quinta-feira, janeiro 27, 2011

terça-feira, janeiro 25, 2011

Nosferatu, eine Symphonie des Grauens

A obra que mais popularizou o mito do vampiro, foi certamente, "Dracula" do Irlandês Bram Stoker. A partir daqui nada voltaria a ser o mesmo e hoje trata-se muito possivelmente do romance que mais vezes foi adaptado ao cinema, sem contar com futuras utilizações da personagem Drácula em outras obras, sejam elas literárias, cinematográficas, etc.. Dracula veio para ficar, disso não há dúvidas, a personagem é, na melhor das suas definições, verdadeiramente imortal.
"Nosferatu, uma sinfonia de horrores" de F.W. Murnau, foi a primeira adaptação deste romance ao cinema, tendo surgido numa das fases mais prolificas do cinema alemão, a do expressionismo, e pelas mãos daquele que é considerado um dos melhores realizadores dessa época. "Nosferatu" tinha assim à partida tudo para sincrar, tudo menos um pequeno-grande pormenor... O estúdio, Prana Film, pelo qual estava a ser produzido não conseguiu adquirir os direitos de autor para concretizar a adaptação. Felizmente isso não constituiu impedimento para Murnau, que alterou os nomes de todas as personagens e até certas partes da história, como o final (alteração que se tornaria histórica, como falarei mais à frente), para se afastar do livro em questão. Até a palavra mais importante da obra, Drácula, foi abdicada (perdendo-se a associação directa a Vlad Tepes III) e substituída por Nosferatu, uma palavra romena que se trata de um sinónimo para Vampiro usado no livro de Stoker. A sua origem é, e será provavelmente sempre, desconhecida, não se sabendo ao certo se nasceu na cultura popular romena ou na ficção.
Porém quem não iria apreciar a ousadia do realizador alemão, seria Florence Stoker, a viúva do autor do livro, que processou a Prana Film e venceu. O estúdio que até então tinha apenas produzido um filme (este), foi condenado à extinção, entrando em falência. Quanto ao filme, foi ordenado que todas as suas cópias fossem destruidas. Felizmente tal acto foi impossível de concretizar, pois este já tinha sido distribuido ao longo do globo, e cópias iam sendo salvas. De qualquer das maneiras não deixo de sentir que é um previlégio assisti-lo nos dias de hoje. Tivessem as coisas tido outro desenvolvimento e "Nosferatu" poderia ter desaparecido por completo da face da Terra.
O filme tem inicio, na cidade alemã ficticia, Wisborg, ao invés da enevoada Londres de Stoker. Thomas Hutter (representando o Jonathan Harker do livro) é enviado pelo seu (alucinado) patrão para a Transvilvânia, a fim de tratar de negócios com o Conde Orlok (Dracula).
A viagem até ao castelo decorre bem, Hutter faz uma pausa numa estalagem e passa uma noite festiva com os conterrãneos, onde o ambiente de animosidade só é alterado quando este revela o seu destino. É visível que a mera lembrança do conde Orlok instila um medo profundo a todos.
Nessa noite Hutter descobre no quarto, o livro dos vampiros, livro que é usado por Murnau para nos introduzir e explicar a mitologia do vampiro.
Quando Hutter chega ao castelo do conde, somos finalmente apresentados a Orlok. a imagem deste nosferatu, protagonizada por Max Shreck é absolutamente mítica. O actor, segundo o realizador era perfeito para o papel, derivado à sua natural fealdade, necessitando apenas de uns dentes e orelhas falsos. Pormenores à parte, Orlok tem uma imagem hipnotizante e aterradora. Nem a sua silhueta foi esquecida, que é usada no filme de forma avassaladora.
