quinta-feira, novembro 29, 2007

Peter Murphy ao vivo hoje em Gaia


Hoje em Gaia Peter Murphy vai dar um concerto. Os bilhetes encontram-se esgotados e pudera, não só estamos a falar do vocalista dos Bauhaus, como os preços eram a 10 euros!!!
Eu infelizmente não vou poder ir, mas desejo um bom concerto a todos os que vão assistir.
Deixo aqui um vídeo dos Nine Inch Nails com Peter Murphy a cantar "Reptile", uma excelente canção desta banda com a grande voz de Murphy.

A Última Obra-Prima de AARON SLOBODJ

José Carlos Fernandes é considerado por muitos, um dos maiores experimentalistas da banda desenhada portuguesa e em “A Última Obra-Prima de Aaron Slobodj” editada pela Devir em 2004, volta a sublinhar essas palavras. Apesar de esta obra não ser considerada por muitos como banda desenhada, não foi por isso que deixou de arrecadar o prémio FIBDA para melhor argumento de autor português em 2005.
O livro começa com uma introdução e notas biográficas sobre Aaron Slobodj, um suposto artista mais apaixonado pela destruição do que pela criação, e por isso mesmo, muito poucas foram as suas obras recuperadas, tratando-se de um verdadeiro desconhecido para a população em geral.
O universo imaginário que J.C. Fernandes criou em volta desta personagem está muito bem conseguido e a vida deste artista quer acreditemos que ele era um génio ou uma fraude é uma estória extremamente atractiva, é como se ele tivesse realmente existido. Mas J.C. Fernandes não se limita a criar a estória da vida de Aaron Slobodj, criando também estudiosos na vida deste artista que chegam a acusar o próprio J.C. Fernandes de uma má abordagem em relação ao modo como tratou neste livro a última obra encontrada do artista, que dá pelo nome de Big Bang. Falo do texto escrito pelo professor Zacharias Sontag em que este aborda o artista numa perspectiva maior, preenchendo alguns eventuais erros na introdução e pesquisa biográfica feitas por J.C. Fernandes, e do texto final em que nos deparamos com uma carta supostamente escrita pelo Dr. Edgar Snorkel (crítico de banda desenhada) em que avisa que “A Última Obra-Prima de Aaron Slobodj”, não passa de uma falsificação, acusando (in)directamente J.C. Fernandes de ser o falsificador.
Mas falando da obra em si, em que consiste afinal? J.C. Fernandes apresenta-nos um conjunto de 38 imagens e 38 fragmentos de texto, que Aaron Slobodj teria enviado para vários endereços, antes de morrer. Reunidos todos os fragmentos temos “A Última Obra-Prima de Aaron Slobodj”. Nesta obra redescoberta fica o desafio de encontrar um sentido para as imagens e texto, o próprio livro está construído para que possamos associar qualquer imagem a qualquer texto da forma que quisermos e aqui entra também uma grande componente da imaginação de cada um (ou não).
Refere-se na introdução feita pelo professor Zacharias Sontag, que a ideia de Slobodj, não seria apenas usar combinações de texto e imagem, mas também entrar com a componente do espaço e daí ter enviado para diversos endereços uma imagem e um pedaço de texto, relembrando que diferentes imagens e textos podem ter diferentes interpretações consoantes o país onde estão. É toda esta mística criada por J.C. Fernandes à volta de Aaron Slobodj que mais me fascinou neste livro.
E agora saindo um pouco do mundo imaginário de Aaron Slobodj (como se fosse possível), e discutindo se de facto as 38 imagens fazem algum sentido com os fragmentos de texto, é uma escolha que deixo ao leitor, claro que (como é referido) uma das ideias do autor pode ser a de simplesmente não ter sentido nenhum.
Concluindo, trata-se de uma obra bastante inovadora e experimental, não aconselhada a pessoas sem sentido de humor e principalmente sem imaginação (ou vice-versa).

Publicado originalmente em Rua de Baixo (Julho de 2006) por José Gabriel Martins (Loot)

terça-feira, novembro 27, 2007

The Cure em Portugal

A Cura chega a Portugal e não vem na forma de injecção, comprimido ou do terrível supositório.
Os The Cure vão tocar dia 8 de Março no Pavilhão Atlântico no âmbito da digressão do seu mais recente álbum que sairá algures no próximo ano.
Facilmente reconhecidos pelo seu carismático vocalista Roberth Smith (o único homem que não sabe por bâton nos lábios e se consegue safar com isso), os The Cure são uma banda carregada de personalidade que já tem na sua bagagem 31 anos de carreira.
Os bilhetes já se encontram à venda e a pior parte são os preços, que vão desde os 28 até aos 40 euros. Uma pena que não sejam todos como o concerto do Peter Murphy, ou seja, 10 euros.
De qualquer das maneiras espero estar lá e espero que toquem esta:

All Will Be Revealed...

