sexta-feira, fevereiro 29, 2008
Top 10 Covers de Música
Tive a ideia de fazer este top, porque era uma forma de partilhar estas excelentes versões. De certeza que faltarão muitas que não conheço ou muito provavelmente me esqueci. Algumas nem sequer encontrei disponíveis online, como é o caso da versão dos Massive Attack da" Light My Fire" dos The Doors, ou uma versão jazz da "Sultans of Swing" dos Dire Straits (a música magicamente desapareceu do meu computador e não me recordo do nome da banda).
De resto tentei ser abrangente para que todas as músicas escolhidas fossem originalmente de artistas diferentes.
Criei também um espaço para "Menções Honrosas", uma vez que algumas canções não podiam estar no top por não serem nem 100% covers nem 100% originais.
Para quem estiver interessado em ouvir as versões originais, basta clicar no nome das bandas que compuseram a canção.
10 - The Braids: Bohemian Rhapsody
Original: Queen
Adoro covers que não sejam simplesmente a mesma canção cantada com uma voz diferente.
Por isso fico sempre muito curioso quando decidem inventar e explorar diferentes estilos musicais em músicas que adoro, como é o caso desta versão Reggae de uma das grandes canções da história, "Bohemian Rhapsody".
09 - Scissor Sisters: Comfortably Numb
Original: Pink Floyd
Esta versão da "Comfortably Numb" dos Scissor Sisters é completamente diferente da versão original. Pessoalmente adorei, antes uma versão assim do que uma cópia barata da grande canção dos Pink Floyd.
08 - David Bowie: Across The Universe
Original: The Beatles
Uma belíssima canção interpretada por um dos melhores artistas de sempre, David Bowie.
Gosto desta canção que fica perfeita na voz de John Lennon, mas que se torna também muito interessante na voz bizarra de Bowie que a canta como se fosse sua.
07 - A Perfect Circle: When the Levee Breaks
Original: Kansas Joe McCoy & Memphis Minnie (mais tarde popularizada pelos Led Zeppelin)
Os A Perfect Circle lançaram o álbum "eMOTIVe" que está carregado de covers interessantes. Escolhi esta porque a acho dotada de uma enorme beleza e porque é também algo completamente diferente não só do original como da própria banda.
06 - Toy Dolls: The Final Countdown
Original: Europe
Imaginem que a canção dos Europe caiu pela toca do coelho até ao país das Maravilhas de Lewis Carrol, bebeu um chá com o chapeleiro louco e com a lebre, teve uma pequena conversa com o gato que fica invisível e depois decidiu ir-se embora. Pois bem penso que depois dessa pequena viagem era assim que esta música iria soar.
05 - Yann Tiersen & Neil Hannon: Life on Mars?
Original: David Bowie
Uma grande canção de Bowie interpretada maravilhosamente por Yann Tiersen e pela bela voz de Neil Hannon, vocalista dos "The Divine Comedy". Na altura em que a Maria Del Sol me deu a conhecer esta canção ouvi-a vezes e vezes sem conta, é magnífica.
04 - The Raconteurs: Bang Bang (My Baby Shot Me Down)
Original: Cher (escrita por Sonny Bono)
Mais uma canção que fugiu pela toca do coelho. Esta música na voz de Jack White é qualquer coisa de brilhante.
03 - Jeff Buckley: Hallelujah
Original: Leonard Cohen
Uma das mais belas canções do mundo. Ninguém discute a sensualidade da voz de Cohen, mas a versão de Jeff Buckley é magnífica. Uma das primeiras músicas que ouvi deste artista e rapidamente me conquistou.
02 - William Shatner: Common People
Original: Pulp
Porquê em segundo? Ora porque ele é William Shatner, porque ele fala em vez de cantar e mesmo assim transforma a versão dos Pulp num hino. Quanto a mim o seu melhor trabalho na música, de longe.
01 - Tool: No Quarter
Original: Led Zeppelin
De todas as canções do top esta é a que conheço há mais tempo. Já perdi a conta às vezes que a ouvi adoro toda a sua construção, a bateria é perfeita e a utilização da voz maravilhosa.
Penso que de todas as canções dos Led Zeppelin esta é provavelmente a que fazia mais sentido ser interpretada pelos Tool.
Menções Honrosas
Tom Waits: Tom Traubert's Blues (Four Sheets to the Wind in Copenhagen)
Como já tinha mencionado não coloquei algumas canções na lista porque não são verdadeiramente covers.
Tom Waits misturou a canção clássica Australiana "Waltzing Matilda" com algum do seu material em ""Tom Traubert's Blues (Four Sheets to the Wind In Copenhagen)". Por esta razão criei uma "Menção Honrosa" para poder falar dela pois é sem dúvida alguma uma das mais belas canções que ouvi na vida.
Ben Harper: Faded/Whole Lotta Love
E já que decidi criar esta "Menção Honrosa" para Tom Waits, porque não falar desta maravilha que Ben Harper fez em concerto. Uma união entre a sua canção "Faded" e uma cover da "Whole Lotta Love" dos Led Zeppelin, que deve ser ouvida assim e nunca separada.
No fundo isto não passa de uma desculpa para em vez de dez músicas colocar mais, aproveitando o facto de não se inserirem na definição de covers.