Concluindo, este é um daqueles clássicos imperdíveis, um filme intemporal sobre uma história intemporal.
Agora vou debruçar-me um pouco na mitologia do vampiro e na importância que este filme teve nela. Para quem não conhece o final aviso que contém SPOILERS.
Existem lendas sobre certas criaturas que se assemelham ao conceito de vampiro desde há milhares de anos, surgidas na antiga Mesopotâmia, Grécia, etc.. No entanto o Vampiro per se surge no início do séc. XVIII no sudeste europeu, a própria palavra vampiro é recente. O desconhecimento de certos fenómenos de decomposição tais como o facto de alguns cadáveres apresentarem sangue na boca e no estômago apenas fomentou e direccionou esta crença, reforçando a ideia de que não-mortos se levantavam de noite para beber o sangue dos vivos.
Os vampiros sempre estiveram mais ligados à noite, são criaturas das trevas e é mais fácil passarem despercebidos e alimentarem-se durante essa altura. Porém o vampiro, na sua origem, não é descrito como vulnerável à luz do dia.
Desde a criaçao desses mitos, que variam de local para local, vai um longo caminho até hoje. Através da ficção estas criaturas foram sendo moldadas e esterótipos foram-se reforçando. Um deles é o facto de os vampiros serem sensuais e com um aspecto de cavalheiros, muito diferente das primeiras imagens destes imortais.
O vampiro começou a surgir na ficção em poemas e depois em prosa, primeiro com "The Vampyre" de John William Polidori e passado pouco tempo depois com o romance que ainda hoje é a maior referência do género, "Dracula" de Bram Stoker.
Em nenhum destes livros os vampiros morrem ao sol. É certo que Drácula está num transe durante o dia, mas não é morto pela luz solar como é visível no livro.
Isto tudo para chegar à conclusão que foi Murnau o grande responsável pela introdução desta ideia. Nunca antes deste filme tal pensamento tinha sido introduzido. Uma ideia que influenciou os contos de vampiros até hoje, pois a luz solar é uma das marcas mais fortes do estereótipo do vampiro actual.
Claro que tudo o resto já foi mudado e continua a ser, mantendo-se a necessidade por sangue o maior elo entre a maioria das representações, ainda assim é sempre interessante quando descobrimos onde determinado mito nasceu e daí o meu entusiasmo com este texto.
É de salientar que em 1985 David Dolphin estabeleceu uma relação entre a doença porfíria e os vampiros. Nomeadamente em relação à vulnerabilidade a raios ultravioleta. Desde então que a porfíria tem tido algum destaque na mitologia. O filme de Murnau é de 1922, ou seja, percursor desta ideia. Claro que a associação não se prende apenas com este factor, uma vez que, doentes de porfíria sofrem de problemas na síntese de hemo, um dos constituintes da hemoglobina. Por isso um vampiro poderia necessitar de beber sangue derivado da sua carência de hemo, fruto desta doença [1].
A fim de terminar deixo outra pequena curiosidade. O morcego vampiro é originário do continente americano e só foi descoberto na Europa posteriormente à criação destes mitos. Hoje o morcego é o animal de eleição quando falamos de vampiros, mas não o era no inicio. No entanto as óbvias semelhanças entre um e outro não deixam de ser curiosas, tanto que rapidamente se associaram os dois.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Tertúlia Cinematográfica


