Encontrei no blog Na Outra Banda este vídeo bem engraçado onde assistimos a um programa da MTV nos anos 80 caso os Watchmen realmente existissem.
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Oscars 2009
Penso que já quase tudo foi dito sobre o evento de ontem, por isso não me irei estender muito sobre o assunto.
Gostava de começar por salientar que ontem ocorreu algo Histórico no cinema, pela primeira vez a interpretação de um personagem de Banda Desenhada venceu um Óscar (se não estou em erro). Nesse sentido fez-me recordar o prémio do "Senhor do Anéis", o primeiro filme de fantasia a vencer o Óscar por melhor filme. O discurso da sua família foi dos mais emocionantes e os olhares de Adrian Brody, Brad Pitt entre outros espelham perfeitamente o sentimento de perda.
Gostei muito da cerimónia, não tinha intenções de seguir a emissão até ao final mas Hugh Jackman deslubrou e acabei por o fazer, foi um verdadeiro entarteiner. Muito boa a dança entre ele e Anne Hathaway a satirizar "Frost/Nixon".
A entrega dos prémios decorreu na sua maioria como se esperava, poucas foram as surpresas. Sean Penn a vencer como melhor actor dificilmente será uma surpresa. Ainda não vi nem "Milk" nem "The Wreslter" mas acredito que estamos perante um caso de "venha o Diabo e escolha". O seu discurso juntamente com o de Dustin Lance Black pelo Óscar de melhor argumento original foram dos melhores. Aqui estava a torcer por "In Bruges" mas novamente não vi "Milk".
Voltando às surpresas a maior da noite foi sem dúvida a vitória de "Departures" como melhor filme em lingua estrangeira. Todos esperavam que "Valsa com Bashir" triunfasse e caso não ocorresse muito provávelmente seria "A Turma". Como não vi nenhum dos nomeados abstenho-me.
O prémio mais óbvio era o de "Wall.E" como melhor filme de animação completamente assegurado afinal não havia concorrência de peso maior.
Os grandes casais a apresentar os prémios foram sem dúvida a Tina Fey com o Steve Martin, a Natalie Portman com o Ben Stiller e Jennifer Aniston com Jack Black que porporcionaram alguns dos momentos mais humoristicos da gala.
Muito engraçado foi também a forma como os prémios da representação foram entregues, juntando diferentes gerações de vencedores do Óscar. Parecia que estavam a abraçar o novo membro de um clube secreto, mas eu pessoalmente gostei.
A maior injustiça para mim (pelos poucos filmes que vi) foi sem dúvida a ausência de "Revolutionary Road". Um dos melhores estreados por cá este ano que merecia destaque como filme, na realização e na banda sonora. A Leonardo Di Caprio também não ficava mal a nomeação mas todos os nomeados eram de peso e acredito que mais cedo ou mais tarde o Óscar não lhe escapa. Adorei Kate Winslet no filme e não a vi em "The Reader" no entanto venceu por isso não a coloco na lista pessoal de injustiças. Felizmente não se esqueceram do curto mas intenso papel de Micahel Shannon nomeando-o para melhor actor secundário.
Faltou também a nomeação à canção de Springsteen, e depois qualquer uma podia vencer para mim, são todas belas canções.
Acabei por só apanhar o final do momento que recordou as perdas da 7º arte em 2008. diz quem viu que foi um grande momento também.
Para terminar a homenagem deste ano calhou a Jerry Lewis que constituiu também um dos momentos mais emocionantes da noite.
E quase que me esquecia de salientar um dos momentos mais altos da noite, o assobio fantástico do pai de Kate Winlet quando ela pede para a família assobiar para assim saber onde estão sentados.
Os vencedores podem ser consultados aqui.