Tool: Push It (Salival version)
Não era para colocar esta mas depois de ter escrito o texto introdutório decidi que era obrigatória. Não sei se podemos chamar de cover a uma música que é interpretada novamente pela banda original, por isso fica também do lado das "Menções Honrosas".
A versão que encontrei não tem o discurso que falo na introdução deste post, mas o mais importante é a música, por isso...
A primeira versão desta canção encontra-se no álbum "Aenima" e pode ser ouvida aqui.
Silver Surfer nos cinemas em 2009
Em vez de ter um filme apenas dele, o Surfer fez parte da sequela do "Fantastic Four" no ano passado. Infelizmente um filme que ficou aquém das expectativas.
No entanto a ideia de fazer este filme nunca morreu e parece estar agora mais forte do que nunca.
As boas notícias é que desta vez talvez seja possível fazer algo de bom com o personagem, pois não só temos J. Michael Straczynski a tratar do argumento, como aparentemente será Alex Proyas a sentar-se na cadeira de realizador. Esperemos que seja o Proyas de "The Crow" ou "Dark City" e não tanto o de "I Robot". Não conheço muito do trabalho de Straczynski mas li recentemente o comic que escreveu sobre a morte do Silver Surfer de nome "Requiem" e adorei, por isso penso que foram escolhidos dois bons nomes para tratar deste personagem. Começo agora a criar alguma expectativa.
Parece que o Galactus também irá entrar e será completamente diferente do que apareceu no filme do "Fantastic Four". O que é óptimo só pelo simples facto de que prova que muito provavelmente não se vão seguir pelos acontecimentos contados nesse filme.
Obrigado ao Grimlock pela notícia.
Mais informações aqui e aqui.
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
No Country For Old Men - Trailer
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Into The Wild
A carreira de Sean Penn no mundo da representação dispensa apresentações é sem dúvida nenhuma um dos grandes actores da sua geração. Porém a sua carreira como realizador é muito mais recente e também menos conhecida. Agora depois de ter visto este filme só tenho a dizer ao senhor para não se concentrar apenas na sua vida de actor, pois é também um realizador notável e não tenho dúvidas que nos trará novas obras tão apaixonantes como esta.
O argumento também foi escrito por Penn que decidiu adaptar o livro de Jon Krakauer baseado na história verídica de Christopher McCandless e da sua grande aventura até ao Alaska.
Em 1992 após se ter licensiado na Universidade de Emory, Christopher McCandless decide que chegou a altura de cortar relações com a sociedade em que vive e após um último jantar com os seus pais e irmã, decide partir para a viajem da sua vida. Com apenas uma mochila às costas desfaz-se de todas as suas economias doando $24,000 para a caridade e cortando todos os seus cartões de crédito e documentos. Assume uma nova identidade, a de Alexandre Supertramp (super vagabundo), para assim destruir qualquer ligação que tinha com a sua vida passada e de forma a que não possa ser encontrado por ninguém, mais especificamente, pelos seus pais, que vamos descobrindo ao longo do filme não possuem uma das melhores relações com os seus filhos nem um com o outro.
Christopher cedo traça como objectivo da sua jornada, o Alaska. Não a cidade mas o Alaska selvagem e como ele próprio diz "When you want something in life, you just gotta reach out and grab it" e foi exactamente o que ele fez.
"Into the Wild" além de ser uma peça de cinema exemplar é ao mesmo tempo um filme que tem um gosto muito pessoal. Quem nunca teve por momentos a vontade de pegar na mochila e simplesmente partir? Eu sei que sim, tal como Christopher, gostaria de partir numa demanda onde procuramos encontrar-nos, conhecer-nos, no que pode ser apelidada por alguns, uma viagem espiritual. Independentemente do caminho percorrido por Christopher não tenho dúvidas que a dada parte da sua viajem ele sentiu-se verdadeiramente livre, e quantos de nós podem dizer o mesmo? No entanto nunca tive a sua coragem, o máximo que consegui foi pegar na mochila e ir de comboio, mas não estava sozinho e não estava sem dinheiro. Um estilo de viajem diferente sim, mas memorável também.
Apesar de nutrir uma certa admiração por estas viagens não estou a aconselhar ninguém a fazer uma nas mesmas condições que Christopher fez a dele. Não só pela dificuldade em sobreviver num ambiente selvagem como o do Alaska, mas também porque o Homem não foi feito para viver sempre sem contacto humano, como a dada altura ele escreve no livro "Happiness only real when shared", uma frase que fica connosco muito tempo depois de o filme já ter acabado.
O elenco secundário é também ele incrível, além dos já mencionados tenho de salientar William Hurt e Marcia Gay Harden, no papel de pais de Christopher, mas é Emile Hirsh (Christopher McCandless) a grande revelação do filme. O seu olhar nesta cena (ver acima) enquanto ele contempla um grupo de animais é emocionalmente esmagador e sabemos logo no início do filme que se encontra aqui uma das grandes representações de 2008.
A banda sonora que nos acompanha ao longo desta caminhada é também ela uma das grandes mais valias do filme, as maravilhosas canções de Eddie Vedder estão carregadas de uma enorme beleza e ainda hoje passado quase um mês se mantêm a tocar na minha aparelhagem.
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Akira & Black Hole no Cinema
Em 1988 Katsuhiro Ôtomo voltou a pegar na sua obra e realizou um animé, uma versão bastante mais reduzida que a obra de banda desenhada (como teria de ser), mas com um resultado muito positivo.