A ideia de criar uma tertúlia dedicada ao cinema, não foi propriamente recente.
Porém quando apresentei a ideia no grupo do facebook "Bloggers de Cinema", esta rapidamente começou a desenvolver-se e a evoluir. Este é um grupo que tem proporcionado um aumento exponencial no que toca à comunicação entre fãs de Cinema, sem o qual provavelmente não teria avançado com esta ideia.

Por isso venho convidar a todos os interessados em participar nesta aventura cinematográfica a passarem pelo blog da Tertúlia.

O plano de Fevereiro e respectiva apresentação da iniciativa, já lá se encontram disponíveis, por isso não me alongarei mais sobre elas.

domingo, janeiro 23, 2011

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Alex Proyas e a Escuridão

The Crow (1994)


Dark City (1998)


"Lord Proyas return to the dark side of the force and you will achieve a power greater then now."

quinta-feira, janeiro 20, 2011

AS INCONTESTÁVEIS no Cineroad


No blog Cineroad do Roberto Simões tem estado a decorrer uma nova iniciativa cinematográfica, onde o Roberto desafiou várias pessoas a escolher 5 obras-primas incontestáveis.

Uma iniciativa com escolhas muito interessantes e que tem gerado algumas discussões pertinentes.

As minhas escolhas estão agora disponíveis aqui. As respectivas justificações logo nos 2 primeiros comentários.
Gostei muito de criar a lista, foi uma boa reflexão e tentei fazer dela um exercício interessante.
É certo que interpretei mal uma parte do convite, fui mais pelo lado pessoal do que devia nalgumas escolhas, mas adoro o resultado final.

E incontestável é uma palavra que pertence mais ao domínio da ciência do que da arte, na minha opinião.

Para terminar um muito obrigado ao Roberto pela participação. Uma iniciativa que animou bastante a blogoesfera cinéfila.

Torneio de Personagens de BD Norte-Americana: Vencedor


Batman



Batman

Obrigado a todos os que participaram no torneio.

O vencedor sem surpresas foi mesmo o Cavaleiro das Trevas.

Na 1º volta Batman e Aranha mostraram que iam ser ossos duros de roer, foram reis e senhores nos seus respectivos grupos.
A partir daqui o Batman continuou a vencer sem problemas, o Aranha teve lutas mais renhidas e esteve por um triz a falhar a final.

Posso revelar agora que a personagem mais nomeada foi, o vencedor, Batman. E o Aranha (vice-campeão) foi também o 2º mais nomeado.

Resultados:

- Batman: 24 (63%)
-Spider-Man: 14 (36%)


Nota: A imagem é de George Pratt.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Game of Thrones - Novo Trailer



É isto que me vai salvar da loucura quando terminar "The Wire" (já só falta a 5º caramba)

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Batman VS Spider-Man

Batman VS Spider-Man

Já diziam os Imortais, "no fim só pode haver um".

Batman e Spider-Man defrontam-se na final deste "Torneio de Personagens de BD Norte-Americana".

E se este VS fosse um combate? Vejo dois cenários possíveis:

1- Batman e Aranha encontram-se por acaso ao virar uma esquina em Gotham City ou New York.
Neste caso o Aranha vence, é mais forte, mais rápido e ágil. Tem teias que um simples homem não tem força para quebrar (claro que há sempre as ferramentas do morcego) e há ainda o sensor aranha.


2- Batman e Aranha sabem de antemão que se vão encontrar.
Aqui Batman leva a vitória. O Aranha é muito inteligente mas Batman é conhecido como um dos maiores estrategas da BD além disso tem os meios para concretizar qualquer plano.

Em relação a qual a vossa personagem favorita. Estamos prestes a saber.
E que vença o melhor.

Para terminar deixo uma canção para banda sonora

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Spider-Man - Os primeiros passos

Spider Man

Repare-se que pela primeira vez na História a tinta negra da aranha no fato borrou.

Qualquer dia começam a fazer filmes onde o fato do Super-Homem tem rasgões e os calções do Hulk rebentam.

Fonte

Kanye West feat. Jay-Z, Rick Ross, Nicki Minaj & Bon Iver - Monster



Que grande álbum Mr. West!

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Torneio de Personagens de BD Norte-Americanas: Resultados da Meia-Final

E entramos assim na recta final deste torneio.


Rorschach VS Batman

Aconteceu o que eu previa, Batman saiu o vencedor, mas Rorschach deu mais luta do que o seu companheiro, Dr. Manhattan.
Ainda assim ninguém faz o homem morcego transpirar. Assim até parece fácil.

Resultados:

-Rorschach: 6 (17%)
- Batman: 29 (82%)




Spider-Man VS V

Sempre achei que se o Aranha não encontrasse o Batman antes, chegaria à final. Cheguei a dizê-lo num comentário algures, mas nunca pensei que fosse ser tão díficil (não o escrevi de forma clara na altura, até parece que digo que acho que o V vai vencer, mas já corrigi isso).
O Aranha esteve numa luta bem renhida com o Joker e até ontem tudo indicava que ia perder para V. Eu acho que numa hora os votos saltaram de 29 para 30 e tal. colocando o Aranha à frente. Estariam os fãs a aguardar pelos últimos momentos para não dar hipótese de o V vencer? ou alguém fez batota?
A resposta não a sei, mas senhores e senhoras, preparem-se para a grande final. DC VS Marvel, Batman VS Spider-Man.