Gostava de começar por salientar que ontem ocorreu algo Histórico no cinema, pela primeira vez a interpretação de um personagem de Banda Desenhada venceu um Óscar (se não estou em erro). Nesse sentido fez-me recordar o prémio do "Senhor do Anéis", o primeiro filme de fantasia a vencer o Óscar por melhor filme. O discurso da sua família foi dos mais emocionantes e os olhares de Adrian Brody, Brad Pitt entre outros espelham perfeitamente o sentimento de perda.
Gostei muito da cerimónia, não tinha intenções de seguir a emissão até ao final mas Hugh Jackman deslubrou e acabei por o fazer, foi um verdadeiro entarteiner. Muito boa a dança entre ele e Anne Hathaway a satirizar "Frost/Nixon".
A entrega dos prémios decorreu na sua maioria como se esperava, poucas foram as surpresas. Sean Penn a vencer como melhor actor dificilmente será uma surpresa. Ainda não vi nem "Milk" nem "The Wreslter" mas acredito que estamos perante um caso de "venha o Diabo e escolha". O seu discurso juntamente com o de Dustin Lance Black pelo Óscar de melhor argumento original foram dos melhores. Aqui estava a torcer por "In Bruges" mas novamente não vi "Milk".
Voltando às surpresas a maior da noite foi sem dúvida a vitória de "Departures" como melhor filme em lingua estrangeira. Todos esperavam que "Valsa com Bashir" triunfasse e caso não ocorresse muito provávelmente seria "A Turma". Como não vi nenhum dos nomeados abstenho-me.
O prémio mais óbvio era o de "Wall.E" como melhor filme de animação completamente assegurado afinal não havia concorrência de peso maior.
Os grandes casais a apresentar os prémios foram sem dúvida a Tina Fey com o Steve Martin, a Natalie Portman com o Ben Stiller e Jennifer Aniston com Jack Black que porporcionaram alguns dos momentos mais humoristicos da gala.
Muito engraçado foi também a forma como os prémios da representação foram entregues, juntando diferentes gerações de vencedores do Óscar. Parecia que estavam a abraçar o novo membro de um clube secreto, mas eu pessoalmente gostei.
A maior injustiça para mim (pelos poucos filmes que vi) foi sem dúvida a ausência de "Revolutionary Road". Um dos melhores estreados por cá este ano que merecia destaque como filme, na realização e na banda sonora. A Leonardo Di Caprio também não ficava mal a nomeação mas todos os nomeados eram de peso e acredito que mais cedo ou mais tarde o Óscar não lhe escapa. Adorei Kate Winslet no filme e não a vi em "The Reader" no entanto venceu por isso não a coloco na lista pessoal de injustiças. Felizmente não se esqueceram do curto mas intenso papel de Micahel Shannon nomeando-o para melhor actor secundário.
Faltou também a nomeação à canção de Springsteen, e depois qualquer uma podia vencer para mim, são todas belas canções.
Acabei por só apanhar o final do momento que recordou as perdas da 7º arte em 2008. diz quem viu que foi um grande momento também.
Para terminar a homenagem deste ano calhou a Jerry Lewis que constituiu também um dos momentos mais emocionantes da noite.
E quase que me esquecia de salientar um dos momentos mais altos da noite, o assobio fantástico do pai de Kate Winlet quando ela pede para a família assobiar para assim saber onde estão sentados.
Os vencedores podem ser consultados aqui.
sábado, fevereiro 21, 2009
Álbuns de 2008
Como daqui a nada estamos em Março, já é tempo de deixar o meu balanço musical de 2008. Falta muita coisa, nem soube por exemplo que o Tricky tinha lançado um álbum, mas isso será sempre assim.
Sem qualquer ordem, porque isso era demasiado complicado para escolher, aqui ficam os álbuns lançados no ano passado que mais ouvi.
