segunda-feira, outubro 25, 2010

As Crónicas de Gelo e Fogo: A Fúria dos Reis + O Despertar da Magia


















“A Fúria dos Reis” e “O Despertar da Magia” são respectivamente o 3º e 4º volume, nas edições da saída de emergência, das “Crónicas de Gelo e Fogo” do autor George R.R. Martin. Na edição original trata-se do 2º volume “A Clash of Kings”.

Quando falei dos outros dois volumes aqui, expliquei em que consiste a obra e por isso não me vou repetir sobre isso. Também vou falar de acontecimentos que ocorreram nos volumes anteriores, por isso não é aconselhado ler este post a quem os desconhece.

Este volume continua a desenvolver a guerra civil que está a ocorrer nos sete reinos de Westeros e que teve a sua origem nos volumes anteriores.
Quando antes havia apenas um Rei, agora são quatro os homens a proclamarem este título. Joffrey Barantheon o suposto primogénito do falecido Rei Robert Baratheon, que governa na fortaleza vermelha. Joffrey seria supostamente o herdeiro por direito, mas como Eddard descobriu antes da sua morte, é filho da união entre Cersei e o seu irmão gémeo, Jaime Lannister bem como todos os seus filhos. Assim sendo o herdeiro de direito é Stannis Barantheon o irmão mais velho a seguir a Robert. Stannis que sabe da verdade sobre a descendência de Robert auto-proclama-se Rei também e apesar de estar no seu direito praticamente toda a gente desconhece este segredo, o que dificulta o apoio de Stannis.
Para complicar o seu irmão mais novo, Renly Barantheon também se auto-proclama Rei. Uma grande diferença entre Renly e Stannis é que o primeiro é muito mais amado pelo povo e aliado ao poder da casa Tyrell consegue reunir um exército mais imponente que o do irmão.
Por fim temos Robb Stark. Começou por lutar pelo Pai, mas depois da sua morte foi convencido pelos seus senhores a assumir o papel de Rei do Norte e governar estas terras como os seus antepassados tinham feito antes da invasão de Aegon Targaryen.

Em poucas palavras os Sete Reinos encontram-se num enorme caos onde a guerra predomina por quase todo o continente.
No volume anterior estive à espera que Stannis surgisse a dada altura, seria o único a conhecer o temível segredo de Cersei além de Eddard e a sua ajuda bem falta fazia a Ned. Mas tal nunca chegou a ocorrer. Talvez seja por isso que para despachar as apresentações o prólogo de “A Fúria de Reis” seja sobre Stannis aquele que é descrito como justo mas severo, aquele que se fosse Rei acabaria com as casas de prostituição ao contrário do irmão que espalhou bastardos a torto e a direito por essas belas instituições. Neste prólogo ficamos a conhecer Melisandre uma sacerdotisa vermelha, crente no Deus da Luz. Diferentes povos têm diferentes deuses tais como os Stark que rezam a deuses mais antigos. No entanto a crença mais comum nos sete reinos é a dos 7 deuses, 7 expressões diferentes de um mesmo Deus. Esta era também a crença da casa de Stannis até este começar a aceitar os conselhos de Melisandre, convertendo-se assim ao Deus da Luz e destruindo os artefactos dos 7 deuses chocando assim o seu povo seguidor. Esta conversão tem mais de interesse do que de experiência religiosa. Os 7 nunca fizeram nada por Stannis, na sua opinião, pode ser que este Deus da Luz lhe dê finalmente o trono que merece.

A maior parte da história deste volume centra-se nos confrontos em Westeros. Várias batalhas e acima de tudo jogos de guerra atrás dos bastidores são aqui explorados.
Tyrion Lannister chega até à fortaleza vermelha para ser o novo Mão do Rei. Uma mudança muito bem vinda, pois Joffrey é uma desgraça e precisa de alguém com cabeça para parar com o seu reino de parvoíce. Aqui há que admirar Tyrion ele é um Lannister mas não vai pactuar com os erros crassos que a sua família cometeu. Vinga nas suas possibilidades a morte de Eddard Stark, castigando aqueles envolvidos e que o traíram (excepto a sua família claro), e retira a sua cabeça bem como as dos outros dos espigões do castelo. A partir daqui começa a esboçar um plano para se defender de eventuais ataques enquanto descobre em quem pode ou não confiar naquela terrífica fortaleza. O duende como é apelidado domina ao longo de quase todo o livro.
Sansa Stark continua captiva como noiva de Joffrey, sofrendo dos delírios do seu jovem noivo. A sua relação com o Cão da Caça continua a ser explorada aqui e cada vez capta mais o meu interesse.