Considerado por muitos uma das obras mais influentes da animação japonesa "AKIRA" tornou-se também um clássico mundial da ficção científica, por isso não é de estranhar que mais tarde ou mais cedo uma adaptação para o grande ecrã acontecesse.
"AKIRA" irá ser dividido em dois filmes e o primeiro está previsto estrear em 2009. A realização está a cargo de Ruairi Robinson realizador de duas curtas metragens uma delas ("Fifty Percent Grey") nomeada para o óscar de melhor curta metragem em 2002.
Aparentemente Leonardo Di Caprio é um dos co-produtores e possíveis actores a entrar neste filme. Outro dos nomes avançados é o de Joseph Gordon-Levitt, resta saber quem vai ser quem. Eu arrisco no Di Caprio para Kaneda e no Gordon-Levitt para Tetsuo, claro que como é uma adaptação Americana é possível que os nomes sejam alterados.
Para mais informações clicar aqui ou aqui.
Outra notícia interessante é a de que a obra de BD "Black Hole" de Charles Burns irá também ser adaptada para cinema por David Fincher. Mas as boas notícias não terminam aqui pois o argumento estará a cargo de Neil Gaiman esse mestre da BD que escreveu The Sandman, Signal to noise, Violent Cases, Mr Punch, entre outros, e Roger Avary um dos argumentistas do fenómeno "Pulp Fiction" e que já tinha trabalho com Gaiman no argumento do recente "Beowulf".
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Influências/Semelhanças #9
The Flash II
Surgiu em 1956 e foi criado por Gardner Fox, Bob Kanigher e Carmine Infantino.
Apesar de Jay Garrick (ver speedsters da "idade de ouro") ter sido criado antes, foi Barry Allen quem imortalizou a imagem do Flash, tal como o conhecemos hoje em dia. Um factor que também contribuiu para isso foi a série de televisão "The Flash" de 1990.
Barry Allen era um cientista policial que ironicamente era uma pessoa demorada e que se encontrava constantemente atrasado. Tudo isso ia mudar no dia em que um raio atingiu uma data de químicos, atirando-os para cima de Barry e concedendo-lhe o poder de super-velocidade.
Barry Allen tornou-se um Flash mais rápido do que Jay Garrick e usou os seus poderes de uma forma mais variada.
No planeta de Barry (Terra 1), Jay Garrick era uma personagem de BD na qual ele se baseou para ser um super herói. Anos mais tarde foi Barry quem descobriu que existiam outros universos paralelos, quando acidentalmente entrou num deles (quando atinge velocidades superiores às da luz consegue viajar no tempo ou entre universos). Num desses universos mais especificamente na Terra 2 descobriu que Jay Garrick existia.
Na saga Crisis on Infinite Earth, escrita por Marv Wolfman, Barry foi raptado pelo Anti-Monitor e aparentemente morreu a tentar salvar o Universo, sim porque as mortes em BD são quase sempre aparentes e o autor desta obra sempre disse que tinha deixado uma forma de trazer Barry de volta.
Mais uma vez o Flash é capaz de viajar no tempo, quando atinge determinadas velocidades, tais como ultrapassar a velocidade da luz. Devido a esta capacidade Barry viveu com Iris West no século XXX durante uns tempos, onde a engravidou. Por isso apesar de ter voltado ao presente para combater o Anti-Monitor e aí ter perdido a vida, no século XXX Barry teve dois filhos que seriam conhecidos como os Tornado Twins, que graças ao código genético do pai, herdaram a sua super-velocidade.
Barry também é capaz de vibrar a grandes velocidades atravessando matéria sólida e é um dos fundadores originais da Justice League of America.
Kid Flash/ The Flash III
Assumiu o título de Kid Flash (ver imagem à direita) e foi um dos membros fundadores dos Teen Titans.
Passado alguns anos os seus poderes começaram a falhar e a sua utilização tornou-se prejudicial à sua saúde, por isso Wally decidiu que era altura de se afastar da vida de Super Herói. Isto aconteceu até ao dia em que os seus serviços foram novamente necessários, durante a saga épica Crisis on Infinite Earth. Foi durante esta saga que Barry Allen morreu e por isso coube a Wally West assumir o legado do Flash. Felizmente Wally ficou curado quando exposto a determinadas energias durante a Crisis on Infinite Earth, mas os seus poderes ficaram reduzidos e sempre que os usava necessitava de grandes quantidades de comida devido ao enorme desgaste do seu metabolismo. Durante uns tempos Wally esteve longe das grandes velocidades atingidas pelo seu tio, mesmo assim foi capaz de empatar com o Superman numa corrida, nestas condições.
Eventualmente Wally atingiu todo o seu potencial acedendo totalmente à speed force e descobrindo novas formas de usar o seu poder, como por exemplo a habilidade de fornecer e roubar velocidade a pessoas ou objectos ou a capacidade de se curar mais depressa, aumentando a velocidade do seu sistema imunitário.
Wally tornou-se assim não só o mais poderoso Speedster do universo DC, como o que usava os seus poderes de velocidade da forma mais variada.
Wally é também capaz de vibrar as suas moléculas de forma a conseguir atravessar objectos, mais tarde essa habilidade alterou-se e quando os atravessava carregava-os de energia cinética fazendo-os explodir. É capaz de criar tufões rodando os braços ou correndo em círculos e é capaz de quebrar as leis da gravidade, mantendo-se no ar se correr a uma grande velocidade numa superfície vertical.
