segunda-feira, junho 30, 2008

Influências/Semelhanças #11

Não podia deixar passar este mês de Junho sem mencionar os 70 anos do Superman. Sem dúvida, para quem goste ou não, um ícone da Banda Desenhada que se tornou um ícone da cultura popular. O problema é que hoje já é dia 2 de Julho, pois não tive tempo de escrever isto antes.
Por isso em jeito de homenagem ao próprio herói, vou há sua semelhança voar à volta da Terra à velocidade da luz para voltar atrás no tempo, que é como quem diz, alterar a data deste post.
Após esta introdução queria apenas dizer que este Influências/Semelhanças é dedicado aos seus 70 anos, sem dúvida um marco.



The Last Son of Krypton


Criado em 1932 por Jerry Siegel e Joe Shuster, Kal-El é um ser oriundo do Planeta Krypton.
O seu pai Jor-El era um cientista que acreditava que o seu planeta natal estava condenado e sugeriu que todos os Kryptonianos abandonassem o planeta a fim de evitar a sua extinção. Como os governantes de Krypton se recusaram a acreditar nos estudos de Jor-El, ninguém abandonou o Planeta ou assim se pensava.
Recusando-se a abandonar o seu povo Jor-El e sua mulher permanecem em Krypton, mas o mesmo não se pode dizer do seu filho. O casal recusando-se a ver Kal-El morrer enviam-no numa nave para o Planeta Terra.
Eventualmente Jor-El estava correcto e Krypton explode destruindo tudo e todos. Enquanto Kal-El é criado numa cidade do Texas de nome Smallville pelos Kent, um casal incapaz de ter filhos que olha para esta criança como uma dádiva. Kal-El passaria então a ser conhecido na Terra por Clark Kent.
Desde criança que começou a desenvolver vários poderes à medida que ia crescendo. Isto deve-se à constituição física dos Kryptnonianos que é capaz de desenvolver habilidades extraordinárias quando absorve radiação emitida por um sol amarelo. É preciso salientar que o sol tem de ser amarelo, pois Krypton era iluminado por um sol vermelho e por isso ninguém desenvolvia poderes, caso contrário os Kryptonianos poderiam ter sobrevivido à explosão do seu planeta.
Os seus poderes têm variado ao longo dos anos, mais especificamente a sua intensidade.
Quando surgiu nos anos 30 apresentava super força que lhe possibilitava levantar carros, super velocidade que o tornavam mais rápido que um comboio e a sua pele era extremamente resistente sendo muito difícil perfurá-la, estávamos na Idade de Ouro do Superman.
Nesta altura todos os Kryptonianos eram retratados como tendo poderes, apenas nos anos 40 é que foi introduzida a explicação da radiação solar. A partir destes anos e até meados dos anos 80 os poderes do Superman aumentaram significativamente, a sua força era agora capaz de mover planetas, a sua velocidade capaz de superar a da luz, dono de uma invulnerabilidade monstruosa e era agora também capaz de voar.
Além destes os autores começaram a experimentar outros poderes no personagem, alguns que apenas foram usados uma vez e outros que devido ao sucesso ficaram na sua imagem de marca, tais como, a visão telescópica, microscópica e de calor e o super sopro ou sopro de gelo.
Durante esta época o Superman era virtualmente invencível sendo capaz de se regenerar e não necessitando de comida, bebida ou ar, possuindo apenas duas fraquezas, a Kryptonite e a magia.
Devido a uma queda nas vendas e a fim de os escritores poderem criar mais desafios para este herói, John Byrne fez em 1986 uma revisão do personagem reduzindo-lhe significativamente os poderes. Usando uma expressão em inglês, tornou o personagem mais "Down to Earth".
No fundo ele manteria todos os poderes acima mencionados (excepto a regeneração e o facto de não necessitar de comer, beber e respirar) mas a um nível inferior. A sua força e velocidade continuariam incríveis, mas agora já não seria capaz de mover planetas nem de atingir a velocidade da luz. Durante estes anos a relação entre a sua fisionomia e a radiação solar foi também mais explorada.
Em linguagem geek, costumamos chamar Superman Pre-Crisis à sua versão anterior a 1986 e Superman Post-Crisis à sua versão actual. Este nome vem da saga "Crisis On Infinite Earth" publicada em 1985-86.
Após a saída de John Byrne da série, os poderes do Superman foram aumentando novamente, mas ainda estamos longe dos seus feitos Post-Crisis.
Por ser o último sobrevivente do seu mundo é muitas vezes apelidado como "The Last Son Of Krypton". Mas como todos sabemos não existem absolutos em BD e por isso palavras como´"último", "morto" ou "invencível" não têm aqui o mesmo significado e mais tarde outros seres oriundos de Krypton iriam aparecer nas suas aventuras, entre as quais Kara Zor-El a sua prima que viria a ser conhecida como Supergirl.



