sexta-feira, junho 27, 2014
Mat
Por cá continua-se a conhecer Edmond Baudoin e em francês. Neste "Mat" a leitura foi significativamente mais fácil, não porque o meu fracês esteja a ter progressos estupendos, mas porque tinha menos para ler do que "Piero".
Baudoin volta a misturar a realidade e os sonhos ao nos contar a vida de Mat, um rapaz solitário que após ter perdido a mãe tem vindo a desenvolver uma relação tumultuosa com o seu pai. Mais um belo pedaço de uma vida retratada por este autor francês, com o mesmo traço a negro que me tem vindo a habituar.
quinta-feira, junho 26, 2014
Sei donne per l'assassino (1964)
Dentro do terror italiano há um género muito citado e bem conhecido, o Giallo. Um registo que, do conhecimento que tenho, parece ter nascido com Mario Bava. "Sei donne per l'assassino" pode não ter sido o primeiro (esse foi "La ragazza che sapeva tropo"), mas foi um Giallo icónico e influente neste género.
Mais um filme onde Bava nos mostra o quanto é um realizador obsessivo, tanto tecnicamente (a cor, a imagem e o som) como nos temas da história (sente-se muito uma forte carga sexual nos seus filmes). Como ele e Argento são os dois realizadores mais conhecidos do Giallo (pelo menos para mim), acabo sempre por tecer algumas comparações. A mais imediata é precisamente no argumento. Argento é fantástico na geometria das cenas que constrói, mas o argumento é sempre muito simples e por vezes pouco dado à lógica. Não é uma clara preocupação por parte do realizador. Já os argumentos de Bava são mais atentos, o mistério, inerente ao Giallo, é um que vale a pena seguir, mesmo que o tenhamos desvendado muito antes da sua conclusão (temos muitos anos de policiais em cima e ganha-se um certo calo para isto).
Seja com que realizador for, continuo um fã deste terror italiano que vou desbravando. Pena é que as dobrangens dos filmes italianos sejam tão pavorosas. Mesmo quando é feita pelos próprios actores, a dobragem nota-se sempre.
Para terminar, uma curiosidade em relação a este filme. O visual do assassino evoca muito duas personagens de BD, ambas de Steve Ditko. Falo de Mr. A e The Question. Tendo em conta as datas e a imagem de ambas, é muito possível que tenha existido aqui alguma influência do filme. Estas duas personagens viriam a ser os moldes de uma mais conhecida hoje em dia, o Rorschach de "Watchmen". Sobre este tópico, mais aqui.
Mais um filme onde Bava nos mostra o quanto é um realizador obsessivo, tanto tecnicamente (a cor, a imagem e o som) como nos temas da história (sente-se muito uma forte carga sexual nos seus filmes). Como ele e Argento são os dois realizadores mais conhecidos do Giallo (pelo menos para mim), acabo sempre por tecer algumas comparações. A mais imediata é precisamente no argumento. Argento é fantástico na geometria das cenas que constrói, mas o argumento é sempre muito simples e por vezes pouco dado à lógica. Não é uma clara preocupação por parte do realizador. Já os argumentos de Bava são mais atentos, o mistério, inerente ao Giallo, é um que vale a pena seguir, mesmo que o tenhamos desvendado muito antes da sua conclusão (temos muitos anos de policiais em cima e ganha-se um certo calo para isto).
Seja com que realizador for, continuo um fã deste terror italiano que vou desbravando. Pena é que as dobrangens dos filmes italianos sejam tão pavorosas. Mesmo quando é feita pelos próprios actores, a dobragem nota-se sempre.
Para terminar, uma curiosidade em relação a este filme. O visual do assassino evoca muito duas personagens de BD, ambas de Steve Ditko. Falo de Mr. A e The Question. Tendo em conta as datas e a imagem de ambas, é muito possível que tenha existido aqui alguma influência do filme. Estas duas personagens viriam a ser os moldes de uma mais conhecida hoje em dia, o Rorschach de "Watchmen". Sobre este tópico, mais aqui.
quarta-feira, junho 25, 2014
Boyhood - Trailer
Tinha de ser algo assim para me forçar a retirar da minha reclusão. Porque o trailer de "Boyhood" é um daqueles que apetece partilhar com todos.
O novo filme de Richard Linklater faria sempre História pela sua mera existência, mas, felizmente, o raio do filme tem mesmo bom aspecto. Se Linklater já provou várias vezes ter a sensibilidade certa para aprofundar o crescimento humano, mal posso esperar por esta estreia.
E claro agora é ouvir isto em repeat.
Etiquetas:
Cinema,
Richard Linklater,
Trailers
quinta-feira, junho 12, 2014
MAUS
Se criar uma lista de BD's favoritas, essa lista vai ser diferente todos os dias, contudo, há títulos que mantenho sempre e MAUS é um deles.
Já devia ter falado deste livro no blog, mas por vezes fujo dos favoritos, com receio de que não lhes faça justiça. Agora com a reedição da Bertrand, tinha mesmo de ser, não podia deixar passálo despercebido.
Para lerem sobre MAUS passem pela Rua de Baixo aqui.
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