso comprovar que de facto este Joker não é o mesmo de "The Dark Knight" no entanto todo o livro tem um sabor a sequela do filme (mesmo não o sendo) e visualmente o Joker é idêntico ao de Ledger. É normal que hajam pontos similares tanto no filme como na BD uma vez que há semelhança de Christopher Nolan, Azzarello teve uma abordagem realista ao personagem e ao seu Universo. No entanto penso que os autores devem ter tido acesso a algum material do filme nomeadamente à caracterização do Joker, pois como disse a semelhança entre os dois é notória.
O livro começa com o Joker a ser solto do Asilo Arkham porque aparentemente conseguiu convencê-los de que não era maluco. Como disse anteriormente todo o livro me lembrava o filme e por isso quando vi Harley Queen pensei que talvez fosse ela a razão da fuga de Joker uma vez que na BD ela era uma psiquiatra em Arkham que ao estudar o Joker acabou por se deixar seduzir por ele e pelas suas ideias. Lembrei-me disto porque a personagem não foi introduzida no filme e poderiam ter aproveitado esta história que contei da autoria de Bruce Timm. Contudo como já tinha dito, isto não é uma sequela e a forma como Joker se safou de Arkham permanecerá sempre um mistério, bem como outros pormenores da história, o que até faz todo o seu estilo.
Ninguém do grupo de bandidos do Joker o quer ir buscar à prisão excepto um sujeito de nome Jonny Frost. Frost que ser alguém no mundo do crime e para isso irá seguir todos os passos do Joker para o poder conhecer e compreender melhor. Infelizmente, por vezes devíamos ter cuidado com aquilo que desejamos.
Durante o tempo em que Joker esteve preso vários criminosos dividiram Gotham City entre si, algo que não agradou em nada o "palhaço do crime" que ao sair em liberdade tem como plano recuperar, nas suas palavras, a sua cidade. Para isso Joker irá encontrar alguns dos vilões mais conhecidos por nós, tais como o Penguin, o Riddler e o mais importante o Two-Face. Todos os vilões se sentem aterrorizados pelo Joker e o único capaz de lhe fazer frente é precisamente Two-Face, mas até ele poderá ser obrigado a recorrer à última pessoa que desejaria, para se livrar de tamanho pesadelo e acreditem pesadelo é a palavra ideal para descrever o que o Joker os faz sentir. O Killer Croc é dos vilões clássicos aquele que mais aparece a seguir ao Joker, mas Croc está do lado do palhaço. Azzarello já tinha tido uma abordagem mais realista a este personagem em "Broken City" quando o descreveu como alguém com uma doença de pele e não como um verdadeiro "Homem Crocodilo". Aqui Killer Croc é um enorme monte de músculos que se encontra ao serviço do palhaço e claro a sua pele mantém uma certa tonalidade que o difere de todos os outros, caso contrário a referência ao crocodilo não fazia tanto sentido. Uma coisa é certa, encontram-se aqui algumas boas ideias para abordar certos personagens de forma realista quem sabe, por exemplo, num próximo filme.
Esta é sem dúvida umas das mais crus e violentas histórias feitas sobre o personagem. Todos sabemos que o Joker é capaz de tudo e no entanto este livro faz-nos por vezes sentir repulsa do personagem, foi sem dúvida uma experiência intensa.
Nesta BD, Azzarello não optou por contar a história do ponto de vista do personagem principal tal como tinha feito em "Lex Luthor: Man of Steel" mas antes de Jonny Frost. A decisão foi muito provavelmente a mais acertada, afinal quem se quer aventurar a entrar na mente de um dos maiores dementes de sempre? Além de que o próprio autor afirmou que contar a história a partir da mente do Joker era tirar poder ao personagem pois nunca ninguém sabe o que ele vai fazer a seguir.