The Last Son Of Mars

Ma'aleca'andra (o seu nome em Marciano) ou J'onn J'onzz (o seu nome na Terra) é o famoso The Martian Manhunter criado por Joseph Samachson e Joe Certa e surgiu pela primeira vez no #225 da Detective Comics em 1955.
J'onn foi acidentalmente teletransportado para a Terra pelo Dr. Mark Erdel, que morre vítima de um ataque cardíaco ao ver o Marciano. Este abandonado decide integrar-se na Terra o que é bastante fácil para alguém que possui telepatia e é capaz de adoptar qualquer forma. Assim sendo durante vários anos assumiu a identidade do detective John Jones ajudando a combater o crime. Anos mais tarde revelou a sua verdadeira identidade ao Mundo e tornou-se membro fundador da Liga da Justiça.
Como é comum a história de J'onn foi alterada ao longo do tempo, mais especificamente o que se passou em Marte antes de ele ser teletransportado.
Os Marcianos eram uma raça muito evoluída e unida, apesar de possuírem incríveis poderes eram verdadeiros pacifistas e filósofos. No entanto Ma'alefa'ak o irmão de J'onn não era o típico Marciano pacifista e por isso lançou uma praga mental que matou todos os Marcianos, todos excepto J'onn o último sobrevivente da sua espécie.
Uma grande diferença entre Kal-El e J'onn é que o primeiro apesar de viver com a tristeza de ser o "único" sobrevivente da sua raça, não assistiu à morte do seu povo, ao contrário de J'onn que assistiu à morte da sua espécie inteira nomeadamente a sua mulher e filha e estas são cicatrizes que nunca irão sarar.
OS Marcianos estavam sempre ligados telepaticamente uns com os outros que era precisamente a forma de propagar a doença, quando a sua filha aparentava estar infectada a sua mãe não resistiu e uniu a mente com ela para a ajudar resultando apenas na morte de ambas.
É preciso salientar que existem duas raças de Marcianos, os verdes (J'onn) e os Brancos. Originalmente eram apenas uma única raça extremamente poderosa e impiedosa capaz de se reproduzir assexuadamente utilizando o fogo. Os Guardiões do Universo com algum receio em relação ao poder desenvolvido pelos Marcianos decidiram separá-los em duas raças eliminando também a sua capacidade de se reproduzir assexuadamente incutindo-lhes uma fobia ao fogo.
Se os Marcianos verdes eram pacifistas os Brancos eram uma raça violenta e guerreira. Eventualmente houve uma guerra entre ambas até que por fim os Marcianos Verdes venceram, confinando os Brancos na Still Zone uma prisão similar à Phantom Zone usada pelos Kryptonianos.
Isto tudo apenas para explicar que a praga matou todos os Marcianos Verdes e não os Brancos uma vez que estes não se encontravam no Planeta mas sim presos na Still Zone.
No que toca aos poderes o Martian Manhunter é o verdadeiro canivete suíço dos super heróis.
Tem um controle total do seu corpo ao nível molecular, conseguindo tornar-se invisível, intangível, aumentar a sua resistência, a força, a velocidade, é um transmorfo com a capacidade de aumentar e diminuir a sua massa corporal e é capaz de regenerar tecidos. Além disso é um telepata da mais alta ordem, tem visão de calor, de raios-X e super-visão. No fundo possui todos os poderes do Superman, mais os do Xavier, Morph, Deadpool, Homen Invisível e Vision, um verdadeiro peso pesado.
Pessoalmente sempre o achei mais poderoso que o Superman Post-Crisis, mesmo que fisicamente possa ser mais fraco, possui uma gama de poderes demasiado variada e poderosa.
A sua fraqueza em vez de ser Kryptonite Marciana é o fogo, uma fraqueza que tem ao longo dos anos sido explorada de forma diferente pelos escritores.
Várias explicações foram dadas para esta pirofobia, a mais recente foi a que expliquei acima.
O medo abala o sistema nervoso e se a mente pode causar estragos ao corpo, num ser cujo controle mental do corpo é ao nível molecular, os estragos são imensos, por exemplo quando um Marciano é atacado com fogo muitas vezes não é nem capaz de manter a sua forma física.
No final da saga Trial of Fire, J'onn conseguiu superar a sua fobia dizendo que agora apenas chamas de paixão ou sofrimento seriam capazes de o magoar. Sem a fobia ao fogo este Marciano era uma força ainda mais imparável.
Após a Infinite Crisis esta fraqueza voltou a ser modificada, aparentemente os Marcianos não têm medo do fogo mas podem ser mortos ou feridos por ele.
Pessoalmente toda esta história da sua fraqueza já cansa.



Nota: Algumas informações como por exemplo as datas foram retirados do site da wikipédia.

domingo, junho 29, 2008

Michael Turner (1971-2008)

Michael Turner morreu na passada sexta feira com apenas 37 anos.
Só soube da notícia hoje ao consultar o Área Negativa, onde descobri também que desde os 29 anos que Turner lutava contra um cancro.
Turner era um excelente artista de BD que para sempre será recordado. Com apenas 37 anos ainda tinha muito para dar, partiu cedo de mais.
A 9º arte ficou mais pobre.