A nova capa da revista" Empire" vai ser nada mais nada menos do do que Heath Ledger na pele desse Don Juan ou Casanova (que fica melhor nesta caso), que é o JOKER!!!!
Achei muito engraçado a forma como têm estado a revelar essa imagem através deste site (está quase completa).
A capa da revista já pode ser encontrada completa na net, mas gostei da ideia e aproveito para reforçar a minha confiança neste actor e no que ele pode fazer com este personagem.

Gerard Butler em "The Phantom Of The Opera"

Apenas conhecia Gerard Butler como guerreiro, após ter visto "Atilla" e "300".
Já sabia que nesse registo tinha uma voz poderosa, uma voz de líder.
Não sabia no entanto que cantava tão bem, algo que descobri há uns meses após o visionamento de "The Phantom Of The Opera".


The Phantom Of The Opera & The Music Of The Night




segunda-feira, novembro 26, 2007

Murder Mysteries

Li recentemente este livro e adorei, trata-se de uma brilhante adaptação aos comics, por P. Craig Russel, de uma aclamada estória que posteriormente deu origem a uma peça de rádio do novelista Neil Gaiman.
“Murder Mysteries” não tem uma estória para contar... tem duas. A estória parte das recordações de um Inglês, numa altura em que foi forçado a estar uma semana em Los Angeles (cidade dos anjos). Deambulamos por essas escassas e frágeis memórias, até darmos com o nosso protagonista sentado num banco a conversar com um senhor mais velho, que em troca de um cigarro, lhe oferece uma estória. Uma estória em que ele é não um homem, mas um anjo, Raguel o anjo da vingança.
Rapidamente somos ofuscados pelo brilho deste novo conto, que nos remete para o princípio dos tempos, na cidade de cristal (a cidade dos anjos), onde o Universo ainda está em fase de construção, e todos os anjos têm um papel a desempenhar. Até que um anjo é morto, e pela primeira vez é necessária a criação de alguém que faça cumprir a justiça de Deus, pela primeira vez Raguel é preciso.
Acompanhamos este anjo na procura incessante de um assassino, e no final dessa procura descobrimos que se tratava de um plano muito maior, algo catalisador de um grande evento no futuro.
Eu sempre adorei o modo como Gaiman retrata Lúcifer, e neste livro um dos objectivos acaba por ser, o de mostrar o princípio do fim desta personagem, uma confirmação do que Lúcifer diz em “Sandman – Season of mists”. Só vos posso dizer que, estranhos são os desígnios de Deus.
Mas será que é tudo? E não entendam mal, esta estória era mais do que suficiente para me deixar muito satisfeito, mas como disse antes “Murder Mysteries” tem uma estória dentro de outra. Ainda há algo que não foi contado e tecnicamente nunca chegará a ser.

Publicado originalmente em Rua de Baixo (Junho de 2006) por José Gabriel Martins (Loot)

quinta-feira, novembro 22, 2007

Dois "Cachorros" e um "Cordeiro"

Reparei que esta semana foram parar ao mesmo tempo na minha aparelhagem dois "cachorros" e um "cordeiro" e ainda vão continuar por lá um bom tempo.
Deixo-vos então com uma pequena amostra de cada um, desejando a todos um bom fim de semana.