Também adorei a arte que alterna anarquicamente entre desenhos num estilo mais tradicional e outros 100% digitais com um rigor excepcional. Fica a questão se esta decisão foi tomada por falta de tempo em colorir tudo da mesma forma ou para simplesmente a arte ser há semelhança do Joker, instável. Independentemente da resposta a arte é muito boa e isso é o que interessa.Uma das questões que todos devem estar a fazer neste momento, é se Batman participa nesta história apesar de ela ser sobre o Joker. Posso dizer que há referências constantes ao vigilante da noite sejam elas no jornal, em simples conversas, ou simplesmente quando Joker olha para o céu e se dirige certamente a ele. Batman faz parte desta cidade e poderá surgir em qualquer instante pronto para derrubar aqueles que infestam Gotham City como uma doença.
Azzarello afirmou que "Joker" foi o livro mais violento que escreveu até hoje. Para mim foi sem dúvida um dos mais violentos que li sobre o Joker, no entanto como apreciador de obras violentas e perturbadoras, não posso deixar de pensar que se queriam enveredar por um caminho tão sombrio podiam ter ido mais longe. Mas isto já constitui um problema geral nas editoras Americanas que na maior parte das vezes não se arriscam a ir por caminhos mais negros, o que é na minha opinião uma pena. Reparem que logo no início da história, na cena em que Joker mostra o "dedo", a sua mão aparece cortada no plano. Será que até isso têm de censurar? Ou então até foi uma decisão dos artistas e estou completamente enganado, mas é que ultimamente o crescendo da censura nos comics Americanos tem-me irritado. Pelo menos este "Joker" tem um sabor a Vertigo o que já é muito bom.
Em relação ao parágrafo anterior espero que não o interpretem como um ataque ao livro pois é apenas um desabafo em relação a algumas decisões cometidas na indústria Americana da BD. O livro vale muito a pena e contém algumas cenas e diálogos absolutamente excepcionais, tais como a história que Joker conta sobre um individuo que tinha o sonho de dar a volta ao mundo de carro em apenas um dia.
Esta é mais uma nova e interessante abordagem ao personagem, que para qualquer fã é absolutamente indispensável.
Série de TV sobre o Robin Recusada
O produtor da Warner Bros. Jeff Robinov, que inicialmente tinha aceite o projecto teve uma súbita mudança de ideias e recusou-o.
Existem rumores no entanto que indicam que esta decisão poderá estar associada ao facto de Christopher Nolan não ter gostado da ideia.
Como já se sabe Nolan não é particular fã do personagem e recusaria filmar o Batman se este tivesse de entrar no filme.
Tinha a sensação de que este projecto ia ser um valente tiro no pé por isso acho que tomaram a decisão correcta. Claro que existe sempre a possibilidade de sermos surpreendidos e agora nunca vamos descobrir mas sinceramente duvido que fosse o caso.
Fonte: TV Dependente
quarta-feira, novembro 05, 2008
Top 25 Vilões Masculinos no Cinema - Parte3
10 - Jack Torrance (The Shining)
Se a ideia de estar isolado num grande hotel na presença de um maníaco já é só por si assustadora, então não quero nem imaginar como seria se essa pessoa fosse o meu pai ou a minha mulher.
O hotel em questão está longe de ser um edifício comum, tendo sido construído por cima de um cemitério Índio, apresentava já antes da família Torrance, um passado coberto em sangue.
Com o passar do tempo a influência deste hotel foi cada vez maior em Jack Torrance e pouco a pouco ele foi caminhando para a sua loucura acabando por se virar contra a sua própria família tentando matá-la.
Eu já acho que Jack Nicholson tem um ar extremamente alucinado no seu estado normal quanto mais quando representa psicopatas.
É um actor fabuloso que tem um jeito natural para interpretar a demência. Já tinha sido referido na lista pelo seu "Joker" e agora volta-o a ser por este "Jack Torrance" porque sem dúvida alguma as suas interpretações são memoráveis.
9 - Anton Chigurh (No Country For Old Men)
Já tinha dito o quanto adoro um bom Hitman e Javier Bardem elevou a fasquia muito alto com este Anton Chigurh.