Resultados

- Spider-Man: 20 (52%)
- V: 18 (47%)

segunda-feira, janeiro 10, 2011

sexta-feira, janeiro 07, 2011

Top Filmes 2010

Aqui ficam os melhores filmes que vi no ano passado. Faltaram ver muitos, a numeração é injusta, enfim o comum num top destes.
Estou sempre a queixar-me quando faço estes tops, mas gosto de fazer o balanço e a ordenação mantenho-a porque lhe acho uma certa piada. Mas depois olho para o resultado final e é tudo uma grande confusão.



10- The Men Who Stare At Goats


Como não consegui separar alguns filmes, cheguei ao fim da lista e faltava-me um número 10. Complicado. Vou salientar este "The Men Who Stare At Goats" que não sendo soberbo achei uma sátira bem conseguida e engraçada.
Além de que alguém saiu do cinema a dizer que tinha sido o pior filme que tinha visto e eu achei bem piada ao seu sentido de humor. Jeff Bridges, George Clooney, Ewan Mcgregor e Kevin Spacey devem ter fartado de se divertir.




9 - Up In The Air

Deve ter sido memso dos primeiros que vi em 2010. Mas lembro-me que a achei a história muito bem contada. As personagens são todas elas muito bem construídas fazem-nos preocupar com elas. George Clooney e Vera Farminga estão fabulosos.
Uma história simples e emocionante.




8 - Inception

A nível técnico um dos melhores do ano passado. A luta no hotel teve momentos fantásticos. A história também é muito apelativa ou não tivesse a ver com sonhos.
Uma premissa aliciante nas mãos de Christopher Nolan só podia resultar bem, ainda assim não deixei de sair do cinema com um travo a sentir que podia ter sido melhor.
Eu gosto muito deste realizador e com Inception acho que mostrou que deve ser o realizador que melhor convence um grande estúdio a investir uma pipa de massa em projectos mais alternativos. Claro que para isso terá de abdicar de certas abordagens? É possível. Não há bela sem senão.
Ainda assim um filme como Inception conseguiu atrair um público muito variado e extenso às salas de cinema, foi o filme sobre o qual falei com mais pessoas, a maior parte sempre muito entusiasmada com ele. Mas como disse, acho que podia ter sido melhor, ainda assim foi uma referência em 2010.



7 - Kick Ass

Foi um bom ano para este tipo de filmes. Falei dele aqui.



6 - Tulpan

É de 2008 mas só estreou por cá este ano. É o primeiro filme de ficção de Sergei Dvortsevoy um nome mais conhecido no mundo dos documentários. Neste primeiro projecto as suas bases no filme documentário notam-se na forma como aborda a vida de uma familia do Cazaquistão.
Algo que chama a atenção é a inexistência de uma banda sonora externa ao filme. Toda a música surge de canções entoadas pelas personagens ou do rádio do único carro que vemos que parece só ter uma canção a "Rivers of Babylon" dos Boney M.
Concluindo, fiquei fã de Sergei Dvortsevoy.




5- Lola

Lola é avó e esta é uma história sobre duas. Brillante Mendoza trnasporta-nos muito bem para as Filipinas neste forte drama.
Seguimos em paralelo a história de duas avós cujas vidas se vão cruzar graças às acções dos seus netos.
Duas belas interpretações de Anita Linda e Rustica Carpio no papel das duas avós. Uma que luta para dar um funeral digno ao seu neto e outra que luta para salvar o seu da prisão.




5- The Ghost Writer

2010 marcou o regresso de outro grande realizador, Roman Polansky. Um mau ano a nível pessoal para ele, mas não a nível cinematográfico.
Já tinha saudades de ver um filme do género deste em cinema. Um thriller noir que vindo das mãos de Polansky só podia estar muito bem executado. A música de Alexandre Desplat, a fotografia, está tudo a um altíssimo nível.





5- Toy Story III

Mais um regresso da Pixar, desta vez ao primogénito. As aventuras destes brinquedos têm-nos acompanhado há já alguns anos. Desta vez Andy, o dono, já tem 17 anos, já não brinca e está prestes a partir par aa faculdade. O que será da vida dos nossos amigos?
"Toy Story III" é um regresso em força, as personagens continuam no seu melhor, o vilão é sublimem, estamos a falar d eum urso rosa que cheira a morangos, é bestial. Desta vez até temos direito a Barbie e Ken.
Mas são os últimos minutos que nos arrasam por completo, é impossível assistir a esta cena sem sentir um aperto. Muito bem conseguido e talvez o melhor final de 2010. É por ele que está nesta posição.