Mão Morta - "Maldoror"
The Last Shadow Puppets - "The Last Shadow Puppets"
Shearwater - "Rook"
TV On The Radio - "Dear Science"
Portishead - "Third"
Fleet Foxes - "Fleet Foxes"
Noiserv - "One Hundred Miles From Thoughtless"
The Raconteurs - "Consolers Of The Lonely"
Beck - "Modern Guilt"
Vampire Weekend - "Vampire Weekend"
Calexico - "Carried To Dust"
Fora do circuito de álbum tradicional tenho de salientar os excelentes EPs de B Fachada "Viola Braguesa" e de Samuel Úria "Em Bruto", bem como a compilação "UPA" que teve a ideia de juntar diversos artistas da música portuguesa para trabalharem em conjunto, nomeadamente Camané com Dead Combo, Rodrigo Leão com JP Simões, Mão Morta com José Mario Branco e muitos mais.
Edit: Esqueci-me dos Calexico e agora como é feio estar a tirar um ficam 11.
Sem qualquer ordem, porque isso era demasiado complicado para escolher, aqui ficam os álbuns lançados no ano passado que mais ouvi.
Mão Morta - "Maldoror"
The Last Shadow Puppets - "The Last Shadow Puppets"
Shearwater - "Rook"
TV On The Radio - "Dear Science"
Portishead - "Third"
Fleet Foxes - "Fleet Foxes"
Noiserv - "One Hundred Miles From Thoughtless"
The Raconteurs - "Consolers Of The Lonely"
Beck - "Modern Guilt"
Vampire Weekend - "Vampire Weekend"
Calexico - "Carried To Dust"
Fora do circuito de álbum tradicional tenho de salientar os excelentes EPs de B Fachada "Viola Braguesa" e de Samuel Úria "Em Bruto", bem como a compilação "UPA" que teve a ideia de juntar diversos artistas da música portuguesa para trabalharem em conjunto, nomeadamente Camané com Dead Combo, Rodrigo Leão com JP Simões, Mão Morta com José Mario Branco e muitos mais.
Edit: Esqueci-me dos Calexico e agora como é feio estar a tirar um ficam 11.
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
The Lamb Lies Down On Broadway
O "Álbum de Família" desta semana na Radar é nada mais nada menos do que o mítico "The Lamb Lies Down On Broadway" dos "Genesis".
Este é um grande álbum e que encerra o percurso de Peter Gabriel na banda, que apesar de ter continuado a lançar álbuns interessantes, nunca mais voltou a alcançar a genialidade e inovação dos tempos de Gabriel, pelo menos na minha opinião.
Para quem estiver interessado em conhecer um pouco do percurso inicial dos "Genesis", fica aqui a sugestão. O programa vai repetir ao 12:00 de Domingo.
Carpet Crawlers (Live) - Genesis
Aproveito já agora para mencionar que recentemente Peter Gabriel recusou actuar nos óscares, ele que possuiu uma nomeação para melhor canção por "Down To Earth" em "Wall.E".
Aparentemente Gabriel encontra-se entusiasmado em ir ao evento, mas tocar a sua música em apenas um minuto (eram as condições da academia) é que não.
A mim parece-me muito bem até porque a academia tem nestes últimos anos prestado pouca ou nenhuma atenção aos músicos.
Este é um grande álbum e que encerra o percurso de Peter Gabriel na banda, que apesar de ter continuado a lançar álbuns interessantes, nunca mais voltou a alcançar a genialidade e inovação dos tempos de Gabriel, pelo menos na minha opinião.
Para quem estiver interessado em conhecer um pouco do percurso inicial dos "Genesis", fica aqui a sugestão. O programa vai repetir ao 12:00 de Domingo.
Carpet Crawlers (Live) - Genesis
Aproveito já agora para mencionar que recentemente Peter Gabriel recusou actuar nos óscares, ele que possuiu uma nomeação para melhor canção por "Down To Earth" em "Wall.E".
Aparentemente Gabriel encontra-se entusiasmado em ir ao evento, mas tocar a sua música em apenas um minuto (eram as condições da academia) é que não.