Temos aqui um excelente profissional no que toca à arte de matar mas com um leque de características bastante invulgares que tornam o seu personagem ainda mais interessante.
Estamos perante um individuo realmente intimidador que há semelhança de um Two-Face traz sempre consigo uma moeda que utiliza em algumas ocasiões para decidir sobre a vida de uma pessoa. Esta moeda é responsável por uma das mais intensas cenas do filme, a que se desenrola na loja de conveniência, uma das melhores na minha opinião.
Depois há aquele pormenor fantástico de estarmos perante um feroz assassino que tem um particular cuidado em não deixar sujar as suas botas com sangue.
Por fim ainda temos o seu peculiar código de moral, se não reparem no facto de no final do filme ele ter ido de propósito assassinar a mulher de Llewelyn Moss apenas porque tinha prometido que o faria, caso Moss não se entregasse. A pobre rapariga não constituía qualquer perigo e o seu marido já tinha sido morto por Chigurh mas como este foi apanhado ao invés de se ter entregue, Chigurh achou que tinha de cumprir a promessa na mesma.
Bardem interpreta este assassino na perfeição. O seu olhar corta-nos como uma navalha e a sua expressão facial "orgásmica" quando o vemos matar pela primeira vez mostra-nos que não há margem para dúvidas, estamos perante um dos assassinos mais perturbantes do Cinema.
8 - Amon Goeth (Schindler's List)
Este é o primeiro vilão desta lista que existiu na realidade. Ralph Fiennes fez um retrato impressionante deste oficial Nazi.
Goeth comandava campos de concentração com uma frieza arrepiante. Ele acreditava verdadeiramente no lixo que representa o Nazismo. Matava judeus como quem troca de camisa e era capaz de fazê-lo tão rápido como um piscar de olhos.
Uma das características mais interessantes no personagem foi o facto de se ter apaixonado pela sua empregada judia. Estamos perante um homem que despreza violentamente os judeus e que acaba por se apaixonar precisamente por um membro do povo que ele tanto odeia o que lhe causava um enorme sofrimento. Isto tem quase um sabor a "justiça poética" mas justiça era algo que existia raramente naquela época tão terrível.
Um das cenas que melhor recordo em relação a este personagem é aquela em que Schindler tenta convencer Goeth a ser mais misericordioso e a aprender a perdoar. Goeth tenta isso com um dos seus escravos mas rapidamente muda de ideias e dispara contra ele da sua varanda. Sim Goeth é o tipo de homem que é capaz de se levantar de manha, ir até à sua varanda, e se lhe apetecer matar alguns judeus.
É um vilão terrífico e uma presença obrigatória nesta lista.
7 - Alex DeLarge (A Clockwork Orange)
Sexo, drogas e Lludwig Van. Sim porque Alex trata sempre este compositor pelo primeiro nome e nunca por Beethoven.
Nunca vi um filme mau, aliás mediano de Stanley Kubrick. Todos os filmes que tive a oportunidade e o prazer de ver, realizados por este grande senhor da sétima arte são de uma elevada qualidade e "A Clockwork Orange" além de ter sido um dos meus primeiros é um dos meus predilectos também.
Alex é um criminoso capaz de tudo. Para ele não existem limites no que toca à violência, tanto é capaz de espancar um velho mendigo deitado na rua como de violar uma mulher enquanto canta "I´m Singing in the Rain" e espanca o marido ao mesmo tempo. São estas peculiaridades que tornam o personagem icónico, até as drogas que consome estão dissolvidas no seu copo de leitinho.
Este amante da ultra-violência é tão alucinado que quando se encontra em "reabilitação" a ler sobre a vida de Cristo na bíblia a primeira coisa que lhe preenche a imaginação é a imagem dele no lugar do Romano que se encontra a chicotear Jesus. Parece que "dar a outra face" não é para este menino.