Tom Waits - Rain Dogs





David Bowie - Diamond Dogs





Genesis - The Lamb Lies Down On Broadway

Freaks: No Coração Da América

Encontra-se já disponível há alguns meses, a edição portuguesa de “Freaks”. Depois de “30 dias de noite” e “Dias Sombrios” a Devir continua (e muito bem) a apostar em trabalhos de Steve Niles, que troca agora a sua saga de vampiros, por uma viagem sombria pela América rural. A arte fica desta vez, a cargo de Greg Ruth, que através dos seus desenhos consegue transmitir em perfeição, o ambiente lúgubre e melancólico característicos deste conto.
Quando entramos no mundo de “Freaks” por momentos parece que nos encontramos num filme de Carpenter, onde numa aldeia distante, num dia como outro qualquer, sem explicação ou razão aparente, todas as mulheres engravidaram. E todas as crianças que nasceram fruto do que aconteceu nesse dia nasceram um pouco “diferentes”. Chamadas pelos pais de “aberrações” algumas delas apresentavam características (físicas) de animais e eram todas aos olhos dos mesmos, seres hediondos e monstruosos.
E como o que não é compreendido facilmente é temido, rapidamente se decidiu por um termo à vida destas crianças: cada pai teria de se “livrar” do seu filho. Mas consegue um pai matar um filho? Mesmo não compreendendo como uma “aberração” poderia algum dia ter sido gerada por ele? Consegue um pai matar sangue do seu sangue? A resposta não foi imediata para todos, e assim a maioria manteve em segredo estas crianças, fechadas em sótãos ou celeiros a serem tratadas e alimentadas como animais.
A estória começa por contar a relação de Trevor, uma das crianças “normais” com o seu irmão mais novo Will, uma das crianças “diferentes”. É Trevor quem vai alimentar Will ao celeiro, é ele quem de noite foge para o libertar, para que protegidos pelo manto da escuridão possam brincar, conversar, serem irmãos e por uns breves momentos serem livres.
Para uma estória que retrata de forma tão sombria, o modo de agir de uma comunidade perante os seus receios, “Freaks” não deixa de surpreender ao terminar este conto não com um sentimento de tragédia, mas sim de esperança.

Publicado originalmente em Rua de Baixo (Maio de 2006) por José Gabriel Martins (Loot)

quarta-feira, novembro 21, 2007

Beowulf

"Beowulf" é um poema épico anónimo escrito algures entre o século VIII e XI.
Este épico tem início nos finais do século V e conta a estória de Beowulf um guerreiro Geat em busca de glória, que juntamente com os seus bravos guerreiros pretende salvar uma aldeia Dinamarquesa dos terríveis ataques que tem sofrido por parte de um monstro chamado Grendel.
Mas Grendel é mais do que um típico monstro, é o fruto de uma relação de luxúria e ganância, fruto da eterna tentação que faz os Homens venderem a alma em troca de glória e riqueza.
Após a morte de Grendel os ataques não param e Beowulf terá agora de enfrentar a mãe do monstro em um conflito mais espiritual do que físico, obrigado como outros antes dele, a tomar uma decisão que para sempre alterará o curso da sua vida.
Uma das grandes atracções deste filme é o formato em que nos é apresentado, ou seja, existe a possibilidade de visualizar este filme em 3D e se puderem optar é este o formato que aconselho. O 3D não é de longe uma tecnologia recente (apesar de ter sofrido melhoramentos ao longo dos anos), mas também não é comum. Eu pessoalmente nunca tinha visto um filme neste formato e por isso a curiosidade em ter uma experiência do género era enorme.
O filme é também de animação utilizando a técnica motion capture que Zemeckis já tinha experimentado em "Polar Express", mas elevando-a a outro nível neste filme.
O argumento é de Roger Avary e Neil Gaiman, este último um escritor por quem nutro um enorme respeito e admiração.
No entanto "Beowulf" para mim não cumpriu as expectativas. Gostei do filme, alguns momentos de animação são fantásticos e a experiência em 3D é sem dúvida muito interessante com momentos em que me encontrei a desviar de flechas, mas no final não pude deixar de sair da sala com a sensação de que soube a pouco em termos de desenvolvimento da estória.
Nunca é de mais lembrar que "Beowulf" pode ser uma obra recente no cinema, mas já existe há muitos anos e tem influenciado várias gerações no mundo do fantástico, inclusivé um dos grandes senhores do género, Tolkien.
Durante o filme enquanto observava Ray Winstone como o valente Beowulf, não podia deixar de me lembrar de Gerard Butler como Leónidas em 300 e como seria vê-lo a ele interpretar esta personagem, coincidência ou não, a verdade é que ele já o fez na adaptação de 2005 desta obra de nome "Beowulf & Grendel".
Para finalizar, penso que vale a pena ir ver este filme a uma sala de cinema, nem que seja pela experiência diferente que proporciona, mas não tenho dúvidas que daqui a uns anos quando estiver a falar de filmes que adoro este será um daqueles que não me irá passar pela cabeça.
Agora afastando-me um pouco do filme, pergunto-me se já que esta técnica de filmagem é utilizada em alguns jogos da PlayStation 3, porque não usar isto com o formato 3D também?