Eobard Thawne é o segundo personagem da DC a assumir o título de Reverse Flash quando surgiu em 1963. Foi criado por John Broome e por Carmine Infantino.
Eobard era um criminoso do século XXV cuja vida foi para sempre alterada no dia em que encontrou uma cápsula que continha o fato de Barry Allen (Flash II). Utilizou uma máquina para amplificar a energia do Flash contida no fato, para que assim, sempre que o vestisse tivesse a capacidade de se mover a super velocidade. Durante o processo o fato alterou-se ficando com as cores ao contrário, o uniforme por qual são conhecidos os Reverse Flash.
Os Speedsters que acedem à Speed Force possuem uma aura que os protege da friccção do ar. Barry baseou-se nesta particularidade para vencer Eobard uma vez que os seus poderes não são naturalmente seus, mas provenientes do fato.
Para se vingar Eobarn viaja atrás no tempo para se vingar. Mais tarde ficou obcecado em substituir Barry, não só na sua vida como Flash, mas também na sua vida como marido de Iris West. No entanto o coração de Iris pertence apenas a um homem e por isso Eobard mata-a brutalmente vibrando a sua mão para dentro da sua cabeça.
Quando Barry encontrou novamente o amor, Eobard regressa para mais uma vez repetir o que fez no passado. Receoso que a sua segunda mulher fosse morta à semelhança da primeira, Barry parte o pescoço de Eobard, matando-o.
Mais tarde Barry descobre que Iris West era na verdade uma criança do século XXX que foi enviada para viver no presente. Decidido a recuperar o amor da sua vida, viaja até ao futuro, para lá viver com a sua mulher.
Magda (a mulher de Magneto), escondeu-se do seu marido na Roménia, onde morreu ao dar à luz os gémeos. Pietro e Wanda são assim criados por Django Maximoff, sem nunca saberem a verdadeira identidade do seu pai.
Anos mais tarde, durante uma manifestação pública dos seus poderes mutantes são atacados por um grupo de pessoas e salvos por Magneto que desconhecendo também a identidade dos filhos os convence a juntarem-se à sua Brotherhood of Evil Mutants. Como forma de agradecimento os gémeos aceitam, se bem que só o facto de este grupo ter evil no nome já devia dar a entender que não se tratam de pessoas com intenções muito amigáveis.
Felizmente acabam por deixar o grupo de Magneto e aliam-se aos Avengers liderados pelo Captain America.
Eventualmente Magneto descobre a sua relação com Pietro e conta-lhe a verdade.
O poder mutante de Pietro é o da super-velocidade, mas com o passar dos anos o personagem foi sofrendo algumas alterações. Em primeiro lugar conseguia apenas atingir a velocidade do som, mas graças à exposição do "Isótopo E" do High Evolutionary, a sua velocidade quintiplicou.
Após os acontecimentos da saga House of M, grande parte dos mutantes perderam os seus poderes, Pietro foi um deles, mas graças às Terrigen Mists voltou a possuir poderes sobre-humanos. Actualmente é capaz de vibrar os seus átomos a uma velocidade superior à da luz sendo capaz de viajar no tempo. É capaz de trazer matéria inanimada do futuro, mas esta é uma habilidade que tem provado ser prejudicial à sua saúde. Com treino conseguiu aprender a viajar somente poucos segundos no futuro criando assim um enorme número de "duplos temporais".
Após um grande período de exposição às Terrigen Mists, colocou cristais de Terrigen no seu peito ganhando a habilidade de restaurar os poderes dos mutantes que os haviam perdido na saga House of M.
A palavra quicksilver significa mercúrio (o elemento químico), tratando-se de uma referência ao deus Romano da velocidade, Mercúrio.
Nota: Algumas informações como por exemplo as datas foram retirados do site da wikipédia.
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Questionário: Escolhe um artista II
Depois gostei muito do resultado final e é sempre uma desculpa para falar novamente do Senhor David Bowie.
Para quem não conhece este jogo, ele consiste em responder às perguntas que se seguem com títulos de músicas de um artista/banda em particular.
Pick an artist: David Bowie
2.) Describe yourself: God knows i´m good
3.) How do you feel about yourself: The Man who sold the world
4.) Describe where you currently live: Reality
5.) If you could go anywhere, where would you go: Across the Universe
6.) Your best friend is: The Shadowman
7.) Your favorite color is: Velvet Goldmine
8.) You know that: I'm Deranged
9.) What's the weather like? Lightning Frightening
10.) If your life was a television show, what would it be called? No Control
11.) What is life to you? The Heart's Filthy Lesson
12.) What is the best advice you have to give? Never Get Old
13.) If you could change your name, what would you change it to? Andy Warhol
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Top das pessoas pelas quais a minha mulher hipoteticamente me deixaria
Ele teve a "coragem" de colocar quais os personagens pelos quais a sua mulher o deixaria. Eu achei a ideia bastante divertida e pedi à minha parceira no crime para fazer o mesmo.
Ela gostou da ideia, não com os nomes das personagens, mas antes com os seus nomes reais. Deve ter sido para tornar isto mais real e ainda mais me magoar, ou seja, infelizmente o Darth Vader não foi um dos escolhidos.