6 - Frank Booth (Blue Velvet)
Já percebi que alguns dos personagens mais doentios têm uma muito perturbadora panca com as suas mães. Falei disto na altura em que abordei Norman Bates e agora volto a fazê-lo com Frank Booth.
Frank Booth raptou o marido e filho de Dorothy Vallens para obrigá-la a efectuar serviços sexuais para ele. Como se isto não bastasse, os desejos de Frank são no mínimo doentios, ele profere frases como "Oh Mommy!" e "Baby wants to fuck! Baby wants to fuck Blue Velvet!" enquanto se prepara para a violar. E faz tudo isto enquanto inala Nitrato de Amilo com o objectivo de aumentar a sua intensidade sexual. Inicialmente Lynch queria que Frank estivesse a inalar hélio o que tornaria a cena ainda mais sinistra. Isto sim são cenas que realmente me perturbam.
Frank é realmente um dos personagens mais dementes do Cinema, o seu papel foi recusado por alguns actores porque consideravam o personagem demasiado repulsivo. Por outro lado Dennys Hopper adorou o personagem e segundo dizem exclamou que tinha de o interpretar porque ele era o Frank. Sendo uma hipérbole ou não e esperemos que sim Dennys Hopper foi de facto o homem perfeito para encarnar Frank Booth, disso não há dúvidas.
5 - Don Michael Corleone (The Godfather: Part II)
A saga da "Guerra das Estrelas" faz-me em parte lembrar a saga de o "Padrinho", uma vez que ambas abordam a ascensão de um herói e a sua queda. Apesar de serem personagens e filmes completamente diferentes tanto Anakin Skywalker como Michael Corleone apresentam algumas semelhanças entre eles. Ambos começaram por ser heróis que acabaram por enveredar por um caminho mais negro ao tentarem proteger as pessoas que mais amavam, Anakin a sua mulher e Michael o seu pai. E no final foram também dois vilões amargurados e atormentados pelos erros do passado procurando a redenção.
É precisamente no segundo capítulo desta trilogia que assistimos ao lado mais vilão deste personagem. Apesar de assistirmos à sua transformação no primeiro filme ele é ainda na sua maior parte "o bom rapaz" e no terceiro como já referi é um homem amargurado em busca de perdão.
Nesta segunda parte começamos logo por assistir à vingança de Michael que não esqueceu o assassinato da sua primeira mulher que tinha ocorrido no primeiro filme. Esta cena apesar de curta revela-nos muito sobre o seu carácter, Michael tornou-se não só num homem que não esquece, mas também num homem que não perdoa, factor esse que culmina no final do filme quando Michael aceita matar o seu próprio irmão, sangue do seu sangue.
E pensar que esta saga que é hoje considerada como uma das grandes obras primas do Cinema, correu um grande risco de não ser nem realizada por Coppola nem interpretada por Pacino. Coppola é conhecido por batalhar muito pelos seus filmes e pela sua visão. Ainda bem que o fez a sua paixão é notória e inspiradora.
4 - Dr. Hannibal Lecter (The Silence Of The Lambs)
O "Silêncio dos Inocentes" é um dos melhores thrillers que vi na vida. Todo o filme é brilhante, mas há uma personagem em particular que sobressai em relação a todas as outras. O Doutor Hannibal Lecter.
Na verdade Lecter aparece muito pouco no filme, mas a intensidade que emana do seu personagem é tão grande que nem nos apercebemos disso, todo o "Silêncio dos Inocentes" respira Hannibal Lecter. Por falar nisto, Anthony Hopknins ainda detém hoje o recorde de ter a interpretação mais curta de sempre a vencer um óscar.
E apesar de existirem mais filmes sobre este personagem, para mim chega existir o "Silêncio dos Inocentes" para ele estar nesta posição.
Hannibal Lecter já tinha sido interpretado no passado por Brian Cox em "Manhunter" (na altura Hannibal Lecktor) e apesar de adorar o actor é caso para dizer que Hopkins é que nasceu para interpretar este doutor.