terça-feira, novembro 20, 2007

Decades

Uma vez que estreou recentemente "Control" não é de admirar que muitos de nós estejam a (re)visitar alguns dos grandes momentos da carreira da tão célebre banda que são os "Joy Division".
A música dos "Joy Division" é ainda hoje uma grande influência no mundo da música, como se pode constantar ao ouvir bandas como os "Interpol", "Editors" ou "She Wants Revenge".
Mas os Joy Division foram mais além do que apenas influenciar dentro da sua área. Esta banda foi uma das grandes fontes de inspiração para a criação de uma das grandes BDs do nosso tempo: "The Crow" de James O´Barr.
O´Barr perdeu a sua namorada em um acidente de trânsito, culpa de um condutor embriagado e através da sua dor escreveu em "sangue" uma estória de amor, sofrimento e morte.
Para escrever esta estória o autor em vez de ir procurar inspiração em outras BDs, foi encontrá-la na música dos Joy Division, The Cure, Iggy pop entre outros e na poesia de Arthur Rimbaud.
Deixo-vos então com uma das músicas que influenciou esta magnífica obra: "Joy Division - Decades".

segunda-feira, novembro 19, 2007

TIm Burton Realiza Alice No País Das Maravilhas!

Se me perguntassem qual o realizador que eu gostaria de ver a transpor o mundo fantástico de Lewis Carrol para o cinema, eu escolheria Tim Burton ou David Lynch.
O Papel calhou a Tim Burton que assinou com a Disney a realização de dois filmes.
O primeiro será então "Alice no País das Maravilhas". O genial conto de Lewis Carrol, será um filme de animação e será apresentado também à semelhança de "Beowulf" a três dimensões.
Espero que para este filme Johnny Depp e Helena Boham-Carter façam novamente parte de um elenco de Burton.
O segundo é o remake da sua curta-metragem "Frankenweenie". Esta curta pode ser encontrada na edição portuguesa do dvd de "The Nightmare Before Christmas".

Questiono-me como será ver este fabuloso gato em uma adaptação de Tim Burton.

sexta-feira, novembro 16, 2007

WE3

Se vos disser que WE3, é sobre a vida de um cão, um gato e um coelho, talvez a maior parte de vocês, se lembre dos filmes de domingo à tarde da TVI e não se sinta cativado a ler, mas a verdade é que se trata de muito mais do que isso.
Escrito por Grant Morrison com arte de Frank Quitely, WE3 foi editado o ano passado na América e ainda está à espera do seu lugar cativo numa edição portuguesa. Pessoalmente acho que este livro deve ser lido sabendo o mínimo possível sobre ele, partam à aventura e confiem, porém se ainda não estão convencidos, continuem a ler.
O governo americano gastou milhões de dólares, para criar a arma perfeita. Esta arma não é nada mais do que um cão chamado Bandit, um gato chamado Tinker e um coelho chamado Pirate. Animais alterados ciberneticamente, colocados dentro de armaduras robóticas, fazem parte de um programa militar, com o fim de substituir soldados humanos.


Após completarem com sucesso mais uma missão ao assassinarem um ditador, o projecto WE3 é agendado para destruição, uma vez que se tornou obsoleto e necessita de ser substituído. Roseanne Berry, a nossa “Doctor Dolittle”, não concordando com esta decisão, liberta os animais, e assim começa esta estória, em que as forças militares procuram desesperadamente reaver a sua arma mais letal e mortífera, que se encontra algures em liberdade, em solo civil.
É incrível como WE3, com poucos diálogos, nos conta uma estória, tão terna e ao mesmo tempo tão apocalíptica. A ideia de transformar animais em máquinas assassinas, é desumana e no entanto quantos de nós duvidariam que isso acontecesse caso a tecnologia necessária fosse providenciada? Ao longo da estória acompanhamos os animais em fuga, e temos tempo de os conhecer melhor, de reparar que desenvolveram personalidades diferentes e distintas, que apesar de perseguidos e obrigados a lutar pelas suas vidas, ainda mantêm a prioridade de salvar a vida de inocentes.


Grant Morrison regressa mais uma vez com um trabalho excepcional, e como já é habitual, junta forças a um dos mais talentosos artistas do género. Frank Quitely já provou várias vezes que é um dos melhores e não só voltou a sublinhar essas palavras, como as suas novas experiências em termos de design, nos deixam boquiabertos, os pormenores, os close-up, tudo até ao mínimo detalhe é levado em consideração, proporcionando-nos até em algumas páginas uma viagem quase tridimensional.

Publicado originalmente em Rua de Baixo (Abril de 2006) por José Gabriel Martins (Loot)

quinta-feira, novembro 15, 2007

Control, American Gangster, Beowulf - Trailers

Esta quinta-feira chegam finalmente às nossas salas estas três obras.