Achei que ela ia preparar uma surpresa e ao longo do Top ia ver uma mulher escolhida, mas também não.
E assim o que começou por ser uma ideia divertida, transformou-se num pesadelo.
10 - James Franco
Este conquistou-a com o seu ar "ganzado" na série "Freaks & Geeks", dizem que elas gostam do estilo Bad Boy, parece que se confirma.
09 - Jeremy Irons
Nada a apontar, é um actor por quem nutro um enorme respeito e até foi a melhor surpresa do Top. Nas suas palavras este senhor tem uma voz maravilhosa.
08 - Pacman
Não o do jogo, mas o vocalista dos Da Weasel. Este é mais perigoso porque vive no mesmo país. Não surgiu como surpresa, já fomos a concertos dos Da Weasel e enfim já me cansei de ouvir elogios ao senhor.
07 - Hayden Christensen
O rapaz da série "Horizonte" que mais tarde se tornou, Anakin Skywalker. Não era bem isto que eu queria dizer quando mencionei Lord Vader.
06 - David Fonseca
"Acho-o brilhante, o senhor é muito versátil e tem muito estilo". Pensava que ela estava a falar de mim, mas não era mesmo do David Fonseca.
05 - Josh Halloway
Este foi escolhido, claramente pela sua personagem Sawyer em "Lost". Apostei que ia estar no top 3, porque ultimamente ando sempre a ouvir falar dele, mas afinal enganei-me.
04 - Gael Garcia Bernal
Tem qualquer coisa de especial, diz-me ela e deve mesmo ter para estar em quarto lugar.
03 - Johnny Depp
Não posso dizer nada aqui, não surge como surpresa, Depp alia beleza a estilo e além disso é um excelente profissional naquilo que faz.
02 - James Dean
Impossível competir com lendas. Dean tornou-se um actor clássico, infelizmente ainda só vi um filme dele.
01 - Gavin Rossdale
Já há muito tempo que não ouvia falar deste senhor. Quando os bush surgiram eram uma banda que ouvia muito, comprei o "Sixteen Stone" e o "Razorblad Suitcase", álbuns influenciados pelo movimento Grunge e bastante bons. Depois acabei por lhes perder o rasto, os seus últimos trabalhos apesar de terem boas músicas já não aparentavam ser tão bons, no geral.
Neste fim de semana passado encontrei o "Science of Things" em casa dela e aproveitei para o trazer e ouvir, na altura não desconfiei, mas agora questiono-me se ela comprou os álbuns só por causa da música.
X-Men Origins: Wolverine
Hugh Jackman que se afeiçoou bastante a este personagem, regressa para dar vida a um dos, se não o mais, popular dos X-Men.
Várias notícias já começaram a surgir na internet sobre este filme, mas sem nenhuma grande surpresa. Já sabíamos que um filme sobre esta personagem iria ter um Sabretooth (interpretado por Liev Schreiber), um William Stryker (Danny Huston), ou até mesmo a bela Silver Fox (Lynn Collins). Se não tivessem alterado a sua personagem tanto em "X2" até diria que Lady Deathstrike iria aparecer neste filme.
Tudo corria normalmente, como disse nada de surpreendente...nada até hoje.
É com uma grande alegria que digo, que tudo aponta para que Deadpool vá fazer uma pequena aparição neste filme. Encontrei a notícia aqui e aparentemente será Ryan Reynolds a interpretá-lo.
Para quem não conhece Deadpool é um dos vilões/anti-heróis (depende do estado mental) mais hilariante e alucinado da Marvel.
Wade Wilson (o seu nome verdadeiro) era um simples mercenário humano, até ao dia em que desenvolveu um cancro. Devido à sua condição e desesperado por uma cura decidiu participar em um projecto da Weapon X (a associação que deu o esqueleto de adamantium a Wolverine).
O projecto consistia em duplicar o factor de cura de Wolverine.
A primeira experiência não correu bem, desfigurando-o e deixando-o mentalmente instável (sim muito louco mesmo), mas eventualmente Deadpool, consegui desenvolver o seu factor de cura, que na altura era bem superior ao de Wolverine (actualmente com todas as tretas que têm impingido nos comics do Wolverine já nem sei).
Ler livros com o Deadpool valiam sempre a pena nem que fosse pelas suas piadas, ora vejam uma pequena amostra.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Questionário: Escolhe um artista
A ideia é responder a estas perguntas com títulos de canções da nossa banda preferida. Ela escolheu Tori Amos e para quem estiver interessado clique no seu nome para ver as suas respostas.
Eu sem surpresas nenhumas escolhi os Tool.
Lembrem-se que eu só pude usar títulos de músicas de Tool, por isso é normal que algumas respostas sejam mais negras do que deviam, outras escolhi apenas por questões humorísticas, simplesmente não resisti.
Aproveito também para desafiar todos aqueles que lerem e gostarem deste questionário a fazerem o mesmo e depois avisarem-me ou colocarem as respostas na caixa dos comentários.