4- L'illusionniste

Nada contra o CGI, obviamente, mas adoro que ainda se faça animação mais tradicional. Neste "L'illusionniste", Sylvain Chomet, o realizador de "Les triplettes de Belleville", encontra-se com Jacques Tati, o autor do argumento original desta peça. O resultado, é mais próximo do título português do que do original, ou seja, mágico.
Ainda há tempo para um bonita referência a Tati dentro do filme, muito bem conseguido este filme, a não perder.



3- Shutter Island

O regresso de Martin Scorscese, novamente como Leonardo Di Caprio, dupla mais que consolidade actualmente. E que funciona muito bem junta.
"Shutter Island" é um género de filme que me agrada muito. Percorre um território que adoro explorar, a mente humana. Por isso à partida tinha tudo para me conquistar e fê-lo. Claro que pela mesma razão cedo comecei a ver o caminho que o filme estava a seguir, porque são opções que me imagino a escolher caso estivesse a escrever a história.
No final foi mais cruel do que esperava, mas também é essa crueldade que lhe dá mais verosimilhança. E o momento final? A troca de palavras entre DiCaprio e Mark Ruffalo? (Estes últimos parágrafos são auto-plágio pois já os tinha colocado por aqui).
Muito bom. Di Caprio que nos volta a presentear com mais um grande papel.



2- Scott Pilgrim VS The World

Que as adaptações de BD ao cinema estão em voga, todos sabemos. Estão tão em voga quem desta vez nem esperaram que a BD fosse concluida e começaram logo a fazer o filme. Mas estejam descansados pois quem pegou nisto foi Edgar Wright, um senhor muito talentoso.
Scott conquista-nos logo com o logo da Universal em 8 bits. Ideia de génio. Depois o que temos é um filme explosivo que junta BD e jogos de vídeo dos anos 80, tudo sempre polvilhado com excelentes diálogos e personagens.
Não é que seja melhor que alguns filmes que estão atrás nem que goste particularmente mais dele, mas é uma lufada de ar fresco, algo novo e diferente e por isso merece mais uns pontinhos.




2-The Social Network

Falei dele aqui. Gostei muito, acho que tem um excelente ritmo, excelente banda sonora e o argumento está maravilhosamente escrito.



1- The Imaginarium of Dr. Parnassus

Adoro Terry Gilliam, adoro as suas bizarras e loucas realidades. Após um "The Brothers Grimm", que sendo bom, não deixou de ser um filme menor dele (derivado talvez a inúmeros problemas de produção que não interessam agora), este "The Imaginarium of Dr. Parnassus" trouxe de volta um Gilliam fantástico e fantástico é o adjectivo para descrever este belo filme.
Além disso tem uma bela homenagem a Heath Ledger, a união de Johnny Depp, Jude Law e Colin Farrel para completarem este filme foi uma das mais bonitas que vi.
Ah e tem o Tom Waits como diabo.

quinta-feira, janeiro 06, 2011

terça-feira, janeiro 04, 2011

Torneio de Personagens de BD Norte-Americanas: Resultados dos quartos-de-final

Snoopy VS Rorschach VS Superman

Pensava que Superman iria, novamente, ter um arranque lento mas eventualmente dar um forte salto para a frente, mas tal nunca chegou a acontecer, o responsável por rivalizar com o vencedor Rorschach foi Snoopy. Por momentos ainda pareceu possível Snoopy vencer, mas os votos acalmaram e consolidaram Rorschach como o vencedor.

Resultado:

- Snoopy: 9 (32%)
- Rorschach: 13 (46%)
- Superman: 6 (21%)



Dr. Manhattan VS Batman

Por pouco Batman não vencia este grupo com 100% dos votos. Apenas uma pessoa votou no Dr. Manhattan, que é uma excelente personagem e merecia certamente mais. Mas ao pé do Homem Morcego as coisas complicam.