"Control" conta a vida de Ian Curtis o famoso vocalista dos Joy Division, que é interpretado por Sam Riley cujas semelhanças físicas são bem notórias. Uma curiosidade é que Sam Riley entrou no filme "24hr party people" mas não como Ian Curtis.
Os "Joy Division" são uma das bandas, juntamente com os The Cure, que mais marcaram o rock do final dos anos 70. E é nestas situações que se comprova a qualidade dos músicos, pois mesmo após o suicídio de Curtis, a banda continuou em frente, num novo projecto, num novo registo agora mais electrónico e sempre com um grande nível de qualidade, falo claro dos "New Order".
Mas deles falarei numa outra altura, hoje é dia de "Joy Division", hoje é dia de Ian Curtis.
Cliquem na imagem para ver o trailer.


"American Gangster" é o novo filme de Ridley Scott e junta frente a frente dois grandes actores do nosso tempo, Denzel Washington e Russel Crowe. Pela amostra do trailer este duelo entre detective e mafioso promete e muito.
Cliquem na imagem para ver o trailer.


Por fim estreia Beowulf (versão 3D) de Robert Zemeckis. Já foram feitos mais filmes no passado sobre este poema, a novidade deste projecto tem a ver com a forma como foi feito. Quando começamos a ver o trailer parece que estamos a ver mesmo os actores, mas à medida que o tempo passa cedo nos apercebemos que se trata de um filme de animação.
Muito interessante é a possibilidade de ver este filme em 3D.
O argumento deste filme foi escrito por Neil Gaiman e Roger Avary.
Cliquem na imagem para ver o trailer.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Influências/Semelhanças #7

Quem nunca ouvir falar de Atlântida? Um continente ou ilha submersa em água, cuja existência nunca foi comprovada.
Mito ou realidade? A verdade é que desde há muitos anos que a sua lenda faz parte da nossa cultura, vários livros fictícios ou científicos foram escritos sobre ela, até filmes, quadros e porque não personagens de banda desenhada também?
Mencionada por Platão e eternizada na mitologia grega como a ilha que durante a divisão das terras se tornou de Poseídon, o deus dos mares, Atlântida faz e fará sempre parte da nossa história.

Namor - The Submariner

Namor é filho de Fen (filha de Thakorr, um Imperador de Atlântida) e de um Capitão Americano de nome Leonard McKenzie. No dia em que Fen desapareceu após ter ido explorar o barco onde Leonard se encontrava, o Imperador Thakorr ordenou às suas tropas que o atacassem. No entanto Fen não corria nenhum risco, a sua ausência era devida ao facto de se ter tornado noiva de Leonard, que infelizmente foi morto durante o ataque (ou assim se presume).
Passados nove meses nasceu uma criança rosada no meio do povo azul de Atlântida, tinha nascido Namor.
Meio humano e meio híbrido, Namor apresenta uma fisiologia anfíbia, o seu corpo está preparado para aguentar as elevadas pressões dos mares, tem força sobre-humana, velocidade, resistência e durabilidade. Controle telepático sobre todas as criaturas marinhas, poderes eléctricos (similares aos das enguias) e retardamento do envelhecimento. Os seus poderes diminuem há medida que passa mais tempo afastado da água.
Todos os poderes de Namor podem ser mais ou menos explicados através da sua fisiologia metade humana metade anfíbia, todos menos um. Namor tem a capacidade de voar algo que tanto o povo de Atlântida como da Terra não é capaz. É por isso que de há uns tempos para cá que Namor tem sido apelidado como o primeiro Mutante da Marvel.
Por primeiro mutante entenda-se o primeiro a ser criado e não o primeiro na cronologia das estórias Marvel, a titulo de curiosidade o primeiro mutante da Terra é muitas vezes mencionado ter sido En Sabah Nur, mais conhecido por Apocalypse, que nasceu algures no século 30 AC.
A sua paixão por Sue Richards (Invisible Woman) é muito conhecida no mundo da Marvel e foi alvo de inúmeras discussões entre ele e Reed Richards (Mr. Fantastic).
Apesar de ter ameaçado o povo terrestre de guerra várias vezes, Namor é um dos maiores defensores do planeta, já tendo pertencido a vários grupos de super heróis, entre eles os Avengers, os Defenders e os Illuminati, este último um segredo até para a comunidade dos super heróis.
Foi criado por Bill Everett em 1939 e foi um dos primeiros personagens a apresentar características de anti-herói.