Pick an artist: Tool
1.) Are you a male or female? Hooker With a Penis
2.) Describe yourself: Useful Idiot
3.) How do you feel about yourself: Cold and Ugly
4.) Describe where you currently live: Bottom
5.) If you could go anywhere, where would you go: Third Eye [a pergunta não específica se é um local físico, então escolhi um local considerado por alguns como o portal que conduz a um estado de consciência superior, podem ver a definição aqui. Por isso nada de piadas e trocadilhos com o terceiro olho ;) ]
6.) Your best friend is: The Pot
7.) Your favorite color is: Eon Blue Apocalypse
8.) You know that: You Lied
9.) What's the weather like? Ticks & Leeches
10.) If your life was a television show, what would it be called? Prison Sex
11.) What is life to you? Intension
12.) What is the best advice you have to give? Hush
13.) If you could change your name, what would you change it to? Jimmy
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Mais novidades sobre The Imaginarium of Doctor Parnassus
Já aqui tinha falado que Terry Gilliam tinha convidado Johnny Depp, para participar neste filme.
Mais uma vez a ideia é gravar as cenas que faltaram a Heath Ledger, com outro actor, uma vez que se passam quando a sua personagem atravessa um espelho mágico, dando a liberdade ao realizador de o transformar fisicamente.
Aparentemente devem existir mais do que uma viagem e por isso além de Depp, Gilliam convidou também Jude Law e Colin Farrel, para substituírem Ledger.
Se, de facto a personagem se altera fisicamente quando atravessa o espelho, faz sentido que em diferentes mundos tenha aparências distintas. Nunca duvidando que Depp seria mais do que suficiente para terminar este trabalho, a ideia de variar a sua personagem parece-me a mais acertada e com nomes como os de Jude Law e Colin Farrel, o projecto continua no bom caminho.
Esta notícia pode ser vista aqui.
Gotham Knight
Há semelhança do que aconteceu com "Clone Wars" (uma saga de episódios que ocorre entre o episódio II e o Episódio III da Guerra das Estrelas), irá acontecer o mesmo com a mais recente saga de filmes do Batman.
"Gotham Knight" consiste em uma série de seis episódios animados que pretendem fazer a ligação entre "Batman Begins" e "The Dark Knight".
Uma das melhores notícias deste projecto é que a animação contará com Bruce Timm, que se tornou conhecido neste mundo em 1992 quando surgiu com a série "Batman the animated series", que foi sem dúvida uma lufada de ar fresco na animação de super heróis.
Cada uma das seis estória terá um escritor e uma arte diferente (a ideia faz-nos recordar o belo "Batman: Black and White"). Os seis escritores serão, Josh Olson, David Goyer, Brian Azzarello, Greg Rucka, Jordan Goldberg e Alan Burnett.
Deixo-vos um vídeo sobre este projecto e a coisa promete.
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull
O que este projecto tem de interessante é que reúne uma grande parte da equipa que esteve por detrás da trilogia. Esperemos que consigam recuperar o espírito de Indy, sempre maravilhosamente representado pelo grande Harrison Ford.
Cliquem na imagem para ver o primeiro teaser trailer de "Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull".
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
There Will Be Blood
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
VI Festival Internacional de Chocolate Óbidos
Aconselho a todos a passarem por lá que de certeza valerá a pena.
Até agora fui apenas uma vez, há dois anos e adorei, até porque o tema do concurso era o cinema. O primeiro lugar foi (só podia) para uma excelente estátua de chocolate do Darth Vader com direito ao R2D2 e umas naves em miniatura (ver aqui) O segundo lugar foi para este "Senhor dos Anéis". Um dos que mais gostei também foi o do "Pátio das Cantigas" cliquem aqui para ver.
Eu como sempre, até porque sou um adorador de chocolate quente, quero ir!!!
Cliquem na imagem para aceder à página oficial.
Lords Of Dogtown
Por isso não é surpresa nenhuma que quando surgiu este filme que abordava um dos desportos que mais me atrai, o skate, eu o tivesse de ver a qualquer custo.
"Lords Of Dogtown" desenrola-se em meados dos anos 70 e conta a história de um grupo de surfistas oriundos das ruas de Dogtown em Santa Monica (California) e como se tornaram conhecidos por inovarem no skate, baseando-se em movimentos do surf, criando novos estilos e dando-lhe atitude.
Skip Engblom (Heath Ledger) é dono de uma loja de surf em Dogtown que recruta jovens skaters para iniciar a sua equipa os Zephir Boys. O filme foca quatro amigos que pertencem aos Z-boys e como o sucesso do skate afectou as suas amizades.
Stacy Peralta (John Robinson) é o skater bom rapaz, dedicado e fiel aos seus amigos, cuja atitude positiva lhe trará frutos no futuro. Tony Alva (Victor Rasuk) é um excelente skater e um dos primeiros Z-boys a dar nas vistas, porém a sua sede por fama e prestígio tornam-no arrogante e é o primeiro a afastar-se do grupo. Jay Adams (Emile Hirsch) é o rebelde, o bad boy do skate, que nos presenteia com alguns dos melhores piropos da história. E por fim temos Syd (Michael Angarano), o menos dotado de todos para o skate, que ao contrário dos outros pertence a uma família abonada e é conhecido por ter um problema nos ouvidos que o faz perder o equilíbrio sempre que gritam ao pé dele.
Para quem não gosta de skate, nem se interessa pelas suas raízes e histórias, então este não será provavelmente um filme a ver, pois não possui nenhum argumento extraordinário nem um final mirabolante. "Lords Of Dogtown" é pura e simplesmente uma visão sobre o skate moderno e como este foi surgindo nas ruas de Dogtown e influenciando jovens até aos dias de hoje, eu gostei.