sexta-feira, junho 27, 2008

The Hives - Your New Favorite Band

Com bandas como os The Hives é impossível o espírito do Rock & Roll morrer, antes pelo contrário.
Apesar de a banda ter lançado o primeiro EP em 1996 apenas em 2001 é que começaram a ter um maior reconhecimento internacional o que aconteceu precisamente graças a este álbum.
"Your New Favorite Band" é uma compilação que reúne temas dos dois primeiros álbuns, "Barely Legal" e "Veni Vidi Vicious", e do EP "A.K.A. I-D-I-O-T".
A ideia principal no seu lançamento era a de tornar os The Hives mais conhecidos no panorama musical Americano e Inglês. O resultado foi um sucesso.
O álbum é deveras muito bom, mas como se trata de uma compilação fica a questão se é assim tão bom porque juntou as melhores canções de outros anteriores ou porque simplesmente os The Hives são uma força que deve ser reconhecida. Como apenas tenho este álbum deles não posso responder à questão mas inclino-me claramente para a segunda hipótese, até porque já tive oportunidade de ouvir muito rapidamente o último deles e fiquei com a sensação que estava fantástico.
Canções Rock com um travo de Punk são aqui o prato principal e para quem gosta é impossível ficar indiferente a canções como "Hate to Say I Told You So", "Main Offender" ou "Untutored Youth" que já são verdadeiros hinos do género.
Um disco carregado de uma enorme energia que é tanto visível no poder dos instrumentos como na força da voz de Pelle Almqvis. Quando ouvimos uma música como a "Die, All Right!" dá vontade de literalmente "mandar a casa abaixo".
Os The Hives são característicos por vestirem fatos a combinar que mudam de álbum para álbum, mas mantendo sempre apenas as cores preto e branco.
Outra das suas particularidades consiste na sua auto-glorificação aqui lembrando um pouco os Oasis mas com muito mais estilo. Sim a postura dos The Hives é extremamente convencida como é visível no próprio nome deste álbum, mas eu penso que é uma postura apenas de aparência que tem a ver com o espírito da sua música. Já os assisti na TV a tocarem num evento qualquer de uma entrega de prémios em que no final Pelle Almqvis dizia aos membros do público que como os Hives já tinham tocado já se podiam ir embora.
Outra atitude destas prende-se com o nome do seu último álbum, "The Black & White Album". Muito simplesmente os Hives explicam que escolheram este nome porque os Metallica fizeram o "The Black Album", os Beatles fizeram o "The White Album", e por isso só uma banda como a deles poderia fazer um "The Black & White Album", simplesmente hilariante.
Já agora tanto o "The Black Album" como o "The White Album" são álbuns homónimos vulgarmente conhecidos por esse nome devido à cor das suas capas.
Os The Hives são Suecos e formados por Nicholaus Arson (Niklas Almqvist) na guitarra; Dr. Matt Destruction (Mattias Bernvall) no baixo e guitarra; Chris Dangerous (Christian Grahn) na bateria e percussão, Vigilante Carlstroem (Mikael Karlsson Åström) na guitarra e Howlin' Pelle Almqvist (Pelle Almqvist) na voz.

Sequela de Point Break?

Lembro-me de ter lido há já algum tempo este rumor e de não lhe ter prestado particular atenção.
No entanto ontem enquanto brincava com o comando da TV descobri que tenho um novo canal o "MOV" (provavelmente deve ser mais um que está em sinal aberto para conquistar adeptos e depois tem de se pagar) e nele estava precisamente a dar o "Point Break" cujo título em português é "Ruptura Explosiva". Só apanhei o final e deu-me uma vontade enorme de o rever. podemos dizer que fiquei nostálgico pois já o vi há mesmo muitos anos.
A partir daqui devo avisar que vou falar sobre o filme por isso para quem não viu aviso que contém spoilers.
Agora mais curioso fui pesquisar sobre o tal rumor e aparentemente tudo indica que é mesmo verdade. Jan De Bont realizador de "Speed" e "Twister" pretente realizar uma sequela de "Point Break" que se passa 20 anos após o desaparecimento de Bodhi (Patrick Swayze).
Ora bem qual desaparecimento? O Bodhi para mim morreu aliás a maior beleza deste filme era o seu final onde a personagem interpretada por Patrick Swayze morre a concretizar o sonho da sua vida, pois para uma alma livre como a dele mais vale morrer a fazer algo que se ama do que viver para sempre encarcerado. O sentimento é tão forte que até o agente do FBI, Johnny Utah (Keannu Reeves) que o perseguiu durante anos decidiu conceder-lhe esse desejo soltando-o.
Ao ler isto deu-me a sensãção que vão trazer a sua personagem novamente, explicando por algum milagre como ele sobreviveu. Até aposto que vão dizer que nadou até à costa da Nova Zelândia. Claro que pode ter sido impressão minha, podem ler mais aqui.
Já agora para quem não se recorda ele morre a praticar surf na Austrália durante uma tempestade histórica que apenas ocorre de 50 em 50 anos e tem a fama de criar as maiores ondas de sempre.