Aquaman

Aquaman foi criado em 1941 por Mort Weisinger e Paul Norris.
Este é um dos raros casos em que a personagem mais original pertence à Marvel e não à DC. Tudo bem que na altura que Namor foi criado a Marvel como editora ainda se chamava Timely, mas eventualmente mudaria o nome.
Durante os chamados anos de ouro da DC, Aquaman é retratado como o filho de um explorador que encontrou a Atlântida. A sua mãe morreu quando ele era bebé e seu pai ficou com ele a viver em Atlântida descobrindo os seus segredos. Ao aprender os mistérios deste povo foi capaz de ensinar ao seu filho a respirar debaixo de água entre outras coisas.
Esta biografia foi eventualmente alterada na idade prateada da DC, e depois de a ler percebe-se perfeitamente porquê.
Foi em 1959 que Aquaman regressou ao mundo dos comics como Arthur Curry filho de Tom Curry e de Atlanna uma mulher que tinha fugido da cidade perdida de Atlântida, ou seja, tal como Namor, pai terrestre e mãe aquática.
O Corpo de Arthur também está preparado para aguentar as baixas temperaturas e as grandes profundidades típicas dos oceanos, consegue respirar debaixo de água, tem super força, resistência, velocidade e cura-se mais rápido que o típico humano. Consegue nadar a altas velocidades, ver na escuridão e tem uma audição mais sensível. Também consegue comunicar telepaticamente com a vida marinha, e aparentemente consegue usar a sua telepatia em todos os seres que tenham evoluído a partir da vida marinha, ou seja, humanos também. Os seus poderes também diminuem quanto mais tempo estiver afastado da água.
Aquaman cedo se tornou um defensor na Terra mas só mais tarde regressou a Atlântida para se tornar o seu Rei por direito, aparentemente a sua mãe era da realeza.
Mais tarde Orin (como viria a ser conhecido também) perdeu a mão, substituíndo-a por um arpão comandado telepaticamente por ele. Mais recentemente o seu arpão foi substituído pelo "Waterbearer" uma mão encantada que lhe providencia alguns poderes mágicos, tais como protege-lo de ataques mágicos e assumir várias formas, como por exemplo a de uma lâmina.
Aquaman sempre foi dos personagens principais da DC, o mais gozado, sendo muitas vezes retratado em segmentos de comédia, como o tipo que fala com os peixinhos. Verdade seja dita aquele fato amarelo e verde também nunca ajudou.
A DC e a Marvel lançaram em tempos uma BD onde alguns dos seus heróis se confrontavam e o vencedor era escolhido por votação do público. Evidente que isto deu "barraca" pois alguns heróis eram escolhidos pela popularidade e não por serem mais poderosos, o pior caso foi o do Wolverine que venceu o Lobo. Isto tudo para dizer que nessa BD o Namor enfrentou o Aquaman e perdeu, se bem me recordo eles estão praticamente empatados e o Aquaman comunica com uma baleia que se atira em cima do Namor vencendo. Muito fraquinha esta BD, muito mesmo.



Nota: Algumas informações como por exemplo as datas foram retirados do site da wikipédia.

terça-feira, novembro 13, 2007

Eastern Promises - Trailer

David Cronemberg volta a atacar e desta vez com "Eastern Promises".
O filme foi hoje exibido no Cinema Villa, em Cascais, dentro do programa do "European Film Festival".
Infelizmente a sessão era a das 16:30 e não pude comparecer restando-me apenas esperar que esta obra cinematográfica estreie nas salas nacionais.
Cliquem na imagem para aceder ao trailer.

domingo, novembro 11, 2007

V For Vendetta

Uma vez que a adaptação ao cinema da novela gráfica “V For Vendetta” está quase a chegar às salas portuguesas, faz sempre bem recordar este clássico escrito por Alan Moore com arte de David Loyd.
A acção desenrola-se num futuro alternativo, pós 3º guerra mundial. África e Europa foram devastadas, Inglaterra sobreviveu mas a que custo? O caos estava instalado, a ordem era necessária, e foram os grupos fascistas que a tentaram restabelecer sob a forma de ditadura. Erradicando a cultura, controlando os media, criando campos de concentração para as minorias étnicas, radicais de esquerda, socialistas e homossexuais, a liberdade não passava de uma palavra vazia na boca de todos, uma memória do passado.
A estória tem inicio 5 anos após os conflitos políticos, os campos de concentração encontram-se agora encerrados, uma vez que já cumpriram o seu objectivo. As ruas de Inglaterra continuam altamente vigiadas, o governo controla tudo e todos e o povo vive agora conformado com o seu estado de vida.
Tudo muda com o aparecimento de um estranho vigilante que dá pelo nome de V. O que começa por parecer uma vingança pessoal, mais tarde começa a tomar a forma de um plano muito mais complexo. Juntamente com Evey sua aprendiza, V instala o caos no país e é através deste, que poderá nascer a anarquia, onde o poder será restituído ao povo. Apesar de muitas das acções de V não serem de cariz heróico este surge aqui como uma espécie de Salvador, um Messias, mostrando que não é o povo que deve temer o seu governo, mas sim o governo que deve temer o seu povo.
Durante as séries existem muitas referências à letra V. Todos os capítulos da série começam por esta letra, o personagem principal esteve preso na cela 5 (V em numeração romana), este é visto várias vezes a ler e citar “V” de Thomas Pynchon, e é também curiosa a alusão à 5º sinfonia de Beethoven (onde as primeiras quatro notas representam a letra V em código morse).
Por fim V de Vingança, V de Vitória e V de Vendetta.

