
Antes de começar a falar deste livro, que constitui um dos grandes lançamentos de BD nacional, achei que podia começar por fazer uma pequena introdução ao personagem e falar dos dois primeiros fanzines lançados por J. Mascarenhas.
Assim todos aqueles que não conhecem esta obra podiam familiarizar-se com o personagem e com o seu processo de criação.
O primeiro fanzine (de capa amarela) data de 2001. Nesta história J. Mascarenhas mostra-nos pela primeira vez quem é este "Menino Triste". O livro centra-se maioritariamente na questão de que todos nós em algum momento teremos de crescer e esse "apelo" chegou finalmente até ao "Menino Triste". Durante três capítulos assistimos ao crescimento deste menino da infância até à fase adulta. Pelo caminho assistimos à sua primeira relação amorosa, à sua passagem pela Universidade de Coimbra e principalmente ao enfrentar de uma realidade antes distante e diferente dos seus sonhos.
Ao contrário do que se possa pensar o "Menino Triste" não tem de se referir necessáriamente a tristeza ou infelicidade. Para o autor a palavra "triste" neste caso simboliza preocupação. Uma preocupação que associo ao crescer e ao enfrentar a realidade e os nossos sonhos. A ideia para este nome surgiu da leitura de vários livros de psicologia em que se dizia que "Quando uma criança não tem a oportunidade de poder crescer nos braços da sua mãe, ou vê os seus sonhos serem interrompidos por algo que lhe é estranho, corre o risco de se tornar uma criança triste!".
Por isso para Mascarenhas este nome é mais um figura de estilo do que um estado de espírito já que para ele este é um menino feliz.
Em 2005 foi a vez de ser lançado o segundo fanzine desta obra (de capa azul), de nome "Os Livros". O fanzine em questão já conta com um prefácio da autoria de José de Matos-Crus.

Existem várias referências a diferentes personagens ao longo destas histórias, uma que saliento é as várias menções a Peter Pan de J.M. Barrie que é também ele à sua maneira um "menino triste", um menino que cresceu sem mãe.
Este fanzine venceu o prémio de melhor fanzine no FIBDA 2006. Algumas das informações colocadas no texto foram retiradas do blog do Menino Triste ou das memórias das minhas conversas com J. Mascarenhas durante o FIBDA.
Dessas conversas deixo-vos um dos autógrafos que ganhei:
Para início de Janeiro podem contar com o comentário referente à "A Essência". Espero que vos tenha conseguido interessar por esta obra que merece atenção e há que apoiar a banda desenhada nacional.
2 comentários:
Óptimo! Ficamos a aguardar a tua crítica. Gostei de ler este post!
Tudo bom.
LF
Obrigado :)
Abraço e igualmente
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