quarta-feira, junho 25, 2008

Vampire Weekend - Vampire Weekend

Apesar dos Vampire Weekend terem lançado o seu primeiro álbum (homónimo) em finais de Janeiro de 2008 ele apenas esteve disponível nas lojas portuguesas em finais de Fevereiro. Após o seu lançamento foram rapidamente aplaudidos por muitos sendo considerados a banda revelação do ano e quem sabe um dos melhores álbuns também.
Para tais afirmações serem feitas quando ainda estávamos no início do ano, é porque a banda tinha de ter mesmo qualquer coisa de especial.
O Indie Rock está actualmente em alta no panorama musical e bom exemplo disso é o sucesso obtido pelos Arctic Monkeys. Apesar de gostar destas bandas acabei por ainda não me dedicar verdadeiramente a elas e a explorar os seus álbuns que ainda não possuo.
Quando surgiram os Vampire Weekend o seu som fez-me precisamente lembrar a banda referida e por isso foram parar precisamente à lista das bandas que tenho intenções de vir a ouvir. Porém o facto de dia 10 de Julho ir assisti-los ao vivo, fez com que os Vampire Weekend entrassem na lista de prioridades.
Como não os ouvi na altura em que surgiram, todo o furor à volta desta banda passou-me completamente ao lado, desde serem considerados por muitos a banda revelação do ano ou por outros o hype do ano.
Agora após ouvir o álbum posso dizer que se vai ser dos melhores do ano não sei nem me interessa, mas que é muito bom isso é sem sombra de dúvida!
Uma das diferenças na sonoridade dos Vampire Weekend e que os torna diferentes de outras bandas do mesmo género, são as suas influências de Pop Africana. Segundo o que li no Sound + Vision ritmos particularmente oriundos do Congo.
Canções como "Oxford Comma", "M79", "Walcott" e "The Kids Don't Stand A Chance" provam o que os singles "Mansard Roof" e "A-Punk" já prometiam, ou seja, um álbum extremamente divertido e contagiante capaz de viciar qualquer apreciador do género. Falo por mim que não paro de entoar o verso "But this feels so unnatural, Peter Gabriel too" de "Cape Cod Kwassa Kwassa".
O único defeito que tenho a apontar no álbum é o facto de vir com 11 canções e a sua edição japonesa vir com 13. Isto está constantemente a acontecer e ainda não percebi bem porquê, é que as edições Japonesas têm normalmente mais canções mas elas também cabem nos CDs vendidos para o resto do Mundo.
Os Vampire Weekend são oriundos da cidade de Nova Iorque e são constituídos por Ezra Koenig, Rostam Batmanglij, Chris Tomson e Chris Baio.