Publicado originalmente em Rua de Baixo (Março de 2006) por José Gabriel Martins (Loot)

sexta-feira, novembro 09, 2007

Genesis: Peter Gabriel VS Phil Collins







VS



Depois da conversa sobre DC VS Marvel, decidi mudar de tema e desta vez escolhi música.
Sou o que se pode chamar um recente apreciador da famosa banda "Genesis". Por recente não falo de semanas, mas reconheço que ainda me falta ouvir muita coisa, obviamente que para lá estou a caminhar.
Recentemente tem surgido em algumas conversas a questão sobre qual a melhor fase dos "Genesis"? Se com o Peter Gabriel ou se com o Phil Collins? Está bem surgido é uma palavra muito forte a verdade é que sou eu que tenho introduzido a questão em várias conversas, sou esse tipo de chato.
A maior parte das respostas que tenho obtido são em favor do Phil Collins, o que é normal pois tal como eu quase todas as pessoas da minha geração conheceram "Genesis" com Collins e muitos duvido que sequer tenham ouvido uma música na altura de Gabriel.
Não estou aqui para falar mal de ninguém, nem é essa a intenção destes "Versus" que ando a criar, a ideia é apenas trocar algumas impressões sobre variados assuntos e se possível que a escolha seja sempre difícil. Neste caso em particular para mim não é, apesar de respeitar imenso o Phil Collins como artista e gostar dele nos "Genesis", ao contrário de Patrick Bateman (revi o American Psycho recentemente) sou da opinião que esta banda é muito mais interessante no principio de carreira, ou seja, com Peter Gabriel.
Pelo pouco conhecimento que tenho da banda dá-me a sensação que na fase Peter Gabriel os "Genesis" eram mais ousados, alternativos, inovadores e arrojados. Essa foi a verdadeira altura visonária da banda.
Antes de começar a escrever este post, descobri que o último álbum de originais da banda "Calling All Stations" de 1997 é com o vocalista dos Stillskin, Ray Wilson.
Por isso fica a questão no ar para quem estiver interessado em comentar: Qual a vossa fase predilecta da carreira dos "Genesis"? (Falando apenas dos vocalistas).
Desta vez vou experimentar pela primeira vez usar uma sondagem por isso podem votar no lado direito, apesar do duelo ser entre Gabriel e Collins na sondagem acrescentei o nome de Ray Wilson pois também ele foi vocalista da banda mesmo que apenas por um muito breve período de tempo.


Genesis - Dancing with the Moonlit Knight (Peter Gabriel)


Genesis - Land Of Confusion (Phil Collins)


Genesis - Shipwrecked (Ray Wilson)

quarta-feira, novembro 07, 2007

O Desafio da Página 161

O Desafio da página 161 consiste em pegar no livro que nos está mais próximo, abrir na página 161 e transcrever a 5º frase completa.
O Menphis_Child desafiou-me e eu decidi aceitar.
O livro mais próximo de mim neste momento é "O Retrato de Dorian Gray" de Oscar Wilde. O problema é que o autor utiliza muitos pontos e para a 5º frase não ser apenas "Mas que importava?" decidi escrever mais um pouco para fazer sentido.
A frase é esta:

"Mas que importava? Que tinha Dorian Gray a ver com a morte de Sybil Vane? Não Havia nada a temer. Dorian Gray não a tinha assassinado."

O problema foi mesmo eu ainda estar na página 110 e não saber da morte de Sybil Vane, mas não faz mal já sentia que as trevas se estavam a aproximar da vida de Dorian Gray e esta revelação não foi de todo uma grande surpresa.

No entanto como o Menphis me fez a sugestão de usar um livro de BD que faz todo o sentido neste blog, além de tornar este desafio mais diversificado, abri a gaveta e olhei para o livro mais próximo. Eram dois, o "Tratado de Umbrografia" de José Carlos Fernandes e Luís Henrique e "V For Vendetta" de Alan Moore e David Lloyd.
O primeiro não tem tantas páginas e por isso aqui vos deixo a 5º frase que neste caso é também o 5º balão de "V For Vendetta":

"Eventually, I was terrorized into helping him, commit murders."