A mim parece-me muito bem até porque a academia tem nestes últimos anos prestado pouca ou nenhuma atenção aos músicos.
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
Influências e Semelhanças #15 - Especial Watchmen
Thunderbolt (Peter Cannon)
Peter Cannon foi criado por Pete Morisi e editado originalmente pela Charlton Comics em 1966.
Cedo se tornou órfão quando os seus pais, membros de uma equipa de médicos missionários, perderam as suas vidas a combater um tipo de "Peste Negra" nos Himalaias. Em memória deles, acabou por ser criado e educado em um mosteiro Tibetano.
Após ter atingindo o nivel máximo de perfeição fisica e mental foi-lhe concedido a sabedoria de antigos pergaminhos que possuíam vários segredos escritos ao longo de muitas gerações por alguns dos homens mais sábios do mundo.
Através da sua leitura aprendeu a utilizar a percentagem total do seu cérebro o que lhe possibilitou adquirir ao longos dos anos várias capacidades extraordinárias. Além de uma elevada inteligência, Cannon tem algum nível de telequinesia, é capaz de sustentar enormes quantidades de dor, consegue visualizar através de flashes o que ocorreu num determinado local e apresenta alguma influência com os animais.
Após concluir o seu treino e a leitura dos pergaminhos foi enviado, juntamente com o seu amigo Tabu, para a América onde acabaria por se tornar num novo herói, "Thunderbolt".
Posteriormente (1983) o herói juntamente com outros personagens da Charlton Comics, foi adquirido pela DC Comics. Depois da sua morte em 2003 os direitos do personagem regressaram ao seu criador e desde essa altura nunca mais voltou a ser utilizado.
A sua origem apresenta várias semelhanças com a de "Amazing-Man" criado por Bill Everett em 1939.
Ozymandias
A maior inspiração para Adrian Veidt é Alexandre o Grande e é à sua imagem que ele constrói o seu alter-ego, "Ozymandias". Há semelhança do seu ídolo decidiu seguir a sua rota pelo mundo, partindo na Turquia e terminando em Alexandria. É durante esta viagem que Veidt decide tornar-se um herói mascarado. O nome, no entanto, é originário da cultura Egípcia da qual é grande entusiasta. Assim sendo "Ozymandias" não é mais do que a tradução grega de parte do nome do faraó "Ramases II".
O autor Alan Moore admirava a enorme capacidade cerebral e física do herói "Thunderbolt" e por isso criou "Ozymandias" à sua imagem.
Apesar deste último não usar a capacidade total do cérebro é considerado na novela gráfica como um dos homens mais inteligentes do planeta e de facto as suas capacidades mentais são extraordinárias. Como é visível ao longo da história Veidt tanto tem ideias brilhantes como é capaz de prestar atenção a múltiplas coisas ao mesmo tempo. Fisicamente encontra-se também no pico da condição humana.
Tendo perfeita noção que no seu percurso como herói apenas combatia os sintomas e não a doença que afecta o mundo acaba por eventualmente retirar-se do activo dois anos antes do Keen Act ter sido aprovado (o qual proibia a acção independente de heróis mascarados), passando assim a dedicar-se exclusivamente às suas empresas entre outros planos. Ao contrário de Nite Owl que nunca revelou a sua identidade mesmo após a reforma, Veidt assumiu publicamente que era Ozymandias, facto que usou para aumentar ainda mais a sua percentagem de negócios, começando a comercializar merchandising, tais como action figures do antigo herói que em tempos tinha sido. É de salientar que Veidt herdou a fortuna dos seus pais aos 17 anos mas doou-a por completo à caridade, voltando a construir o seu império exclusivamente a partir das suas próprias mãos.
