sexta-feira, julho 19, 2013

Hannibal: Temporada 1


Depois de ter gabado o início de Hannibal aqui, venho agora, após 13 episódios, confirmar que a primeira temporada foi um dos grandes acontecimentos televisivos do ano.

O início da série foca-se muito em nos apresentar o detective Will Graham interpretado por Hugh Dancy que faz um trabalho notável a dar vida a este investigador atormentado que tem o "dom" de conseguir estabelecer facilmente empatia com as pessoas, o que o faz compreender a mente de um serial killer como poucos. O que Graham tem a mais, os psicopatas têm a menos, mas mesmo assim, quando o mesmo mergulha a fundo nas profundezas da psique de um maníaco, isso pode deixar as suas marcas e a sanidade de Graham começa a ser questionada.

Posteriormente, a série volta a sua maior atenção a Hannibal, que começa a estabelecer uma amizade com Will Graham. Sei que todos temos a imagem de Hopkins muito presente na memória quando se trata desta personagem, mas aqui Mads Mikkelsen é mestre e senhor, dando uma nova roupagem à personagem e tornando-a sua. A forma como Fuller a desenvolve no papel e, posteriormente, como Mikkelsen a transporta para o ecrã, rapidamente nos conquistam, só é preciso dar-lhes uma oportunidade.

De resto, como referi anteriormente, toda a estética dos episódios é muito bem orquestrada. Por se tratar de uma série que passa em sinal aberto, Fuller teve de se conter nas doses de sangue, mas nada que se faça sentir, a abordagem mais fria às cenas do crime é muito funcional e deixa a sua marca no espectador. Não resisto à tentação de referir que "Hannibal" é como uma refeição gourmet, preparada com muita atenção e delicadeza, o que me lembra as cenas com os preparativos culinários de Hannibal, os quais resultam sempre em grandes momentos de televisão, e onde aproveito para salientar o fantástico "Sorbet".

Trata-se também de uma série muito imaginativa, vi aqui alguns dos crimes mais horrendos e criativos da história da televisão. Tudo isto juntamente com a relação entre Hannibal e Will Graham, fizeram de "Hannibal"uma das séries mais antecipadas da semana. Todas as quintas estava ansioso para que desse mais um episódio. Já agora aproveito também para referir o quanto bom foi rever Caroline Dhavernas como Dr. Alana Bloom - está tão crescida desde "Wonderfalls" - e Gillian Anderson como Dr. Bedelia Du Maurier.

De resto, tendo por pano de fundo alguns crimes distintos, há sempre uma clara linha narrativa em que a série segue, desenvolvendo muito as repercurssões que o assassino de "Minnesota Shrike" teve em Will. Tal como é referenciado nos livros, este foi um caso que o atormentou particularmente.

A recta final é portentosa, onde vamos assinstindo ao culminar de todo um plano maticuloso de Hannibal que foi sendo contruído a cada episódio.Para todos os fãs desta mitologia o final é extremamente simbólico e, por isso mesmo, ainda mais poderoso.

Uma grande série, que felizmente já tem a segunda temporada confirmada.

2 comentários:

Vidazinha disse...

Ainda não cheguei ao fim mas também tenho estado a gostar. Tem um ambiente muito bem construído, as mortes são doentiamente criativas.

E foi giro voltar a ver a Gillian Anderson.

O Hannibal está muito bem representado mas o tipo tem um sotaque ou uma maneira de falar que às vezes o faz parecer açoreano. Que isso seja a maior crítica que tenho pra fazer à série, não é mau sinal.

Loot disse...

O homem tem sotaque tem, nunca pensei foi no açoreano :P
A personagem também é da Lituânia acho, apesar de estar na América há mts anos.

eu de qq das formas, já era fã do Mikkelsen, então fui muito facilmente conquistado :)