Com Robb a batalhar no Sul cabe a Bran Star ser o Senhor de Winterfell, recebendo inúmeros convidados que se vêm juntar à causa do irmão. Dos vários convidados surgem Jojen and Meera Reed dois irmão bastante misteriosos. Jojem afirma que tem o dom dos sonhos verdes, sonhos que lhe contam o futuro e parece muito interessado em Bran e nos seus sonhos. Pode ser que a vida ainda reserve uma grande surpresa a Bran que depois de perder a mobilidade nas pernas e o pai não tem estado na melhor fase da sua vida.
Robb aparece muito pouco, sabemos ao longo da história que vai vencendo algumas batalhas e mais nada além disso.

Renly vai avançando lentamente até à fortaleza vermelha angariando mais lutadores pelo caminho e Stannis prepara-se para sair de Pedra do Dragão para atacar.
A união de Stannis com Melisandre vai dar frutos. Não é à toa que o titulo “Despertar da Magia” surge no 2º volume. Para um homem tão conhecido pela sua justiça Stannis acaba por “vender a alma ao diabo” para concretizar os seus fins.

Perdida para muitos anda Arya Stark. Quando assistia à sentença do pai foi apanhada por Yoren, da patrulha da noite que a reconheceu. A fim de a ajudar fá-la passar por rapaz para esta fingir que se aliou a eles e caminha para a muralha. Como a muralha fica a norte de Winterfell Yoren deixá-la-ia em casa ao passarem por lá.
Mas com a guerra os caminhos são duros e muitos perigos esperam-nos. Arya cresce muito neste livro e irá interagir com muitas e diferentes pessoas, tais como, Jaqen H'ghar, um misterioso indivíduo que se destaca por ter metade do cabelo vermelho e outra metade branco.

Por fim ainda é de salientar Theon Greyjoy. Theon era protegido de Eddard Stark há já 10 anos. Na verdade era um refém que Ned trouxe das ilhas de Ferro após a revolta dos Greyjoy a fim de manter a casa Greyjoy nos eixos. Ned sempre tratou muito bem Theon. Nunca lhe faltou conforto, educação, nada. Creceu com os filhos de Ned e desenvolveu uma forte amizade com Robb. Robb e Jon eram aqueles com idade mais próxima de Theon, mas ao contrário de Robb, Jon sempre considerou Theon uma besta ambulante.
Não é de estranhar por isso que Theon tenha combatido a lado de Robb no livro anterior. Neste volume Robb escolhe-o para uma missão mais importante, regressar às Ilhas de Ferro e pedir apoio, em troca permite-lhes usar a coroa como haviam feito antigamente. Theon sendo o primogénito adora a ideia imaginando-se já Rei das ilhas de Ferro. Para sua surpresa o pai não tem intenções de ajudar ninguém e aproveitou esta guerra para reunir todos os seus vassalos a fim de conquistar e reclamar todo o Norte como seu. Deixando Theon com uma difícil decisão para tomar, recusar o pai ou trair Robb.


Na muralha Jon e companhia preparam-se para investigar a floresta assombrada, em busca de todos os patrulheiros desaparecidos. Depois do ataque dos cadáveres no livro anterior o perigo parece ser maior do que imaginavam e o medo cresce entre eles. Há medida que avançam por entre a floresta todos os acampamentos que encontram estão vazios o que agrava as suas preocupações. Esta história avança pouco nestes volumes, no entanto há medida que se desenrola vai-se tornando cada vez melhor. No fim Jon terá de tomar a decisão mais difícil da sua vida até agora.
Acredito que a mudança na história do personagem foi uma excelente escolha e que poderá fazê-lo crescer ainda mais.