Dr. Manhattan é o único herói em "Watchmen" que realmente possui poderes, todos os outros são simplesmente humanos com tudo de bom e de mau que isso tem. No entanto Ozymandias é dos humanos aquele que se aproxima de ser algo "mais". O facto de ele ter uma das maiores mentes do mundo aliado às suas extraordinárias condições físicas, fazem dele um dos mais poderosos personagens da história. O próprio acha que é capaz de feitos sobre-humanos tais como parar uma bala, uma vez que considera ter a capacidade mental para calcular tempos físicos de reacção, antecipar o disparo e por fim ter os reflexos necessários para apanhar a bala. Um processo extremamente complicado do qual apenas adianto que no final do livro ele se descobrirá capaz ou não de cumprir.
Na opinião do artista Dave Gibbons um dos maiores pecados do personagem é a sua arrogância, pois ele considera-se superior, menosprezando assim o resto da humanidade. De facto as capacidades dele encontram-se muito acima da média e por isso não é de estranhar que seja uma das poucas pessoas que o Dr. Manhattan considera interessantes.
Tentei não usar spoilers, mas a partir daqui quem quiser ler faça-o por sua conta e risco, apenas digo que não denuncio directamente nenhuma acção.
Veidt tem o desejo de usar as suas capacidades para salvar o mundo, no entanto a sua visão é muito distinta da dos outros heróis, para ele "os meios justificam os fins" e isso irá no futuro entrar em colisão com a filosofia de outros heróis, tais como Rorschach.
Nisto há que adorar a obra, pois todos os personagens estão muito bem construídos psicologicamente onde as suas acções correspondem perfeitamente às suas personalidades. E por isso é interessante que o escolhido para desempenhar determinadas acções tenha sido precisamente o "homem mais inteligente do planeta", o que faz sentido, até porque inteligência e moral não são sinónimos. Ozymandias é um visionário disso não há dúvidas, agora se de facto "os fins justificam os meios" é uma questão que deixo a cada um. Para mim penso que a resposta é não, mesmo tendo noção que em determinados contextos os frutos colhidos no futuro poderão ser melhores e obviamente que cada caso é um caso, mas seguir por vezes determinados caminhos é condenar a nossa própria humanidade. No entanto não posso negar o poder de determinadas decisões e a força necessária para as tomar.
Nota: Algumas informações foram retirados do site da wikipédia e da toonopedia.
Peter Cannon foi criado por Pete Morisi e editado originalmente pela Charlton Comics em 1966.
Cedo se tornou órfão quando os seus pais, membros de uma equipa de médicos missionários, perderam as suas vidas a combater um tipo de "Peste Negra" nos Himalaias. Em memória deles, acabou por ser criado e educado em um mosteiro Tibetano.
Após ter atingindo o nivel máximo de perfeição fisica e mental foi-lhe concedido a sabedoria de antigos pergaminhos que possuíam vários segredos escritos ao longo de muitas gerações por alguns dos homens mais sábios do mundo.
Através da sua leitura aprendeu a utilizar a percentagem total do seu cérebro o que lhe possibilitou adquirir ao longos dos anos várias capacidades extraordinárias. Além de uma elevada inteligência, Cannon tem algum nível de telequinesia, é capaz de sustentar enormes quantidades de dor, consegue visualizar através de flashes o que ocorreu num determinado local e apresenta alguma influência com os animais.
Após concluir o seu treino e a leitura dos pergaminhos foi enviado, juntamente com o seu amigo Tabu, para a América onde acabaria por se tornar num novo herói, "Thunderbolt".
Posteriormente (1983) o herói juntamente com outros personagens da Charlton Comics, foi adquirido pela DC Comics. Depois da sua morte em 2003 os direitos do personagem regressaram ao seu criador e desde essa altura nunca mais voltou a ser utilizado.
A sua origem apresenta várias semelhanças com a de "Amazing-Man" criado por Bill Everett em 1939.