segunda-feira, junho 23, 2008

The Incredible Hulk

Criado por Stan Lee e Jack Kirby, o Hulk foi publicado pela primeira vez em 1962 e apesar de ser conhecido como um grande monstro verde, a verdade é que foi criado originalmente como sendo cinzento. No entanto Stan Goldberg teve alguns problemas com a sua coloração e para o número dois Stan Lee optou pelo uso da cor verde.
A criação do Hulk foi influenciada por dois contos clássicos sendo eles, "Dr. Jekyll e Mr. Hyde" de Robert Louis Stevenson e "Frankenstein" de Mary Shelley. De um lado a dualidade da personalidade de um homem e do outro um monstro incompreendido pela sociedade.
Em 2008 este amigo verde regressa novamente ao grande ecrã mas desta vez pelas mãos de Louis Leterrier.
Como a maioria já deve saber "The Incredible Hulk" não é uma sequela do "Hulk" de Ang Lee. Aliás o corte é notório logo nos primeiros minutos onde mostram em jeito de flashback como o Hulk nasceu, nascimento esse completamente distinto do seu filme anterior e muito mais próximo da sua versão Ultimate como descobriremos mais à frente quando ouvimos a explicação do General Ross (para quem quiser saber como ele nasceu na BD dos Ultimates dê uma vista de olhos aqui).
Não o considerando dos melhores filmes sobre BD eu fui daqueles que gostou do filme de Ang Lee e da sua abordagem mais intimista a este grande monstro verde, não indo pelo caminho óbvio do "Hulk Esmaga", frase mítica na BD que nunca é proferida no filme de Ang Lee. Adorei também alguns pormenores na realização nomeadamente o que eu gosto de chamar os "planos bedéfilos".
Mas como "Hulk" não trinfou nas bilheteiras sendo considerado um fiasco, a Marvel decidiu voltar à carga com um novo filme, com um novo elenco e com uma história que prometia dedicar-se muito mais à acção.
Com esta premissa torci o nariz, imaginei um filme apenas dedicado à pancadaria e desprovido de sentimento. Felizmente "The Incredible Hulk" é bem melhor do que o imaginava. É verdade que lhe falta substância, um lado mais humano que podia ser melhor explorado com Bruce Banner, mas resulta bastante bem como filme de acção, monstrando-nos o lado mais agressivo do Hulk.
A história em si tem início no Brasil, onde encontramos um Bruce Banner (Edward Norton) a viver escondido das atenções de um certo General Ross (William Hurt) e em constante procura por uma cura. Enquanto não a descobre, Banner tenta treinar-se de forma a controlar as suas transformações e para isso aprende técnicas de relaxamento trazendo sempre no pulso um medidor de batimentos cardíacos que aqui funciona como um "Alarme de Hulk". No seu tempo livre Banner também vai tentado aprender umas palavras dessa bela língua que é o Português.
Eventualmente acaba por ser descoberto sendo obrigado a fugir novamente, o que desta vez até calha bem uma vez que tem de regressar de qualquer maneira ao seu país para recuperar os dados do seu "acidente" de laboratório, a fim de que um misterioso Mr. Blue com quem tem comunicado via internet, o possa ajudar a curar-se.
Emil Blonsky (Tim Roth) é um agente que ao contrário dos restantes membros do exército fica mais motivado do que petreficado pela oportunidade de defrontar um ser como o Hulk e fará tudo para ter uma hipótese justa contra este monstro verde. Por isso não é de estranhar que tenha aceite participar num antigo projecto do General Ross que prometia aumentar-lhe as suas capacidades físicas. É aqui que ficamos a descobrir que Bruce Banner, sem o seu conhecimento, se encontrava a trabalhar na fórmula do super soldado que criou o Capitão América na II Guerra Mundial e ao testá-lo em si próprio criou acidentalmente o Hulk. O General procurava descobrir esta fórmula perdida a fim de criar a arma perfeita, acabando por criar algo muito mais poderoso mas também muito mais díficil de controlar.
Apesar de nunca terem coseguido copiar o antigo soro criaram uma variante similar e as primeiras injecções que Emil Blonsky recebeu tiveram de facto um excelente resultado aumentando-lhe as forças e dando-lhe a capacidade de se curar muito mais rápido que um ser humano normal. Vê-lo lutar contra o Hulk fazia lembrar um autêntico Capitão América (do ponto de vista físico). O problema é que o Capitão está uns quantos níveis abaixo do Hulk e Blonsky teve de continuar a insistir em receber mais injecções até que por fim com a ajuda de alguém administrou o sangue de Banner que juntamente com o que havia tomado o tranformaram no Abomination criando um adversário à altura do Hulk.
No que lhe falta em argumento "The Incredible Hulk" compensa com acção proporcionando-nos alguns momentos de entretendimento fabulosos e quando se trata de um herói como o Hulk esses momentos também são precisos. Pessoalmente gostava de ter visto um maior desenvolvimento emotivo de algumas personagens, mas fica a questão de como seria este filme se não lhe tivessem cortado 70 minutos que felizmente poderemos ver me DVD. Aparentemente a maioria das cenas cortadas devem ter sido escritas por Edward Norton que afirma ter participado na escrita do guião mas que não aparece nos créditos.
Pelo que li foi uma pena pois existiam algumas cenas que podiam ser interessantes, nomeadamente uma onde mostram Banner a tentar suicidar-se, é quanto a mim uma cena importante para nos mostrar o verdadeiro desespero do personagem que nem sequer é capaz de se suicidar para terminar com a sua "maldição", uma vez que ao tentar tranforma-se imediatamente curando-se de quaisquer ferimentos, pois o Hulk tem uma capacidade de regeneração monstruosa (não sei se a cena decorreria assim apenas a imaginei baseado no meu conhecimento de BD).
Achei bastante curiosa a forma como usaram as transformações em Hulk para medir o tempo no filme, em vez de os comuns "passado 10 dias" ou "no dia seguinte" sabemos o tempo que passa através de um cronómetro que nos diz quantos dias passaram desde que Banner se transformou.
Em relação aos actores gostei do trabalho de todos, só tenho a apontar que achei a Liv Tyler um pouco apagada, mas talvez fosse suposto ser assim. De qualquer das maneiras entra numa das mais belas cenas do filme quando podemos vê-la a ela e ao Hulk sentados à chuva.
Gosto do rumo que estes novos filmes da Marvel estão a levar, nota-se que começam a estar cada vez mais interligados entre si caminhando para os Avengers, e se já começamos a ver alguns destes personagens em todo o seu esplendor e glória, imagino como será quando os virmos todos juntos.
Acho que podemos assumir que a partir de Iron Man, todos os filmes relacionados com os Avengers vão apresentar um cameo onde alguém irá falar deste projecto, em "Iron Man" foi Nick Fury e em "The Incredible Hulk" foi Tony Stark. Mais uma vez podemos comprovar que o papel de Stark assenta que nem uma luva no excelente Robert Downey Jr. que em menos de cinco minutos nos porporciona uma das melhores cenas do filme.
Concluindo, para mim o "Iron Man" ainda é o actual campeão do género este ano, mas apesar de estar uns furos abaixo este "The Incredible Hulk" também vale a pena.

quarta-feira, junho 18, 2008

The Curious Case of Benjamin Button - Trailer


O trailer deste filme já andava a circular mas apenas na versão espanhola, por isso andava à espera que a versão original estivesse finalmente disponível para colocar aqui.
Não há muito a dizer, estamos a falar do excelente realizador David Fyncher, do excelente actor Brad Pitt e da obra de F. Scott Fitzgerald.
Muitas vezes falam-se de relações produtivas entre um actor e um realizador e esta para mim não deve ser esquecida, sempre que Fincher e Pitt trabalharam juntos, grandes obras foram criadas, como "Fight Club" e "Seven".
Mas a verdade é que o trailer fala por si, nesta amostra aparenta ser deslumbrante.
Para ver o trailer em quicktime cliquem aqui.