Outra história que avança pouco é a de Daenerys Targaryen que se encontra no Este, no continente das chamadas cidades livres. Após a morte de Drogo o seu povo preparava-a para a abandonar, isto até que os dragões nasceram. Dany, agora Rainha dos Dragões, continua assim o seu caminho em busca de ajuda para reconquistar os Sete Reinos.
Com dificuldades segue um estranho cometa vermelho que surgiu no céu, acreditando ser um sinal.
Esse caminho acabará por levá-la a Qarth onde os seus dragões chamam a atenção de várias pessoas. Pode ainda não ser desta que Dany reuniu o seu exército mas as cenas em que aparece valem sempre a pena, de destacar a da casa dos Imorredouros, uma casa de feiticeiros em que Dany terá várias visões.


Concluindo, esta é mais uma grande aventura que sai da mente de George R.R. Martin. Sem dúvida uma das grande sagas da actualidade. Venham os próximos.

8 comentários:

Snow disse...

No Clash realmente as partes da Arya foram bastante interessantes e o Theon revelou as suas verdadeiras cores (para quem ainda não as tivesse notado já no game of thrones) mas apesar de tudo eu gosto dele, é uma daquelas personagens que adoro odiar. Além de que é irmão de uma das minhas personagens favoritas logo o contraste entre ambos torna a história ainda mais divertida de se seguir.

O meu livro favorito até agora é o “A storm of swords”, a Brienne kicks ass like a pro (hell yeah!).

Loot disse...

O Theon é grande personagem. Não podem ser todos bonzinhos :P
Claro que no fim quero que se lixe, mas gosto muito de o ler. O capítulo em que reencontra a Brienne é lindo ela dá-lhe um baile.

Já és a 2º pessoa a dizer.me que o favorito é o Storm of Swords. Quando reunir a quantia necessária para comprar comprovo isso.

Snow disse...

Pois, entendo, comprar as edições portuguesas é efectivamente muito caro, além de que cada volume está dividido em dois, o que torna os livros ainda mais dispendiosos. Os meus dois primeiros volumes são da Voyager e os dois últimos são da Bantam por isso foram baratos. Eu sei que é terrível mas só compro livros por cá em último caso, porque, além dos preços serem muito altos, sou dominada pela impaciência.

Loot disse...

Quando comprei o Guerra dos tronos não sabia que a edição tinha sido dividida em dois. É que mesmo que não fosse já era mais caro, mas assim é abusivo.

Se comprares no site da saída de emergência 2 tens um grátis (dentro de um leque que eles dão a escolher) sempre é melhor que comprar em livrarias mas não compensa na mesma.

Mas a verdade é que cada vez compro menos edições portuguesas de livros em inglês por esta razão.

Quanto à paciência, neste caso queria ver se os livros rendiam tempo pois a colecção ainda não terminou e se ler tudo de rajada depois fico imenso tempo à espera. Não sei se vou conseguir resistir lol logo se vê.

Anónimo disse...

eu nao gosto de vc robertir eu nao quero que vc fica falam do assim do meu gato justin bieber ele e meu seu fauso vc vai perder muitas fãs de pois do comentario que eu vou botar no meu tuyter

Anónimo disse...

eu nao gosto de vc robertir eu nao quero que vc fica falam do assim do meu gato justin bieber ele e meu seu fauso vc vai perder muitas fãs de pois do comentario que eu vou botar no meu tuyter

nois no blog disse...

que livro e esse , "O despertar da magia"? so conhecia a guerra dos tronos, a furia dos reis, tormenta das espadas, festim dos corvos, a dança dos drogoes, os ventos do inverno(ainda nao publicado)e num sei oq do outono(7 livro ainda nao publicado
)

Loot disse...

Olá

Tem a ver com as edições.
Os volumes que mencionas estão correctos, porém as edições portuguesas dividiram todos os volumes em dois livros, este despertar da magia é a 2º parte do fúria dos reis.

Como disse no início do texto:
“A Fúria dos Reis” e “O Despertar da Magia” são respectivamente o 3º e 4º volume, nas edições da saída de emergência, das “Crónicas de Gelo e Fogo” do autor George R.R. Martin. Na edição original trata-se do 2º volume “A Clash of Kings”.

Ora o clash of kings é o fúria dos reis.