Ozymandias
A maior inspiração para Adrian Veidt é Alexandre o Grande e é à sua imagem que ele constrói o seu alter-ego, "Ozymandias". Há semelhança do seu ídolo decidiu seguir a sua rota pelo mundo, partindo na Turquia e terminando em Alexandria. É durante esta viagem que Veidt decide tornar-se um herói mascarado. O nome, no entanto, é originário da cultura Egípcia da qual é grande entusiasta. Assim sendo "Ozymandias" não é mais do que a tradução grega de parte do nome do faraó "Ramases II".
O autor Alan Moore admirava a enorme capacidade cerebral e física do herói "Thunderbolt" e por isso criou "Ozymandias" à sua imagem.
Apesar deste último não usar a capacidade total do cérebro é considerado na novela gráfica como um dos homens mais inteligentes do planeta e de facto as suas capacidades mentais são extraordinárias. Como é visível ao longo da história Veidt tanto tem ideias brilhantes como é capaz de prestar atenção a múltiplas coisas ao mesmo tempo. Fisicamente encontra-se também no pico da condição humana.
Tendo perfeita noção que no seu percurso como herói apenas combatia os sintomas e não a doença que afecta o mundo acaba por eventualmente retirar-se do activo dois anos antes do Keen Act ter sido aprovado (o qual proibia a acção independente de heróis mascarados), passando assim a dedicar-se exclusivamente às suas empresas entre outros planos. Ao contrário de Nite Owl que nunca revelou a sua identidade mesmo após a reforma, Veidt assumiu publicamente que era Ozymandias, facto que usou para aumentar ainda mais a sua percentagem de negócios, começando a comercializar merchandising, tais como action figures do antigo herói que em tempos tinha sido. É de salientar que Veidt herdou a fortuna dos seus pais aos 17 anos mas doou-a por completo à caridade, voltando a construir o seu império exclusivamente a partir das suas próprias mãos.
Dr. Manhattan é o único herói em "Watchmen" que realmente possui poderes, todos os outros são simplesmente humanos com tudo de bom e de mau que isso tem. No entanto Ozymandias é dos humanos aquele que se aproxima de ser algo "mais". O facto de ele ter uma das maiores mentes do mundo aliado às suas extraordinárias condições físicas, fazem dele um dos mais poderosos personagens da história. O próprio acha que é capaz de feitos sobre-humanos tais como parar uma bala, uma vez que considera ter a capacidade mental para calcular tempos físicos de reacção, antecipar o disparo e por fim ter os reflexos necessários para apanhar a bala. Um processo extremamente complicado do qual apenas adianto que no final do livro ele se descobrirá capaz ou não de cumprir.
Na opinião do artista Dave Gibbons um dos maiores pecados do personagem é a sua arrogância, pois ele considera-se superior, menosprezando assim o resto da humanidade. De facto as capacidades dele encontram-se muito acima da média e por isso não é de estranhar que seja uma das poucas pessoas que o Dr. Manhattan considera interessantes.
Tentei não usar spoilers, mas a partir daqui quem quiser ler faça-o por sua conta e risco, apenas digo que não denuncio directamente nenhuma acção.
Veidt tem o desejo de usar as suas capacidades para salvar o mundo, no entanto a sua visão é muito distinta da dos outros heróis, para ele "os meios justificam os fins" e isso irá no futuro entrar em colisão com a filosofia de outros heróis, tais como Rorschach.
Nisto há que adorar a obra, pois todos os personagens estão muito bem construídos psicologicamente onde as suas acções correspondem perfeitamente às suas personalidades. E por isso é interessante que o escolhido para desempenhar determinadas acções tenha sido precisamente o "homem mais inteligente do planeta", o que faz sentido, até porque inteligência e moral não são sinónimos. Ozymandias é um visionário disso não há dúvidas, agora se de facto "os fins justificam os meios" é uma questão que deixo a cada um. Para mim penso que a resposta é não, mesmo tendo noção que em determinados contextos os frutos colhidos no futuro poderão ser melhores e obviamente que cada caso é um caso, mas seguir por vezes determinados caminhos é condenar a nossa própria humanidade. No entanto não posso negar o poder de determinadas decisões e a força necessária para as tomar.