The National - Boxer

Em jeito de preparação para o "Optimus Alive" tenho-me dedicado mais a conhecer ou a recordar algumas das bandas que por lá vão passar.
Enquanto o festival ainda não chega, tive a ideia de ir partilhando no blog esta minha "viagem musical" e para começar escolhi o álbum Boxer dos "The National". Escolhi-o porque até à data foi das melhores descobertas que fiz.
Apesar de já ter ouvido falar muito deles no Já Cheiro o Sámadhi, só agora é que me dediquei a ouvi-los e posso dizer que me arrependo não o ter feito mais cedo.
Comecei com Boxer o último álbum da banda lançado em 2007 e descrevendo-o apenas em uma palavra considero-o simplesmente magnífico sendo a minha mais recente paixão.
Muitas pessoas tendem a ouvir apenas algumas músicas de alguns álbuns e eu entendo isso, afinal de contas existem álbuns com músicas fantásticas mas quando os analisamos como um todo deixam muito a desejar e por isso é normal que apenas algumas canções passem a ser ouvidas. Mas quando alguém me diz que faz isto com todos os álbuns eu tento explicar que devem andar a ouvir os errados e um exemplo disso é este Boxer, uma vez que todas as canções nele incluídas valem por si só e todas juntas formam um álbum coeso, poderoso e de grande qualidade. Posso garantir que quem gostar de uma música vai de certeza gostar de todas.
O álbum tem início com "Fake Empire", uma canção terna onde a voz de Matt Berninger sobressai imediatamente nos primeiros versos quando entoa as palavras " Stay out super late tonight; picking apples, making pies; put a little something in our lemonade and take it with us; we’re half-awake in a fake empire".
De seguida temos "Mistaken For Strangers" que juntamente com "Apartment Story" são das canções do álbum que mais vontade dão de pular em cima da cama, pois na sua maioria Boxer é constituído por baladas "Indie Rock", baladas essas que ganham uma nova dimensão na voz grave e melancólica de Matt Berninger, como podem comprovar ao ouvir "Green Gloves" e "Slow Show" duas canções lindíssimas capazes de aquecer o coração mais gelado do Universo.
O álbum contém ainda a participação do grande Sufjan Stevens em "Racing Like a Pro" e "Ada". E apenas digo que a mistura entre os géneros dos "The National" e de Sufjan Stevens resulta e resulta muito bem.
Os "The National" são formados por Aaron e Bryce Dessner, Scott e Bryan Devendorf e Matt Berninger. Por vezes contam com a participação de Padma Newsome em alguns arranjos musicais e em Boxer Marla Hansen contribuiu como voz de apoio.
Penso que os concertos desta banda ganharão muito mais num ambiente intimista do que no de um festival, mesmo assim tenho a certeza que os "The National" irão porporcionar um momento inesquecível no dia 10 de Julho.

terça-feira, junho 17, 2008

Punisher: War Zone - Trailer

Há semelhança do Hulk, o Punisher também teve o direito a um novo filme com novo elenco e este é o seu primeiro trailer (cliquem na imagem para ver).
Pelo que vi não fiquei convencido, as frases que Frank Castle diz não me criaram impacto nenhum, mas espero estar enganado.
Pelo menos tem aspecto de ser mais violento e isso já é bom, talvez seja uma versão mais adulta como a editada na MAX. Para quem não sabe a MAX é uma editora que pertence à Marvel, onde se editam BDs com conteúdo mais adulto.
O filme vai estrear algures em Dezembro.
Uma vez que andam com a mania de, em tão curto espaço de tempo, voltar a filmar os heróis que falharam nas bilheteiras. Relembrando o que a Syrin disse aqui no blog uma vez, podiam fazer o mesmo era para o Daredevil, não sei se foi um fracasso nas bilheteiras mas é claramente um filme muito aquém do que o Daredevil merecia.

sexta-feira, junho 13, 2008

120 Anos


Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira a entreter a razão,
Esse comboio de corda
que se chama o coração.