Dotado de uma enorme inteligência, conseguiu dar estilo ao canibalismo e apesar de ser capaz de cometer alguns dos mais horrendos crimes, não tolera a má educação. É impossível não adorar este personagem (em cinema claro, eu é que não me queria encontrar com ele na esquina de uma rua ou pior numa cozinha).
3 - Darth Vader (Star Wars: Episode V - The Empire Strikes Back)
Escolhi salientar "O Império Contra Ataca" porque considero que é neste filme que Darth Vader mais brilha, além de ser na minha opinião o melhor filme da "Guerra das Estrelas". É claro que o "Regresso do Jedi" contém uma das mais belas cenas com Vader quando ele salva o seu filho. Mas esta é uma lista de vilões e não de actos heróicos.
O que dizer deste personagem mítico? Lord Vader marcou a infância de muitos nós, era um antigo Jedi de nome Anakin Skywalker que por alguma razão (que viríamos a descobrir mais tarde com os novos capítulos) foi seduzido pelo lado negro da força, traindo os seus amigos e ajudando na devastação dos Jedi' s no final da guerra dos clones.
O que faz um homem como era Skywalker enveredar por tal caminho? A resposta é muitas vezes a mesma, o amor.
Darth Vader tornou-se um dos homens mais temíveis da galáxia, mas é um homem atormentado, além de todas as vidas inocentes que tirou sente-se culpado pela morte da pessoa que mais amava no Universo, Padmé Amidala. Existe uma BD em que Vader luta contra um clone de Darth Maul e quando se prepara para desferir o golpe final, Maul afirma que o lado negro da força é incrivelmente poderoso nele porque o seu ódio é imenso e pergunta-lhe quem é que ele odeia tanto na vida? A sua resposta é que a pessoa que ele mais odeia é a si próprio.
No entanto a traição aos Jedi' s não deixou Vader ileso, após uma luta contra Obi-Wan Kenobi o seu antigo mestre e irmão de armas, Vader foi gravemente ferido tornando-se metade homem e metade máquina. Daí vem o seu famoso fato e claro aquele som da sua respiração que marcou tanto esta saga.
2 - Vlad Tepes Drăculea III (Bram Stoker's Dracula)
Qualquer lista de vilões elaborada por mim terá sempre de mencionar o Drácula, uma das personagens que considero mais fascinantes de sempre.
Bram Stoker pegou em Vlad Tepes "O Empalador" e transformou-o na lenda que é Drácula.
Como o seu próprio cognome indica Vlad não era propriamente um herói, os seus métodos eram de uma crueldade imensa e foi muito possivelmente o primeiro homem a usar armas biológicas quando enviava os seus homens doentes para a frente de batalha a fim de contaminar os seus inimigos.
Mas concentremos-nos no filme de Francis Ford Coppola, afinal esta é uma lista de vilões cinematográficos.
O amor volta aqui a desempenhar o papel central, pois a história de Bram Stoker é acima de tudo uma história de amor.
Enquanto Vlad combatia contra os Turcos uma falsa mensagem da sua morte chegou até ao seu castelo o que fez com que a sua amada Elisabeta cometesse suicídio a fim de encontrar o seu amado numa outra vida.
Quando Vlad regressa encontra o cadáver de Elisabeta junto a uma nota de suicídio. Além da imensa dor que sente ao descobrir este acontecimento um dos padres católicos profere que o suicídio é contra a lei de Deus e por isso a alma de Elisabeta está condenada para toda a eternidade.
O seu amor era tão grande que Vlad renuncia a Deus por ela. Para quê ter a nossa salvação se não for para estar ao lado do nosso maior amor? Invadido por um ódio tremendo Vlad revolta-se contra Deus e promete erguer-se do seu túmulo para vingar a amada com todo o poder das trevas. Tais palavras e acções iriam condená-lo para (quase) sempre.
Esta cena inicial do filme marcou-me profundamente, a imagem da cruz a sangrar após Vlad lhe cravar a sua espada, aliada a uma poderosa banda sonora é absolutamente magistral.