Agora é a parte em que temos de escolher apenas cinco bloggers e desafiá-los, mas sintam-se desafiados todos aqueles que lerem isto e coloquem as vossas frases na caixa de comentários:

- Cube (Cube)
- Izzi (Noise and Sound)
- Maurobindo (9º Arte)
- Ricardo (Imagens Perdidas)
- Celtic Warrior (Área Negativa)

segunda-feira, novembro 05, 2007

The Sandman – Prelúdios e Nocturnos

Com a mudança de templates por parte do blogger, tive de voltar a colocar todos os links por ele apagados. Porém como já tinha mencionado anteriormente, não tenho os dos comentários às BDs, uma vez que esses foram todos feitos (à excepção de "Martian Manhunter - The Others Among Us") no âmbito da rubrica "Rua aos Quadradinhos" que eu escrevia na "Rua de baixo".
Uma vez que o site da "Rua de Baixo" se encontra literalmente em baixo, decidi colocar todos os textos que escrevi para a "Rua aos Quadradinhos" neste blog, para assim não se perderem para sempre.
Por isso aviso que é normal que ao longo destes textos faça referências a um tempo passado, uma vez que alguns já foram escritos há bastante tempo.
Sem mais demoras aqui vos deixo o primeiro texto que escrevi para a "Rua de Baixo".

E porque quando se inicia algo, deve ser em grande, aqui fica a tão aguardada edição portuguesa de um dos maiores clássicos de banda desenhada – The Sandman.
É através da Devir que passado mais de 15 anos Sandman tem finalmente edição em Portugal, encontrando-se já disponíveis, Prelúdios e Nocturnos, que juntos contêm os oito primeiros comics, formando o primeiro volume da série.
Misto de mitologias e fantasia, Sandman conta a estória de Morpheus, Rei dos Sonhos, que ao ter sido capturado por Roderick Burgess, no lugar da Morte, e aprisionado durante 70 anos, liberta-se na esperança de recuperar o seu poder e assim reconstruir o seu Reino, bem como corrigir os estragos feitos, durante a sua ausência.
Este primeiro volume pode não conter, as melhores estórias de Sandman, mas consiste numa óptima e aconselhada introdução. Passando por personagens que irão desempenhar um papel importante no futuro, até especiais aparições de John Constantine, Martian Manhunter e do demónio Etrigan, não esquecendo a pequena visita ao Asilo Arkham, Prelúdios e Nocturnos, consiste num ponto de viragem na vida do Senhor dos Sonhos. Nada voltará a ser como antes, nem mesmo ele.
Chamo especial atenção para o ambiente psicótico e claustrofóbico, característicos de “24 hours”, a descida ao Inferno em “A Hope in Hell”, onde Lúcifer Morningstar faz a sua primeira aparição na série, e por fim “The Sound of Her Wings” onde caminhamos juntos a Morpheus e sua irmã mais velha, numa pequena reflexão sobre a vida…e a Morte.
É de salientar também o prefácio desta edição, escrito pelo próprio autor, onde há tempo para falar de Fernando Pessoa e de chamar a Portugal um país de sonhadores.
Escrito por Neil Gaiman e desenhado por Sam Kieth e Mike Dringenberg, exceptuando a capa da autoria de Dave Mckean, Sandman é uma aquisição obrigatória para quem gosta de Banda Desenhada. Citando Frank McConnell: “Se a completa colecção de Sandman não é uma obra-prima literária, então eu não sei o que é”.

Publicado originalmente em Rua de Baixo (Fevereiro de 2006) por José Gabriel Martins (Loot)

Wanted - Trailer


Antes de mais gostava de perguntar se algum dos meus colegas mexeu no blog que assim do nada apagou todos os links que tinha no lado direito.
O pior de tudo é que apagou os links das críticas que tinha escrito na Rua de Baixo e não os sei recuperar uma vez que a página principal não está a funcionar.
Finalmente descobriu-se que o problema deste meu PC era de Hardware e veio agora coma RAM substituída. Espero poder finalmente voltar de vez.
A música também foi ao ar, Lamy tens de voltar a meter isso, conto contigo.

Agora deixo-vos com o trailer de um filme que já tinha mencionado aqui.
O filme não deve estar completamente fiel à BD, uma vez que esta tinha ligações profundas ao mundo da banda desenhada, tanto no estilo como nas referências aos heróis e nas influências dos vilões da DC comics.
Cliquem na imagem para ver.