Fernando Pessoa





Muito Obrigado

quinta-feira, junho 12, 2008

Ultimates

Confesso que nunca li muito de "Avengers". Não era tanto por não gostar, mas apenas porque ao longo da vida temos que fazer opções e na Marvel a bem ou a mal sempre optei mais pelo Aranha, pelos X-Men e pelo Surfista Prateado. No entanto quando se ouvem tantos elogios em relação à saga "Ultimates" é impossível não ficar curioso. Para quem não conhece e se está a questionar neste momento quem são os "Ultimates" e o que é que eles têm a ver com os Avengers, tenham calma que já lá vamos.
No ano 2000 a Marvel teve a bela ideia de voltar a escrever desde o início a história de alguns dos seus personagens mais populares como se estes tivessem sido criados nos dias de hoje. A esse "Universo" de BD dar-se-ia o nome de "Universo Ultimate". O objectivo principal era o de "actualizar" vários dos heróis da Marvel e assim conquistar novos leitores. A ideia foi um sucesso e por isso não é de estranhar que observemos alguns dos novos filmes da Marvel a procurarem inspiração no "Universo Ultimate".
O primeiro super-herói deste projecto a ser editado foi precisamente o mais popular, o Homem Aranha. Uma das grandes diferenças surge logo na sua transformação, substituindo a aranha radioactiva pela manipulação genética de aranhas. Esta ideia porporcionou também uma oportunidade de voltar a escrever histórias do Aranha enquanto ele ainda andava no Liceu.
Em 2001 foi a vez de outros heróis serem transpostos para este "Universo", entre os quais se encontravam os "Avengers", que neste Universo se passariam a chamar de "Ultimates".
Esta história que li é constítuida pelos 13 primeiros comics desta saga e encontra-se compilada em dois volumes, o "Super-Human" (Ultimates #1-6)e o "Homeland Security" (Ultimates #7-13).
O princípio do livro remete-nos para o ano de 1945 onde acompanhamos um grupo de soldados Americanos liderados por Steve Rogers (Capitão América) em uma missão na Islândia, a "Terra do Gelo". Esta é a famosa missão em que o Capitão desaparece, sendo considerado por muitos como morto.
Depois de esta pequena introdução damos um salto até ao presente e a história propriamente dita tem início.
Recentemente pessoas com capacidades extraordinárias têm surgido ao longo do globo. A existência de indíviduos com poderes das dimensões do Hulk ou do Magneto, preocupam o povo e o Governo Americano. A fim de proteger o mundo de eventuais ataques por parte destes "Super Seres" Nick Fury, director da S.H.I.E.L.D. (organização super secreta dos Estados Unidos da América) encontra-se de momento a organizar uma equipa de "Super Heróis", os "Ultimates".Desta equipa fazem parte, Hank (Giant Man) e Janet Pym (Wasp), Bruce Banner (Hulk) e Tony Stark (Iron Man).
No entanto a equipa ainda não se encontra completa, Fury ainda procura o líder definitivo e para isso tem Banner a tentar recriar a fórmula de super soldado que criou o Capitão América. No entanto Banner tem provado ser incapaz de tal feito e descobrimos que ao testar a sua fórmula no passado criou acidentalmente o Hulk.
Além de todos estes heróis Fury também se encontra em conversações com Thor, um indivíduo que se autoproclama o deus do Trovão cuja missão é a de salvar a Terra, mas que esteve internado num hospício durante vários meses. Esta é uma forma interessante de abordar o personagem, onde as opiniões se dividem sobre se ele é um deus ou apenas alguém com sérios problemas mentais. Independentemente de qual destas hipóteses é a verdadeira, ele é incrivelmente poderoso e é apenas isso que interessa a Fury. Infelizmente para ele Thor revela-se um sério activista político e recusa-se a trabalhar para o Governo Americano.
Sem Thor a equipa avança como completa após descobrirem na Islândia o corpo congelado de Steve Rogers (Capitão América), que graças às propriedades dos seus poderes conseguiu sobreviver ao processo de congelação. Finalmente a equipa estava completa (ou quase).
Todo o desenvolvimento desta super equipa tem sido severamente acompanhado pela comunicação social e toda a população procura saber do que se trata e quem faz parte da mesma. Por estas razões Fury optou por não ter nenhum mutante como membro, uma vez que estes são alvos de preconceito por uma grande maioria. Neste aspecto o retrato da sociedade está mesmo muito bom, tal como nos dias de hoje o poder dos média assume um papel fulcral.
Bruce Banner agora curado do seu problema verde, continua a tentar obter em vão a fórmula do super soldado, nem uma amostra do sangue do Capitão América provou ser útil na sua investigação. Sentido-se humilhado pelos seus colegas, decide misturar o soro que tinha previamente criado com o sangue do Capitão América, transformando-se novamente no Hulk.
Neste Universo o Hulk contínua uma verdadeira força da Natureza que destrói tudo por onde passa, porém ao contrário da sua versão clássica este Hulk não tem atenção nenhuma aos humanos considerando-os até um alimento. Além de ser extremamente violento, tem uma enorme faceta de pervertido sexual, que será aproveitada de algumas formas bem engraçadas ao longo de história.
Um projecto das dimensões dos Ultimates, precisa de um bom financiamento. Ao aceitá-lo o Governo Americano gastou quantias exorbitantes para a sua criação, quantias essas que foram alvo de fortes críticas pela parte de muitos, que questionam a sua necessidade. Neste aspecto, se a acção do Hulk veio provar que existem situações que apenas uma equipa desta magnitude é capaz de lidar, também colocou a equipa em perigo uma vez que se a opinião pública descobre que foi um dos próprios membros dos "Ultimates" a causar esta devastação, o que poderia ser um projecto ambicioso terminaria num verdadeiro desastre. Para isso temos Betty Ross a agente publicitária desta equipa que rapidamente alterou os verdadeiros factos da situação, conquistando em definitivo a popularidade dos "Ultimates".
Nesta batalha é de salientar a a atitude de Thor que apenas vem em auxílio dos seus (futuros) companheiros, caso o Governo aumente o seu orçamento de ajuda Internacional, simplesmente fantástico.
No segundo volume os "Ultimates" vão sofrer algumas alterações na equipa, nomeadamente com a entrada de quatro membros do grupo de operações secretas da S.H.I.E.L.D., que ao contrário dos "Ultimates" constítuem uma equipa cuja existência é mantida no mais elevado secretismo. Os novos membros são a agente Natasha Romanova (Black Widow), o campeão olímpico de arco Clint Barton (Hawkeye) e dois irmãos mutantes que dão pelo nome de Wanda (Scarlet Witch) e Pietro Maximoff (Quicksilver).
Esta nova formação é necessária não só porque a equipa perdeu alguns dos seus membros originais, mas também porque os "Ultimates" vão ter de proteger a Terra contra a invasão dos "Chitauri" uma raça alienígena conhecida no Universo por vários nomes diferentes, sendo um dos quais..."Skrull".
Uma vez que a maior parte dos membros fundadores dos "Ultimates" é constituída por cientistas, a diferença entre a sua forma de agir e a dos novos membros é claramente notória. Black Widow e Hawkeye são muito mais impiedosos e letais, verdadeiras máquinas de matar. Quanto a Scarlet Witch e Quicksilver não me posso pronunciar pois nunca os vemos em acção, apesar de Quicksilver jurar a pés juntos que se colocarem as filmagens em câmara lenta vão poder apreciar o excelente trabalho por eles executado, e eu acredito nele.
Em relação a este mundo as primeiras diferenças que saltam à vista são as físicas, como por exemplo o facto de aqui Nick Fury ser idêntico ao Samuel L. Jackson e a Wasp ser de origem asiática. Mas a verdade é que as diferenças vão muito além destas, muitos dos personagens aqui representados são completamente diferentes das suas versões clássicas e ao longo da história essas diferenças vão sendo cada vez mais notórias.
Para concluir posso dizer que Mark Millar fez um grande trabalho a escrever estes "Ultimates", as histórias são boas e dotadas da dose certa de humor (se bem que eu dispensava a parte em que o Capitão diz que a letra na sua testa não representa a França). A arte de Bryan Hitch e as cores de Andrew Currie e Paul Neary enquadram-se perfeitamente neste estilo de aventuras e não há nada que um apreciador de BD goste mais do que ver um bom argumento ganhar vida nos desenhos e cores certas.