Realizado por Catherine Hardwicke ("Thirteen") "Lords of Dogtown" é inspirado no documentário "Dogtown and Z-Boys" de Stacy Peralda, esse mesmo, o original Z-boy que assina também o argumento do filme.
O verdadeiro Skip Engblom queria Heath Ledger para o representar neste filme e felizmente o seu desejo foi concedido. Com dentes falsos e um sotaque impecável, Ledger é o actor que mais se destaca no filme brindando-nos com uma representação notável e carregada de humor.
Os rapazes principais cumprem todos, onde saliento a prestação de Emile Hirsch que demonstra personalidade e segurança. Hirsch que se deslocou até ao Havai para passar tempo com o verdadeiro Jay Adams com o objectivo de preparar o papel. E quem não se lembra de John Robinson em "Elephant"? Um pouco mais velho Robinson é quem encarna Stacy Peralta.
Vários actores que hoje em dia são muito conhecidos por determinadas séries de TV aparecem (alguns ainda novinhos) também neste filme, é o caso de Nikki Reed ("The OC"), Johnny Knoxville ("Jackass"), America Ferrera ("Ugly Betty"), Vincent Laresca ("24") ou William Mapother ("Lost").
Os verdadeiros Z-boys, Stacy Peralta, Jay Adams e Tony Alva, também participaram em pequenos cameos, juntamente com Tony Hawk que desempenha o papel de um astronauta que não sabe andar de skate (a ironia).
Ainda sobre os skaters originais queria apenas dizer que com apenas 19 anos, tanto Tony Alva como Stacy Peralta (juntamente com George Powell) formaram as suas empresas de skate, a Alva Skates e a Powell-Peralta, respectivamente, mas em 1992 Peralta abandona a companhia para se dedicar a tempo inteiro à sua carreira de cineasta. O "rebelde" Jay Boy Adams é considerado como tendo sido um dos skaters mais espontâneos e criativos, que lhe valeram alcunhas como a de "o maior skater natural do mundo" e a "semente original".
Um destaque especial para a banda sonora, um dos aspectos mais positivos do filme, que nos mantém no espírito dos anos 70, com David Bowie, Neil Young, Ted Nugent, Jimmi Hendrix, Deep Purple, Iggy Pop e os Stooges, T. Rex, Alice Cooper, Stevie Wonder, Sparklehorse (a interpretar wish you were here dos Pink Floyd), entre muitos outros, sem esquecer Black Sabatth que proporciona um dos melhores momentos do filme, o de Jay Adams a iniciar uma prova de skate ao som de Iron Man.
Para terminar, no dvd existe uma mensagem inicial da realizadora que explica que a versão de cinema foi uma versão "censurada" do filme por este ser PG13, podendo ser vista agora em dvd a "verdadeira". É uma pena ver uma mensagem destas, pois só demonstra como a censura ainda existe no cinema, mesmo que nos dias de hoje exista mais por questões monetárias do que por outra coisa.
Deixo-vos com o vídeo dos Rise Against (que não só participam na banda sonora do filme como no próprio filme) a interpretar Nervous Breakdown um original dos Black Flag.
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Hitchcock Portfolio
Assim podemos ver Scarlett Johansson e Javier Bardem numa cena de Rear Window, Emile Hirsch e James McAvoy em Strangers on a Train, Gwyneth Paltrow e Robert Downey Jr. em To Catch a Thief, Renée Zellweger em Vertigo, Jodie Foster em The Birds, Marion Cotillard em Psycho, entre outros.
Para verem uma amostra deste trabalho de Annie Leibovitz cliquem na imagem.
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Roy Scheider 1932-2008
domingo, fevereiro 10, 2008
Tool - Vicarious
O vídeo está incluído no novo DVD dos "Tool" cujo nome é o da própria canção que falo: "Vicarious".
O DVD já se encontra disponível e nem acredito que hoje passei pela fnac e não o vi (ainda não sabia que já tinha saído), devia haver um pedestal com eles em exposição e de certeza que não me escapava. Amanha tratarei de resolver esta pequena falha e já o trago cá para casa.
Além da música, os "Tool" sempre tiveram muito cuidado com a arte relacionada com os seus álbuns, concertos e obviamente videoclips.
Por isso sem mais demoras aqui fica: "Vicarious".
"Vicariously I live while the whole world dies
Much better you than I."
sexta-feira, fevereiro 08, 2008
Sex Pistols em Paredes de Coura
A banda está incluída no cartaz do festival de Paredes de Coura que este ano se desenrolará de 31 de Julho a 3 de Agosto.
quinta-feira, fevereiro 07, 2008
Uma Mão Cheia de Nada
Há uns tempos falava de colaborações entre dois músicos que tenham resultado em grandes canções e graças a isso conheci a fabulosa versão da "Life on Mars" de David Bowie por Neil Hannon e Yann Tiersen graças a Maria Del Sol.
Depois lembrei-me de uma banda que mistura estilos musicais completamente diferentes com grande mestria, falo dos Blasted Mechanism. Já há muito tempo que queria colocar a música "Hand Full of Nothing" neste blog, para assim mostrar esta faceta dos blasted que aqui misturam o seu género musical (seja ele qual for) com hip hop português e também para demonstrar o meu interesse por hip hop que penso nunca o ter feito antes neste blog.