Ainda não vi "Nosferatu" de F.W. Murnau, por isso a imagem que mais me marcou deste personagem foi sem dúvida a interpretada por Gary Oldman. Após este filme segui a sua carreira com atenção e cedo se tornou um dos actores que mais admiro no Cinema.
Para terminar deixo aqui uma recordação da minha passagem pela Transilvânia:
1 - Dr. Evil (Austin Powers)
Sim é claro que estou a brincar :P
continuem a ler para ver o verdadeiro número um.
1 - The Joker (The Dark Knight)
Acreditem ou não estive muito reticente em saber se colocava este personagem em primeiro lugar. Afinal de contas este Joker é recente quando comparado com os restantes do pódio. Drácula, Vader, Lecter entre outros têm a seu favor anos e anos de existência, são personagem com que cresci. Mas a verdade é que o mesmo sucedeu com Joker, a diferença é que foi através da Banda Desenhada.
O Joker tornou-se ao longo dos anos o meu vilão predilecto e quando vi a interpretação de Heath Ledger no cinema fiquei arrebatado, era para mim a adaptação perfeita deste vilão. Lembro-me de ter ficado delirante quando soube quem era o actor que o ia interpretar, pois além de admirar muito o seu trabalho, depois o ter ouvido falar sobre o Joker tive a certeza de que iria fazer um trabalho memorável.
O Joker ao longo dos anos já foi retratado de várias formas, alguns escritores dão mais ênfase ao seu lado humorítico, outros ao seu lado psicótico e outros aos dois. Jack Nicholson interpretou o Joker perfeito para o universo criado por Tim Burton assim como Ledger fez o mesmo para o universo de Christopher Nolan.
Ver o personagem que tanto gosto ganhar vida nas mãos de Ledger, ouvir aquela voz que é tanto demente como demoníaca fizeram esta "criança grande" muito feliz. E sendo claramente uma adaptação do personagem não pude deixar de notar as influências de "The Killing Joke" e "Arkham Asylum" na transformação deste Joker e adorei-as.
Uma curiosidade sobre o Joker é que este foi influenciado pelo cinema, nomeadamente pelo filme de Paul Leni "The Man Who Laughs" uma adaptação da obra de Victor Hugo. O Joker começou a ser criado fisicamente quando Bill Finger mostrou a Bob Kane uma fotografia de Conrad Veidt maquilhado para o filme em questão (ver imagem do lado direito). As semelhanças são notórias.
Esta influência seria mencionada ou diria até homenageada na novela gráfica de Ed Brubaker e Doug Mahnke que apresenta o mesmo título que o filme.
O Joker tem tanto de louco como de brilhante aliás são muitas as vezes que estas características andam lado a lado. É o vilão mais assustador do Homem Morcego porque não se consegue compreender e ninguém faz ideia de quem ou de onde ele veio. Não pode ser intimidado, chantageado ou assustado ele é a personificação do terror e da insanidade mental.
Termino com uma frase que pode ser encontrada na BD "Underworld Unleashed":
terça-feira, novembro 04, 2008
Festival Black & White
O 6º Festival Audiovisual "Black & White" teve recentemente os eu arranque oficial.
Não se assustem não é um festival dedicado ao Michael Jackson mas antes um festival que celebra a produção artística a preto e branco e divide-se em três categorias: vídeo, áudio e fotografia.
A data limite para recepção de trabalhos é 20 de Fevereiro de 2009 e o festival irá decorrer entre os dias 22 e 25 de Abril do mesmo ano.
Para mais informações consultem o site oficial clicando na imagem.
segunda-feira, novembro 03, 2008
Poster de Coraline
Ainda não tinha aqui falado de "Coraline" e vou aproveitar para o fazer agora que saiu o poster do filme.
"Coraline" é a mais recente adaptação ao cinema de animação de Henry Selick o célebre realizador desse mundo mágico que é "Nigthmare Before Christmas".