quarta-feira, junho 11, 2008

Hip Hop Pessoa

A fim de celebrar os 120 anos de nascimento de Fernando Pessoa, dia 13 de Junho a partir das 18:00 no Terreiro do Paço em Lisboa poderão assistir ao evento "Hip Hop Pessoa", que tem sido definido como um encontro entre os poemas de Pessoa e algumas das vozes do movimento Hip Hop nacional.
Nesta festa vão estar presentes, Maze e Fuse dos Dealema, Melo D., Sagas, entre outros.
Daqui pode-se esperar, muita poesia, muito Hip Hop e algum Graffiti também.
Para mais informações cliquem aqui ou aqui.
Para aguçar o apetite deixo aqui um poema de Fernando Pessoa e uma música do Sam The Kid com a participação de NBC e Pacman (Da Weasel).


Tudo que faço ou medito

Fica sempre na metade,

Querendo, quero o infinito.

Fazendo, nada é verdade.


Que nojo de mim me fica

Ao olhar para o que faço!

Minha alma é lúcida e rica,

E eu sou um mar de sargaço-


Um mar onde bóiam lentos

Fragmentos de um mar de além...

Vontades ou pensamentos?

Não o sei e sei-o bem.

Fernando Pessoa

Tempo - Sam the kid

quinta-feira, junho 05, 2008

Moonspell - Novo Álbum


O novo álbum dos Moonspell já se encontra disponível desde 19 de Maio e tem o nome de "Night Eternal" no que aparenta ser um disco dedicado à Mulher.
Ainda só tive oportunidade de ouvir o single "Scorpion Flower" com a participação de Anneke Van Giesbergen a ex-vocalista dos The Gathering e actual dos Agua de Annique. O álbum conta também com Niclas Etelavouri e o coro The Crystal Mountain Singers constituído por Cármen Simões dos Ava Inferi, Sofia Vieira dos Cinemuerte e Patrícia Andrade dos The Vanity Chair.
Para mais informações ler aqui.
Ainda não tive oportunidade de ouvir o álbum, apenas o single do qual posso adiantar que gosto. Como apreciador da música dos Moonspell estou bastante curioso em ver qual o passo que seguíram após o grande "Memorial". Posso dizer que para mim "Memorial" foi dos melhores trabalhos feitos pelos Moonspell.

segunda-feira, junho 02, 2008

Desafio


"Sentir Tudo de Todas as Maneiras" - Álvaro de Campos

Desta vez fui desafiado pela Maria del Sol a escolher uma frase sobre mim e uma imagem que vá reforçar o seu sentido (a frase deve ser o mais curta possível, o ideal são seis palavras, mas pode ter mais).
Este desafio tem-se espalhado muito pela blogosfera e tenho gostado de descobrir as diferentes e interessantes escolhas que cada blog que consulto escolheu, nomeadamente a da própria Maria que é uma frase lindíssima de um dos meus poetas favoritos e curiosamente o autor da frase que escolhi.
Esta é uma daquelas frases que sempre que penso na minha vida me lembro dela, já me tem acompanhado durante muitos anos, desde que entrei em contacto com a poesia deste senhor.
A imagem é também de um artista que prezo muito, Dave Mckean.

Aos que ainda não o fizeram considerem-se todos desafiados.

domingo, junho 01, 2008

Kings of Convenience ao vivo


Já sabia que os Kings of Convenience vinham até cá, mas apenas ao Porto. Agora descubro que passam por cá no "Cool Jazz Fest" a 24 de Julho, na Cidadela de Cascais e vejo uma luz ao fundo do túnel.
Curioso que vêm tocar no dia de estreia de "The Dark Knight", mas para quem esperou tanto tempo mais um dia ou dois não fará diferença, afinal de contas são os Kings of Convenience e eles são fantásticos.
Podem ver aqui o resto do cartaz que está muito bom, com Caetano Veloso, Mayra Andrade, entre outros.