Resultado:

- Dr. Manhattan: 1 (3%)
- Batman: 28 (96%)



The Joker VS Spider-Man

Esta foi a batalha mais renhida. Desde o início que o Joker e o Aranha combatiam pela primeira posição, estando constantemente a saltarem à frente um do outro.
Ontem tenho ideia que o Aranha vencia apenas por um voto, mas hoje ao acordar vejo que vence por mais três. Como o número total de votos se mantém, parece que alguém mudou de ideias na recta final. Ou então vi mal.

Resultado:

- The Joker: 13 (44%)
- Spider-Man: 16 (55%)



Calvin VS V

O V esteve sempre a liderar, porém com o passar do tempo Calvin apoximava-se cada vez mais da liderança, acabando por perder por apenas um voto a menos. Calvin pode não ter vencido mas fez V suar.

Resultado:

- Calvin: 13 (48%)
- V: 14 (51%)


Considerações finais

Sem me estender muito, os personagens de tiras cómicas foram eliminados na sua totalidade. 50% das personagens são agora da autoria de Alan Moore. E as probabilidades são de 3 para 1 em relação à DC Comics vencer a Marvel, as duas editoras sobreviventes. Aliás o Aranha tem sido "o" grande sobrevivente da Marvel. Vamos ver até onde chegará.
Vamos ver também se Rorschach se conseguirá aguentar melhor do que o seu companheiro contra Batman.

segunda-feira, janeiro 03, 2011

Cândido ou O Optimismo



Passado alguns anos, depois de ter lido “O Ingénuo”, regressei aos textos de Voltaire neste “Cândido ou o Optimismo”, num regresso que peca apenas por tardio.
Gosto muito a escrita de Voltaire, se é que posso dizer isto uma vez que o leio traduzido. Mas adoro as suas ideias a forma como as desenvolve sempre cheias de bom humor e ironia. Além de que Voltaire não poupa ninguém, desde instituições religiosas até a um simples crítico que não apreciou a sua obra. Ninguém é esquecido nesta obra, uma das mais populares do autor e considerada por muitos como o seu melhor conto filosófico.

Cândido é um rapaz muito inocente que vê a sua vida a andar para trás ao ser expulso do castelo em que residia na Vestefália. Expulso apenas por ser apanhado aos beijinhos com a sua amada, Cunegundes. A partir daqui o doce e ingénuo Cândido, ao embarcar numa grande aventura povoada por desgraças e tristezas, irá descobrir que o mundo é bem diferente daquele que o seu mentor, o filósofo Pangloss, lhe tinha ensinado, cujo mote era: "tudo é pelo melhor, no melhor dos mundos possíveis". Mas aconteça o que acontecer Cândido nunca perderá a esperança em reencontar a sua doce Cunegundes com quem deseja estar acima de tudo no mundo.

O ritmo do livro é frenético, Voltaire conta muita coisa em tão poucas páginas, com um ritmo alucinante. No final, fica a lição: "...mas é preciso cultivar o nosso jardim". Nunca se esqueçam disso, Cândido também não o esquecerá.

Esta edição da Tinta-da-China é traduzida a partir de um exemplar da primeira edição, o responsável, Rui Tavares, teve por objectivo a reabilitação do texto na sua versão original, pois existem vários exemplares desde que este polémico livro foi editado na clandestinidade em 1759. Mas tudo isto está muito bem explicado na secção de "notas e comentários". Secção essa muito bem executada providenciando-nos alguma informação importante para uma melhor compreensão às várias referências que Voltaire faz.

Para nos aliciar ainda mais, esta edição conta com ilustrações de Vera Tavares, uma por capítulo (ao todo 30). Os seus traços simples e bem humorados são um belo complemento ao texto.

Concluindo temos aqui um excelente conto numa excelente edição. A colecção a que pertence tem vários títulos de renome e fica bem em qualquer estante. Para já tenho este e o "Vento dos Salgueiros", mas estou a pensar sériamente em completá-la.

Sendo assim neste meu desejo de um excelente 2011 para todos, relembro que é preciso não nos esquecermos de cuidar do nosso jardim e se possível ajudar a cuidar do dos outros também.