Agora em vez de Tim Burton, Selick foi viajar para as terras de outro mestre da fantasia, Neil Gaiman.
Para os mais interessados além do livro original de Gaiman que contém ilustrações do mestre Dave Mckean, existe também uma adaptação de banda desenhada por P.Craig Russel que já tinha adaptado no passado um conto de Gaiman de nome "Murder Mysteries".
Quem esteve no FIBDA a assistir à palestra de Dave Mckean terá certamente ouvido falar, nem que tenha sido por breves momentos, nesta obra.
quinta-feira, outubro 30, 2008
Top 25 Vilões Masculinos no Cinema - Parte2
20 - Gaear Grimsrud (Fargo)
Há pessoas que não precisam ser incrivelmente musculadas ou peritas em artes marciais para sabermos o quão perigosas são. Há pessoas que têm algo dentro delas que é assustador, uma força destruidora e quando olhamos para Gaear Grimsrud (brilhantemente interpretado por Peter Stormare) sabemos que estamos na presença de tal indíviduo de alguém que é capaz de muito rapidamente pegar num ferro de engomar e partir-nos a cabeça aos bocados.
19 - Darth Maul (Star Wars: Episode I - The Phantom Menace)
"The Phantom Menace" pode ser o pior filme da saga "Star War" mas Lord Maul é na minha opinião uma das melhores personagens criadas por George Lucas. Todas as influências demoníacas em que se baseeou para o criar deram resultado num dos mais tenebrosos membros do lado negro da força.
Maul não foi seduzido pelo lado negro, na verdade ele não teve essa escolha, pois desde cedo foi treinado por Darth Sidious nas artes negras da força. Além disto tudo foi o primeiro a surgir em filme a ostentar um sabre de luz duplo.
Tenho pena que o seu "tempo de antena" tenha sido curto mas teremos sempre aquela fantástica luta com Obi-Wan Kenobi para o recordar.
18 - Max Caddy (Cape Fear)
Não vi o original mas adorei a versão interpretada por Robert de Niro. As imagens em que de Niro ostenta as suas tatuagens tornaram-se clássicas e simbólicas.
Max Caddy é um psicopata que ao sair da prisão procura vingar-se de Sam Bowed o seu antigo advogado que ele culpa de o ter enviado para a cadeia. Para isso Caddy irá aterrorizar a sua familia e fá-lo de uma forma magistral. Nisto tudo ainda há tempo para falar de Henry Miller.
17 - T-1000 (Terminator 2: Judgment Day)
Andava eu aqui a deixar de lado personagens como o Alien ou o Tubarão por serem seres irracionais e logo não os poderia considerar vilões se de facto apenas agem por instinto e de repente dou por mim a colocar um Terminator que supostamente nem sequer sente. Vou portanto usar a inteligência artificial como carta para o T-1000 estar aqui.
Este foi um daqueles filmes que marcou a infância e a ideia de um Terminator andar a perseguir-nos era terrivelmente assustadora principalmente quando se tratava de um com as capacidades do T-1000 que poderia facilmente "transformar-se" em alguém que nós conhecemos.
16 - The Joker (Batman)
"You wouldn't hit a guy with glasses on, would you?" Diz Joker a Batman enquanto coloca uns óculos na sua face. É assim este Joker, uma criatura completamente louca, que tem tanto de hilariante como de perigoso. Jack Nicholson criou o Joker perfeito para habitar o universo gótico criado por Tim Burton.
Pode aparentar ser apenas um palhaço com um sentido de humor distorcido mas quem o conhece sabe bem do que este demente é capaz, não é à toa que é o principal vilão do Homem Morcego.
15 - Vincent (Collateral)
Adoro um bom Hitman e em "Collateral" Tom Cruise dá vida a um dos mais interessantes membros dessa profissão.
Cheio de estilo com o seu cabelo e barba grisalha (eu se fosse ele andava sempre assim) pega um taxi e decide usá-lo para cumprir a sua lista de assassinatos em uma noite. É um excelente ideia, porquê andar a fazer as tarefas às pinguinhas? Quando podemos despachar tudo numa noite?