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sábado, fevereiro 14, 2009
Comemorou-se ontem os 200 anos sobre o nascimento de Charles Robert Darwin. Um revolucionário da "Teoria da Evolução", que ao introduzir a sua "Teoria da Selecção Natural" deu um valente salto à frente nos pensamentos da época que passavam pelas Teorias de Lamarck e companhia. E com isto não pretendo diminuir o trabalho dos mencionados, pois há que começar por algum lado.
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Tindersticks - Dying Slowly
Hoje tocam por Lisboa, amanha no Porto.
Acredito que o concerto seja memorável, mas infelizmente não vou estar lá.
Para recordar, "Dying Slowly".
Acredito que o concerto seja memorável, mas infelizmente não vou estar lá.
Para recordar, "Dying Slowly".
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Dark Was The Night
No dia 16 de Fevereiro será colocado à venda "Dark Was The Night" uma compilação de 31 canções que conta com os mais ilustres nomes do movimento indie/rock actual. Para verem a lista de músicas cliquem aqui.
As receitas das vendas irão reverter a favor da "Red Hot Organization", uma associação internacional dedicada ao combate do vírus HIV.
Descobri esta "pérola" da música no Insónia Permanente e tal e qual como uma criança que quando vê um gelado nas mãos de outra também quer, quis logo fazer o meu poster com três canções. Na altura pensei que dava para criarmos o poster também, mas não, é só para escolher três canções das disponíveis.
Pelas que já ouvi acho que vem aí um álbum poderoso.
terça-feira, fevereiro 10, 2009
sábado, fevereiro 07, 2009
Optimus Alive - Os primeiros nomes
E o famoso D misterioso foi finalmente revelado. São os "Dave Matthews Band".
Bem me chamavam de inocente quando na altura proferi que podia muito bem ser "David Bowie". Afinal de contas tinha acabado de sair de um festival que juntava Bob Dylan e Neil Young. Tudo parecia possível na altura.
Uma das bandas em que mais se apostava eram os "Depeche Mode" que acabaram por ir para o "Super Bock Super Rock" (e eu lá estarei pois claro).
Mas focando-me no "Alive" à banda do talentoso Dave Matthews juntam-se os Metallica. Eles bem disseram quando os vi no 1º "Rock in Rio" que gostavam de voltar cá muitas mais vezes.
Outros nomes que em princípio também farão parte do cartaz são os "Slipknot" e "Erol Alkan".
Para mais informações ir à página do Blitz.
Bem me chamavam de inocente quando na altura proferi que podia muito bem ser "David Bowie". Afinal de contas tinha acabado de sair de um festival que juntava Bob Dylan e Neil Young. Tudo parecia possível na altura.
Uma das bandas em que mais se apostava eram os "Depeche Mode" que acabaram por ir para o "Super Bock Super Rock" (e eu lá estarei pois claro).
Mas focando-me no "Alive" à banda do talentoso Dave Matthews juntam-se os Metallica. Eles bem disseram quando os vi no 1º "Rock in Rio" que gostavam de voltar cá muitas mais vezes.
Outros nomes que em princípio também farão parte do cartaz são os "Slipknot" e "Erol Alkan".
Para mais informações ir à página do Blitz.
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
O Menino Triste – A Essência
De Coimbra a Veneza, do sonho à realidade, estes são os caminhos percorridos pelo “Menino Triste” ao longo desta fantástica viagem.
Dentro de um quarto recheado de imagens, livros e discos encontramo-lo a tentar desesperadamente criar uma banda desenhada. Mas como o próprio diz, não são todos os dias em que um artista consegue criar. O sentimento característico de ter apenas uma folha em branco à nossa frente assombra qualquer um e por isso decide passear um pouco pela cidade de Coimbra enquanto medita sobre o que é a arte, quais os seus processos de criação e qual a sua verdadeira essência. Pensamentos estes que se tornam ainda mais interessantes quando são desenvolvidos em uma discussão com os seus amigos.