Por isso deixo-vos com Blasted Mechanism e Dealema neste fabuloso "Hand Full of Nothing):
sexta-feira, fevereiro 01, 2008
The Fountain
Mesmo antes de iniciar o seu mais recente projecto cinematográfico, ou melhor, a sua mais recente paixão, “The Fountain”, que Aronofsky sabia que teria de atravessar várias dificuldades até conseguir terminá-lo. Juntamente com o seu produtor tentou desde o princípio assegurar os direitos desta estória para criar também uma novela gráfica e quando o filme foi efectivamente cancelado, devido a vários problemas, decidiu que tinha chegado a altura de iniciar a criação deste livro.
Nas suas próprias palavras sempre teve uma paixão pelo mundo das novelas gráficas, em grande parte porque é um mundo carregado de estórias fora do normal. Karen Berger editora da Vertigo adorou a estória e aceitou editar o projecto aconselhando Kent Williams para trabalhar no desenho.
Mas Aronofsky é um apaixonado pelo seu trabalho e é essa paixão que faz com que as suas obras sejam tão boas e carregadas de sentimento. Certa noite acordou e decidiu reescrever o guião de cinema de “The Fountain”, de forma a conseguir, com um menor orçamento, terminar este projecto. E foi assim que quase ao mesmo tempo uma banda desenhada e um filme nasceram.
Depois desta rápida explicação é claro que este livro não é uma adaptação do filme, ou vice-versa. Segundo o autor o livro e o filme são diferentes interpretações da mesma estória e aqueles que o lerem terão uma visão mais completa da ideia original do filme.
“The Fountain” é uma viagem pelo tempo e pelo espaço, que nos transporta através de três períodos distintos, o passado, o presente e o futuro. Uma odisseia de 1000 anos sobre a procura incessante da vida e do amor eterno, sobre o sofrimento inerente à perda desse mesmo amor e terminando num estado de plenitude atingido através da compreensão e da aceitação da vida como um ciclo, de que a morte implica vida e de que iremos viver para sempre.
No passado somos transportados para o ano de 1535, onde o Capitão de Espanha Tomas Verde se encontra algures no “Novo Mundo” em busca de um templo Maia que esconde o maior de todos os segredos, a “Árvore da Vida”. Graças a esta descoberta ele e a sua Rainha poderão finalmente ficar juntos para sempre, pois quem comer desta árvore viverá eternamente. Mas será que Tomas compreende verdadeiramente o sentido destas palavras?
No presente encontramo-nos no ano de 2005. Tom é um cientista que se encontrava anteriormente a pesquisar sobre o rejuvenescimento dos tecidos, porém desde o dia em que a sua mulher Izzie, foi diagnosticada com um tumor cerebral, que tem passado todos os dias (e noites) a trabalhar numa cura para o cancro. Absorvido na sua pesquisa para salvar a mulher que ama, acaba por se afastar e passar cada vez menos tempo justamente com a pessoa que pretende salvar.
Por outro lado Izzie encontra-se a escrever um livro sobre uma estória passada no século XVI onde um Conquistador de nome Tomas Verde se encontra à procura de um templo Maia que esconde o maior de todos os segredos, a “Árvore da Vida”… Bem penso que já perceberam a ideia. O último capítulo do livro é deixado em branco, segundo ela tem de ser Tom a terminar “esta” estória.
O terceiro período, desenrola-se algures em um futuro distante, mais especificamente no ano de 2463. Tom encontra-se a viajar dentro de uma bolha gigante e com ele encontra-se a “Árvore da Vida”, graças à qual tem conseguido sobreviver durante todos estes anos. Mas esta está a morrer e Tom só conhece uma maneira de a salvar, encontrando Xibalba.
Xibalba é uma nébula “embrulhada” à volta de uma estrela a morrer, o seu nome foi dado pela civilização Maia. Estes acreditavam que era o local para onde as almas mortas iam para poderem renascer. Através da morte de uma estrela Tom acredita que conseguirá salvar a árvore e automaticamente salvar-se a ele e a Izzie.
Darren Aronofsky prova que além de ser um cineasta exemplar é também um excelente contador de estórias em quadradinhos e que poderia ter enveredado com igual distinção por uma carreira nesta área. Esperemos que a partir de agora nos continue a brindar com grandes obras tanto cinematográficas como de banda desenhada.
A imagem assume sempre uma grande importância quando falamos de banda desenhada e Karen Berger teve um grande golpe de visão ao aconselhar o nome de Kent Williams. Depois de ter lido o livro não imagino, nem quero imaginar outros desenhos além destes. Cada período da estória apela a situações e sentimentos diferentes e Williams consegue em perfeita sintonia alterar de forma sublime o desenho e a cor entre esses mesmos períodos, criando a atmosfera perfeita para podermos sentir esta estória em toda a sua glória.
Sim, porque a palavra-chave aqui é sentir. Mais do que uma bela estória sobre o amor e a vida, “The Fountain” é uma experiência sensorial avassaladora que independentemente de agradar ou não, certamente não deixará ninguém indiferente.
A todos os que tiverem coragem aconselho a lerem este livro ao som da banda sonora do filme, composta por Clint Mansell, uma experiência no mínimo explosiva.
Publicado originalmente em Rua de Baixo (Maio de 2007) por José Gabriel Martins (Loot)