Para o taxista é que as coisas podem não correr bem.
Uma das minhas cenas predilectas é a do clube de Jazz em que que Vincent promete poupar a vida a um homem se ele souber onde Miles Davis aprendeu a tocar. Acreditem depois de ver o filme ninguém se vai esquecer da resposta, é uma cena fantástica.
14 - Norman Bates (Psycho)
"Psycho" é um dos grande clássicos do grande mestre do suspense Alfred Hitchcock!
Anthony Perkins interpretou uma das personagens mais perturbantes do cinema de sempre. Alguém que continua a viver com o cadáver da sua mãe em casa e cuja personalidade se dividiu em duas uma para manter a vida de Norman Bates e outra para manter a da sua falecida mãe tem de ser literalmente uma das pessoas mais dementes que pisou a Terra.
O Senhor até arruína os seus próprios engates. Como Norman interessa-se por uma rapariga, mas como mãe espeta-lhe uma faca nas costas.
Sem dúvida um dos maiores..."Psychos".
A personagem é tão boa que foi aproveitada em sequelas deste filme sendo novamente interpretada por Anthony Perkins (obviamente) mas nunca os vi e pelo que percebi nem valem a pena. Agora "Pyscho" sim, este vale definitivamente a pena.
13 - Darth Sidious (Star Wars: Episode III - Revenge of The Sith)
De regresso a uma gálaxia muito muito distante.
Sidious é o grande "Dark Lord of The Sith" é ele o verdadeiro coração negro da "Guerra das Estrelas".
Quando pensamos no vilão da Guerra das Estrelas, Darth Vader poderá ser o primeiro nome a surgir mas Lord Sidious ou o Imperador é que é na verdade o personagem mais maléfico de todos.
Foi ele quem seduziu/enganou Anakin Skywalker, foi ele o demónio que pegou na sua alma e a tentou destruir.
É também o grande responsável pela morte de quase todos os Jedi´s no final da Guerra dos Clones. É sem dúvida o grande senhor do lado negro da força.
12 - Freddy Krueger (A Nightmare on Elm Street)
Wes Creven teve quanto a mim uma ideia genial quando criou Freddy Krueger. Estamos a falar de uma criatura que é capaz de entrar nos nossos sonhos e atormentar a nossa mente das mais distorcidas maneiras.
Isto dá origem aquelas cenas fabulosas em que um personagem tenta a todo o custo não adormecer pois sabe que se o fizer poderá nunca mais acordar. Mas como pode alguém aguentar sempre sem dormir? Gosto particularmente da cena em que o personagem já adormeceu mas ainda não se apercebeu porque está no sonho e tudo continua aparentemente igual.
Vi poucos filmes da saga e tirando o primeiro achei-os relativamente fracos, mas este primeiro é claramente um clássico do Terror.
Já imaginaram tamanho pesadelo encontrar Freddy krueger nos vossos sonhos? Depois de ler isto alguém quer ir dormir?
11- John Doe (Se7en)
Kevin Spacey aparece somente no final, mas a aura do seu personagem está presente em todo o filme.
Um assassino em série que utiliza os sete pecados mortais para cometer homicídios achando na sua mente que está a cumprir um "bem maior".
Como disse, Spacey surge apenas nos momentos finais mas fá-lo com uma classe enorme.
É um filme em que podemos dizer que o vilão venceu no final, afinal ele cumpriu a sua missão e fez com que tudo se desenrolasse da forma que planeou.
É um vilão extremamente culto e paciente. Foi capaz de durante um ano preparar o seu pecado da preguiça alimentando um homem apenas a soro, o individuo em questão acabou por comer a própria língua derivado da fome. Isto sem falar no pecado da luxúria e da gula. Os seus crimes revelam além de uma enorme paciência, uma das imaginações mais perversas a que assisti.
É sem dúvida um dos grandes Thrillers do cinema!