Quantos de nós já se questionaram sobre o que é a arte? E qual a sua essência? O que faz uma obra ser arte? É o seu criador? As pessoas que a admiram como tal? Ou ambas? Esta é sem dúvida uma discussão que costuma resultar em muitas mais questões do que em respostas e por isso o “Menino Triste” decide aceitar o conselho dos seus amigos e partir numa viagem, em busca de inspiração e da tão desejada essência da arte. O destino escolhido é nada mais, nada menos do que a bela cidade de Veneza, precisamente na altura em que decorre o carnaval Veneziano.
A viajem pelas suas ruas é riquíssima, não só no traço incrivelmente detalhado da cidade, como também nas múltiplas referências artísticas que vamos absorvendo ao longo da narrativa. São vários os momentos em que se respira Shakespeare, Wagner, Mozart, Pratt ou Da Vinci, entre outros. O breve instante em que surge a silhueta de Corto Maltese, a inesperada aparição do maestro António Vitorino de Almeida, ou os excertos de “O Mercador de Veneza”, são alguns dos momentos que mais diversão me proporcionaram durante esta leitura que aliados a todos os outros demonstram como “A Essência” é uma obra que possui uma longa e detalhada pesquisa.
É de realçar igualmente o fascinante prefácio da autoria de José Luís Peixoto que é também, há sua maneira, um “Menino Triste”. “Triste” que aqui ao contrário do que se possa pensar não se refere necessariamente a tristeza ou infelicidade, mas antes a uma preocupação, como o próprio autor salienta.
Este livro constitui assim o primeiro lançamento da editora “Qual Albatroz” que começa com o pé direito ao nos trazer uma bela edição de capa dura e com grande qualidade gráfica. Esperemos que esta qualidade se mantenha no futuro.
O “Menino Triste – A Essência” da autoria de João Mascarenhas foi lançado no FIBDA 2008 e é na minha opinião um dos melhores livros de BD editados por cá no ano passado. Trata-se de uma viagem espiritual em busca da verdadeira essência da arte, quando a resposta esteve sempre dentro de nós. Ao terminar o livro não deixa de ser curioso olhar para trás e reparar que a frase escolhida pelo autor para iniciar esta história: “O que não se vê, apenas se revela, a quem saiba procurar dentro de si”, seja precisamente a resposta para a grande questão colocada.
Excertos deste comentário e uma entrevista ao autor, João Mascarenhas encontram-se publicados na edição de Fevereiro da Rua de Baixo.
Rua de Baixo V.2 - Edição de Fevereiro
A edição nº 41 da "Rua de Baixo" já se encontra disponível no sítio do costume.
O regresso de Jason Voorhees e Danny Boyle, o concerto de Nitin Sawhney que se aproxima, ou o novo projecto de Tiago Gomes e Tó Trips são alguns dos seus muitos ingredientes.
Em grande destaque a reportagem "Nós Lá Fora", sobre a imigração em Portugal.
Para os apreciadores de Banda Desenhada temos uma entrevista com João Mascarenhas o autor do "Menino Triste", a quem aproveito para agradecer novamente o tempo despendido.
E quase que me esquecia a secção de "Passatempos" está oficialmente inaugurada.
O regresso de Jason Voorhees e Danny Boyle, o concerto de Nitin Sawhney que se aproxima, ou o novo projecto de Tiago Gomes e Tó Trips são alguns dos seus muitos ingredientes.
Em grande destaque a reportagem "Nós Lá Fora", sobre a imigração em Portugal.
Para os apreciadores de Banda Desenhada temos uma entrevista com João Mascarenhas o autor do "Menino Triste", a quem aproveito para agradecer novamente o tempo despendido.
E quase que me esquecia a secção de "Passatempos" está oficialmente inaugurada.
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